Preparem-se, fãs! É hora de
morfar! Com um novo filme estreando nos cinemas, contando em novas bases a
história de cinco jovens adolescentes que acabam escolhidos por um guardião
chamado Zordon para defender a Terra, este pode ser considerado o ano dos Power
Rangers. E, para os brasileiros, além de poderem assistir ao novo filme nos
cinemas, a editora Pixel Media anunciou que estará lançando as primeiras
aventuras da nova série de quadrinhos produzida com os heróis coloridos.
MIGHTY MORPHIN POWER RANGERS –
RANGER VERDE – ANO UM, é o nome da edição especial que a editora carioca estará
lançando no mercado nacional agora em abril. A edição, com cerca de 128
páginas, em formato americano, com capa dura, tem preço de R$ 44,90, e compila
as primeiras 5 edições da série mensal Mighty Morphin Power Rangers, lançada no
ano passado pela Boom! Studios, com 13 edições lançadas até o presente momento.
Os roteiros são de Kyle Higgins e Steve Orlando. Os desenhos ficam a cargo de Hendry
Prasetya, com arte-final de Corin Howell.
As aventuras focam o primeiro
período da franquia Power Rangers, a Mighty Morphin, que estreou em 1993 na TV
americana, produzida pela Saban Entertainment, montada em cima da série Super
Sentai Zyuranger, exibida na TV japonesa no ano anterior. Haim Saban editou o
seriado japonês original, tirando as cenas com os atores nipônicos, e
substituindo-as por cenas com um elenco americano. As histórias foram
reescritas, aproveitando-se apenas as cenas de luta dos heróis uniformizados e
os vilões da série, com nomes ocidentais. A série foi um estouro de audiência,
fazendo sucesso em inúmeros países para onde foi exportada, inclusive no
Brasil. Desde então, a série já teve diversas “fases”, correspondentes às
adaptações feitas em cima das várias séries Super Sentai produzidas no Japão. O
sucesso rendeu ainda nos anos 1990 dois filmes para cinema, ambos exibidos no
Brasil. Durante um tempo, a série foi propriedade da Disney, que havia
adquirido a franquia ao comprar a Saban, mas muitos anos depois, Haim Saban
recomprou a série de volta, em um momento de baixa popularidade, para fazê-la
novamente popular, e seguindo firme até hoje.
No ano passado, a Boom! Studios
iniciou a publicação de uma série mensal de quadrinhos baseada na primeira fase
da franquia, com bons resultados de vendas, apresentando novas aventuras dos
heróis que se passam paralelas às aventuras mostradas no seriado de TV. O
sucesso da empreitada motivou até a criação do primeiro cross-over dos Power
Rangers nos quadrinhos, onde os discípulos de Zordon encontraram ninguém menos
do que a Liga da Justiça, a mais poderosa equipe de heróis do Universo DC. E,
com o novo filme que acabou de estrear nos cinemas, e vem obtendo bons
resultados, a editora americana também resolveu lançar HQs baseadas na nova
produção cinematográfica.
Mas, enquanto nos Estados Unidos
a franquia está bombando, seja nos cinemas, TV ou quadrinhos, chegou a hora dos
fãs brasileiros da série, velhos e novos, terem a oportunidade de acompanharem
as primeiras histórias da nova série de quadrinhos dos personagens, que aqui
ganhou o subtítulo “Ranger Verde – Ano Um”. A história se passa logo após os
eventos que transformaram Tommy no Ranger Verde, pelas mãos da vilã Rita
Repulsa, para ser sua arma secreta para acabar com os Power Rangers que tanto
viviam atrapalhando seus planos. Após alguns combates, os heróis conseguem
libertar Tommy do domínio de Rita, e agora o quinteto de heróis conta com um
novo e poderoso membro, que comanda o poderoso Dragonzord, fazendo companhia ao
Megazord de combate utilizado pelos defensores de Alameda dos Anjos. E é neste
ponto que a história começa: Tommy ainda está se acostumando à idéia de ser um
Power Ranger, e as responsabilidades que isso lhe traz, enquanto os demais
tentam conciliar suas vidas de adolescentes comuns com suas atividades de
super-heróis, sem despertarem suspeitas de suas identidades, ao mesmo tempo em
que têm de lidar com a repercussão da mídia sobre suas atividades.
Contando com a presença,
praticamente obrigatória, dos atrapalhados Bulk e Skull, que tentam produzir
eles mesmos suas próprias reportagens sobre os misteriosos heróis que surgiram
na cidade, os jovens tentam tocar suas vidas. Mas, obviamente, como toda vilã
que se preze, Rita Repulsa não desiste fácil, e ela não vai permitir que seus
maiores inimigos desfrutem tão facilmente da ajuda de seu mais novo integrante,
e Tommy verá que, embora esteja livre do domínio da vilã, ele está longe de
poder ficar tranquilo com relação a isso. E os demais Rangers, por sua vez,
também tem de se adaptar ao seu novo integrante, a quem ainda não conhecem
totalmente, e tem seu próprio modo de conduzir as coisas. E não será difícil
que estas tentativas de criar um clima mais próximo e cordial entre todos eles
acabe esbarrando em dificuldades de ambos os lados, tornando mais complicada a
convivência dos heróis adolescentes entre si.
O
acabamento gráfico da edição nacional é muito bom, e além de trazer de uma só
vez o primeiro arco de aventuras da série completo, ainda brinda os leitores e
fãs com uma apresentação do produtor executivo da série Power Rangers, Judd
Lynn, mostrando como os heróis multicoloridos conquistaram o mundo desde sua
primeira apresentação, praticamente 24 anos atrás, e mesmo passando por vários
altos e baixos, continuam firmes até hoje. O lançamento da Pixel é o primeiro
revista exclusiva de quadrinhos com os Power Rangers. Na década de 1990, bem
como nos anos 2000, várias edições sobre os Power Rangers acabaram sendo lançadas
em nosso país, mas eram basicamente revistas de atividades infantis, que por
acaso traziam algumas histórias em quadrinhos simples dos personagens, em suas
vária fases, como por exemplo “Power Rangers – A Revista”, publicada pela
Editora Abril, com 33 números lançados na segunda metade da década passada. Há
alguns anos atrás, a Editora Alto Astral chegou a lançar também duas edições
“oficiais” de atividades com os personagens, que também traziam algumas
histórias em quadrinhos com os heróis nas fases Samurai e Super Samurai.
Mas
nada comparado às histórias desenvolvidas pela Boom! Studios, que conseguiu
manter o clima visto no seriado de TV, e deixá-lo muito mais sério e complexo,
sem desvirtuar os personagens. Não por acaso estas novas aventuras conseguiram
não apenas agradar aos velhos fãs que assistiram esta fase inicial da produção,
mas conquistar vários novos fãs, mostrando que os Power Rangers ainda têm muita
lenha para queimar, desde que bem explorados e desenvolvidos. E chegou a hora
dos fãs nacionais poderem curtir estas novas aventuras, que chegam ao nosso
mercado de quadrinhos no momento mais oportuno possível. E, com o possível
sucesso desta edição de estréia, quem sabe a Pixel não traz a demais aventuras
que estão sendo produzidas pela editora americana? Para não falar, obviamente,
do cross-over dos heróis com a Liga da Justiça... Em contato obtido pelo site
Mega Power Brasil (www.megapowerbrasil.com),
que inclusive colaborou na tradução e adaptação deste material, a Pixel já
adiantou que tem realmente planos de trazer as demais aventuras dos heróis
multicoloridos, ficando apenas na expectativa do retorno de vendas desta edição
para dar seguimento ao projeto. Portanto, é hora de todos os fãs da série se
unirem, e garantirem o sucesso deste lançamento feito pela editora carioca. Go,
Go, Power Rangers!
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