sábado, 29 de junho de 2019

ARTISTAS DOS TOKUSATSUS NO ANIMEFRIENDS 2019


                Um dos eventos mais tradicionais dedicados às produções japonesas terá em breve sua edição 2019. O Animefriends este ano será realizado no Pavilhão Norte/Sul do Anhembi, tradicional palco de grandes eventos localizado próximo ao Terminal Rodoviário do Tietê, na zona norte de São Paulo, capital, nos dias 12 a 14 de julho. Como não poderia deixar de ser, a convenção, que já foi muito maior há alguns anos atrás, quando chegava a durar até 8 dias, divididos em dois finais de semana consecutivos durante o mês de julho, terá suas costumeiras atrações, como concurso de cosplay, vários estandes com produtos ligados às produções japonesas e cultura pop/nerd em geral, e diversos convidados. E entre eles, alguns artistas que farão a festa especialmente para aqueles que curtem as produções japonesas de tokusatsu.
                O grande destaque será o show “Ultraman Heroes”, que será realizado todos os dias no evento, em um dos auditórios, com a apresentação de uma aventura com 5 dos heróis da famosa franquia criada por Eiji Tsuburaya nos anos 1960, a saber: Ultraman, Ultraseven, Ultraman Mebius, Ultraman Geed e Ultraman Zero. Estamos em perigo! Descobrimos que o terrível alienígena Belial pretende invadir e conquistar a cidade de São Paulo. Mas a capital paulista não está protegida: para enfrentar o perigoso inimigo do espaço, poderemos contar com a presença dos Guerreiros da Luz, vindos da Nebulosa M78, para nos proteger. O Ultraman Heroes está de volta ao evento do Anime Friends, em uma apresentação inédita, chamada “A Vingança de Belial”, onde os cinco heróis mencionados lutarão para pôr fim à perigosa ameaça de Belial. Um verdadeiro prato cheio para os fãs de Ultraman & Cia.
                Mas as atenções dos fãs não ficará apenas na batalha dos guerreiros da Família Ultra. Outro nome que os fãs terão oportunidade de conhecer será a bela atriz Ayaka Komatsu, que também é modelo, e notabilizou-se no início da década passada por interpretar Minako Aino, a heroína Sailor Venus, na produção live-action de Sailor Moon. Aos 32 anos, ela tem no currículo trabalhos em diversos filmes e doramas. Infelizmente, a série live-action das guerreiras lunares permanece oficialmente inédita no Brasil até hoje, mas os fãs de Sailor Moon tiveram a oportunidade de assistir à produção em que Ayaka participou através de fansubbers, que disponibilizaram a série com legendas em português. A atriz e modelo estará presente nos três dias do Animefriends, onde os fãs de Sailor Moon terão a chance de conhecê-la.
                E quem estará de volta ao Brasil, em mais uma chance para travar contato com os fãs, é Takumi Tsutsui, que ficou muito conhecido em nosso país por estrelar a série “Jiraya, o Incrível Ninja”, interpretando Toha Yamashi, o personagem principal e herói da série. Takumi já esteve presente em alguns eventos no Brasil, e mais uma vez irá se encontrar com seus fãs nacionais no Animefriends, que até hoje guardam com muito carinho a atuação do ator como o intrépido guerreiro ninja do Clã Togakure que lutava contra a perversa família dos Feiticeiros do ninja Dokussai, além dos diversos oponentes do perigoso Império Ninja, pela posse de Pako, um tesouro espacial muito cobiçado por todos.
                E se a presença de Jiraya em pessoa já não fosse deixar os fãs eufóricos, e se ele ainda estiver acompanhado? Pois é, Takumi terá ao seu lado o ator Takumi Hashimoto, que também participou da série Jiraya, interpretando Manabu Yamashi, o irmão caçula de Toha, que também estará de volta ao Brasil para interagir com os fãs nacionais do seriado, que terão a oportunidade de estarem presentes frente a frente com dois dos personagens da saudosa série de ninjas que conquistou grande fama quando de sua exibição pela Manchete em fins dos anos 1980/início dos anos 1990. Portanto, é hora de marcar na agenda os dias de realização do evento, e garantir o seu ingresso. Para maiores informações, é só consultar o site oficial, no endereço eletrônico www.animefriends.com.br.

VINYX RETOMA LANÇAMENTO DE SÉRIES CLÁSSICAS EM DVD


Que a situação econômica brasileira não anda boa, não há como negar. Estamos vivendo uma longa crise que, nos últimos 4 anos, só fez nosso país patinar, e criar uma imensa legião de desempregados que infelizmente tem de lutar muito para sobreviver. Mas é um panorama que afeta também muitas empresas, pois sem vendas, não há como sustentar projetos, lançar produtos, e principalmente, pagar empregados. E um dos ramos que tem sido muito afetados é o mercado de entretenimento, que também tem tido seus percalços, e não foram poucos. E um deles é o mercado de vídeo nacional, que passa por um momento onde as grandes empresas do setor de home vídeo não ajudam muito a empolgar, num misto de descaso e incompetência para com o trato com o público consumidor. O que dá algum alento é que algumas empresas vem colocando alguns materiais interessantes no mercado, em especial o de filmes e seriados antigos, um nicho há muito abandonado pelas chamadas “majors”, que tem focado mais em lançamentos de produções recentes, e até colocado o mercado de blu-ray infelizmente em xeque com o modo como tem tratado com descaso a mídia de alta definição.
Uma destas distribuidoras que tem apostado em materiais antigos é a Vinyx Multimídia, que no ano passado começou a anunciar diversos lançamentos que deixaram o público consumidor deste tipo de material com água na boca, pela variedade, e por serem séries que tinham seu público fã, mesmo que não fossem muito famosas. Bem, a distribuidora lançou algumas das séries prometidas, mas boa parte delas ficou na promessa, nunca chegando às lojas para serem vendidas. Passado mais de um ano, onde muitos se perguntavam se a Vinyx havia sucumbido aos efeitos da crise econômica, e deixando muitos a ver navios esperando pelos prometidos lançamentos, eis que a distribuidora parece ter colocado a casa em ordem, e vem finalmente lançando algumas das caixas prometidas ainda no início do ano passado. Antes tarde do que nunca, pelo menos.
Uma das séries prometidas, para alegria e saudosismo dos fãs que tiveram chance de assistir a essa produção há muitos e muitos anos, é LANCELOT LINK, O AGENTE SECRETO – A SÉRIE COMPLETA, com todos os 17 episódios produzidos vindo em um box composto de 4 discos, trazendo esta incomum série de humor que marcou época nos anos 1970 por ser toda estrelada por chimpanzés! Isso mesmo, os primatas eram os astros do seriado. A caixa já está à venda nas lojas e sites on-line, pelo preço de R$ 79,90, com o grande barato de contar com a dublagem original em português, que tinha o artista André Filho (primeira voz do ator Christopher Reeve nos filmes “Superman” e antigo dublador do ator Sylvester Stallone) narrando os episódios. A produção, criada por Stan Burns e Mike Marmer, era um seriado de agentes secretos parodiando as famosas produções da TV do gênero na época, como Agente 86 e O Agente da U.N.C.L.E., e até mesmo filmes do cinema, como o famoso agente James Bond, o 007. Impossível também não se lembrar do filme “Planeta dos Macados”, uma vez que era um filme “estrelado” por símios (ainda que aqui fossem atores vestidos de macacos), mesmo que em um tom completamente diferente. Produzida em 1970 pela Sandler-Burns-Marmer Productions, “Lancelot Link, The Secret Chimp” (seu título original, em inglês) mostrava as aventuras de Lancelot Link, um agente secreto da APE (Agency to Prevent Evil, ou Agência para Prevenção do Mal), e sua parceira Mata Hairi, enfrentando as forças da sinistra organização CHUMP (Criminal Headquarters for the Underworld's Master Plan, ou Quartel-General Criminal dos Planos Mestres do Submundo), que tencionava dominar o mundo. Recebendo suas missões de seu chefe Darwin, Lancelot Link e Mata Hairi tinham o dever de desbaratar os planos perversos dos malfeitores e proteger a humanidade (ou deveria dizer, a macacada). A CHUMP era comandada pelo perverso Barão Von Butcher, que estava sempre acompanhado por seu mordomo, Creto. Contando com seu séquito de agentes, como Wang Fu, Ali Assa Sino, Dr. Sinistro, e as igualmente perigosas Duquesa e Mulher Dragão, eles colocavam em prática as mais variadas tramóias ameaçando o mundo. Pelo menos, até terem seus planos frustrados pela intrépida dupla de agentes. Lancelot Link não era exatamente um agente secreto infalível, mas sempre conseguia dar conta do recado, graças à sua parceira Mata Hairi, muito mais inteligente e capaz do que ele. E assim, mesmo aos trancos e barrancos, a APE frustrava os planos perversos da CHUMP, salvando novamente o mundo e a humanidade (digo, a macacada).
O grande charme da série era ser estrelada inteiramente por chimpanzés, vestidos e caracterizados como gente, dando o ar da graça. Graças a um bom orçamento para os padrões de séries de TV na época, os produtores puderam caprichar nos cenários, no figurino, e no treinamento dos chimpanzés, que aliado a uma boa dublagem, dava até mesmo para acreditar que eram atores de verdade estrelando um seriado, graças aos esforços do time de treinadores, que tiveram muito trabalho para conseguir que os animais dessem conta do recado. Mas o resultado mais do que valeu a pena. Criado para um público infantil, Lancelot Link acabou ganhando muitos fãs até mesmo entre os adultos, que adoravam ver os animais fazendo as mais variadas peripécias para dar andamento às histórias, que tinham roteiros até com muitas referências, fossem dos mais variados lugares, além de várias tiradas geniais. Exibida pela TV CBS, aprodução ficou no ar durante pouco mais de dois anos, embora tenham sido produzidos apenas cerca de 17 episódios de meia hora cada um, inicialmente exibidos em conjunto com desenhos animados, mas depois sendo reprisada sem eles. Além das histórias dos episódios, havia também clipes musicais com a banda formada por Lancelot Link e Mata Hairi, chamada “A Revolução da Evolução”, com todo aquele estilo musical próprio dos anos 1970. Infelizmente, a série durou pouco, mas quem a assistiu nunca mais a esqueceu, por verem os chimpanzés fazendo as maisvariadas atividades, como se fossem gente de verdade. Fosse produzida nos dias de hoje, os cretinos do politicamente correto, para não falar dos “gaviões” das associações de proteção aos animais, cairiam de pau em cima dos produtores da série, alegando todo tipo de acusação contra a série, começando por maus tratos e exploração dos animais coitadinhos... O mundo já foi muito menos cretino e hipócrita. E, finalmente, os velhos fãs poderão ter esta série em DVD para matar enfim a saudade.
                Outro lançamento prometido, e também não lançado, é o box da série de TV de O HOMEM DO FUNDO MAR, produzida entre 1977 e 1978 Solow Production Company. A idéia original da produção era levar para a TV as aventuras do personagem Namor, o Príncipe Submarino, da Marvel Comics. No mesmo ano, aUniversal havia produzido um filme piloto para uma possível série de TV do Incrível Hulk, e os resultados foram animadores, com a produção de um segundo episódio e a confirmação de que o seriado seria realizado. Mas os produtores não conseguiram fazer a adaptação do personagem anfíbio da Marvel como esperavam, e a série acabou recebendo outro nome, “Man From Atlantis” (O Homem do Fundo do Mar, na versão em português). Inicialmente, a rede NBC encomendou a produção de quatro telefilmes, cuja aceitação foi razoável, levando então à produção da série de TV, que infelizmente não rendeu a audiência desejada, tendo apenas 13 episódios produzidos. A Vinyx anunciou no ano passado o lançamento de dois boxes, um deles com os telefilmes, e outro com os episódios do seriado, e é este último que já está disponível para venda, trazendo todos os 13 episódios em 4 discos em uma caixa pelo preço de R$ 129,90. Infelizmente, os discos não trazem a dublagem em português, oferecendo apenas o áudio original em inglês, com opção de legendas em português. Na história criada para a série, um homem com amnésia é encontrado em uma praia, inconsciente. Eleexibe estranhas características, como membranas nas mãos e nos pés, além do que parece ser guelras. Após curar seus ferimentos, seus salvadores descobrem que ele é capaz de respirar debaixo d’água, possui uma grande força, e algumas outras habilidades especiais. Mas, sua memória é um vazio. O estranho ganha o nome de Mark Harris, e passa a ajudar aqueles que o salvaram como parte da equipe da Fundação para Pesquisa Oceânica, enfrentando alguns casos e perigos relacionados ao mar, enquanto não descobre quem ele realmente é, sendo especulado como sendo o último sobrevivente da mítica Atlântida. Junto da equipe da Fundação, Mark passa a viver aventuras com eles singrando os mares a bordo do submarino Cetáceo.
O personagem foi vivido pelo ator Patrick Duffy, com Belinda Montgomery interpretando a Dra. Elizabeth Merrill, que passa a ser um interesse romântico de Mark. O grande vilão da série era o Senhor Schubert, interpretado pelo ator Victor Buono, que havia feito o hilário vilão Rei Tut no seriado dos anos 1960 do Batman, e que volta e meia aparecia com algum plano ameaçando a paz no mundo. Com o fim do seriado, Patrick Duffy passaria a estrelar em 1978 a série Dallas, que o tornaria conhecido mundialmente como o personagem Bobby Ewing, fazendo com que o Homem do Fundo do Mar passasse a ser apenas uma pequena nota em sua carreira de ator. Durante a produção do seriado, a Marvel Comics chegou a lançar um título em quadrinhos com o personagem, que durou apenas 7 edições. Até o submarino da série, o Cetáceo, acabou sendo lançado como brinquedo, devido ao seu formato peculiar. Apesar da série não ter feito muito sucesso, ganhou alguns fãs no Brasil, que certamente gostarão da oportunidade de rever o seriado. Ponto para a Vinyx, mas que para ficar completo, falta agora lançar o box com os telefilmes que deram origem à série, e cumprir mais uma promessa de lançamento não cumprida em 2018.
                Por último, outro lançamento que finalmente apareceu foi OS MONSTROS – PRIMEIRA TEMPORADA COMPLETA, uma caixa com seis discos trazendo todos os 32 episódios da primeira temporada do seriado da Família Monstro, pelo preço de R$ 149,90. Produzida entre 1965 e 1966, pela Universal Studios, a série mostrava uma família cujos integrantes eram inspirados em monstros clássicos da literatura, tentando viver como uma família normal como as outras, mas envolvendo-se em confusões devido a seus hábitos, e claro, suas aparências. A série era concorrente da produção “A Família Adams”, produzida na mesma época, pela MGM, e exibida pela ABC, rede de TV rival da CBS, que resolveu contra-atacar com “Os Monstros” em sua programação. Com seus episódios produzidos em preto e branco, o seriado durou apenas duas temporadas, com um total de 70 episódios, além de um longa-metragem para cinema produzido a cores, exibido na mesma época, para tentar alavancar a audiência do seriado de TV.
                A família monstro era composta de Herman (interpretado por Fred Gwynne), um típico monstro de Frankenstein, que trabalhava numa funerária, dirigindo o carro fúnebre e carregando o caixão dos falecidos. Ele era casado com Lily (Yvonne De Carlo), uma típica vampira, que não cansava de adular seu maridão, com ambos mostrando muito amor um pelo outro, como qualquer casal. Completava a família o pai de Lily, o Vovô (Al Lewis), um Conde Drácula aposentado, que vivia dando uma de inventor, e com isso, arrumando as mais diversas confusões com seus esquemas; e Eddie (Butch Patrick), o filho do casal Monstro, com um visual de lobisomem mirim. Além destes, vivia mais uma integrante da familía, a jovem Marilyn (interpretada inicialmente por Beverley Owen e depois por Pat Priest), uma adolescente completamente normal, em hábitos e visual. A família ainda tinha o seu animal de estimação, um dragão chamado Carranca, que vivia debaixo da escada, e vez por outra soltava seus jatos de fogo quando era chamado pelos integrantes da família, que o tratavam como um cachorrinho.
                No ano passado, a Vinyx anunciou o box com a série completa da Família Adams, lançamento que foi feito realmente, para alegria dos fãs que haviam tido oportunidade de ver a primeira encarnação televisiva dos personagens do cartunista Charles Adams, e permitindo à atual geração conhecer o seriado. E agora, a distribuidora faz justiça lançando sua série concorrente, disponibilizando sua primeira temporada, permitindo aos fãs conhecerem e/ou reverem a série. Mas a distribuidora ainda está devendo várias outras produções e boxes anunciadas em 2018 que até agora ainda não foram efetivamente lançadas. A Vinyx afirmou que trocou sua equipe de trabalho, o que teria gerado os atrasos na produção e lançamento das séries anunciadas, as quais muitos fãs ainda estão esperando pacientemente. Com os eventuais problemas dentro da empresa sanados, é de esperar que os lançamentos prometidos finalmente saiam do papel, e proporcionem um alento aos fãs das velhas séries de TV, que aguardam com muita paciência a oportunidade de reverem estas produções.
                Afinal, quem espera sempre alcança, não é? Mas tomara que a Vinyx consiga cumprir com os lançamentos daqui para a frente, para não deixar os fãs mais melindrados do que já estão atualmente com o descaso da maioria das distribuidoras de vídeo no país.