quarta-feira, 27 de março de 2019

TOEI ESTRÉIA SÉRIE SUPER SENTAI DE 2019: RYUSOLGER


                Entra ano, sai ano, e a Toei Studios, maior produtora de cinema e TV do Japão, renova algumas de suas produções dedicadas ao público infanto-juvenil, com destaque para as franquias Pretty Cure, Kamen Rider, e principalmente, a Super Sentai. E neste ano não poderia ser diferente. A única mudança em relação aos anos anteriores recentes foi o fato de a série Super Sentai de 2019 ter sido estreada agora em março, e não em fevereiro, como de costume. Um dos motivos foi a exibição de uma minissérie envolvendo os heróis dos esquadrões Super Sentai, chamada de “Super Sentai Saikyou Battle”, com 4 episódios, que acabou postergando a estréia da produção deste ano.
                Produzida desde 1975, a franquia Super Sentai é a produção com o maior número de séries criadas até hoje, e a série de 2019 é a 43ª produção da franquia, tendo como título KISHIRYU SENTAI RYUSOULGER, que traduzido pode ser entendido como “Esquadrão dos Dino Cavaleiros Ryusoulger”, que traz à franquia novamente a temática dos dinossauros, já utilizada antes nas produções “Kyouryuu Sentai Zyuranger”, de 1992 (que viraria a série Mighty Morphin Power Rangers), “Bakuryuu Sentai Abaranger”, de 2003; e mais recentemente, “Zyuden Sentai Kyoryuger”, de 2013. A série estreou no último dia 17 de março, sendo veiculada nas manhãs de domingo, dentro do bloco Super Hero Time, junto com a mais recente produção da franquia Kamen Rider, Kamen Rider Zi-O.
                Na história da nova série, há 65 milhões de anos atrás, os integrantes da tribo Ryusoul selecionaram alguns de seus membros para enfrentarem a tribo dos perversos Druidons, que dominavam a Terra com sua tirania. Mas um enorme meteoro atingiu nosso planeta, levando os dinossauros à extinção, e para evitar sofrerem o mesmo destino, os Druidons fugiram para as estrelas. Os membros da tribo Ryusoul passaram a viver em paz, mas passando de geração em geração o manto dos guerreiros escolhidos, bem como as entidades Kishiruy, preparadas para o combate contra os Druidons, e que entraram em hibernação, até o momento em fossem necessárias. Nos dias atuais, novos jovens estão sendo sagrados por seus mestres como os novos guerreiros Ryusolgers, quando seus temores se confirmam: os Druidons retornaram do espaço, e mais uma vez pretendem espalhar seu domínio tirânico sobre nosso planeta.
                A primeira batalha dos novos guerreiros é trágica: ainda inexperientes, eles veem seus mestres sacrificando suas vidas para que eles possam continuar com a luta. Os jovens Koh, Melto, e Asuna devem seguir a luta contra seus inimigos ancestrais, portando suas novas habilidades como os guerreiros Ryusolgers da tribo Ryusoul, e para tanto, precisarão contar com a ajuda das entidades Kishiryu, formando os Dino Robôs com os quais enfrentarão os monstros Minossauros criados pelos Druidons em seu propósito de espalhar o mal e o caos em nosso planeta. Para detê-los, Koh assume o nome de Ryusolred, o Cavaleiro Valoro; Melto se torna Ryusolblue, o Cavaleiro Sábio; e Asuna se torna Ryusoulpink, a Cavaleira Vigorosa. Juntos, eles devem unir forças com dois outros membros de sua tribo que já foram sagrados como Ryusolgers, formando o tradicional quinteto de heróis coloridos, além de encontrarem e despertarem os demais Dino Robôs os quais cavalgarão juntos para deterem os planos maléficos dos Druidons, dando início à luta para impedir que nosso mundo caia nas mãos dos vilões.
                Com uma produção mais elaborada, a Toei espera reverter os resultados da última série Super Sentai, Lupinranger VS Patranger, que apesar da temática original de dois grupos rivais, não surtiu os efeitos desejados de aumentar os níveis de audiência da franquia, devido ao desenvolvimento da história não ter sido muito bem conduzido. E geralmente baixa audiência pode refletir negativamente na venda dos produtos licenciados da série, o principal filão explorado pela Toei na criação e veiculação destas séries, junto ao público infantil japonês, o principal público-alvo das produções Super Sentai nas últimas décadas.
                O Brasil infelizmente deixou de receber lançamentos oficiais da franquia ainda no início dos anos 1990, tendo apenas quatro produções exibidas por aqui: Google Five, Changeman, Flashman, e Maskman. O excesso de produções de tokusatsu em exibição em um curto espaço de tempo saturou a audiência, e quando surgiu a possibilidade de um retorno, o estouro da versão ocidental dos Super Sentais, chamada Power Rangers, produzida pela Saban, matou qualquer chance dos brasileiros assistirem oficialmente a novas produções, já que as emissoras passaram a trazer apenas a adaptação americana, prática que se mantém até hoje, mesmo nos serviços de streaming. E com Ryusolger não deverá ser diferente, com os fãs dos live-actions japoneses tendo que se contentar em assistir à série através de fansubbers, que já disponibilizaram os primeiros episódios da nova produção com legendas em português.

SALVAT CANCELA COLEÇÕES DE GRAPHIC NOVELS DA MARVEL


                Em agosto de 2013, o mercado nacional de quadrinhos sofreu um abalo poucas vezes imaginado até então. A Savat, uma editora que tinha como ponto forte lançar coleções de itens variados, resolveu apostar no mercado de quadrinhos, trazendo às bancas e livrarias a COLEÇÃO OFICIAL DE GRAPHICS MARVEL, que seria composto inicialmente de 60 edições com acabamento de primeira qualidade, capa dura, e publicação quinzenal. E o mais importante: por um preço que era, à epoca, bem mais acessível que as edições de luxo equivalentes publicada pela Panini Comics, casa oficial da Marvel em nosso país. Pode-se dizer que foi um verdadeiro estouro, a ponto de motivar empresas rivais, como a Eaglemoss e a Planeta DeAgostini a investirem no segmento, lançando coleções de quadrinhos em formato de luxo dos heróis da DC, e dos quadrinhos de Star Wars. E a própria Salvat, vendo o sucesso da empreitada, não tardou em lançar uma nova coleção, OS HERÓIS MAIS PODEROSOS DA MARVEL, outra coleção de Graphics estrelada pelos super-heróis da Marvel Comics, a exemplo da primeira, que ficou conhecida popularmente como coleção “Capa Preta”, enquanto esta nova virou a coleção “Capa Vermelha”.
                De lá para cá, foram inúmeras edições chegando regularmente às bancas e livrarias do país, em esquemas de distribuição diferenciados, e abrindo de vez o mercado de venda de quadrinhos de luxo para as livrarias, aumentando o leque de opções para os leitores adquirirem HQs em nosso país, até então mais centrado em bancas e comic shops. Mas veio a crise econômica, e com isso, o mercado de quadrinhos nacional, que mesmo nos tempos de bonança econômica tinha seus problemas, também sentiu seus efeitos, uma vez que boa parte do público leitor já não tinha como manter o mesmo nível de consumo de quadrinhos. Ou não?
                Por incrível que pareça, as coleção de Graphics resistiram, em meio aos trancos e barrancos do mercado de quadrinhos. A coleção Capa Preta, após atingir as 60 edições programadas, foi ampliada para 120, obviamente em razão dos bons números de venda até então. A coleção Capa Vermelha foi estendida de 60 para 100 números, mantendo o otimismo da operação. E a Salvat, confiando em manter o sucesso, lançou mais uma nova coleção, esta exclusiva do Homem-Aranha, da Marvel Comics. E não foi apenas essa: Tex, o ranger do velho oeste, carro-chefe das publicações da Mythos Editora, também ganhou uma coleção de Graphics nos mesmos moldes editoriais dos lançamentos das séries da Marvel. Apesar das dificuldades econômicas, que provocaram o desemprego de mais de 12 milhões de brasileiros, por incrível que pareça, o projeto editorial das graphics da Salvat conseguia ir bem, pois do contrário, não teria havido as ampliações das coleções, nem o lançamento de novas, se as vendas não justificassem o investimento.
                Com os sinais da economia parando de piorar, parecia que a tempestade estava passando, e pouco a pouco, os céus voltariam a brilhar, com melhores dias. Tanto que a Salvat chegou a anunciar o lançamento de uma coleção de Graphics dedicada a Conan, o Bárbaro, cuja fase de testes, procedimento comum ao lançamento de todas as coleções, ocorreu sem problemas. Mas quando ia ser lançada, esta coleção acabou sendo adiada de última hora. Embora a Salvat não tenha se pronunciado oficialmente sobre os motivos do atraso, as mudanças de propriedade de licença de quadrinhos envolvendo o personagem do guerreiro bárbaro, que voltava à Marvel depois de mais de uma década e meia, certamente contribuíram para complicar a situação. Para os leitores, o adiamento da coleção vinha em boa hora, pois a situação econômica continuava instável, e os gastos com quadrinhos permaneciam altos. Era mais do que prudente a Salvat apenas manter sua posição, pois o risco de saturar o mercado sempre existira, e nos últimos anos, estava mais alto do que nunca.
                E não era por menos: motivados pela concorrência das Graphics lançadas a rodo pela Salvat, e com a concorrência da Eaglemoss e da Planeta DeAgostini, Panini e Abril aumentaram significativamente seus lançamentos de luxo, a primeira reforçando seus títulos Marvel e DC, enquanto a Abril focava na linha Disney, com vários títulos a disputarem o bolso do leitor. O que os amantes de quadrinhos sempre quiseram virara realidade: inúmeros lançamentos com acabamento de luxo no mercado nacional, dos mais variados personagens, para delírio dos fãs. Tudo isso em um panorama de debilidade econômica patente que faria qualquer um temer pelo momento em que tudo implodisse, se os efeitos da crise econômica atingissem em cheio esse tipo de lançamentos.
                O primeiro sinal do desastre ocorreu em julho passado: a falência da Abril, a maior editora do país, que vinha sendo mal administrada já havia anos, motivou o cancelamento da linha de quadrinhos Disney, incluídas suas coleções e edições de luxo. Mas não ficou nisso: a Total Express, ex-Dinap, praticamente a única distribuidora de porte do país, foi igualmente afetada pelo entrada do grupo Abril em recuperação judicial, prejudicando inúmeros clientes. E entre eles, a Salvat, que tinha suas coleções distribuídas em bancas pela empresa do grupo Abril. A situação acarretou a suspensão dos lançamentos das novas edições das coleções em publicação pela Salvat, que ficaram fora das bancas do início de agosto até o inicio de dezembro, quando a situação começou a se normalizar.
                Numa jogada para tentar recuperar o tempo perdido pela paralisação da distribuição em bancas, a Salvat resolveu que ia fazer as coleções serem lançadas semanalmente nas bancas, o que foi considerado por muitos um erro crasso, já que isso demandaria gastos dobrados para o público leitor, que ainda não vivia um momento econômico melhor do que nos últimos anos propriamente. A Salvat até tentou voltar atrás na decisão, mas muitos leitores que já sentiam não ser mais possível manter os gastos com a coleção começaram a se avolumar, deixando de comprar por falta de dinheiro. Muitos já haviam desistido, até pelas expansões, que demandaram mais gastos para quem queria ter todos os números, e via o número de lançamentos ser estendido, a cada encerramento previsto inicialmente. Mesmo assim, parecia que as coisas haviam voltado ao normal, com os lançamentos voltando a chegar regularmente nas bancas. Mas o entusiasmo dos leitores, depois de mais de cinco anos de lançamentos neste esquema, já não era mais tão vigoroso quanto antes.
                E no último dia 20 desde mês de março, veio o comunicado oficial feito pela Salvat, anunciando o encerramento das coleções de Graphics da Marvel em publicação pela empresa. Os motivos, obviamente, eram o cenário econômico nacional, ainda muito ruim, e com perspectivas de melhora muito lentas, e ainda incertas, mas a empresa especificou as dificuldades no processo de distribuição ao longo de 2018, que culminaram em pausas nas entregas por alguns meses, e que nas palavras da Salvat, trouxe um impacto direto no planejamento editorial e logístico, a tal ponto que acabou por motivar as mudanças anunciadas, resultando no calcelamento das coleções.
                Com isso, a Marvel Capa Preta, que já estava em sua segunda expanção, prevista para ir até a edição150, só irá até a edição 135. Já a coleção Marvel Capa Vermelha terá sua expansão finalizada, na edição 100, a qual já está para ser lançada, sem ter uma nova expansão, como muitos imaginavam acontecer, a exemplo do que ocorreu antes. E a Coleção do Homem-Aranha também será descontinuada, sendo a edição 40 a última delas, sem atingir a meta original de 60 edições no projeto anunciado quando de seu lançamento. De acordo com a editora, todos os assinantes irão receber com o seu último pacote instruções para solucionar a pendência referente ao saldo financeiro da sua assinatura, e poderão entrar em contato com a central do assinante em caso de dúvidas referentes ao status do seu pacote.
                Muitos leitores ficaram indignados com o comunicado, cobrando melhor planejamento e profissionalismo por parte da Salvat, que em resposta oficial, apenas mencionava que não foi possível tomar outra decisão. Pelo tempo que as coleções duraram, e com tantos títulos sendo lançados no mercado, e com o cenário econômico brasileiro dos últimos anos, é praticamente um milagre tal situação ter se mantido até agora, para finalmente começar a desmoronar. Por mais erros que a editora tenha cometido, os lançamentos, até a paralisação da distribuição ocasionada pela quebra do Grupo Abril, vinham sendo cumpridos, e com aumentos até razoáveis, se comparados com os praticados pela concorrente Eaglemoss, que custam bem mais caros. Infelizmente, não dá para agradar a todos, e o principal erro da Salvat foi não ter sido mais prudente, em um momento difícil da economia nacional, mantendo um número de edições lançadas acima do que seria considerado prudente, apesar dos índices de vendas até aqueles momentos indicarem o contrário. O aumento da competição também ajudou a complicar a situação do mercado, que desde julho do ano passado se retraiu com a saída da Abril, e deve encolher ainda mais com o cancelamento das coleções publicadas pela Salvat.
                A editora ainda publica a coleção TEX GOLD, com previsão de 60 edições iniciais, e que está praticamente na metade, nos mesmos moldes das coleções de graphics da Marvel. Por enquanto, parece que essa coleção continuará sendo lançada, mas depois do ocorrido com as demais, até a conclusão desta coleção de Tex fica na berlinda se será feita ou não. Infelizmente, é uma perda para o mercado de quadrinhos, que talvez pudesse ter sido evitada com um pouco mais de moderação e prudência por parte da Salvat, que infelizmente não teve como contornar o estrago potencial causado pela paralisação da distribuição ocorrida no ano passado, que segundo eles, foi o motivo principal do colapso do projeto editorial.
                Para os leitores, fica a sensação ruim de ficarem com suas coleções incompletas, no caso da coleção do Homem-Aranha, e da coleção Capa Preta. Já para aqueles que compravam apenas ocasionalmente, de acordo com o material publicado, também fará falta na medida que histórias aguardadas não serão mais publicadas com o cancelamento das coleções. Para a Salvat, a prejuízo da perda da credibilidade junto ao público leitor, que pode comprometer futuras tentativas da editora de voltar à publicação de quadrinhos. Ao menos, a coleção Capa Vermelha deu sorte do momento coincidir com a conclusão de sua expansão, de modo que uma ampliação da mesma não virá. Uma pena, mas infelizmente, nem sempre as coisas dão certo. O projeto da Salvat foi muito bom quando lançado, mas infelizmente, a editora cai no pecado de causar saturação do mercado.

quarta-feira, 20 de março de 2019

MARVEL INICIA REPUBLICAÇÃO CLÁSSICA DE CONAN


                No início da década passada, a Marvel Comics surpreendeu seus leitores, quando não renovou o contrato de licença de direitos que lhe permitia produzir histórias em quadrinhos de Conan, o Bárbaro, personagem criado na literatura por Robert E. Howard. A editora de quadrinhos dos Estados Unidos havia lançado os quadrinhos do personagem em 1970, com o título “Conan The Barbarian” obtendo grande sucesso entre os leitores de quadrinhos, fazendo com que Conan ganhasse outras publicações pela “Casa das Idéias”, como “The Savage Sword of Conan”, que viria a ser o mais famoso deles por muitos anos. Mas, depois de mais de 30 anos publicando histórias do guerreiro cimeriano, a editora achou que Conan já não tinha mais o que render. A fama do personagem também já não era a mesma de antes, então optou por encerrar seus títulos. Coube à Dark Horse Comics adquirir a licença para produção de quadrinhos do personagem, e lançar novas aventuras, o que fez muito bem desde então, mostrando que o personagem ainda tinha fôlego para continuar sendo trabalhado.
                Tanto que, no início do ano passado, a Marvel anunciou que voltaria a trabalhar com o guerreiro bárbaro, recuperando a licença para produção de novas histórias em quadrinhos, então em poder da Dark Horse Comics. As novas histórias de Conan pela Marvel começaram a sair este ano, mas a editora já havia anunciado que os objetivos não seriam apenas de produzir novas aventuras, mas também de republicar todo o material clássico do personagem, desde sua primeira aparição em 1970. E esse momento chegou agora, com o lançamento de uma edição especial do personagem, que será a apenas a primeira de várias que a Marvel disponibilizará aos leitores, trazendo todo o material clássico de Conan, produzido pela própria Marvel há quase 50 anos. Parte deste material foi republicado pela própria Dark Horse durante o período em que deteve a licença de quadrinhos de Conan, e boa parte destas edições ainda está disponível no mercado estadunidense, seja na própria Dark Horse, em comic shops, e livrarias, mas a Marvel anunciou que iria remasterizar o material original para esta nova republicação, a fim de restaurar sua qualidade gráfica, e apresentá-lo completamente restaurado, como grande atrativo para motivar os fãs, novos e/ou antigos, a adquirem esta nova edição.
                THE SAVAGE SWORD OF CONAN: THE ORIGINAL MARVEL YEARS OMNIBUS – VOLUME 01 será uma edição em formato 19,82 cm x 28,85 cm, com capa dura inclusa, compilando as primeiras aventuras do guerreiro bárbaro no seu título mais famoso de publicação na Marvel. Serão nada menos do que 1.072 páginas, pelo preço de US$ 125, compilando as histórias de Conan publicadas em “Savage Tales” (1971) edições 1 a 5, e “The Savage Sword Of Conan (1974) edições 1 a 12 e “Special” (1975) edição 1. Por Crom! Este volume de estréia inaugura a linha Marvel de coleções definitivas de “Savage Sword of Conan” (A Espada Selvagem de Conan). Depois do grande sucesso das histórias em quadrinhos coloridas de Conan, a Marvel trouxe a lendária saga de espada e feitiçaria do herói de Robert E. Howard à sua linha de revistas em novíssimas aventuras em preto e branco. Em aventuras de longa duração ilustradas com todo o drama, violência e sedução que o meio de histórias em quadrinhos pode oferecer, com os talentos de equipes criativas de primeiro nível, como o escritor Roy Thomas e os maiores artistas da Marvel na época criam uma série de clássicos Conan como "Red Nails" de Barry Windsor-Smith, "Black Colossus" de John Buscema, "A Witch Shall Be Born", apresentando a infame Árvore da Morte, são apenas o começo da longa saga de aventuras do guerreiro da Ciméria! Tudo capitaneado pelos talentos de seus times criativos originais, com histórias que até hoje são lembradas pelos fãs.
                No Brasil, Conan estreou pela editora Minami & Cunha em 1972, que publicou 3 edições. Posteriormente, o guerreiro bárbaro teve três outras edições lançadas pela editora Roval em 1973. Em 1976, ele teve seis edições publicadas pela Bloch, retornando depois no mix da revista Heróis da TV, já na Editora Abril, onde ganharia várias publicações, até 2001, quando a editora encerrou a publicação do personagem. Foi na Abril que Conan teve pela primeira vez as histórias publicadas que são agora reunidas nesta edição Omnibus que a Marvel está lançando.
                A partir de 2002, Conan passou a ser publicado pela Mythos Editora, que manteve um título regular do personagem até 2010, passando a investir dali em diante apenas em edições especiais do herói, além de edições de luxo, como Conan Edição Histórica, que republicava histórias clássicas do personagem. Com o retorno do personagem à Marvel, o novo acordo da Conan Properties com a editora dos Estados Unidos garante o direito de publicação do personagem às editoras que já trabalham com material da Marvel, no caso do Brasil, a Panini Comics.
                Consultada, a Mythos informou recentemente que iria pausar suas publicações de Conan, as quais continuariam sendo vendidas enquanto houvesse estoque dos títulos lançados. A editora Salvat, que vem publicando várias coleções de Graphics de heróis da Marvel, chegou a anunciar o lançamento de uma coleção dedicada a Conan, e chegou a publicar 4 edições na fase de testes, inclusive anunciando opção de assinatura para a coleção, que acabou sendo adiada perto de seu lançamento, onde republicariam toda a fase clássica das aventuras de Conan desde 1970. A Salvat não se pronunciou oficialmente sobre o status atual deste projeto, se foi apenas suspenso, ou cancelado, mas com o recente comunicado cancelando suas coleções da Marvel em andamento, fica claro que a prometida coleção de Conan também não mais sairá.
                A Panini, editora Marvel no Brasil, por enquanto ainda não anunciou o lançamento dos novos materiais de Conan lançados pela Marvel este ano, nem se lançará por aqui o conteúdo destas edições Omnibus da Marvel. Para os fãs de Conan, é preciso lembrar que esta edição que está saindo nos Estados Unidos é apenas o primeiro volume da coleção, que pretende republicar toda a fase clássica do guerreiro cimeriano.