segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

ROBERT CONRAD, ATOR DE JAMES WEST, MORRE AOS 84 ANOS



Além do famoso personagem da série de faroeste, ator participou de várias outras séries.

Adriano de Avance Moreno

                Mais um ator com larga participação em produções de cinema e TV nos deixou no último dia 8 de fevereiro: Robert Conrad, que faleceu aos 84 anos, vítima de insuficiência cardíaca.
                O ator é lembrado por um de seus papéis mais famosos na TV, o de James West, série de faroeste produzida entre 1965 e 1969, que o tornou famoso internacionalmente, tendo sido exibida em vários países, inclusive o Brasil.
                Nascido Conrad Robert Falk, em março de 1935, na cidade de Chicago, Robert começou a trabalhar aos 15 anos de idade, com o objetivo de viver por conta própria. Depois de trabalhar em vários empregos, ele estudou artes cênicas e canto, cursos que desenvolveram seu talento artístico, que posteriormente lhe seriam muito úteis ao tentar a carreira de ator. Quando conheceu o ator Nicky Adams, de quem ficou amigo, este o ajudou lhe arrumando pequenos papéis em filmes na segunda metade dos anos 1950, e sua habilidade com músicas lhe permitiu também lançar-se como cantor. O ator começou a participar de episódios de algumas séries, como Bat Masterson, Maverick, Sea Hunt, Lawman, Highway Patrol, entre outros, ganhando aos poucos maior visibilidade em Hollywood. Ao atuar na série de TV 77 Sunset Strip, Conrad chamou atenção suficiente para seu personagem ganhar uma série própria, Hawaiian Eye, interpretando o detetive Tom Lopaka, produção que durou 4 temporadas, sendo produzida de 1959 a 1963, com um total de 134 episódios.
                Nesta série, Conrad fazia o papel de um detetive em dupla com o ator Anthony Eisley, que fazia o personagem Tracy Steele. Ambos tinham uma agência de investigação que também atuava como segurança particular. Durante a produção desta série, o ator lançou alguns discos de música que tiveram ótimas vendagens, ajudando a aumentar seu estrelado em Hollywood, mas seu maior sucesso estaria por chegar logo em seguida.
                Escolhido para ser o protagonista da série The Wild Wild West (O Velho Oeste Selvagem, numa tradução literal), Conrad finalmente alcançou seu maior estrelato. Ele fazia o papel de James T. West, um agente secreto do governo dos Estados Unidos, na época presidido por Ulysses S. Grant (1869-1877), que percorria todo o país executando as missões que lhe eram confiadas. A seu lado, estava Artemus Gordon, interpretado por Ross Martin. A série aproveitava-se da fama do gênero faroeste, mesclando-o com o lance de espionagem e agentes secretos, que estava em alta na época, graças aos filmes de James Bom, o 007, o que motivou as redes de TV a produzirem séries no gênero para tentarem roubar parte desta audiência. O diferencial era que James West podia ser definido como o próprio James Bond nos tempos do Velho Oeste.
Ross Martin, como Artemus Gordon, e Robert Conrad, a dupla de agentes especiais na série James West, exibida de 1965 a 1969.
                West e Gordon singravam o país em um trem especial, que lhes servia de base móvel, equipado com vários equipamentos secretos, e até mesmo um laboratório, onde Gordon, além de mestre dos disfarces, era também um exímio inventor que criava os mais variados aparatos que usavam em suas missões, muitos deles futuristas para a época do faroeste. O maior adversário que eles enfrentaram era o Dr. Miguelito Loveless, interpretado pelo ator anão Michael Dunn, que deu muito trabalho para a dupla de agentes secretos em várias oportunidades, sempre conseguindo escapar ao final, ludibriando os heróis. A série acabou cancelada devido às críticas de violência excessiva, depois de 4 temporadas, e 104 episódios. Nas filmagens do seriado, Conrad fazia questão de rodar ele mesmo as cenas de ação, dispensando dublês, e algumas vezes isso acabou mal, mas o ator conseguia se recuperar, apesar de tudo. No Brasil, a série foi exibida nos anos 1970 e início dos anos 1980, pelas TVs Bandeirantes e Record. A série acabou lançada há alguns anos atrás, completa, pela distribuidora World Classic, com apenas uma das temporadas preservando a dublagem em português da época, sendo o restante apenas legendado. A série de TV ganhou dos filmes “reunions”, em 1979 e 1980, trazendo novamente James West e seu parceiro Artemus Gordon em duas novas aventuras, no que foi a última participação de Conrad no papel mais famoso que já teve.
                Com o fim de James West, Robert Conrad fez participações especiais em inúmeros seriados, além de alguns filmes para cinema. Entre as séries de TV, ele esteve em Missão: Impossível, Mannix, Columbo, entre outras produções. Em 1979, Conrad estrelou uma nova série de espionagem, A Man Called Sloane (Um Homem Chamado Sloane), com um estilo que misturava vários conceitos de séries de espionagem já exibidas na TV, mas que não fez sucesso, sendo cancelada depois de apenas 12 episódios de sua única temporada. Esta série também foi exibida no Brasil, nos anos 1980, sendo reprisada várias vezes. Nos anos 1980, Conrad, além de participar de várias séries, começou a atuar também como produtor, sendo que a partir dos anos 1990, começou a ter menos oportunidades na TV e no cinema. Em 1999, foi produzido um filme para cinema baseado na série, com Wil Smith interpretando o famoso agente secreto dos tempos do faroeste. Chegaram a oferecer uma participação para Conrad no filme, mas ao ler o roteiro, ele detestou a nova caracterização adotada pela produção, que segundo ele deturpou completamente o espírito do seriado dos anos 1960. De fato, o filme não fez grande sucesso, sendo inclusive indicado ao Framboesa de Ouro, onde foi “premiado” com Pior Filme , Pior Diretor , Pior Roteiro , Pior Canção Original (para a música " Wild Wild West " de Smith) e Pior Dupla em Tela. Em 2009, Will Smith chegou a se desculpar publicamente com Robert Conrad pela abordagem do filme ao personagem. Antes disso, em 2003, o ator sofreu um acidente dirigindo seu carro, ao estar bêbado, e acabou condenado em prisão domiciliar, sendo que o ator sofreu várias sequelas neste acidente que o deixaram semiparalisado.
                Conrad foi casado duas vezes, a primeira com Joan Kenlay, de 1952 a 1977, com quem teve 5 filhos, e se separaram de comum acordo. Seu segundo casamento foi com LaVelda Ione Fann, em 1983, e que durou até 2010, com mais 3 filhos, totalizando 8. O ator deixou 18 netos.
                Que descanse em paz, nosso velho e eterno James West.

Acima e abaixo, dois dos boxes de DVD da série James West, lançados no Brasil.

Robert Conrad também estrelou outra série no papel de agente secreto, em “Um Homem Chamado Sloane” (acima), em 1979, tendo como parceiro Tork, um agente com uma mão mecânica com várias utilidades, interpretado pelo ator Ji-Tu Cumbuka. Abaixo, uma foto recente de Conrad.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

TOEI LANÇA SUA NOVA SÉRIE PRECURE: HEALIN’ GOOD PRECURE



Franquia chega à sua 17ª série no Japão, renovando-se sempre todos os anos.

Adriano de Avance Moreno

                Entra ano, sai ano, e uma das estratégias mais conhecidas dos estúdios de produção do Japão é lançar novas séries de suas mais famosas franquias da cultura pop japonesa, e entre estes estúdios temos a Toei Animation, que confirmando este “modus operandi”, acaba de lançar mais uma série de uma de suas principais propriedades, Pretty Cure, ou simplesmente, Precure, para deleite de muitos fãs que há anos já se acostumaram a esperar as novas produções do estúdio nesta série do gênero mahou shoujo (garotas mágicas).
                A nova série, que estreou no último dia 2 de fevereiro na TV Asahi, chama-se Healin’ Good Precure (Boa Cura Precure, numa tradução literal), e substituiu a série anterior da franquia, Star Twinkle Precure (Brilho Estelar Precure), iniciada em 2019. Enquanto o tema da série anterior era espaço e imaginação, esta tem como principal tema a “cura”, com as heroínas da nova série tendo a função de tratar as feridas que nosso planeta sofre na mão dos inimigos.
                Em algum lugar além do conhecimento humano, existe o Healing Garden (Jardim da Cura), cuja função de seus habitantes, chamados de Healin Animals (Animais da Cura), é manter a natureza livre das contaminações e más influências. Mas o local sofre um ataque devastador dos Byougenzu, um grupo perverso que quer deturpar e contaminar nosso mundo, aprisionando os elementos vitais da natureza. Teatinu, a rainha do Healin Garden, cuja forma é de um belo cachorro, tenta resistir como pode ao inimigo, mas sentindo que não terá condições de detê-los, encarrega três fadas aprendizes dos Healin Animals de fugirem para nosso mundo, levando consigo Latte, a princesa do Healin Garden, e procurarem por humanas que possam tocar “os corações de suas patas”, para unirem-se a elas, e conseguirem criar as guerreiras lendárias da esperança, chamadas Precures.
                Jurando proteger Latte, e encontrarem as humanas com as quais possam se unir, as três fadas aprendizes, Rabirin (cuja aparência é de um coelho rosa), Pegitan (que tem a forma de um pinguim azul), e Nyatoran (que tem a forma de um gato), junto com a princesa Latte (que também tem a forma de um cachorro), escapam para nosso mundo, chegando à cidade de Sukoyaka, onde tentam, sem muito sucesso, interagir com as pessoas, procurando pelas quais poderiam ter empatia, e se unirem a elas para criar as guerreiras lendárias.
                Na mesma cidade, a família Hanadera acaba de chegar à sua nova casa, finalizando a mudança vindos de sua antiga cidade. Nodoka, a filha do casal, está esfuziante com seu novo lar, podendo finalmente andar sem preocupação, depois de ter tido sérios problemas de saúde. Tendo um coração gentil e atencioso, ela está sempre disposta a ajudar as pessoas, e ao sair para conhecer a cidade, começa a ajudar qualquer um que aparece à sua frente. Mas em um grande parque, um dos integrantes dos Byougenzu, vendo todo aquele frescor cintilante das pessoas e da natureza ao redor, resolve contaminar todo o lugar, criando um maléfico monstro chamado Megabyogen, que causa pânico às pessoas, e começa a poluir todo o ambiente. Rabirin, Pegitan e Nyatoran, tentam deter o monstro, mas não tem como impedir seu avanço, e sua contaminação coloca a saúde de Latte, vinculada à natureza, em perigo. É nesse momento que Nodoka acaba encontrando as três fadas aprendizes, e tocada pelo sofrimento da pequena Latte, e desejando a todo custo fazer algo para deter a destruição causada pelo Megabyogen, ativa a empatia necessária a Rabirin para invocar o lendário Healin Stick, com o qual pode se fundir, e unir-se a Nodoka, que se transforma em Cure Grace, a Precure das Flores, uma das guerreiras lendárias.
                Com seus novos e impressionantes poderes, Nodoka vence o Megabyogen, e dá às fadas a esperança de poderem cumprir com sua missão de proteger a Terra, e recuperarem o Healin Garden. Mas Nodoka não irá lutar sozinha contra os Byougenzu: em sua nova escola, ela se torna colega de Chiyu Sawaizumi, uma garota atlética e muito alegre e inteligente, com grande senso de responsabilidade, que unindo-se a Pegitan, acaba por transformar-se em Cure Fontaine, a Precure da Água. Outra nova colega de escola, Hinata Hiramitsu, uma jovem muito extrovertida, honesta, e amigável com todos, e amante de moda, ao unir-se a Nyatoran, se torna Cure Sparkle, a Precure da Luz, e está formado o trio de heroínas da nova série Precure, com o objetivo de defender nosso mundo dos intentos contaminadores dos Byougenzu, de modo que as heroínas da nova série serão as “médicas” que irão tratar e curar nosso planeta, evitando que ele se torne um mundo estéril e sem vida.
                No decorrer da série, está prevista a estréia de mais uma heroína Precure, que se chamará Cure Earth, que formará então o quarteto de guerreiras lendárias que confrontarão os Byougenzu, para impedi-los de continuar a espalhar a contaminação de nosso mundo, com o objetivo sugar a energia vital do planeta para libertar seu grande líder, o King Byougen, que foi selado há eras atrás por antecessoras das novas guerreiras lendárias. As heroínas deverão coletar as Element Bottle (Garrafas dos Elementos) para com seu poder reunido garantir a integridade da natureza de nosso mundo, e frustrar os planos do King Byougen de retornar à Terra.

Nodoka Hanadera, em sua identidade normal, e em sua forma Precure, Cure Grace, e sua fada parceira, Ribirin (ao centro).
                Entre as novidades apresentadas nesta nova série, que é a 17ª da franquia, iniciada pela Toei Animation em 2004 com a série Futari Wa Pretty Cure, está o das heroínas usarem cetros para se transformarem, além do fato de suas fadas parceiras unirem-se a estes cetros, e com eles, ativarem não só a transformação, mas podendo participar ativamente das lutas travadas pelas suas Precures. Ao comando de “Star! Precure Operation”, as garotas transformam-se nas guerreiras lendárias, com cada uma possuindo seus golpes especiais e habilidades de combate, além de todas elas, como é praxe na franquia, possuírem força sobre-humana, que lhes permite realizarem várias proezas físicas. E para a primeira heroína a se transformar, Nodoka, seus novos poderes como Cure Grace tornam-se ainda mais impressionante para ela, uma vez que até pouco tempo, era uma garota doente, e que não podia se esforçar muito.

Chiyu Sawaizumi, e sua forma Precure, Cure Fontaine, e sua fada parceira, Pegitan (acima). Abaixo, Hinata Hiramitsu, a Cure Sparkle, e seu parceiro, Nyatoran.

                A série tem direção de Yoko Ikeda, que entre outros trabalhos no currículo, já participou da equipe de produção de filmes para cinema de séries como Bleach, Naruto, Doraemon, Arale-chan, além de ter trabalhado em séries de TV como Steel Angel Kurumi II, Slam Dunk, Yamato 2199, One Piece, Digimon Fusion, Yu-Gi-Oh (primeira série de TV), entre outras produções. Na franquia Precure, Ikeda já atuou nas séries Suite Precure, Smile Precure, e Doki Doki Precure, além do filme reunion para cinema Precure Super Stars. A produção está a cargo de Yasui Kazunari, e a série é escrita por Junko Komura, que já trabalhou nas séries de TV Go! Princess Precure! e Kira Kira Precure a La Mode!, além do filme para cinema Hugtto! Precure Futari wa Precure All Stars Memories, de 2018, na franquia Pretty Cure. Komura também roteirizou parte da série Akibaranger, paródia da própria Toei sobre outra de suas principais franquias, as séries Super Sentai. A música da série está sob os cuidados de Shiho Terada, que faz sua estréia na franquia, já tendo trabalhado em séries como Inazuma Eleven Go, Inazuma Eleven Go II, Super Robot Wars OG: The Inspector, e Leviathan: The Last Defense. Já o character design da série é de Naoko Yamaoka, profissional já veterana da franquia Precure, tendo trabalhado na parte técnica de animação das séries Fresh Pretty Cure, Simle Precure, Doki Doki Precure, Heartcatch Precure, Hugtto! Precure, Mahou Tsukai Precure, Kira Kira Precure a La Mode, Suite Precure, Yes! Pretty Cure Five, além de Futari wa Pretty Cure Max Heart, e Futari wa Pretty Cure Splashstar, e os filmes reunion para cinema Precure Allstars Deluxe 2 e 3, e alguns dos filmes solo das séries das guerreiras lendárias. Já o desenho de arte da série é de Nagisa Nishida, também outra veterana da franquia, tendo concebido artes para as séries Suite Precure, Mahou Tsukai Precure, Go! Princess Precure!, Doki Doki Precure, Smile Precure, Heartcatch Precure, Hugtto! Precure, além de alguns dos filmes para cinema.

Shindoine, Guaiwaru, e Daruizen são os inimigos do Reino Byougenzu que as novas heroínas enfrentarão nas suas aventuras na série, tentando proteger nosso mundo de sua contaminação maligna.
                No campo das vozes, a dubladora de Nodoka/Cure Grace, Aoi Yuuki, já atuou em diversas séries de TV, como Akikan, Sword Art Online II, A-Channel, Ben-To, Black Bullet, Dance in the Vampire Bund, Digimon Adventure, Divine Gate, Last Exile, Kurenai, Boku no Hero Academy, Gosik, Seven Deadly Sins, entre outras séries. A Cure Grace não é sua primeira garota mágica protagonista: ela também deu voz a Madoka Kaname, a heroína da série mahou shoujo Puella Magi Madoka Magica; e também fez a personagem Hibiki Tachibana, em Senki Zesshō Symphogea; e também a personagem Pish, em Hyperdimension Neptunia. A artista já havia participado do filme para cinema de Kira Kira Precure a La Mode, na franquia Precure, em um papel secundário, mas ganhando agora a posição de uma das protagonistas da nova série de 2020. Já Natsu Yorita, a voz de Chiyu/Cure Fontaine, participou da série Star Twinkle Precure, fazendo um papel secundário, e agora ganhando também a chance de fazer uma das protagonistas de Healin’ Good, sendo que a artista já deu vozes a personagens secundários em algumas outras séries, fazendo sempre papéis pequenos. Hiyori Kono, a voz de Hinata/Cure Sparkle, também já atuou em algumas séries, mas Healin’ Good é a segunda série onde ela faz uma das protagonistas principais, tendo feito também a voz de Pirikarako-chan em Hakata Mentai! Pirikarako-chan.
                Apesar de ser um dos maiores sucessos da Toei Animation há mais de uma década, a franquia Pretty Cure permanece quase totalmente inédita por aqui no Brasil, com exceção das séries Smile Precure e Doki Doki Precure, exibidas pela Netflix, mas em adaptações malfeitas pela Saban, com o título de Glitter Force, que cortaram e/ou censuraram vários episódios, além de ter feito uma dublagem abaixo da crítica para a versão de Smile Precure, que muitos odiaram o resultado. Em contrapartida, em uma atitude inédita, a Toei resolveu disponibilizar os episódios da nova série Healin’ Good Precure em seu canal oficial no You Tube, logo após a exibição na TV japonesa, mas sem nenhum idioma de legendas, como forma de divulgação de sua nova produção. Em nosso país, o fansubber Aenianos já legendou praticamente todas as séries da franquia lançadas até hoje, assim como os filmes para cinema, sendo o melhor meio de se acompanhar as aventuras das guerreiras lendárias da justiça, enquanto não se consegue trazer oficialmente a franquia para estar paragens de forma decente e sem adulterações nas séries, infelizmente.