quarta-feira, 20 de março de 2019

NOVO CROSS-OVER REÚNE TRANSFORMERS E OS CAÇA-FANTASMAS


                A onda dos cross-overs continua a toda no mercado de quadrinhos dos Estados Unidos. Nunca tantos projetos foram desenvolvidos e lançados na terra do Tio Sam, envolvendo tantas editoras e tantos personagens, nos mais variados encontros já imaginados, dos mais lógicos e óbvios, até os mais loucos e completamente improváveis, para delírio dos leitores de quadrinhos como um todo, e para os fãs dos personagens envolvidos. E para o próximo mês de junho, mais um novo e inusitado projeto chegará às comic shops estadunidenses, através da IDW Publishing, juntando os mais afamados caçadores de fantasmas, espectros e quaisquer outras entidades sobrenaturais aos sofisticados habitantes de um mundo alienígena chamado Cybertron.
                TRANSFORMERS/GHOSTBUSTERS será uma minissérie mensal em 5 edições, e trará o mais novo encontro de ambos os grupos, que mal saíram de alguns cross-overs recentes, e já estão embarcando em um outro, completamente inédito. O anúncio foi feito pela IDW neste mês de fevereiro. No primeiro capítulo do enredo “Ghost of Cybertron” (Fantasma de Cybertron), os valentes transformers conhecidos como Autobots, tendo escapado da guerra que destruiu seu planeta natal, Cybertron, acabam traçando o rastreio de um sinal de características cibertrônicas perdido até o planeta Terra. Investigar a fonte desse sinal neste outro mundo trará os conhecidos robôs que mudam de forma até a grande metrópole de Nova Iorque, onde eles acabarão cara a cara com os renomados profissionais de investigação e eliminação de entidades de natureza paranormal: Peter Venkman, Egon Spengler, Ray Stantz e Winston Zeddmore! Os Caça-Fantasmas estarão nesta investigação também, e irão se surpreender com o que encontrarão pela frente. E olha que, quando você lida com todo tipo de entidade sobrenatural, tendo sorte de sair vivo em algumas ocasiões, não é fácil você se surpreender com alguma coisa.
                "Se você estiver incomodado com ruídos estranhos no meio da noite, ou se você ou alguém da sua família já viu um Decepticon no seu porão ou no sótão, não espere mais um minuto: esta é a série de cross-over recomendada para você" diz Michael Kelly, vice-presidente de publicações globais da Hasbro, detentora dos direitos dos Transformers, que não esconde o entusiasmo com esta nova minissérie.
                Escrita e ilustrada pela equipe de criadores da série dos Caça-Fantasmas Erik Burnham (roteiro), Dan Schoening e Luis Antonio Delgado (arte), Transformers/Ghostbusters vão abranger cinco edições, com direito a capas variantes no primeiro número abordando os talentos artísticos de Dan Schoening, Andrew Griffith, Thomas Deer, Paulina Ganucheau, Nick Roche, e Alex Milne, com várias opções para os fãs de ambos os grupos.
                "Os Caça-Fantasmas compartilharam um longo e bem-sucedido relacionamento com a IDW Publishing", diz Jamie Stevens, vice-presidente executivo de produtos de consumo mundial da Sony Pictures Entertainment. "Estamos felizes em continuar nossas aventuras de quadrinhos dos Caça-Fantasmas ao lado da Hasbro e sua incrível marca Transformers com este cross-over único celebrando nossos aniversários compartilhados de 35 anos."
                A equipe de três décadas e meia de formação se conectará diretamente ao lançamento anunciado dos brinquedos, apresentando aparições do novo personagem Transformer, ECTOTRON, além de algumas outras surpresas neste cross-over que ainda serão reveladas, e que certamente causarão histeria em massa em ambos os fandoms.
                "1984 foi um ano de mudanças sísmicas para o mundo do entretenimento, o ano em que lançaram os Transformers e os Caça-Fantasmas", diz John Barber, editor-chefe da IDW. “Naquela época, o pequeno John Barber estava lá para ver Transformers e com um pouco de medo dos Caça-Fantasmas - mas agora eu sou um pouco mais corajoso e mal posso esperar para ver estes dois mundos se chocarem. Sério, é incrível pensar que esses conjuntos de personagens seriam mais vivos e relevantes agora em 2019 do que nunca ... E estarão se unindo de uma maneira sem precedentes aqui na IDW!”, completa.
                “Que excitação! Eu trabalho com a IDW há 11 anos e já trabalhei em praticamente todas as propriedades com as quais cresci. O que eu ainda estava sonhando em fazer parte era justamente Transformers, e para fazer isso agora combinado com o meu time favorito, os Caça-Fantasmas, era tudo que eu poderia querer. Além disso, eu já sabia que Erik Burnham viria com uma maneira fantástica de juntar os dois (já fiz isso uma vez com as Tartarugas Ninjas), então eu mal podia esperar para ler a história”, confessa Luís Antonio Delgado, um dos artistas do projeto, que admitiu ter sido um grande desafio ilustrar esta minissérie: “Quando se trata dos Caça-Fantasmas, eu conheço os caras e seus equipamentos melhor do que eu jamais imaginei que faria, mas os robôs de Transformers são uma história diferente - existem tantos e são tão complexos que é um pouco assustador. Dan Schoening é o verdadeiro gênio por trás de toda a arte, não apenas no lápis, ele fez toda a pesquisa para que pudesse ser fiel aos personagens e teve a gentileza de compartilhar essa pesquisa. Então, depois de algumas tentativas, consegui acertar todos os recursos dos robôs e agora tenho vários arquivos prontos para quando eu tiver que trabalhar neles”, completa. “Esteja pronto para uma história que você nunca pensou ser possível, participe da festa e aproveite o passeio. Eu prometo que vai valer a pena. Trabalhar nestes projetos me faz sentir animado a cada dia. Eu não tenho apenas sorte em fazer este trabalho, eu tenho ainda mais sorte de poder fazer isso com uma propriedade que eu amava desde que eu era criança e com a melhor equipe do mundo. Eu gosto de trabalhar em cada novo fantasma, cada nova história e cada novo desafio. Além disso, tentando mantê-lo fresco e novo depois de tantos problemas, é o que o torna excitante”, finaliza, a respeito do que é trabalhar como desenhista nas aventuras dos Caça-Fantasmas.
Dan Schoening, o outro artista responsável pelos desenhos da série, também revela sua excitação, e ansiedades com o desenvolvimento do projeto: “Com exceção de alguns esboços para diversão, esta será minha primeira vez lidando com os personagens de Transformers. Sendo uma criança dos anos 1980, meu coração sempre volta para a série animada que começou em 84 e no filme de 1986. Para o crossover, vou manter a aparência dos Autobots e Decepticons dentro daquela estética estabelecida. Tê-los no estilo animado também combina muito bem com o estilo visual que criamos para os Ghostbusters nos últimos 8 anos.” Dan revelou que ficou surpreso com o projeto, e que nunca pensou que teria a oportunidade de desenhar os dois grupos, além de trabalhar com a equipe criativa da série dos Caça-Fantasmas. E quando questionado sobre qual seria o seu caça-fantasma favorito, escolheu Ray Stantz. Já no lado dos transformers, seu personagem favorito seria o Miragem, seguido pelo Perceptor
                Erik Brunham, responsável pelos roteiros, garante que a série terá muita aventura e diversão, e com os momentos de humor devidamente encaixados nos momentos e personagens corretos dentro da trama. Ele declarou seu amor pelos personagens, e só não revelou mais detalhes da história porque a Hasbro mandaria seus ninjas silencia-lo (risos). A série ainda mostrará o novo personagem Ecotron, que será nada menos que um novo Autobot cuja forma transformer será o ECTO-1, o carro de serviço dos Caça-Fantasmas, cuja origem será mostrada na história, e com o brinquedo do personagem sendo lançado pela Hasbro, como parte da promoção do cross-over.
                Nas artes já divulgadas da história, dá para ver um encontro deveras inusitado, entre os Decepticons, e Gozer, o demônio que quase acabou com os Caça-Fantasmas no filme original de 1984, em um palco que os fãs não terão nenhuma dificuldade em reconhecer. Que consequências terão uma possível aliança entre Megatron e seus Decepticons com o nefasto demônio dimensional, e como os Caça-Fantasmas e os Autobots irão lidar com isso, e superar esta situação? A resposta chegará em junho. Preparem seus feixes de protóns e fiquem prontos para transformar e rodar!
                Entre os encontros inusitados que ambos os grupos participaram nos últimos tempos, os Caça-Fantasmas encontraram-se com as Tartarugas Ninjas. Já os Transformers acabaram de participar de um cross-over com a tripulação clássica da série animada de Jornada nas Estrelas, ambos inéditos no Brasil. Veremos agora como eles se sairão nesta nova aventura conjunta, que colocará ambos os grupos em situações completamente inesperadas.
Infelizmente, apesar da fama de ambos os grupos de personagens, não há nenhuma garantia de que este material seja lançado no Brasil. Transformers já teve séries de quadrinhos em nosso país, com o material publicado pela Marvel lançados nos anos 1980 pela RGE/Editora Globo, e na década passada, pelas editoras Panini e OnLine, com material inédito produzido pela extinta editora Dreamwave, além de quadrinhos produzidos como prévias dos acontecimentos do primeiro longa-metragem de cinema conduzido por Michael Bay, inclusive com a republicação de algumas histórias do período da Marvel. Mas de lá para cá, nada mais foi lançado, mesmo com o sucesso dos filmes de cinema dirigidos por Michael Bay. Nem mesmo o cross-over dos robôs de Cybertron com o maior grupo de super-heróis da Marvel, os Vingadores, chegou a ser lançado por aqui. Já os Caça-Fantasmas tiveram menos sorte ainda, pois nunca tiveram suas aventuras em quadrinhos lançadas por aqui, por nenhuma editora, com exceção de uma história publicada junto com o álbum de figurinhas da série animada lançada nos anos 1980, que fez grande sucesso na época, exibida pela TV Globo, que também exibiu a série animada original de Transformers.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

DETECTIVE COMICS CHEGA À 1.000ª EDIÇÃO


                Depois da revista Action Comics ter atingido a incrível marca de 1.000 edições no ano passado, desde o seu primeiro número, lançado em 1938, outro título icônico da DC Comics prepara-se para igualar a marca da primeira revista do Super-Homem: em março, a revista Detective Comics também chegará à sua 1.000ª edição, tendo se tornado a casa do grande rival do Homem de Aço em popularidade na editora norte-americana, o Batman. A edição comemorativa terá 96 páginas, ao preço de US$ 9,99, e contará com várias capas que homenagearão as oito décadas de existência do Homem-Morcego, da mesma forma que Action Comics fez com os 80 anos do Super-Homem.
                A DC divulgou os detalhes completos das histórias que comporão esta edição comemorativa que chegará às comic shops dos Estados Unidos no próximo dia 27 de março, celebrando o Cavaleiro das Trevas através de uma série de contos independentes entre si, com cerca de sete a nove páginas, totalizando 11 histórias, concebidas por uma coleção de estrelas dos principais escritores e artistas da história recente de Batman, como Tom King, Tony Daniel, Joëlle Jones, Scott Snyder, Greg Capullo, Peter J. Tomasi e Doug Mahnke, Brian Michael Bendis, Alex Maleev, Warren Ellis, Becky Cloonan e muito mais. Confiram a relação de histórias que estarão nesta milésima edição de Detective Comics:

# “Medieval", de Peter J. Tomasi e Doug Mahnke: Aparecendo pela primeira vez na continuidade dos quadrinhos da DC, uma nova e misteriosa versão do Arkham Knight fará sua estréia em uma história que analisa os encontros de Batman com seus vilões ao longo de sua carreira através dos olhos de Arkham Knight.

# “Batman’s Longest Case, (“O caso mais longo de Batman”)”, de Scott Snyder e Greg Capullo: Uma das equipes de talentos mais populares da história do Cavaleiro das Trevas oferece um conto em que Batman segue pistas ao redor do mundo, levando-o de volta a sua casa em Gotham City e a uma organização secreta que o vigia há anos.

# “Manufacture for Use (“Fabricado para usar”)”, por Kevin Smith e Jim Lee: Esta renomada dupla apresenta uma história que mostra Batman lutando contra seus maiores vilões e suas tentativas de rastrear a arma que matou seus pais.

# “The Legend of Knute Brody (“A Lenda de Knute Brody”)”, por Paul Dini, Dustin Nguyen, Derek Fridolfs e John Kalisz: Os vilões de Gotham falam, como se estivessem em um documentário, sobre aquele capanga que cada um contratou, que era o pior de todos em seus trabalhos, e que constantemente estragavam todos os seus planos.

# “The Batman's Design (O desenho do Batman”)”, de Warren Ellis e Becky Cloonan: Warren Ellis concebeu esta história com Becky Cloonan, a primeira mulher a desenhar Batman na sua série principal, em uma história do Cruzado Embuçado perseguindo um grupo de mercenários tecnologicamente avançados em um armazém, onde eles acham que o encurralaram.

# “Return to Crime Alley (“Retorno ao Beco do Crime”)”, de Denny O'Neil e Steve Epting: Uma sequência direta do clássico criado por O'Neil, “Não há Esperança no Beco do Crime”, publicada em Detective Comics Nº 457, em que Leslie Thompkins critica Batman por seu vício em violência, que, em sua mente, perpetua o horror que lhe deu origem.

# “Heretic (“Herege”)”, de Christopher Priest e Neal Adams: Dois dos maiores roteiristas e artistas da indústria dos quadrinhos trabalham juntos em uma história em que Batman ajuda um jovem a escapar da Liga dos Assassinos de Ra's al Ghul, o qual depois aparece morto em Gotham. Batman viaja ao Tibete com uma mensagem para a Liga dos Assassinos.

# “I Know (“Eu sei”)”, por Brian Michael Bendis e Alex Maleev: A equipe criativa por trás do SCARLET tem uma visão única do futuro do Batman e do Penguin. O Pinguim chega a um idoso Batman ligado a uma cadeira de rodas para contar a ele sobre quando descobriu que Batman era Bruce Wayne, e para explicar por que ele nunca fez nada com essa informação.

# “The Last Crime in Gotham (“O último crime em Gotham”)”, por Geoff Johns e Kelley Jones: O famoso escritor Geoff Johns e o famoso artista Kelley Jones contam uma história do futuro em que a futura família de Batman e Mulher-Gato enfrenta uma batalha com a família do Coringa e Arlequina.

# “The Precedent (“O Precedente”)”, por James Tynion IV e Alvaro Martinez: A equipe de James Tynion IV e Álvaro Martinez retornam em uma história da noite em que Bruce Wayne tomou a decisão de trazer Dick Grayson para seu mundo sombrio, terminando com o juramento clássico de velas.

# “Batman’s Greatest Case (“O maior caso do Batman”)”, de Tom King, Tony Daniel e Joëlle Jones: O inovador escritor Tom King, é acompanhado por Tony Daniel e Joëlle Jones, neste conto apresentando histórias paralelas, em que Bruce Wayne visita a sepultura de seus pais enquanto Batman reúne toda a sua coalizão de aliados ao seu redor.

                Além de um grande número de opções de capas variantes dos mais diversos artistas, como Steve Rude, Michael Cho, Jim Steranko, Bernie Wrightson, Frank Miller, Tim Sale, Jock e Greg Capullo, esta edição também contará com uma arte adicional de Mikel Janin e Amanda Conner, bem como uma página dupla do artista Jason Fabok representando o estado atual do universo Batman e seus heróis e vilões.
                Curiosamente, quando foi lançada, em 1937, Detective Comics era uma antologia de quadrinhos, o último título a ser lançado pela National Comics ainda sob administração de Major Malcolm Wheeler-Nicholson, fundador da editora. Mas o personagem que viria a tomar conta da revista, o Batman, surgiria apenas na edição 27 do título, lançado em 1939. Desde então, o Cavaleiro das Trevas tomou posse do título, e se tornando um personagem tão famoso quanto o Super-Homem, que havia estreado um ano antes, em 1938, na estréia da revista Action Comics. As iniciais da revista, aliás, se tornariam o novo nome pelo qual a editora é conhecida até hoje, DC Comics, que também se tornaria icônico no mercado mundial de quadrinhos.
                O ponto positivo é que a Panini deve lançar esta edição aqui no Brasil também, provavelmente em uma edição especial, a exemplo do que fez com o material publicado na milésima edição de Action Comics. Os fãs nacionais aguardarão com paciência este momento. E que venham as próximas mil edições de Detective Comics...


O RETORNO DO HOMEM DE SEIS MILHÕES DE DÓLARES


                Os fãs dos antigos seriados terão mais uma opção de série de quadrinhos a partir de março, nos Estados Unidos. A Dynamite Entertainment está trazendo de volta Steve Austin, o “Homem de Seis Milhões de Dólares” do famoso seriado de TV produzido entre 1974 e 1978, estrelado por Lee Majors, e que contou com um total de 100 episódios, além de alguns telefilmes produzidos vários anos depois, e um spin-off. E de acordo com a editora, o herói volta “mais forte, mais rápido, reimaginado”, mas ainda assim, fiel à sua época, e ao estilo de suas aventuras nos anos 1970.
                THE SIX MILLION DOLLAR MAN será uma nova série limitada mensal, ao preço de US$ 3,99, com roteiros do escritor Christopher Hastings (com passagens pelos títulos do Deadpool e Gwenpool, na Marvel Comics), com arte de David Hahn (da série Batman’ 66), e desenhos de capa por Michael Walsh, eles esperam que os leitores sobrevivam à experiência de acompanhar as novas aventuras de Steve pelo mundo afora. A primeira edição também contará com capas variantes providenciadas por Michael Walsh (Vingadores Secretos), Yasmine Putri (Asa Noturna), Francesco Francavilla (Batman) e Denis Medri (Capuz Vermelho/Arsenal).
                Na história de partida para esta nova série, o palco dos acontecimentos é o Japão. Em problemas com uma ameaça, a agente do serviço secreto japonês Niko Abe solicita ajuda aos Estados Unidos, mas ao invés de receber uma equipe de soldados altamente treinados, ela terá de se contentar com o auxílio de um único homem: Steve Austin. Juntos, eles devem parar um plano nefasto de um louco para se vingar dos Estados Unidos por conflitos de várias décadas. As coisas começam a dar errado quando o agente atômico favorito de todos imediatamente descobre que seu corpo ciberneticamente alterado está falhando, e nos piores momentos possíveis. Seus aprimoramentos começam a perder sua eficácia, e o que antes era uma vantagem em campo agora pode ser um revés frente aos inimigos.
                "Eu sei que quadrinhos é o negócio de diversão, mas cara, eu me diverti muito escrevendo esta série", disse o escritor Christopher Hastings, que complementa. “Eu faço pequenas danças na minha cadeira quando a arte de David Hahn entra. Como escritor, gosto das limitações que serão apresentadas na história que estou contando. Os super-heróis são muito mais avançados em seus poderes hoje do que costumavam ser. Grande parte da tecnologia em nossa vida cotidiana é um salto além do que muita ficção científica antiga previu. O Homem de Ferro de hoje é tecnicamente muito mais poderoso do que Steve Austin jamais foi.”
                Essa abordagem das limitações, segundo Hastings, é que dará o tom inicial da série, pois quando suas habilidades biônicas começam a falhar, Steve Austin precisa aprender a ser criativo para continuar desempenhando sua missão e enfrentar os perigos que surgem. Ele começa a enxergar suas limitações, e que o modo como lidará com isso revelará mais sobre seu caráter real, sua personalidade, e sua motivação. “Acho que a maior mudança perceptível em nossa série é que demos a Steve uma ajustada de atitude de suas encarnações anteriores. Ele é muito mais alegre, não é relutante, tem senso de humor, e ainda é um agente altamente engenhoso, motivado e comprometido. Ele é criativo com ou sem seus poderes.”, afirma Hastings. “Neste relançamento, esta é a primeira missão de Steve. Um tipo de test drive para esta nova geração de super espiões. Tudo o que ele tem a fazer é encontrar evidências de um míssil de longo alcance está em uma ilha privada de magnata de um império da eletrônica. O que se supunha ser uma simples missão de reconhecimento acaba se transformando em uma odisséia para escapar com vida e deter uma conspiração de assassinato muito mais ampla, enfrentando espadachins e agentes inimigos. A arte de David Hahn é limpa, dinâmica e um prazer só de se olhar. Queremos que esta nova série do Homem de Seis Milhões de Dólares seja uma lufada de ar fresco, e acho que conseguimos.”
                E David Hahn, responsável pela arte das aventuras, também está entusiasmado com o projeto desta nova série. “Eu não estava apenas excitado por trabalhar no Homem dos Seis Milhões de Dólares, mas estava duplamente empolgado que nossa história acontece na era da série de TV original de meados dos anos 70. Foi uma época em que a estética em relação à tecnologia era simultaneamente desajeitada e elegante, assim como nossa versão de Steve Austin. Chris também injetou uma boa quantidade de humor em nossa história, o que é outra grande vantagem para mim”, declarou o artista. “Não fizemos uma interpretação moderna do personagem, portanto, não haverá interfaces holográficas ou tubos azuis brilhantes em nosso Steve Austin! E nem internet!”
                Questionado se estaria fazendo uma uma peça de época, com alguma nostalgia, Hahn responde: “Estou desenhando com minhas habilidades e sensibilidades atuais, então eu não estou desenhando para parecer uma história em quadrinhos de 1975, nem para parecer particularmente moderna também - será apenas eu desenhando da maneira que eu faço. Não estou a tentando especificamente tocar os fãs nem antigos nem novos. Eu só estou tentando fazer o personagem da melhor maneira possível. Considerando que tenho boas memórias de infância da série de TV, estou apenas canalizando esses sentimentos para a arte. É um bom personagem e nós temos uma boa história para ele aqui, então eu acho que só vai agradar aos fãs antigos e novos.”
                “Hastings e Hahn são uma equipe dos sonhos. E eles estão trazendo o melhor de Steve Austen, um astronauta que pode ter um olho laser”, disse o editor Nate Cosby, da Dynamite, sobre a sinergia da equipe criativa do título. Além das tradicionais edições impressas, as edições desta nova série também estarão disponíveis em formato digital, através dos serviços da Comixology, Kindle, iBooks, Google Play, Dynamite Digital, iVerse, Madefire e Dark Horse Digital.
                Esta é a terceira série de quadrinhos lançada pela Dynamite, que em 2013 lançou uma minissérie em 6 edições continuando as aventuras do seriado, com o subtítulo de “6ª Temporada”. Em 2016, a editora lançou outra minissérie, em 5 partes, com o subtítulo “Fall of Man” (Queda do homem, numa tradução em português). Ambas permanecem inéditas no Brasil, como deve ser o caso desta nova série que está sendo lançada. O seriado de TV do personagem fez relativo sucesso em nosso país quando foi exibido nos anos 1970 e início dos anos 1980, o que motivou o lançamento nas bancas nacionais de duas séries de quadrinhos baseadas no seriado. A primeira série foi publicada pela Bloch Editores, e durou 8 edições, lançadas entre 1976 e 1978, publicando aventuras produzidas pela editora Charlton Comics dos Estados Unidos. Em 1979, a Ebal lançou uma nova série, que teve apenas 6 números, trazendo aventuras do Homem de Seis Milhões de Dólares e também da Mulher Biônica, utilizando material criado na Inglaterra.