terça-feira, 10 de julho de 2018

JASPION GANHARÁ MANGÁ PRODUZIDO NO BRASIL


                Os vários amantes das produções japonesas do gênero tokusatsu no Brasil têm motivos para comemorar. Jaspion, o herói preferido de muitos deles, irá ganhar uma versão em quadrinhos em estilo mangá, produzida aqui mesmo em nosso país. O anúncio foi feito durante a última edição do evento Animefriends, realizado este mês no Centro de Exposições Anhembi, em São Paulo, capital.
                Em um acordo envolvendo a Sato Company, atual detentora dos direitos do personagem em nosso país, a editora JBC, e com aval da Toei Company, criadora do personagem no Japão, Jaspion irá estrelar uma aventura que será roteirizada por Fabio Yabu, e terá desenhos de Michel Borges. A dupla de profissionais foi responsável pela produção da trilogia dos Combo Rangers, que também foi publicada pela JBC. A história já está em produção, com vistas a ser lançada até dezembro deste ano, muito provavelmente dentro da Comic Com Experience, que será realizada no início do último mês, em São Paulo, capital.
                O mangá faz parte do projeto de comemoração dos 30 anos de estréia da série Jaspion no Brasil, além de também comemorar os 110 anos da imigração japonesa em nosso país. Não por acaso, a grande vedete do projeto é a produção de um filme do herói japonês, com produçao inteiramente nacional, que está sendo desenvolvido pela Sato Company, e com autorização da Toei do Japão. Por enquanto, o projeto segue sendo desenvolvido, com vistas ao lançamento do filme para 2019. Pelo cronograma, o elenco deve ser divulgado no próximo mês de agosto. Ainda não há absolutamente nenhuma informação a respeito da história que será mostrada no filme, e a aventura que será lançada em estilo mangá também não tem maiores detalhes anunciados.
                O projeto também tem participação dos editores Cassius Medauar e Marcelo Del Greco, e produção executiva de Edi Carlos Rodrigues, da JBC. A HQ fará a estréia do selo Henshin Universe, projeto que está sendo desenvolvido pela editora nipo-brasileira.
                No final dos anos 1980, mais precisamente em 1988, Jaspion estreava no Brasil, primeiro em fitas VHS lançadas pela saudosa Everest Vídeo, e depois, na TV Manchete. Junto com a série Super Sentai Changeman, Jaspion detonou uma febre pelas produções nipônicas de super-heróis, conhecidas popularmente como gênero de “tokusatsu” (palavra que na verdade significa produção com efeitos especiais). O termo "pegou“, e dali em diante, devido ao grande sucesso do herói, várias outras séries aportaram nas TVs nacionais nos anos seguintes, tentando pegar carona no sucesso desencadeado pelo herói japonês. Jspion ganhou vários produtos licenciados, trilha sonora nacional (lançada em LPs e fitas cassete), álbum de figurinhas, além de histórias em quadrinhos produzidas por artistas nacionais, com direito até a cross-overs com outros heróis de séries nipônicas.
                Na história da série, Jaspion é um órfão que foi criado pelo profeta Edin em um planeta distante no universo. Ciente das profecias da Bíblia Galactica, que previam a volta do demônio Satan Goss, e o seu enfrentamento por um guerreiro escolhido, Edin treinou Jaspion para ser esse salvador do universo, providenciando-lhe a poderosa armadura Metaltec, e a fabulosa nave Daileon, capaz de se transformar em um gigantesco robô de combate. O dia fatídico chega, e Satan Goss retorna, junto de um séquito de seguidores, entre eles MacGaren, seu filho, dispostos a espalhar o mal pelas galáxias, e Jaspion inicia sua luta, tendo a seu lado a garota andróide Anri, e a alien Miya. Depois de alguns combates em planetas variados, Jaspion chega à Terra, que se torna o alvo principal das forças de Satan Goss, e segue em sua luta para deter as forças do demônio espacial, e fazer cumprir a profecia do Pássaro de Luz, que segundo a Biblia Galactica, poria fim à maldade de Satan Goss e traria paz ao universo. No episódio final, após muitas dificuldades e batalhas, Jaspion consegue derrotar Satan Goss, e cumprir sua missão, e vingar osque tombaram no meio da luta.
                No Japão, Jaspion foi a quarta série do estilo “metal hero”, estreladas por heróis de armadura. O estilo foi inaugurado com a série Gavan, que mostrava um policial do espaço enfrentando forças alienígenas que tentavam se apoderar da Terra. Gavan soi sucedido por Sharivan, outro policial do espaço, que assumia a posição de seu antecessor na Terra, enquanto Gavan era promovido, e passava a lidar com outros problemas em outros setores do espaço. E Sharivan acabou sendo sucedido por Sheider, o terceiro policial do espaço, no que ficou conhecidas estas três produções como “Trilogia dos Policiais do Espaço”. A princípio, Jaspion também seria um policial do espaço, dando sequência à série, mas a história acabou mudada, e o quarto herói do estilo metal hero acabou ganhando a história do defensor do universo que todos conhecem.
                A produção contou com 46 episódios, e ao contrário daqui, onde foi um verdadeiro estouro, no Japão o sucesso foi apenas comum, em boa parte porque o efeito surpresa com o estilo da série já não existia mais, o que ocorreu exatamente com Gavan, o herói que deu início ao estilo, cultuado até hoje pelos japoneses, e que ganhou algumas produções novas nos últimos anos, em cross-overs com os esquadrões Super Sentai Gokaiger, Dekaranger, e mais recentemente, Kyuranger. Jaspion foi interpretado por Hikaru Kurosaki, enquanto Anri foi feita por  Kiyomi Tsukada. Kurosaki já havia participado de algumas produções da Toei, antes de estrelar Jaspion. Alguns anos depois, ele deixou a carreira artística, e atualmente é instrutor em uma escola de mergulho em Okinawa, sul do Japão.
                Mas os fãs brasileiros jamais esqueceram Jaspion, apesar de todos estes anos. Na década passada, a série foi lançada completa em DVD pela Focus Filmes, mostrando a força que a série inda tinha em nosso país. Este ano, a série foi relançada no mercado nacional de vídeo pela World Classic, e o anúncio da produção do filme, e agora desta história em estilo mangá mostram que o salvador do planeta Edin ainda tem uma grande legião de fãs, que certamente esperam poder comemorar em grande estilo a volta do herói nestas novas produções em território nacional. A espera até dezembro promete ser complicada, assim como a espera pelo filme que deverá ser lançado no próximo ano. Vida longa ao fantástico Jaspion.

SÉRIE MOSTRARÁ A ORIGEM DE JAMES BOND


                O nome é Bond. James Bond. Este nome identifica o espião mais famoso da cultura pop, o agente a serviço de sua majestade, com licença para matar, como indica o seu número, 007. Criado nos romances de Ian Fleming, a figura de James Bond ganhou o mundo quando estreou o primeiro filme do personagem, “O Satânico Doutor No”, nos anos 1960, com Sean Connery sendo o primeiro intérprete do charmoso agente do serviço secreto britânico, em sua primeira aventura. E, de lá para cá, 007 nunca mais pararia de se aventurar pelas telas de cinema. E para o próximo ano, está previsto o lançamento de sua 25ª aventura cinematográfica, agora com o ator Daniel Craig vivendo o intépido agente.
                Mas, quem era James Bond antes de ser o agente 007? Essa história nunca foi contada nos filmes até hoje, e mesmo nos romances de Fleming, ele nunca desvendou a história pregressa de Bond. Uma curiosidade que está prestes a ser saciada, na nova série que será lançada em breve nos Estados Unidos pela editora Dynamite Entertainment, que irá mostrar como um jovem e arrojado adolescente viria a se tornar o eficiente agente secreto inglês.
                JAMES BOND ORIGIN será uma série limitada mensal, com 32 páginas por edição, ao preço de US$ 3,99, com data de lançamento prevista para setembro deste ano. O roteiro das histórias será de Jeff Parker, com arte do desenhista Bob Q., que também terá a tarefa de providenciar as capas das edições, em que pese a edição de estréia ter 6 capas disponíveis ao gosto do leitor, com artes dos desenhistas John Cassaday, David Mack, Kev Walker, Gene Ha, Ibrahim Moustafa, e Jordan Boyd, com Bob Q.
                “É um desafio pesado transformar esse ícone em um jovem em uma jornada de perigo, mas Nate Cosby me juntou a Bob Q, que não só traz a gravidade da guerra na Europa de 1941, mas também o herói promissor em sua juventude”, afirmou o escritor Jeff Parker, que irá escrever as histórias. “James ainda não tem a vasta experiência de um agente 00, mas é um estudioso tenaz e rápido como um raio. Bob e eu trabalhamos para mostrar toda a força do espírito de Bond.”, completa, e adiantando o queserá visto no início da série. “James é um jovem na escola que está começando a criar uma vida quando a guerra o atinge, como aconteceu com milhões de pessoas. Ele está familiarizado com a perda - seus pais morreram nos Alpes alguns anos antes, mas James é tudo o que resta de sua família, e ele não vai cair sem lutar.”
                A história começa em 1941. James Bond é um jovem estudante de 17 anos em uma escola na Escócia. Quando ele recebe a visita de um velho amigo, coincide de serem testemunhas do mais devastador ataque dos nazistas à Escócia, e a pacata vida que James tinha até então vira de cabeça para baixo, sendo lançado em um inferno onde ele precisará lutar para sobreviver. Uma experiência que ficará gravada em sua alma para sempre, e que o fará ser alguém determinado a poder fazer a diferença quando a situação o exigir. Parker comentou que os livros escritos por Fleming foram lidos, em busca de pontos que o autor de Bond tenha feito a respeito dos dias pré-007 de Bond, de forma a buscar informações que pudessem ser encaixadas na história, e mostrar aos leitores que a origem do personagem respeita o que seu autor contou a esse respeito, emseus romances, mesmo que tenha sido mencionado em linhas gerais. A história nessa série de quadrinhos seguirá até 1945, mostrando a jornada de James em busca de um ideal para sua vida, e de como sua experiência em lutar na guerra foi preparando-o para ser o mais audaz e destemido agente do nascente serviço secreto britânico. “Você começará a ver as primeiras operações que se tornarão o MI-6. O tempo de James na guerra é dinâmico; enquanto ele está subindo nas fileiras da Marinha, ele também continua cumprindo missões, mais perto das forças secretas que dirigem a luta. Queremos mostrar como ele acabaria no tipo de vida no qual ele se tornou conhecido, não importa o que aconteça, enquanto seus superiores percebem a sabedoria de aproveitar seus talentos para o serviço de Sua Majestade”, define Jeff Parker, que já escreveu várias histórias, entre elas o cross-over do encontro do Batman do seriado de TV dos anos 1960 com os Agentes da U.N.C.L.E, bem como da minissérie Kings Watch, reunindo Mandrake, Fantasma, e Flash Gordon, numa releitura atual dos Defensores da Terra. Bob Q., por sua vez, também desenhou um cross-over interessante, ao ilustrar o encontro do BesouroVerde com o Spirit. Em outras palavras, a dupla criativa tem cacife para desenvolver a contento essa empreitada inédita.
"James Bond tem sido consistentemente uma das nossas marcas mais fortes, tanto em talentos quanto em história", disse Nick Barrucci, CEO e Publisher da Dynamite Entertainment. “Tudo tem sido um ponto culminante para finalmente contarmos essa história em quadrinhos.” A Dynamite é atual detentora da licença para produzir quadrinhos de 007, e tem produzido alguns materiais interessantes. E esta nova série, contando como Bond se tornou o agente que é, tem tudo para ser uma história bem interessante. É hora de conhecer a trajetória de Bond como nunca antes foi contada. O nome de código é 7, 007...

MORREU STEVE DITKO, CO-CRIADOR DO HOMEM-ARANHA


                O mundo dos quadrinhos sofreu mais uma baixa no final do mês de junho. Steve Ditko, que juntamente com Stan Lee, foi responsável pela criação de um dos mais famosos heróis de todos os tempos, o Homem-Aranha, faleceu aos 90 anos de idade. O artista vivia sozinho, e sua morte acabou sendo descoberta com alguns dias de atraso, ao ser procurado por um assistente social que estava preocupado por ele não aparecer para compromissos de rotina. Estima-se que Ditko tenha falecido, vítima de problemas cardíacos, por volta do dia 29 de junho. O comunicado de sua morte, porém, foi feito apenas uma semana depois, e comoveu vários profissionais que o conheceram, assim como inúmeros fãs dos quadrinhos mundo afora.
                Nascido em Johnstown, Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, em 2 de novembro de 1927, Stephen J. Ditko foi o segundo filho de um carpinteiro e uma dona de casa. A partir dos 13 anos, Stephen passou a gostar dos quadrinhos, uma vez que seu pai costumava ler as tiras do Príncipe Valente nos jornais. Uma paixão que só cresceu com os vários quadrinhos de super-heróis que começaram a ser publicados nos anos 1940. Depois de se formar no colégio, alistou-se no Exército, já no pós-guerra, em 1945, e durante seu tempo de caserna, começou a desenhar seus primeiros quadrinhos. Após dar baixa da atividade militar, ele conseguiu se matricular numa escola em Nova Iorque onde Jerry Robinson, que desenhava quadrinhos de uma de suas séries favoritas, Batman, ensinava. Alguns anos depois, a partir de 1953, o jovem começaria a desenhar profissionalmente suas primeiras histórias.
                Um de seus primeiros vínculos profissionais foi com a Charlton Comics, onde faria inúmeros trabalhos pelas décadas seguintes, com maior ou menor frequência, em esquemas fixos ou de freelancer. Mas também começou a fazer trabalhos para outra editora, a Atlas Comics, que alguns anos depois, mudaria de nome, e proporcionaria uma revolução no mundo dos quadrinhos, com a criação do Universo de Super-Heróis Marvel. E, em 1962, depois dos primeiros lançamentos da nova levade personagens concebidos por Stan Lee e Jack Kirby, surgiria a grande oportunidade para Steve. Stan Lee, cuja premissa dos novos heróis que estava desenvolvendo era mostrar seres “humanos” e falíveis, tratava de dar um passo mais ousado, com a criação de um personagem que, por mais que se esforçasse, sempre teria mais problemas do que satisfações, e ao contrário da maioria dos outros heróis criados até então, ele seria um adolescente, vivendo todo o tipo de problema que alguém dessa idade tivesse. Como de costume, Jack Kirby providenciou as primeiras artes do que viria a ser o Homem-Aranha, novo herói que Lee estava desenvolvendo.
                Mas o trabalho de Kirby deixou o herói “perfeito” demais, na opinião de Stan, que queria alguém que parecesse o mais “comum” possível. E aí, Ditko entrou na jogada. Seu estilo de arte não era tão deslumbrante quando o de Jack, e junto com Lee, ele delineou o visual que tornaria o Aranha conhecido no mundo todo. A arte apresentada era o que Stan Lee imaginava para o personagem, e sua estréia, na ediçao final da revista Amazing Fantasy, foi um verdadeiro estouro. E da parceria Lee/Ditko nasceram vários personagens que se tornariam icônicos no universo de Peter Parker, o espetacular Homem-Aranha, como J. Jonah Jameson, Gwen Stacy, Betty Brant, além de vilões como o Doutor Octopus, e o Duende Verde. Como de costume, em muitas histórias concebidas naquele período, Stan delineava as linhs gerais das histórias, e Ditko preenchia o resto para desenvolver a história final. Portanto, Ditko era, ao lado de Lee, o criador do escalador de paredes, já que desenvolveu o visual da fantasia do herói, além de vários personagens secundários e parte das tramas iniciais da carreira do aracnídeo.
                No ano seguinte, o estilo de arte de Ditko cairia como uma luva para ilustrar um novo e inusitado herói que seria lançado pela Marvel Comics: o Doutor Estranho. Este seria um mago, e o visual psicodélico criado pelo artista para representar os universos da magia com os quais o novo personagem lidava, se pareciam bizarros, surreais, e até alucinógenos, faziam tudo se encaixar nos conceitos da magia e forças ocultas, algo novo no universo Marvel, que até então lidava com heróis em um mundo regido pela ciência e tecnologia, e quando muito, por divindades, como Thor, o deus nórdico do trovão.
                Em 1966, contudo, Ditko resolveu deixar a Marvel. Uma das razões seria o fato de Stan Lee levar a maior parte, senão todos, os créditos da criação dos personagens, o que também acabou afetando a relação com Jack Kirby. Mas não foi apenas por isso. Steve e Stan chegaram a ter discussões sobre como deveriam ser feitas as aventuras do Aranha, e o desenvolvimento do personagem. A incompatibilidade de idéias sobre os rumos dos personagens acabou por terminar a parceria que havia dado tão certo. Prova disso foram as premiações do Alley Award recebidas por Steve de 1962 a 1965, todas pelo seu trabalho com o Homem-Aranha. Ditko então passou novamente pela Charlton, onde já tinha co-criado o herói Capitão Átomo, e concebido as novas versões do Questão e do Besouro Azul. Ele também passou a trabalhar para a DC Comics, ajudando a criar o herói Rastejador, e a dupla de irmãos combatentes do crime Rapina e Columba. Nos anos 1970, Steve estava muito mais envolvido com a Charlton, uma vez que sua passagem pela DC não havia sido frutífera, mas ele retornou a ela para produzir vários outros trabalhos, como na criação de Shade, o Homem-Mutável, ao mesmo tempo em que produzia histórias de terror e ficção científica para a Charlton. No final da década, ele voltaria a trabalhar para a Marvel também, ilustrando aventuras de várias séries da editora, como Rom, Micronautas, Godzilla, Speedball, entre outros.
                O artista também passaria a trabalhar para editoras como a Pacific, Eclipse, e Dark Horse, em trabalhos como freelancers. Em 1992, Ditko faria sua última criação para a Marvel Comics, a Garota-Esquilo, personagem que a editora tem usado com alguma frequência nos últimos anos. Por volta de 1998, o artista aposentou-se “oficialmente” dos trabalhos, mas nunca parou de produzir novos quadrinhos, que foram lançados por Robin Snyder, conhecido de longa data no trabalho com várias editoras. Um trabalho que prosseguiu até os últimos anos de sua vida, mesmo saindo apenas esporadicamente.
                Ditko era avesso ao show business, por isso, quase nunca deu entrevistas, e nunca ia a eventos, como muitos colegas do ramo costumam fazer. Mesmo sua vida pessoal é muito pouco conhecida, e as fotos do artista, poucas. Em uma de suas raras declarações na carreira, criticou as limitações criativas que as editoras maiores, como Marvel e DC, impunham a seus contratados, por estabelecer diretizes de como deveriam produzir seus trabalhos para eles, e por isso preferia sempre a maior liberdade de trabalho que editoras como a Charlton lhe proporcionava, onde podia dar maior vazão à sua criatividade. "Eu nunca falo sobre mim mesmo. Meu trabalho sou eu. Faço o melhor possível e, se quiser, espero que outra pessoa também goste", teria afirmado em uma ocasião.
Na DC Comics, alguns de seus profissionais manifestaram seu pesar com a perda do velho artista. "Uma revista em quadrinhos de Ditko nunca se pareceu com a de qualquer outra pessoa. Além de seu estilo de arte enganosamente simples - que era exclusivamente dele, Ditko era um mestre em traçar e preencher suas histórias com energia", afirmou Dan Didio, diretor de entretenimento da DC Comics. Para Jim Lee, diretor criativo, "O impacto e as conquistas de Steve Ditko são lendários. O trabalho que ele criou viverá para as próximas gerações".
                Mais um nome que fez história nos quadrinhos que se vai. Descanse em paz, Ditko.