sábado, 31 de agosto de 2019

CCXP 2019 TERÁ A PRESENÇA DE NEAL ADAMS


Marcada para os dias 5 a 8 de dezembro deste ano, a Comic Com Experience – CCXP, vai aos poucos divulgando suas atrações para o evento deste ano. E, uma vez que as credenciais de acesso à convenção estarão trazendo todas elas artes envolvendo o Batman, que está comemorando 80 anos de sua criação, a organização do evento confirmou neste mês de agosto a presença de um dos autores mais importantes na longa trajetória do personagem criado por Bob Kane em suas oito décadas de existência: Neal Adams.
Será a primeira visita do artista ao Brasil, onde estará presente nos quatro dias da convenção, em atividades que ainda serão programadas e divulgadas, como participação em painéis, bate-papo com fãs, e presença no Beco dos Artistas, onde deverá ser o nome mais disputado de toda a CCXP. Adams iniciou sua carreira nos quadrinhos em fins dos anos 1950, tendo obtido trabalho desenhando histórias em quadrinhos de Bat Masterson e Ben Casey. Aos poucos, ele começou a fazer um ou outro trabalho para a DC e a Marvel, onde chegou a ilustrar algumas edições do primeiro título mensal dos X-Men, antes da revista ser cancelada.
Nos anos 1970, Neal produziria seu primeiro impacto na DC Comics, ao unir o Arqueiro Verde e o Lanterna Verde em uma série de histórias tendo de enfrentar diversos problemas sociais da América, com as dificuldades inerentes a este tipo de problema, que não podia ser resolvido tão facilmente como eles estavam acostumados a fazer. Dali para pegar trabalho desenhando o Batman, foi praticamente um pulo, e mais uma vez, Adams mostrou sua capacidade, recuperando a fama e o prestígio do Homem-Morcego, que andava muito em baixa, consequência do clima de humor escrachado da série de TV produzida na década anterior, que fez tanto sucesso com a fórmula aplicada, que levou a DC a levar o mesmo estilo para as aventuras em quadrinhos do cruzado embuçado.
E Adams promoveu o retorno do Batman às suas raízes, trazendo o personagem de volta a tramas complexas, ao estilo sombrio e noturno de antigamente, e com confrontos bem mais violentos com os bandidos. Com sua arte exuberante, ele deixou o Cavaleiro das trevas muito mais imponente e atlético, com um estilo mais dramático e realista. Além disso, ele também foi co-criador, junto com Denny O’Neil, do personagem Ra’s Al Ghul, que viria a ser um dos mais emblemáticos e difíceis oponentes do herói noturno de Gotham City, que passaria a marcar presença em muitos momentos na vida do Batman dali em diante, aparecendo inclusive nas séries animadas e até nos filmes para cinema.
O artista também se envolveu ativamente na política, e lutou para dar aos artistas no meio maiores direitos sobre seus trabalhos, incentivando a política das editoras devolverem as artes originais a eles, após o seu uso, permitindo-os revenderem-nas para colecionadores, de modo a terem alguma renda extra. Batalhou também pelo reconhecimento de Joe Shuster e Jerry Siegel como criadores do Super-Homem, depois de ver as condições em que a dupla vivia, enquanto a DC ganhava muito dinheiro com o personagem.
Nos anos 1980, Adams afastou-se das grandes editoras, fundando a sua própria empresa, a Continuity Comics, passando a produzir materiais variados, entre eles, alguns ainda ligados ao gênero dos super-heróis. Recentemente, Neal Adams retornou ao Batman, depois de décadas, ilustrando a minissérie Batman VS Ra’s Al Ghul, em seis partes, que integra a história Odisseia Batman.
Com o anúncio da vinda de Adams, a CCXP deste ano será particularmente importante para os fãs do Homem-Morcego, pois além da comemoração dos 80 anos do Cavaleiro das Trevas, que terá uma programação especial dentro do evento dedicada a este assunto, outro nome de peso ligado ao Batman estará de volta à convenção brasileira: Frank Miller, o criador da minissérie “Cavaleiro das Trevas”, que revolucionou a história e a abordagem do herói, além de atualizar e modernizar sua origem na edição Batman: Ano Um. Miller já esteve presente nas edições de 2015 e 2016, onde participou de várias atividades nas duas oportunidades, não apenas pelo seu trabalho com o herói da DC, mas também por diversos outros trabalhos em seu currículo, com os heróis Demolidor e Wolverine, além dos trabalhos em Sin City, e 300. Portanto, não é exagero dizer que os dois artistas mais importantes destes 80 anos de existência do Batman estarão presentes na CCXP 2019, motivo por si só de grande alegria para todos os fãs não apenas do personagem, mas também dos quadrinhos.
Os fãs apenas precisam tomar alguns cuidados. Neal Adams não tem uma boa fama no que tange ao trato com as pessoas, e mesmo sendo um dos principais convidados da convenção, é preciso estar preparado para o caso do artista, que já deixou muita gente decepcionada no seu trato pessoal com fãs e leitores, não estar muito receptivo, e apresentar um humor instável. Fora o fato de que a fila para se obter um autógrafo dele exigirá muita paciência, pois pode ser quilométrica, a exemplo do que aconteceu com John Romita Jr. na edição de 2018 da CCXP, quando o desenhista, responsável por várias sagas de personagens como Demolidor e Homem-Aranha, esteve sempre com uma grande fila de fãs para serem atendidos, tendo até de limitar o número de edições que poderia autografar de cada fã. Portanto, melhor não se surpreederem até se Adams cobrar pelos autógrafos nas revistas que pedirem para ele assinar. Mesmo assim, é uma oportunidade única, que não pode ser desperdiçada. Tanto para os fãs do Batman, quanto para os fãs dos quadrinhos em geral.
Agora, é esperar (im)pacientemente até dezembro, quando a CCXP será realizada, no local de sempre, no pavilhão do São Paulo Exhibition Center, no bairro do Jabaquara, na zona sul da capital paulista. Um evento que, mais uma vez, promete ser épico, a exemplo de suas edições anteriores. E não há porque duvidar disso...


A PRINCESA E O CAVALEIRO GANHA BOX COM A SÉRIE COMPLETA


Quem é fã das antigas de desenhos animados deve se lembrar de muitas produções que foram exibidas em nossas TVs nas décadas de 1970 e 1980, com muitas delas deixando saudades quando deixaram de ser reprisadas, sendo que algumas nunca mais foram vistas desde então em nossas emissoras, nem mesmo nas TVs por assinatura que chegaram ao nosso mercado a partir dos anos 1990. Alguns fãs mais abastados até conseguiram guardar alguns episódios, graças a um novo aparelho que se tornaria o sonho de desejo de muitos, mas acessível a poucos, por causa de seu preço muito elevado, o chamado videocassete, que só se popularizaria mesmo no Brasil na segunda metade dos anos 1990, quando muitas produções antigas já haviam desaparecido de nossas TVs há muitos anos.
Com o advento do DVD, o mercado de home video nacional deu um grande salto no início dos anos 2000, permitindo que muitas séries antigas pudessem ser lançadas, dando aos fãs a oportunidade de ver e/ou rever estas produções. Infelizmente, nem todas as séries tiveram a oportunidade de serem lançadas, de modo que até hoje resistem apenas na memória de quem teve a oportunidade de assisti-las, mas sem perder a esperança de um dia ter a chance disso acontecer. E, apesar do mercado de video nacional estar em situação delicada, sendo colocado praticamente à margem do mercado mundial por parte das grandes empresas do ramo de entretenimento mundial, algumas empresas resolveram explorar este nicho de produções clássicas, completamente abandonado pelas empresas internacionais. Nem tudo, porém, é perfeito: algumas séries puderam ser lançadas, mas sem as dublagens em português com que ficaram conhecidas por aqui, devido à impossibilidade de recuperar e/ou resgatar seus áudios de dublagem, ou terem se perdido as cópias dubladas, enquanto algumas outras produções, para a felicidade dos fãs, não apenas puderam ser lançados, como trouxeram o áudio em português, o que para muitos é tão importante como poderem ver novamente estas antigas séries, recuperando antigas memórias de tempos já distantes.
E em outubro, mais uma destas séries poderá ser vista novamente, e também conhecida por muitos que ouviram falar dela, mas nem tinham nascido quando foi reprisada pela última vez na TV nacional. Trata-se de “A Princesa e o Cavaleiro”, uma das criações mais famosas de Osamu Tezuka, o mais famoso de todos os mangakás do Japão, a quem, pela importância e diversidade de sua obra, acabou recebendo o título de “Deus do Mangá”, sendo até hoje reverenciado na Terra do Sol Nascente, com algumas de suas produções tendo conseguido chegar até aqui, apesar das dificuldades.
Conhecida como “Ribbon no Kishi” (O Cavaleiro do Laço, numa tradução literal), a série narra as aventuras de Safiri, princesa da terra do Reino de Prata, em uma era distante muitos séculos atrás. Mas, devido às severas leis do reino, só os homens podem herdar o trono. E, para impedir que o perverso Duque Duralumínio coloque seu filho Plástico na sucessão ao trono, o rei e a rainha decidem esconder a verdade de que tiveram uma menina, e Safiri é criado como um rapaz, para que a sucessão do trono não seja colocada em perigo. Apenas alguns serviçais de plena confiança do palácio conhecem o segredo de Safiri, que desde a mais tenra infância vai aprendendo a lutar como um homem, além de diversas outras atividades, como cavlagar, modos da corte, protocolos reais, etc. Mas Duralumínio, sempre ambicioso para tomar o poder do trono, usando a sucessão de seu filho como ardil, está sempre à espreita, suspeitando da real identidade do príncipe, para expôr o rei e a rainha, e destroná-los. Com a ajuda de seu fiel subordinado Naylon, Duralumínio arquiteta os mais vis planos para se livrar de Safiri.
Mas a princesa, em seu papel de príncipe, está sempre pronta para enfrentar os mais variados desafios, contando sempre com a ajuda de Ching, um anjinho que, por ter feito traquinagens no céu, e ainda ter permitido que uma criança recebesse dois corações ao invés de um, foi banido para nosso mundo, só podendo voltar para o céu quando se arrepender de suas molecagens e recuperar o coração dado a mais. E ele passa a estar sempre junto de Safiri em suas aventuras, seja enfrentando os planos vilanescos do Duque Duralumínio e seus capangas, sejam outras ameaças que possam colocar em perigo a Terra de Prata, como o perverso Satã, e a maldosa organização chamada Unidade X. Em alguns momentos, para preservar sua identidade real, Safiri assume a identidade do Cavaleiro Vingador. E apesar de alguns momentos cômicos, a série também tinha sua dose de drama, especialmente perto de seu final, com Safiri perdendo seus pais, e tendo de enfrentar os maldosos planos de seus inimigos quase sozinha, antes de conseguir receber ajuda. Paralelamente a isso, durante a história, Safiri vem a conhecer o formoso Príncipe Franz, do reino vizinho da Terra de Ouro, por quem se apaixona, mas sem poder revelar a ele sua verdadeira identidade, para preservar seu segredo, e a segurança da Terra de Prata, cujo reino não pode cair nas mãos do ambicioso Duque Duralumínio.
O mangá original teve 4 volumes encadernados, publicados entre 1953 e 1956 cujos capítulos foram publicados na revista Nakayoshi, da editora Kodansha. Em 1967, a série ganhou sua versão em animação, contando com 52 episódios produzidos pela Mushi Productions, empresa do próprio Osamu Tezuka, com a série sendo exibida pela Fuji Television entre abril de 1967 a abril de 1968. Nos anos 1970, a série chegou a vários países mundo afora, entre eles o Brasil, onde a série ganhou o título de “A Princesa e o Cavaleiro”, sendo exibida pela TV Tupi, e posteriormente pela TV Record, entre os anos 1970, até meados dos anos 1980, quando deixou de ser exibida, para nunca mais ser reprisada no Brasil.
Nos anos 1990, alguns episódios da série chegaram a ser lançados no mercado de vídeo nacional, em VHS, pela Intermovies, para felicidade dos fãs, que puderam matar a saudade das aventuras de Safiri. Mas a série não chegou a ser lançada completa. Em 2002, a editora JBC lançou no mercado nacional o mangá original de Ribbon no Kishi, em 8 edições em formato meio-tankohon, permitindo aos brasileiros conhecerem as aventuras que deram origem ao desenho animado de Safiri. Alguns anos depois, a Focus Filmes lançaria a série de anime em DVD, um velho e antigo sonho dos fãs e amantes da animação japonesa. A distribuidora, porém, já sem o mesmo entusiasmo de alguns anos antes, quando lançou várias séries de tokusatsu e animes, deixou o trabalho incompleto, tendo lançado apenas metade dos 52 episódios da série, o que deixou muitos fãs irritados e decepcionados com a atitude da Focus, que obviamente alegou baixas vendas para não finalizar o projeto, quando podia ter lançado tudo com mais agilidade, e evitado riscos de não completar o trabalho. E assim, mais uma vez, os fãs ficaram impossibilitados de rever por completo a saga de Safiri em animação, tendo de recorrer a episódios da internet para matar a saudade. Nesse meio tempo, mostrando a força da série, e sua lembrança carinhosa entre os fãs, Safiri teve um novo lançamento em mangá no mercado nacional, pela editora Newpop, trazendo os filhos de Safiri, em uma aventura que continua a história da série original. A personagem também apareceu em dois cross-overs na série de quadrinhos Turma da Mônica Jovem, com os personagens criados por Mauricio de Sousa, adolescentes, conhecendo e encontrando com a personagem de Osamu Tezuka, de quem Mauricio era amigo.
Mas, a esperança nunca morre, e agora, Safiri vai ganhar um novo lançamento em DVD, pela empresa One Movies. A PRINCESA E O CAVALEIRO – A SÉRIE COMPLETA, será uma caixa com 6 discos, trazendo todos os episódios da série, e com a dublagem em português, informa a distribuidora. O lançamento está previsto para 5 de outubro, e ao menos desta vez, a série chegará ao mercado completa. Até o fechamento desta matéria, ainda não havia sido divulgado o preço do box, mas levando em conta a quantidade de discos de caixas de outras produções, o preço deverá ser de no mínimo R$ 130,00. Com relação à dublagem, a One Movies garante que é a original, feita pela AIC São Paulo, e garante que estará presente em todos os episódios, em que pese a dúvida de muitos fãs com relação a esta afirmação, uma vez que vários episódios que circulavam na net não traziam o áudio em português, deixando a dúvida se estes episódios ainda estariam com sua dublagem preservada, ou se estas se perderam, lembrando que, nos anos 1980, um incêndio de grandes proporções devastou o acervo da TV Record, ocasionando a perda de muitas versões em português de várias séries antigas que estavam em posse da emissora.
Não há informação se a caixa traz algum extra sobre a série. Os episódios serão disponibilizados com o áudio original em japonês, e dublados em português, com a opção também de legendas em português, em formato de tela widescreen. Fica a preocupação com a qualidade dos episódios, já que, pela duração da série, espera-se que para ser acomodada em 6 discos, a distribuidora tenha optado por discos de camada dupla, que permite um maior número de episódios por disco com maior qualidade de áudio e vídeo. A dúvida é pertinente, devido aos lançamentos de outra produtora, a World Classic, ter lançado algumas séries antigas com os episódios apresentando uma má qualidade dos episódios, em consequência do elevado número de episódios por disco, tendo usado mídias de camada simples, e não dupla. Os fãs esperam que a One Movies, que tem feito lançamentos com excelente qualidade gráfica nas apresentações, com belas capaz, e até a presença de luvas com detalhes em alto relevo, tenha sido caprichosa também com a qualidade dos episódios.
Afinal, com a chance de A Princesa e o Cavaleiro finalmente ser lançada completa em DVD no mercado nacional de vídeo, nada como desejar que este lançamento seja feito da melhor forma possível, para não causar nova frustração nos fãs, novos ou antigos, que aguardarão pacientemente até outubro para realizarem finalmente seu sonho de poder reverem por completo esta clássica série criada por Osamu Tezuka. E que a One Movies possa continuar trazendo outros materiais clássicos há muito almejados pelos fãs nacionais, sejam de quais séries e produções forem.


sexta-feira, 30 de agosto de 2019

SALVAT COMPLETARÁ COLEÇÃO TEX GOLD


                De todas as notícias e acontecimentos ruins que tivemos no mercado nacional de quadrinhos este ano, nenhuma teve mais impacto que o cancelamento por parte da editora Salvat de suas coleções de graphics que vinham sendo lançadas, privando os leitores de completarem suas coleções. A única exceção acabou sendo a coleção Marvel de capa vermelha, intitulada “Os Heróis Mais Poderosos da Marvel”, que já se encontrava perto do encerramento de sua expansão de 60 para 100 edições, e portanto, foi finalizada, sem o lançamento de uma segunda expansão, como muitos esperavam que poderia acontecer, tendo como exemplo a coleção de capa preta, que já estava em sua segunda expansão, e que acabou cancelada antes de finalizar esta expansão. A coleção de Graphics do Homem-Aranha também ficou pelo caminho, sem ter atingido os 60 volumes iniciais que seriam lançados. E, como desgraça pouca é bobagem, até mesmo a coleção Tex Gold, que a princípio seria mantida, seria também cancelada, após 40 das 60 edições previstas lançada.
                Mas, no início deste mês de agosto, eis que a Salvat anunciou que a coleção do ranger seguirá até o seu final, na 60ª edição, pegando os leitores de surpresa com a notícia. Para muitos, comemoração pelo fato de que a coleção seguirá, e ao menos os fãs das aventuras do cowboy criado na Itália poderão ter sua coleção completa. Afinal, a Salvat havia dado todos os indícios de que cancelaria a série, a exemplo do que fez com as outras duas da Marvel, e os assinantes que estavam recebendo seus exemplares de Tex Gold tiveram os envios suspensos e o dinheiro corresponde das edições não entregues devolvido.
                Até o presente momento, contudo, a editora ainda não anunciou o lançamento dos novos números da coleção, as edições 41 e 42. Em seu comunicado, no início de agosto, a Salvat apenas declarou que estes volumes estavam em processo de produção, não dando uma data exata de quando a coleção seria retomada. A expectativa é de que isso ocorra muito em breve, mas ainda sem saber se a editora manterá o mesmo esquema de distribuição que vinha praticando para a coleção, já que muitas cidades e Estados do país até hoje não viram os exemplares de Tex Gold em suas bancas. Conhecida por praticar esquemas de fases para os lançamentos e distribuição das coleções de quadrinhos que lançou, muitos leitores estavam na expectativa de quando a coleção chegaria às suas cidades, para poderem comprá-la, quando tiveram um balde de água fria com a notícia do cancelamento da série de Tex Willer e seus amigos Jack Tigre, Kit Karson, e Kit Willer.
                Com o anúncio de que a coleção seguirá até o seu final programado, renascem as esperanças destes fãs de poderem ver Tex Gold chegar em suas bancas. Mas a espera continua, e mesmo que possa ter confirmado a conclusão desta série, a imagem da Salvat ainda está devendo muito em termos de credibilidade perante boa parte do público leitor, que se sentiu traído com os cancelamentos repentinos de parte das séries de graphics que era publicado. Resta esperar para ver quando os volumes restantes da coleção de Tex Gold chegarão às bancas, para confirmar se pelo menos essa série será concluída com um mínimo de dignidade pela Salvat. Serão 20 edições que serão aguardadas ansiosamente por muitos leitores e fãs do ranger texano.
                É claro que alguns leitores até tentam se apegar à esperança de que, se a Salvat vai concluir a série Tex Gold, quem sabe poderia haver a chance de as duas séries canceladas da Marvel serem retomadas, em esquema similar. Infelizmente, a editora não ofereceu nenhuma pista sobre essa possibilidade, de modo que é melhor não ficarmos com falsas esperanças esperando por algo que pode muito bem nunca ocorrer, a exemplo da prometida coleção de Conan, que não deve sair mais mesmo, diante dos direitos de publicação agora estarem com a Panini Comics. Mas, a esperança é a última que morre, e quem sabe não ocorre um destes milagres? Por enquanto, só os fãs de Tex é que podem comemorar, e mesmo assim, ainda é preciso ver para crer se a coleção será mesmo retomada, e quando isso ocorrerá. Seguro morreu de velho neste país, infelizmente, e várias vezes...