sábado, 30 de novembro de 2019

FAMÍLIA DINOSSAUROS GANHA LANÇAMENTO EM DVD


“Não é a mamãe!”, era a fala mais conhecida de Baby, o filho mais novo da família Silva Sauro, personagens de uma série de TV que fez relativo sucesso no início dos anos 1990, quando o pequeno levado simplesmente enchia a paciência de seus familiares, geralmente Dino da Silva Sauro, o chefe da família, que além de todas as confusões do dia-a-dia, ainda precisava aguentar as pirralhiches do caçula da família. Um seriado que, para felicidade dos fãs e nostálgicos, poderá ser revista agora em vídeo, com suas duas primeiras temporadas ganhando lançamento em DVD.
Serão dois lançamentos, trazendo os episódios da primeira e da segunda temporada, de um total de quatro, que o seriado teve, quando foi produzido, entre 1991 e 1994. O lançamento é da distribuidora One Movies, que vem trazendo ao mercado de vídeo nacional algumas produções antigas que deixaram saudade para muitos, e que agora poderão ter também esta série no seu rol de opções.
FAMÍLIA DINOSSAUROS – A PRIMEIRA TEMPORADA COMPLETA está sendo lançada pelo preço de R$ 59,90. Já FAMÍLIA DINOSSAUROS – A SEGUNDA TEMPORADA COMPLETA, tem preço oficial de R$ 99,90. Nos primeiros dias de lançamento, até 2 de dezembro, estão sendo oferecidos pelos preços de R$ 35,94 e R$ 49,90, respectivamente, como parte da promoção da Black Friday, no site oficial da empresa, no endereço virtual https://www.1films.com.br. Os episódios vêm com opções de áudio em inglês, e em português, além da opção de legendas em nosso idioma. O primeiro box na verdade possui apenas um disco, enquanto o box da segunda temporada já vem com 5 discos, devido às diferenças na quantidade de episódios que cada temporada possui.
O seriado explora o cotidiano de uma família da era dos dinossauros, durante o período jurássico, onde a sociedade possuia hábitos antropomórficos, e apesar de ser concebida como um programa infantil, fazia piada e até críticas com o estilo de vida das famílias modernas, a exemplo de muitas outras produções, como os Flintstones, Jetson, e por aí vai. E, ambientada na época dos dinossauros, ela era na prática uma série live-action, com os personagens sendo interpretados por atores e bonecos animatrônicos que faziam as expressões faciais dos personagens. A produção, da Disney, foi feita em parceria com o suporte de Jim Henson, o criador dos Muppets, que anos antes haviam feito muito sucesso não apenas na TV norte-americana, mas também em diversos outros países, entre eles o Brasil. Henson criou os personagens da série e produziu o programa, em conjunto com Michael Jacobs. E Família Dinossauros conseguiu repetir o feito de sucesso por onde foi exibido, inclusive no Brasil, onde estreou pela TV Globo, e depois de algum tempo perambulou por alguns canais em reprises.
                A série estreou em abril de 1991 na rede ABC, nos Estados Unidos, encerrando-se em outubro de 1994, com um total de 65 episódios produzidos. A primeira temporada conta com apenas 5 episódios, já a segunda possui 24 episódios. A terceira temporada conta com 22 histórias, e a quarta e última, com apenas 14, onde a série já não empolgava tanto quanto antes, e por isso acabou encerrada. Tanto que o último episódio, aliás, termina até de forma meio melancólica, e com uma grande crítica, e aviso para todos, onde por um desastre ambiental criado pela sociedade desencadeia a próxima Era Glacial, que acaba dizimando todos os personagens, de forma meio subentendida, mas até clara, um final surpreendente para uma série que sempre foi considerada por muitos como apenas infantil, mas que tinha seus momentos de crítica da sociedade, levantando questões sociais e morais, a exemplo do que fazem os Simpsons e South Park, mas sem serem tão contudentes quanto estas últimas.
                Na série, Dino da Silva Sauro (Stuart Pankin, no original em inglês), é um humilde pai de família que dá duro como empregado na firma madeireira do Senhor Richfield, um patrão autoritário e explorador que não hesita em gritar com seus empregados ao menor sinal de implicância com eles. Dino trabalha derrubando árvores, e isso lhe garante, aos trancos e barrancos, o sustento da casa, onde tem sua esposa Fran, e seus filhos Robert e Charlene, títpicos adolescentes, além claro, de Baby, o xodó da família (e o inferno de Dino, em alguns momentos). Os nomes dos personagens acabaram adaptados aqui no Brasil, assim como certos termos da série, a fim de deixar os personagens mais próximos do cotidiano brasileiro.
                A One Movies confirmou que pretende lançar a série completa, com os boxes das temporadas restantes podendo ser disponibilizados muito em breve para venda, assim como oferecer a opção de compra de uma caixa contendo todas as temporadas, a exemplo do que fez com a série Xena – A Princesa Guerreira, lançada há dois meses atrás, onde todas as temporadas estão disponíveis para venda separados, mas também podem ser adquiridos de uma só vez, em uma caixa única. Apesar das inúmeras reprises que a série teve ao longo dos anos, de forma que não esteve tanto tempo ausente das nossas emissoras de TV, trata-se de um lançamento muito bem-vindo da One Movies, que resgata para o mercado nacional de vídeo outra série que marcou época na primeira metade dos anos 1990, ganhando referência até em algumas outras produções, e que merecia ser lançada no mercado de vídeo brasileiro. Com o lançamento das primeiras duas temporadas, é aguardar pelo restante da série, e comemorar mais este feito da distribuidora para oferecer mais uma opção no combalido mercado de vídeo nacional, que se bem trabalhado, ainda pode render muitos frutos, bastando para isso muita competência e respeito para com os fãs e consumidores.


GUGU LIBERATO, APRESENTADOR, MORRE AOS 60 ANOS


O mundo do entretenimento nacional perdeu um de seus maiores nomes neste mês de novembro. Antônio Augusto Moraes Liberato, o famoso Gugu, sofreu um acidente em sua residência na Flórida, Estados Unidos, onde estava reunido com seus filhos. O apresentador, ao ir verificar o aparelho de ar condicionado de sua casa, acabou caindo de uma altura de cerca de 4 metros, batendo a cabeça na queda, e sendo hospitalizado em estado grave devido ao ferimento. Infelizmente, o quadro se mostrou irreversível, e Gugu faleceu, aos 60 anos de idade, deixando mulher (não casada oficialmente com ele) e três filhos.
Nascido em 1959, em São Paulo, filho de imigrantes portugueses, Gugu iniciou sua carreira televisiva ainda aos 14 anos, quando se tornou assistente de produção do programa Domingo no Parque, apresentado por Silvio Santos, ainda nos anos 1980. Quando o apresentador inaugurou seu próprio canal de TV, a rede TVS/SBT, lá estava Gugu, apresentando um quadro chamado Sessão Premiada no novo canal. Algum tempo depois, o então jovem apresentador ganhava o seu principal trampolim para a fama, ao apresentar o programa Viva a Noite, nas noites de sábado na emissora, o que lhe valeu até um convite para se mudar para a toda-poderosa Rede Globo, em 1988.
Silvio Santos, porém, foi atrás de Gugu, e conseguiu convencer Roberto Marinho, dono da Globo, a rescindir o contrato, de forma que Gugu permaneceu na emissora do Homem do Baú, que tinha planos de tornar Gugu o seu sucessor na apresentação dos programas de auditório de sua rede, uma vez que ia se submeter a uma cirurgia nas cordas vocais, já cansadas depois de tantos anos de trabalho à frente das platéias de seus programas. E assim, o apresentador ganhou espaço aos domingos, apresentando programas como Passa ou Repassa, e Cidade Contra Cidade, até chegar ao Domingo Legal, onde travou batalha de audiência ferrenha com Fausto Silva, na Globo. Durante seu período de fama, Gugu participou também de alguns filmes, ao lado de Xuxa, e dos Trapalhões. O apresentador permaneceu na TVS/SBT até 2009, quando então finalmente saiu, indo para a TV Record, e com as bênçãos de Silvio.
E lá Gugu esteve até sua morte, com alguns intervalos, tendo apresentado diversos programas, e tendo alguns até gravados para serem apresentados ainda. De jovem promessa, Augusto Liberato se tornou um dos nomes mais famosos da TV brasileira, ao lado de seu amigo e patrão Silvio Santos, que por anos dividiram os domingos na emissora do Homem do Baú. E o que pouca gente talvez lembre é que, com a fama alcançada, Gugu estrelou até suas próprias aventuras em quadrinhos. E não foram poucas.
A primeira série foi lançada em 1984, produzida por alguns profissionais do estúdio de Ely Barbosa, que entre outros trabalhos, já tinha produzido aventuras de outro grande sucesso da TV nacional, o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Como Gugu, apesar de ainda estar despontando para a fama, tinha um certo apelo infanto juvenil pelo programa que apresentava, teve-se a idéia de produzir histórias em quadrinhos com ele. Alguns esboços foram feitos, até que finalmente a revista foi lançada, pela editora Sequência, com o título de “As Aventuras do Gugu”. E coube ao artista Gustavo Machado desenhar a primeira aventura de Gugu, com roteiro de Paulo Paiva. As histórias mostravam situações do personagem no cotidiano do dia-a-dia, e várias outras histórias baseadas nos programas apresentados por ele, contando até com a participação de outros artistas reais nas histórias. Essa primeira série teve cerca de 13 edições, que acabou sucedida, em 1986, por uma nova série, chamada “As Novas Aventuras do Gugu”, pela mesma editora, mas que acabou tendo apenas uma edição lançada.
Cerca de dois anos depois, em 1988, Gugu, já bem mais famoso, voltaria a ganhar novas histórias em quadrinhos, agora em uma nova revista mensal publicada pela Editora Abril. E Gustavo Machado, que havia feito a concepção artística do personagem do Gugu em quadrinhos para as histórias publicadas pela Editora Sequência, prestava serviços em esquema de freelancer para a Abril, e acabou sondado por Waldyr Igayara, então diretor da Abril Jovem, sobre o projeto de uma nova revista em quadrinhos do Gugu. E coube novamente a ele criar a nova concepção artística do Gugu em quadrinhos, que acabou aprovada pelo próprio apresentador. Assim, em setembro de 1988, a nova revista chegava às bancas, sob o título de “Aventuras do Gugu em quadrinhos”. Segundo Gustavo, “as HQs do Gugu eram aventuras na linha de Tintin, assim eu gostava de imaginar, com leves pitadas de romantismo. Nada a ver com o apresentador e seu universo restrito aos quadros do programa da TV”, declarou o artista em seu perfil no Facebook.
De acordo com o artista, além de criar as cinco primeiras capas do novo título de quadrinhos, ele desenhou cerca de 18 histórias, totalizando 163 páginas, das quais 132 acabaram publicadas na revista mensal, além de três dos quatro almanaques lançados, e em uma edição especial da revista Misto Quente. Restaram 31 páginas que permaneceram inéditas, em virtude do cancelamento do título mensal, após a edição 20, lançada em março de 1990, sendo substituída então pelos almanaques, que foram lançados entre maio e dezembro daquele ano.
Gustavo lembra que não desenhou tantas histórias do Gugu como personagem de quadrinhos como gostaria. “Infelizmente, alguns meses depois haveria uma mudança editorial, que implicaria no meu afastamento da produção do Gugu, sendo convidado para desenhar novos argumentos apenas ocasionalmente. Ainda assim, minha produção de quadrinhos do Gugu foi alta.”, afirmou o artista, novamente em seu perfil no Facebook.
O fim da segunda revista em quadrinhos, contudo, não foi o fim das aventuras de Gugu na arte sequencial. No início de 1992, a Editora Azul lançava a revista semanal “Sabadão Sertanejo”, inspirada obviamente no programa apresentado por Gugu em substituição ao antigo Viva a Noite, e que era o novo sucesso das noites de sábado na TVS/SBT. E a editora resolveu apostar em um novo projeto de levar Gugu novamente para os quadrinhos. E, mais uma vez, Gustavo Machado acabou sendo chamado para trabalhar neste projeto, cuidando da produção artística. O artista, em seu perfil no Facebook, inclusive detalha que, ao contrário das outras concepções anteriores publicadas pelas editoras Sequência e Abril, desta vez Gugu seria apresentado como um personagem pré-adolescente. E as aventuras criadas também seriam bem mais simples, com 1 a 3 páginas, no máximo, que ocupariam apenas parte da nova revista, que não era um gibi, mas voltada para as novidades do universo da música sertaneja, de modo que as historinhas eram na prática um bônus para os leitores que compravam a publicação. A nova revista, entretanto, durou apenas 19 edições, publicada semanalmente, tendo sido cancelada devido a erros grotescos de planejamento editorial e mercadológico, de modo que, com o seu fim, terminou também ali as aventuras de Gugu com o universo dos quadrinhos.
Gugu, aliás, não foi o único apresentador famoso que ganhou versão em quadrinhos naquela época. Seus “concorrentes”, Fausto Silva, Sérgio Mallandro, e Xuxa, também ganharam revistas mensais em quadrinhos, que foram publicadas pelas editoras Abril e Globo. Destas, a revista da rainha dos baixinhos foi a mais longeva, com cerca de 69 edições mensais, lançadas entre 1988 e 1993, com o título de “Revista da Xuxa”, além de alguns almanaques, em um total de 8 edições. Sérgio Mallandro, por sua vez, teve duas séries de gibis: a primeira, entre 1988 e 1990, pela Abril, com o título “Revista do Sérgio Mallandro”, com 20 edições lançadas, e que depois passou para a Editora Globo, já sob o título apenas de “Sérgio Mallandro”, com mais 22 números, lançados entre 1990 e 1992, além de dois almanaques, um pela Abril e outro pela Globo. E, por último, tivemos a revista “Quadrinhos do Faustão”, protagonizada pelo ex-apresentador do Perdidos na Noite, na TV Bandeirantes, e que agora estrelava o “Domingão do Faustão” na TV Globo. Foram apenas 8 números lançados pela Editora Abril em 1991. E até Angélica ganhou revista em quadrinhos também, através da Editora Bloch, com 21 edições lançadas entre 1989 e 1990. Todas iniciativas que contaram com vários artistas nacionais que conceberam histórias até divertidas e engraçadas, em um momento que até durou pouco, mas até deixou um pouco de saudades em quem teve oportunidade de ler aqueles gibis enquanto foram publicados.
Gugu foi um fenômeno na história da TV brasileira, mas não chegou a ser o que todos imaginavam, o “herdeiro” de palco de Silvio Santos, seu ídolo e mentor, e depois, patrão e amigo. Apesar dos bons momentos, seus programas, em especial quando apresentou o Domingo Legal, descambaram muitas vezes para a briga por audiência, pura e simplesmente, com algumas atitudes questionáveis por parte do apresentador, que chegava a deixar convidados esperando, só para escolher o melhor momento de chamá-los, se a audiência do programa, medida em tempo real, despencasse na luta pelo Ibope. Isso ajudou a desgastar sua imagem com o passar do tempo, de modo que, quando estreou na TV Record, há cerca de 10 anos atrás, já não tinha a mesma fama de seu apogeu. Mesmo assim, apresentou vários programas, e seguia firme na ativa.
Com os filhos morando nos Estados Unidos, onde podiam curtir uma vida mais tranquila e sem assédio por serem filhos do famoso apresentador, Gugu sempre que podia, ia para Miami, para se encontrar com eles, e curtir seus momentos familiares com discrição. E, infelizmente, foi em um momento desses que houve o acidente que o vitimou. A TV brasileira perde um de seus grandes nomes, e muitos sentirão sua falta, em especial aqueles que trabalharam com ele, além dos que foram ajudados pelo apresentador, ao longo dos anos. Descanse em paz, Gugu!



sábado, 23 de novembro de 2019

JBC REVELA DETALHES DO MANGÁ NACIONAL DE JASPION


Quem espera sempre alcança, diz o ditado, e no que tange ao mercado nacional de quadrinhos, nunca os fãs nacionais precisaram exercitar tanto essa virtude como nos últimos tempos, quando alguns projetos, em especial na área de mangás a serem publicados em nosso país, foram anunciados pelas editoras, e deixando os fãs esperando por um longo tempo. E, no caso dos quadrinhos japoneses, a desculpa é quase sempre a mesma: o longo processo de tramitação do desenvolvimento do projeto de publicação junto aos japoneses, que infelizmente querem sempre verificar como a coisa está andando por este lado do mundo. Preciosismos à parte, é algo que torna bem complicado o lançamento de certas séries, porque infelizmente os japoneses costumam ser bem chatos neste quesito. O único consolo é que a espera, ao menos, tem valido a pena.
E é com esse espírito que os fãs de mangás e tokusatsu estão com a expectativa em alta por um dos mais recentes projetos anunciados pela editora nipo-brasileira JBC, que há mais de um ano atrás, anunciou que lançaria uma série de quadrinhos estrelada por um dos mais cults personagens das produções de tokusatsu, em aventuras inéditas: Jaspion. E o mais incrível, que seria uma série produzida aqui no Brasil. Isso, por si só, já significaria que a produção poderia ser ainda mais demorada do que o normal, porque os japoneses, muito cuidadosos e criteriosos, seriam ainda mais meticulosos na aprovação do conteúdo produzido por aqui. A operação envolvia a Sato Company, atual detentora dos direitos do personagem no Brasil, e a Toei Company, no Japão, dona do personagem. O anúncio, feito em julho de 2018, deixou os fãs eufóricos com a possibilidade de verem novamente o famoso herói do gênero metal hero em novas aventuras, continuando a saga do personagem, que na série de TV produzida nos anos 1980, derrotou o poderoso demônio espacial Satan Goss e seus asseclas.
E, depois de uma longa espera, no evento Henshin+, realizado neste último dia 17 de novembro, finalmente a JBC acalmou os fãs com as primeiras notícias a respeito do mangá da série, que infelizmente ainda não ficará pronto para este ano. Contando com roteiros de Fábio Yabu, ninguém menos que o criador dos Combo Rangers, o mangá terá a arte a cargo de Michel Borges, que também ilustrou a série Combo Rangers. A a edição é de Marcelo Del Greco, com produção executiva por conta de Edi Carlos Rodrigues, da Editora JBC. O projeto marca o início ao Henshin Universe, e ao selo JBStudios, que contará com publicações originais da editora.
Intitulado O REGRESSO DE JASPION, e com previsão de 3 volumes, o mangá de Jaspion finalmente ganhou data de lançamento, com o primeiro volume devendo ser disponibilizado em março do ano que vem. Entre outros detalhes, foram exibidos durante o Henshin+ amostras da arte, e de como deverá ficar a apresentação do primeiro volume, que terá cerca de 170 páginas, sendo que 14 delas serão coloridas, com capa dura, no formato 17,5 cm x 24,5 cm, e miolo em papel Luxcream. O preço também foi definido, ficando em R$ 59,90. Também foi divulgada a sinopse da série, que se passa cerca de 10 anos após o fim do seriado de TV, depois da vitória final do herói sobre Satan Goss e seus servos. É revelado que Jaspion travou lutas contra outras forças do mal pela galáxia afora, mas um novo perigo chama Jaspion de volta ao nosso mundo.
 “Depois de derrotar Satan Goss e MacGaren em uma batalha mortal, Jaspion deixou o planeta Terra para lutar contra as forças do mal por todo o universo. Mas surge uma nova ameaça. Mas uma estranha concentração de energia negativa traz a terrível bruxa galáctica Kilmaza de volta à vida. Tomada pelo desejo de vingança contra o Campeão da Justiça, agora ela planeja ressuscitar não apenas MacGaren, mas também Satan Goss e outros aliados. É hora de Jaspion voltar à Terra depois de muito tempo, e lutar mais uma vez contra as forças do mal comandadas por Satan Goss. Para isso, o Campeão da Justiça contará com a ajuda de velhos amigos como Boomerman, Anri, John Tiger e o Gigante Guerreiro Daileon.”
                Produzida em 1985, e exibida originalmente pela TV Asahi entre março daquele ano e março de 1986, contando com 46 episódios, a série Kyojuu Tokusou Juspion mostrava as aventuras de Jaspion, um herói espacial que fora treinado por Edin, um profeta, para enfrentar o perverso demônio Satan Goss, que um dia retornaria para aterrorizar a galáxia. Quando este dia chega, o herói parte para o universo, iniciando sua missão de combatê-lo, vindo por fim à Terra, onde uma estranha profecia de um misterioso pássaro dourado carregaria a chave para eliminar o demônio espacial em definitivo, passando a defender nosso mundo das investidas dos servos de Satan Goss, liderados por MacGaren, filho do demônio espacial. Curiosamente, a série teve uma sucesso mediano no Japão, inferior às produções do gênero Metal Hero anteriores, como Gavan, que deu origem à trilogia dos policiais do espaço, em conjunto com as séries Sharivan e Sheider.
                No Brasil, entretanto, Jaspion foi um verdadeiro estouro de audiência quando exibido pela TV Manchete, que reprisou a série à exaustão. O seriado também ganhou lançamento em VHS, e na década passada, foi relançado em DVD pela Focus Filmes. Recentemente, a série ganhou relançamento no mercado de vídeo nacional, pela empresa World Classics. As aventuras do herói espacial, que contava com a ajuda da garota andróide Anri, de seu mentor Edin, e contando com o fantástico Gigante Guerreiro Daileon marcaram época na TV nacional, desencadeando um boom de produções tokusatsu em fins dos anos 1980 e início dos anos 1990, com várias produções japonesas aportando em nossas emissoras, como as séries Super Sentai Google Five, Changeman, Flashman, e Maskman, além das séries da trilogia dos policiais do espaço, Gavan, Sharivan e Sheider, e várias outras produções.
                Jaspion nunca foi esquecido pelos fãs nacionais, e a força e popularidade do personagem, mesmo após tantos anos, se mostra inabalável, e é esse o grande impulso para a produção desta série nacional sobre o personagem, continuando suas aventuras clássicas. A espera tem sido longa, mas tudo indica que valerá a pena esperar para ver o regresso de Jaspion em novas aventuras, em 2020. Vida longa a Jaspion!