terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

TOEI INICIA 14ª SÉRIE PRECURE: KIRA KIRA PRECURE A LA MODE



                Como já acontece tradicionalmente no mês de fevereiro, a Toei Animation, maior estúdio de animação do Japão, inicia a nova série de sua mais famosa franquia do gênero garotas mágicas (Mahou Shoujo), Pretty Cure, ou Precure, como vem sendo denominado nos últimos anos. Com o encerramento da série de 2016, Mahou Tsukai Precure, com 50 episódios e um longa-metragem para cinema, além do tradicional filme reunion com as demais personagens da franquia, estreou no último dia 5 a mais nova produção, como de costume, apresentando uma nova história, e novas heroínas, na série Kira Kira Precure A La Mode. A nova série tem como tema doces, além de apresentar uma nova característica nas heroínas, de assumirem características de animais, além de suas tradicionais identidades de Precure.
                A nova heroína principal é Ichika Usami, uma garota cheia de energia, e que adora doces, em especial bolos. Após um encontro inusitado com uma fada chamada Pekorin, ela é atacada por uma espécie de monstro, que queria roubar a essência do bolo que ela havia feito para sua mãe, ela acaba criando uma espécie de dispositivo com a energia Kirakiraru dos doces, e se transforma em Cure Whip, enfrentando monstros que desejam roubar toda esta energia dos doces em nosso mundo. Além de seus poderes de Precure, Whip também possui a agilidade e habilidade de pular de um coelho. A nova série apresentará 5 heroínas, ao contrário da dupla inicial de Mahou Tsukai Precure, com o maior número de heroínas desde Doki Doki Precure.
                Além de Ichika, as demais heroínas serão Himari Arisugawa, que assumirá a identidade de Cure Custard, tendo como doce favorito os pudins, e possuindo as habilidades de esquilo; Aoi Tategami, que adora sorvetes, e com as habilidades do leão, será a Cure Gelato; Yukari Kotozume, que adora o doce macaron, e ganhará também as habilidades de um gato, se tornando Cure Macaron; e fechando o quinteto de heroínas, temos Akira Kenjou, que será a Cure Chocolat, tendo o chocolates como doces preferidos, e tendo habilidades de um cão. Juntas, elas defenderão os doces e lutarão para evitar que os inimigos roubem a energia Kirakiraru que permite a estas guloseimas tornarem felizes aqueles que os comem.
                Para o mês de março, já está programado o primeiro filme da série, reunindo as novas personagens com outras Precures das séries anteriores, com o título “Dream Stars”, onde haverá a participação das heroínas das séries Mahou Tsukai Precure, e Go Princess Precure. Até o ano passado, a Toei fazia uma produção “reunion” com as heroínas de todas as séries anteriores, chamado “All Stars”, entretanto, devido ao grande número de personagens já criadas nas séries anteriores, a fórmula foi mudada, uma vez que não conseguiram criar um roteiro condizente com a participação de todas as heroínas.
                Desde a estréia da primeira série da franquia, em 2004, Pretty Cure se tornou um dos carros-chefe de produção da Toei Animation, e as produções desta franquia continuam inéditas no Brasil, com exceção da série Smile Precure, que foi comprada e adaptada pela Saban Brands, com o título de “Glitter Force”, tendo episódios cortados e com trilha sonora modificada, além de uma dublagem considerada horrorosa por muitos fãs da franquia em diversos países onde acabou sendo exibida, como no Brasil, onde pode ser assistida através do serviço de streaming Netflix, para desgosto de muitos fãs, que consideraram as modificações completamente ridículas.
                E, no que depender da Toei, haja visto o número de bugigangas para vender da nova série, a franquia Precure tão cedo não acabará...

MORREU RICHARD HATCH, DA SÉRIE GALACTICA



                O mundo da ficção científica anda de luto nos últimos tempos. Depois de assistir ao falecimento da atriz Carrie Fisher, a intérprete da Princesa Leia Organa, em Guerra nas Estrelas, no fim de 2016, neste início de fevereiro, foi a vez de Richard Hatch, o ator que interpretou o Capitão Apolo na série original de Galactica – Astronave de Combate, falecer. Hatch morreu no último dia 7, vítima de câncer de pâncreas, aos 71 anos.
                Nascido em Santa Monica, Califórnia, em 21 de maio de 1945, Richard Lawrence Hatch iniciou sua carreira como ator de televisão nos anos 1970, fazendo um papel na produção “All My Children”, uma novela, por dois anos, seguindo-se a aparições como ator convidado em diversas séries da época, como Hawai 5-0, Os Waltons, entre outras séries, até ganhar um novo papel fixo em Streets of San Francisco. Em 1978, ele interpretaria o papel mais famoso de sua carreira, na série clássica de Battlestar Galactica, fazendo o papel do Capitão Apolo, o principal herói da série, ao lado do ator Dirk Benedict, que fazia o melhor amigo de Apolo, o Tenente Starbuck. O seriado durou apenas uma temporada, até ser cancelado por conta dos altos custos de produção na época, e da audiência insatisfatória. Em 1980, a série acabou retomada, com a produção de Galactica 1980, que continuava os eventos da série de 1978, mas Hatch não participou, devido às mudanças criativas que a Universal havia imposto à série.
                Mas o papel o marcou, dentro e fora das telas. Além de ganhar um Globo de Ouro pelo papel de Apolo em 1979, o ator chegou a escrever várias aventuras em livro sobre o universo de Galactica, e no final da década de 1990, chegou a produzir um curta-metragem para tentar promover a retomada da série, continuando os eventos do seriado, ao lado de outros atores da produção, mas o projeto não foi adiante por falta de vontade da Universal Studios, que preferiu produzir um remake da série, que foi ao ar de 2004 a 2009 na TV americana. Mas Hatch, apesar dos entreveros com o estúdio, ganhou sua chance de fazer parte desta nova versão, interpretando Tom Zark, um político terrorista, e vilão recorrente na série, aparecendo em vários episódios, em um papel bem diferente do que teve na produção original, onde interpretava um dos heróis. Por estas participações em ambas as séries de Galactica, o ator costumava aparecer em diversas convenções de fãs nos Estados Unidos.
                Durante a década de 1980, ele apareceu como ator convidado em diversos outros seriados, como Hotel, A Ilha da Fantasia, O Barco do Amor, SOS Malibu, Dinastia, Profissão: Perigo, entre muitas outras séries. Nos anos 1990, voltou a participar de novelas. O ator também participou de vários filmes ao longo da carreira, mas nada de tão expressivo como sua participação das séries de Galactica, especialmente na produção clássica de 1978. Hatch também atuou como produtor em alguns projetos.
                A morte de Richard Hatch foi confirmada por seu filho Paul, e de acordo com ele, o ator estava em companhia de amigos e familiares quando faleceu. Em determinada ocasião, Hatch declarou que “Galactica foi um marco que me proporcionou a oportunidade de viver meus sonhos e fantasias de infância, interpretando um herói deslumbrante, numa batalha contra os cilônios, monstros e supervilões - o que mais um homem poderia querer?” O ator mantinha-se em atividade, e estava participando do fanfilm “Star Trek: Axanar”, fazendo o papel de Kharn, o supremo comandante Klingon. O ator sempre se declarou fã de ficção científica, e sempre se sentiu privilegiado de ter podido participar de uma das séries mais lembradas pelos fãs, Galactica. E aceitou praticamente de imediato a chance de participar de um filme, ainda que não oficial, do universo de Jornada nas Estrelas, outra série que ele gostava muito.
Os fãs sempre sentirão sua falta como o intrépido Capitão Apolo da série clássica de Galactica. Descanse em paz, velho guerreiro...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

MYTHOS LANÇA MAIS UMA EDIÇÃO ESPECIAL DE CONAN



                Órfãos desde o fim de seu título regular, os fãs de Conan, o guerreiro da Ciméria, vem encontrando nas edições especiais lançadas pela Mythos Editora a sua redenção para continuarem tendo a oportunidade de lerem aventuras do personagem, sejam histórias inéditas ou não. E, pelo menos, a editora não tem deixado de apostar em novos lançamentos, acabando por lançar mais um álbum neste início de 2017.
                CONAN, A LENDA, como diz o release oficial da editora, é uma nova publicação planejada para reunir minisséries e aventuras fechadas do aventureiro criado por Robert E. Howard. E esta edição inaugural compila histórias publicadas originalmente entre 2005 e 2007 na extinta revista Conan, o Cimério, que publicou material produzido pela editora americana Dark Horse Comics, que assumiu os quadrinhos do personagem após o fim de seu contrato de publicação com a Marvel Comics, que durante mais de três décadas produziu as aventuras do guerreiro cimeriano. Entre os artistas que compõe a equipe criativa das histórias desta edição de estréia temos Kurt Busiek, Timothy Truman e Fabian Nicieza, assinando os roteiros magistralmente ilustrados por uma constelação de artistas. O grande destaque é o multipremiado Eric Powell, que desfila todo o seu talento em uma comovente homenagem a Robert E. Howard, enquanto os lendários John Severin, Timothy Truman, Bruce Timm e Rafael Kayanan contribuem com suas visões da fantástica Era Hiboriana.
                O principal objetivo da edição é permitir aos leitores, antigos e novos, começarem a apreciar as aventuras de Conan, com histórias fechadas, que podem ser lidas tanto por quem nunca acompanhou o personagem, quanto por veteranos leitores ávidos por novas batalhas do guerreiro bárbaro. De acordo com a editora, uma vez que este tipo de edição não tem implicações cronológicas, “Conan: A Lenda” é uma grande atração para os fãs do Cimério e um ponto de partida perfeito para novos leitores.
                Esta primeira edição tem cerca de 148 páginas, em formato americano, 18,5 x 27,5 cm, com capa dura e papel de miolo de alta qualidade. O preço é de R$ 79,90, e já está disponível nas comic shops, livrarias e bancas especializadas, além de estar disponível para venda no site da editora. A intenção da Mythos é disponibilizar novos volumes desta edição, dependendo da aceitação do público leitor. E, pelo fato de apresentar histórias completas, os fãs de quadrinhos e do personagem podem encontrar aventuras fechadas em cada volume, independente de precisarem acompanhar a continuação das aventuras, ou saber de fatos ocorridos anteriormente ao momento da história apresentada.
                Com 51 edições lançadas no Brasil, a revista “Conan, o Cimério”, de onde é retirado o material desta primeira edição, foi publicada pela Mythos entre 2004 e 2008. O título foi um dos que substituiu a revista “A Espada Selvagem de Conan”, publicada de 1984 a 2001 pela Editora Abril, com 205 edições, tendo as primeiras 57 delas relançada pela editora entre 1990 e 1994. Em 2002, no ano seguinte ao encerramento das publicações de Conan pela Abril, a Mythos lançou a revista “Conan, o Bárbaro”, nos mesmos moldes de “A Espada Selvagem”, publicando o restante do material produzido pela Marvel, até então inédito em nosso país, e algumas republicações de aventuras, tendo permanecido nas bancas nacionais até 2010, quando foi cancelada, com um total de 76 edições. “Conan, o Cimério”, foi publicada em paralelo com “Conan, o Bárbaro”, fazendo a alegria dos fãs na época, que puderam curtir tanto o material clássico produzido pela Marvel Comics, quanto as novas histórias lançadas pela Dark Horse, que continua publicando as aventuras do guerreiro bárbaro até os dias atuais.
                No ano passado, os leitores tiveram a oportunidade de ver relançadas em nosso país as primeiras oito aventuras em quadrinhos de Conan, na edição especial “As Crônicas de Conan”, compilando os primeiros números do material produzido pela Marvel Comics no início dos anos 1970, que começariam a pavimentar o sucesso do cimeriano nos quadrinhos. A Mythos também lançou outra edição especial, “Conan - O Deus Na Urna”, trazendo material produzido pela Dark Horse, onde Conan presenciou o surgimento daquele que se tornaria o seu maior inimigo, o feiticeiro Thoth-Amon.
                Privilegiando qualidade ao invés de quantidade, a Mythos vem conseguindo manter os lançamentos de quadrinhos de Conan no mercado nacional, que em razão da crise econômica atual, e do imenso número de lançamentos recentes nas bancas e livrarias, pode se considerar um grande feito, até mesmo porque Conan, infelizmente, já não desfruta da mesma popularidade que teve nos tempos em que era publicado pela Marvel, e as necessidades editoriais de manter os títulos economicamente viáveis são mais imperativas do que nunca, razão pela qual o título regular do guerreiro bárbaro foi cancelado há alguns anos. O valor das edições especiais que a Mythos vem lançando desde então nem sempre são as mais acessíveis aos leitores, mas as possíveis, ainda que muitos torçam o nariz para os preços praticados. Tudo indica que, mesmo com esses percalços, que limitam e impedem o alcance das edições a uma gama maior de leitores potenciais, a editora está conseguindo sustentar os seus novos lançamentos. É um ponto positivo a se relevar, embora não compense totalmente a limitação que os preços cobrados impõe ao público leitor. Infelizmente, não se pode ter tudo como seria de se esperar...