terça-feira, 14 de maio de 2019

SALVAT CANCELA COLEÇÃO DE GRAPHICS DE TEX


                O que muitos já previam aconteceu: a editora Salvat, depois de cancelar, há dois meses atrás, suas coleções de Graphics dos heróis da Marvel Comics, agora está cancelando também a única coleção que ainda estava em publicação, Tex Gold, trazendo em formato de luxo, no mesmo esquema gráfico visto com os heróis da Casa das Idéias, as aventuras do mais famoso ranger do universo dos quadrinhos mundiais.
                A coleção, programada inicialmente para 60 edições, que vinham sendo lançadas quinzenalmente nas bancas, em esquemas de distribuição localizados, ficará com apenas 40 edições, deixando a ver navios os fãs que ainda tinham alguma esperança, tímida, de que a Salvat, sem o peso da publicação das coleções do Homem-Aranha e a série de graphics “capa preta” da Marvel, pudesse levar a série do ranger até o seu final. Infelizmente, não deu, mas ruim mesmo é o desencontro de informações a respeito, com a Salvat não fazendo nenhum comunicado oficial de forma geral, mas avisando os assinantes da coleção de que a mesma não terá mais continuidade. Depois de ficar com uma imagem bem ruim perante o público consumidor, pelo cancelamento abrupto das séries da Marvel, a Salvat podia ao menos ter mais consideração com o que restou de seu público leitor, e não sair com a imagem ainda mais arranhada do que já estava.
                Das publicações de graphics lançadas pela editora, Tex foi a mais recente a ganhar as bancas. A Salvat já vinha publicando as coleções de capa preta e de capa vermelha com os heróis da Marvel, e até feito expansões das mesmas, ao mesmo tempo em que resolveu lançar uma terceira coleção, dedicada especialmente ao Homem-Aranha, um dos personagens mais populares da Marvel. Tudo isso para sobrepujar a concorrência da rival Eaglemoss, que havia lançado uma série de graphics dos heróis da DC Comics, tentando aproveitar o sucesso do mercado aberto com as graphics da Marvel. O lançamento da série do ranger, que até então vinha sendo lançado exclusivamente pela Mythos Editora, foi recebida com alegria, por oferecer as aventuras de Tex Willer e seus amigos em um formato de luxo, mas bem mais acessível do que as edições de luxo que vinham sendo lançadas esporadicamente pela Mythos.
                O problema era a situação econômica, que lançou mais de uma dezena de milhões de brasileiros no desemprego, e que, apesar desse quadro temeroso do mercado, as publicações da Salvat pareciam seguir firme em frente, desafiando qualquer previsão de pessimismo no setor. Um pouco de otimismo exagerado, mas as vendas pareciam ainda dar alguma razão à editora para manter firme seus lançamentos, contrariando as expectativas de piora na economia. Mas muitos encaram que o aumento do número de publicações, em momento tão crítico, era bem arriscado. Espantosamente, as coleções continuaram sendo lançadas, e só no ano passado, a casa caiu para o mercado, mais pela falência do Grupo Abril, uma vez que a aquela que já foi a maior editora da América Latina detinha praticamente o monopólio da distribuição em bancas, através da antiga Dinap, atual Total Express, que com a entrada em recuperação judicial, deixou inúmeras empresas que atendia na mão, entre elas a Salvat. E a encrenca da Salvat poderia ser até pior: a editora chegou a anunciar o lançamento de uma coleção de graphics de Conan, o Bárbaro, mas nas vésperas de ser distribuída, a série acabou adiada, e nem chegou a ser lançada. Tivesse sido efetivada, seria mais uma coleção onde os leitores ficariam a ver navios, com mais uma série incompleta.
                Os leitores já vinham manifestando cansaço em tentar acompanhar o ritmo dos lançamentos, em uma disputa de mercado que atiçou também o apetite da própria Panini Comics e da Editora Abril, com sua linha de luxo de álbuns da Disney. Milagrosamente, nem parecia que estávamos em crise conômica, dado o volume de lançamentos existentes neste período. Mas, mais dia, menos dia, a realidade bateria à porta. E a quebra da Abril acabou criando um movimento em cadeia no mercado editorial, com várias empresas dependentes da distribuição da Total sofrendo as consequências.
                Foi a gota d’água para tudo vir abaixo, especialmente as coleções de graphics da Salvat. As edições deixaram de ser lançadas nas bancas, e quando a distribuição foi normalizada, alguns meses depois, já no final de 2018, o estrago já havia sido feito, de modo que, mesmo normalizando os lançamentos, as vendas despencaram de modo que a Salvat alegou não ter outra opção senão cancelar as coleções. Começou pelas séries da Marvel, com as coleções do Homem-Aranha, e a série de graphics “capa preta” a ficarem incompletas. Esta deveria ir até a edição 150, e parou na 135. Homem-Aranha, a exemplo de Tex Gold, teria 60 números, e também acabou ficando com apenas 40 volumes lançados. A série “capa vermelha” da Marvel deu mais sorte, pelo anúncio do cancelamento praticamente coincidindo com o encerramento da expansão em 100 edições, de modo que foi a única a ficar “completa”. Naquele momento, contudo, nada foi dito sobre a série Tex Gold, que se encontrava com praticamente metade dos 60 volumes prometidos lançados.
                Infelizmente, ou felizmente, a realidade novamente se impõe, e as aventuras de Tex em formato luxo da Salvat também ficaram pelo caminho, com o destemido ranger sendo abatido pelo mais poderoso e implacável inimigo de todo herói da arte sequencial: a crise de mercado. Resta aos fãs continuarem acompanhando as aventuras do famoso cowboy da Bonelli Comics em suas publicações regulares pela Mythos Editora, que está de bom tamanho, a se considerar o estrago sofrido pelo mercado editorial nacional, onde muitas empresas ainda estão tentando achar o rumo depois do baque do fim da Abril como a conhecíamos.
                Agora, a esperança é para que esta crise, como um todo, passe o quanto antes, mas tudo indica que, ao contrário da saga de Game of Thrones, cuja série está chegando ao fim na TV, ainda teremos um looongo e tenebroso inverno pela frente, antes de qualquer esperança de recuperação efetiva. E bota longo nisso...

PANINI LANÇA A SAGA DE THANOS EM EDIÇÕES ESPECIAIS


                Em um momento onde o mais recente filme dos Vingadores nos cinemas do mundo caminha para bater todos os recordes de bilheteria, eis que a Panini Comics resolve aproveitar a oportunidade, com o destaque atingido pelo vilão Thanos para lançar uma edição especial com o objetivo de trazer aos leitores todos os detalhes mais importantes do personagem, desde antes até de sua primeira aparição nos quadrinhos da Marvel, ocorrida na revista Iron Man Nº 55, lançada em 1973, onde o chamado Titã Louco e alguns de seus capangas enfrentaram o Homem de Ferro, ao lado de Drax, o Destruidor. O que em tese seria apenas o surgimento de apenas mais um vilão na galeria das ameaças do Universo Marvel, contudo, foi ganhando contornos cada vez maiores e abrangentes, graças à maestria de Jim Starlim, que concebeu uma grande saga envolvendo Thanos, com o objetivo de afetar todo o universo.
                A SAGA DE THANOS – VOLUME 1 é uma edição em formato americano, com cerca de 448 páginas, com capa dura, compilando as histórias publicadas nas edições 66 e 67 de Fantastic Four, 165 e 166 de Thor, 1 e 2 de Marvel Premiere, 1 a 8 de Warlock, 176 a 178 de Incredible Hulk, 55 de Iron Man, e 25 a 27 de Captain Marvel. O preço de lançamento é de R$ 137,00, um tanto salgado para a grande maioria dos leitores, infelizmente, especialmente em um momento onde o mercado de quadrinhos anda meio cambaleante, em especial depois dos cancelamentos das coleções de graphic novels que vinham sendo publicadas pela editora Salvat, que deixou muitos leitores com suas respectivas coleções incompletas, e totalmente ressabiados com outros lançamentos similares.
Niilista. Eterno. Louco. Pretenso amante da Morte. Thanos de Titã é todas essas coisas e, muito antes de ter criado a Manopla do Infinito e dizimado metade do Universo, ele já era uma força a ser considerada. E agora, reunida em dois fabulosos volumes, está a história completa da primeira vida de Thanos... e de sua primeira morte. Sua existência se confunde com a de Adam Warlock, o ser perfeito concebido em um laboratório! Testemunhe neste primeiro volume a criação de Warlock, sua batalha para libertar a Contraterra, a busca de Thanos pelo Cubo Cósmico e suas maquinações contra o Capitão Marvel, o destemido campeão kree que jurou defender a humanidade de toda e qualquer ameaça! E, no caminho deste perigoso e incansável vilão temos alguns dos mais incríveis heróis da Casa das Ideias, como Thor, Homem de Ferro, Quarteto Fantástico, Hulk, Drax e muitos mais! Pela mente cósmica de Jim Starlin e outros consagrados autores!
                A saga de Thanos no Universo Marvel, aliás, foi objeto de um grande projeto editorial da Editora Abril em 1993, muitos anos antes até de a Marvel dar início aos seus primeiros passos sérios para a criação de seu estúdio cinematográfico que culminaria hoje em uma das mais bem-sucedidas franquias de super-heróis com mais de 20 filmes e um faturamento global de bilhões e bilhões de dólares em bilheteria e vendas em home-video. Naquele ano, a Abril apresentou aos leitores a minissérie “A Saga de Thanos”, em 5 edições especiais compilando toda a história do titã, e do personagem responsável por sua derrocada final, Adam Warlock. A editora explicava que, na época em que publicara parte das histórias, no início dos anos 1980, a Abril não possuía os direitos de publicação de parte do material, que estaria com a RGE, que também publicava histórias dos heróis Marvel. Mais de uma década depois, e sendo editora exclusiva da Marvel em nosso país, a Abril agora podia não só republicar as histórias já lançadas, como também as demais aventuras que de uma forma ou outra tinham ligação com os dois personagens.
                Basicamente, o material trazido neste primeiro volume que está sendo lançado pela Panini é quase o mesmo relacionado pela Abril há 26 anos atrás, um tempo considerável, se levarmos em conta que a grande maioria destas histórias nunca foram republicadas de lá para cá, como se tornam muito oportunas de serem conhecidas e/ou revistas neste momento, pela exposição de Thanos no Universo Cinematográfico Marvel, onde desde o primeiro filme dos Vingadores, em 2012, tudo veio caminhando sutilmente para o confronto entre o titã louco e seus planos de destruição universal, contra os heróis mais poderosos da Terra, em dois filmes que deixaram os fãs mais alucinados e empolgados do que nunca, com os heróis a confrontarem o vilão e suas hordas em Vingadores – Guerra Infinita, lançado em 2018, e a conclusão da saga agora em Vingadores – Ultimato, encerrando todo um ciclo do MCU nos cinemas.
                Na compilação feita pela Abril, os leitores já eram apresentados a Thanos em sua primeira aparição, enfrentando o Homem de Ferro e Drax, passando logo em seguida para as aventuras do guerreiro kree Mar-Vell, o Capitão Marvel, que estava sendo reformulado por Jim Starlim, transformando o alienígena no protetor do universo, ao lhe conceder o poder da Consciência Cósmica pela entidade Eon, que previra há milênios o surgimento da ameaça do titã. A aventura segue até o primeiro grande confronto de Thanos e seu exército contra os Vingadores, que vencem o inimigo, de posse do artefato conhecido como Cubo Cósmico, por muito pouco. Thanos fora vencido, mas não completamente derrotado, e o vilão retornaria alguns anos depois, quando confrontaria outro herói que se tornaria o responsável por sua derrocada definitiva, Adam Warlock, cujas histórias de sua origem, e primeiros encontros com outros heróis do universo Marvel, como o Quarteto Fantástico e Thor, o Deus do Trovão, foram sendo apresentadas aos leitores. Warlock ganharia série própria com aventuras em um mundo chamado Contraterra, criado pelo Alto Evolucionário, antes de se enveredar por uma trama de grandes proporções em sua vida que acabaram por chamar a atenção de Thanos, que viu no ser dourado uma ameaça potencial a seus novos planos de dominação universal. Uma ameaça que se tornaria realidade, em um novo confronto novamente contra o Capitão Marvel, os Vingadores, o Coisa e o Homem-Aranha. Todo este material, para felicidade dos leitores, está novamente aqui, permitindo acompanhar cada passo da jornada tanto de Adam Warlock como de Thanos.
Thanos, aliás, parecia definitivamente derrotado àquela altura, tendo sido morto no confronto final com Warlock, mas nos anos 1990, o titã louco acabou sendo ressuscitado pela própria entidade Morte, com o objetivo de eliminar metade da vida de todo o universo. Mas Thanos acabou por ludibriar a própria morte, e desde então, é presença marcante em diversas sagas cósmicas da Marvel, com destaque para a Trilogia do Infinito, republicada há pouco tempo atrás pela Panini, com os embates dos heróis para protegerem o universo das ameaças deflagradas não apenas por Thanos, mas também, indiretamente, por Adam Warlock. Esta saga acabou servindo de base de inspiração para o confronto entre os heróis e o titã nas telas dos cinemas. Este novo lançamento, com as primeiras histórias de Thanos e de Warlock é mais do que bem-vinda para que a nova geração de leitores conheça este material clássico, bem como permitir aos velhos fãs rever estas aventuras. Infelizmente, só o preço faz o lançamento desandar um pouco, e isso infelizmente não vai ajudar muito a popularizar um lançamento que é mais do que atrativo para muitos fãs e leitores.

“ESQUADRÃO DE POLÍCIA” GANHA EDIÇÃO EM DVD


                Dizer que o mercado de vídeo nacional anda sem rumo não é mera força de expressão. As distribuidoras nunca estiveram tão fracas em seus lançamentos por aqui, e para variar, repetem motivos que já não convencem tanto o público consumidor que só não compra mais produtos por causa da crise econômica, e da falta de opções de lançamentos vivida nos últimos tempos. Dizer que a pirataria prejudica já não serve de desculpa, enquanto os serviços de streaming que chegam ao mercado tem sido muito mais cômodos para muitos consumidores que antes frequentavam as videolocadoras, lojas que mantinham um mercado de home video até forte em tempos passados, mas que hoje encontram-se em extinção. E nem entro na questão do blu-ray, que entrou em decadência por aqui pela apatia do grande público, aliada à incompetência das distribuidoras e da indústria eletrônica, que nunca soube capitalizar adequadamente o formato dos discos de alta definição. Um problema que ocorre também lá fora, mas aqui é potencializado muito mais.
                Por isso mesmo, é gratificante quando vemos algumas distribuidoras, ainda que de maneiras não totalmente “oficiais”, lançando alguns produtos que certamente merecem a atenção do público consumidor que não apenas assiste, mas gosta de comprar discos e boxes para ter na estante para assistir à hora de que der vontade. Infelizmente, o grosso destes lançamentos tem sido feito quase exclusivamente em DVD, mas como também a imensa maioria do material é de produções antigas e clássicas, está de bom tamanho, desde que produzido adequadamente.
                E uma destas produções clássicas dos anos 1980, enfim, está ganhando um merecido lançamento em DVD no mercado nacional, através da distribuidora One Movies, que junto a empresas como Cult Classic, Vinyx, e World Classics, tem ao menos resgatado alguns materiais antigos, oferecendo ao consumidor alguma opção para compra, em um mercado cada vez mais negligenciado pelas grandes distribuidoras, que parecem ter esquecido como tratar o consumidor nacional. A produção em questão chama-se ESQUADRÃO DE POLÍCIA (Police Squad, no original), produzida em 1982 nos Estados Unidos. Dirigida pelos irmãos Jerry e David Zucker, em parceria com Jim Abrahams, e estrelada por Leslie Nielsen, a série era uma paródia dos seriados policiais da época. O trio de direção já havia conquistado muitos fãs com o filme Airplane! (Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu!, em português), um filme besteirol reunindo o maior número de piadas dos filmes-catástrofe de aviões e similares.
                Na série, Leslie Nielsen interpreta o tenente Frank Drebin, detetive da Polícia de Los Angeles, que tenta combater o crime na cidade, ao mesmo tempo em que comete várias trapalhadas no cumprimento do dever e nos procedimentos policiais. O seriado de TV acabou tendo vida curta, sendo cancelado após 6 episódios apenas, com a emissora ABC, que exibia a série, reclamando que os telespectadores tinham que pensar muito para entender as piadas mostradas na série. Uma das particularidades de “Esquadrão de Polícia” eram os “convidados especiais”, que na verdade só apareciam na abertura dos episódios, sendo assassinados a tiros ou através de algum outro recurso. Para Matt Groening, criador da famosa série “Os Simpsons”, “Esquadrão de Polícia” era uma série à frente de seu tempo, e se tivesse sido lançada muitos anos depois, provavelmente seria um grande sucesso da TV. E de certa forma, isso se concretizou, quando os irmãos Zucker e Jim Abrahams resolveram levar a produção para o cinema, no filme Naked Gun (Corra que a Polícia vem aí!, em português), em 1988, onde Leslie Nielsen retoma o personagem de Frank Drebin, agora envolvo numa investigação sobre um possível plano para assassinar a Rainha da Inglaterra em visita oficial a Los Angeles. Todo o clima da série foi levado para o cinema, e a produção se tornou um grande sucesso de bilheteria, rendendo mais duas continuações com as mesmas palhaçadas e besteirol que não fizeram a série de TV decolar vários anos antes.
                Todos os seis episódios vem em um único disco, ao preço de R$ 54,90. Há opções de legendas em inglês e português, e os episódios não possuem dublagem em português, uma vez que a série nunca foi exibida na TV brasileira. O ponto positivo são alguns extras que o disco traz, como uma entrevista com Leslie Nielsen, o minidocumentário “Behind The Freeze Frames”, erros de Gravação, Testes do Elenco, com Alan North, e Ed Williams, Galeria de Fotos da Produção, Lista de Celebridades Assassinadas, e Notas da Produção.
                Esquadrão de Polícia já havia sido lançado no mercado de vídeo nacional. Nos tempos do VHS, a distribuidora CIC Vídeo chegou a lançar a série completa, com todos os seus seis episódios, em duas fitas, em opção apenas legendada. Mesmo com o advento do DVD, e a criação do mercado de vídeo nacional, a série acabou nunca ganhando lançamento em formato digital, ao passo que os três filmes de Corra que a Polícia vem aí! foram lançados tanto em DVD como até mesmo em Blu-ray, há tempos atrás, depois de terem sido oferecidos em versão VHS, lá no início dos anos 1990. Agora, ao menos, Esquadrão de Polícia finalmente ganha sua chance em DVD, e merece uma nova vista, para podermos curtir as trapalhadas de Fran Drebin em seu dia-a-dia para manter a cidade a salvo dos criminosos, ainda que para muitos, quem é que protege a cidade das trapalhadas do tenente da polícia?