sábado, 28 de dezembro de 2013

MARVEL LANÇA "ORIGIN II" DE WOLVERINE



                Definitivamente, não é fácil ser o mutante mais popular do Universo Marvel. Desde que surgiu como coadjuvante em uma história do Incrível Hulk nos anos 1970, o invocado mutante canadense percorreu um longo caminho ingressando nos X-Men e tornando-se a principal estrela do grupo, principalmente pelo seu caráter violento e anti-social. O destaque cada vez maior nas aventuras do supergrupo mutante, claro, rendeu dividendos: Wolverine ganhou título próprio, e hoje, praticamente divide seu tempo entre ser diretor da antiga escola para mutantes do Professor Xavier, ser um X-Men, e ainda bater ponto nos Vingadores. Haja fator de cura para aguentar uma vida corrida dessas.
                Mas nem tudo são flores. A alta exposição também colocou Logan na mira da superexploração por parte da Marvel, que na tentativa de faturar uns cobres com os mistérios da antiga vida do canadense antes de entrar para os X-Men, já o submeteu a várias histórias deploráveis. Se a minissérie "Arma X", publicada no início dos anos 1990, foi muito bem aceita pelos fãs e tida como uma história de origem que satisfazia sem revelar demais, por outro lado, o que veio depois revirou muita coisa do passado de Logan de cabeça para baixo, literalmente. E a Marvel ainda segue explorando este passado, com mais baixos que altos. Uma destas ocasiões foi a minissérie "Origem", que se propunha a revelar a verdadeira origem do personagem, e que de fato revelou alguns fatos importantes da história do canadense. Mas os fãs acharam a história apenas morna, sem grandes atrativos, tanto que até hoje muitos preferem "Arma X" a "Origem" como história do surgimento do herói, apesar de ser revelado que ele já se metia em confusões há muito mais tempo do que se imaginava. Graças a seu fator de cura, que retarda seu envelhecimento, Logan, cujo nome verdadeiro é James Howlett, já tem quase 200 anos de idade, e já foi visto em aventuras no tempo da 2° Guerra Mundial, quando inclusive chegou a participar de algumas missões junto com o Capitão América.
                E, não satisfeita com o que já aprontou, eis que chegou este mês às comic shops americanas, ORIGIN II, nova minissérie em 5 partes, que como o nome diz, dá continuidade aos eventos vistos em "Origens". O roteiro é de Kieron Gillen, com arte das histórias de Adam Kubert, que também desenha as capas da minissérie, que tem periodicidade mensal e preço de US$ 4,99. E como exploração pouca é bobagem, a edição de estréia tem nada menos do que 7 capas diferentes, sendo que uma delas é especial, com dois níveis, em acetato (externa) e papel (interna), formando a imagem acima. Na capa interna estão os lobos, e na capa externa, em acetato, além do logo, está o punho de Logan exibindo suas garras. É o mesmo tipo de capa que foi usado na primeira edição nacional da minissérie "Marvels", e que hoje virou item de colecionador, por nunca mais ter sido usado nas reimpressões da minissérie.
                A história de passa após alguns anos depois dos eventos vistos em "Origens", e encontramos James Howlett vivendo em meio às florestas selvagens do Canadá junto com uma matilha de lobos. Tendo aparentemente abandonado seu convívio com os homens, Howlett infelizmente terá de retornar ao mundo "civilizado", em uma estrada que será tão difícil quanto dolorosa, pois um estranho homem surge em sua vida, e que deseja a todo custo aprender que tipo de ser é o canadense. Um homem extremamente perigoso, que não deixará nem mesmo a selvageria de seu alvo deter suas ações, e que se chama Nathaniel Essex, que viria a ser um dos mais nefastos e perigosos inimigos dos X-Men, o Senhor Sinistro. Essex quer desvendar os mistérios envolvendo Howlett, que pode muito bem não sobreviver ao tipo de experiências que lhe aguardam. E conseguirá James recuperar sua identidade e sobreviver a este adversário? Eis o maior dos desafios que o futuro Wolverine terá de aprender a superar...
                Segundo Kieron Gillen, a minissérie trata principalmente do confronto homem X animal, o ser instintivo X o ser racional, e essa dicotomia será o cerne principal da história, que terá seus momentos "selvagens" e seus momentos "civilizados". E sobre sua escolha de Essex para ser o principal vilão a ser confrontado por Logan, ele justifica dizendo que Essex é um cientista que caiu em desgraça, o modelo perfeito do cientista louco, que transgride a ética profissional dos cientistas, e como sempre esteve interessado em "novas espécies", tornou-se o preferido para desempenhar o papel na história. E ele assegura, com a experiência que já teve escrevendo histórias com o personagem, que Essex ainda não é Sinistro, mas boa parte de suas características já estão lá, mesmo antes de se tornar o vilão poderoso que conhecemos. Gillen enfoca que ainda há muitos mistérios desde a "origem" de Logan, até quando ele entrou em "contato" com o resto do Universo Marvel, como quando esteve na Segunda Guerra, ou o período que se passou depois disso até chegar ao Programa Arma X que lhe deu esqueleto de adamantium. "O que mais do personagem nós não sabemos?", pergunta Kieron. Esta nova minissérie pretende fornecer mais algumas respostas do passado de Logan.
                Os fãs esperam, pelo menos, uma história decente, e que não acabe enrolando ainda mais os fatos sobre o passado do mutante favorito do Universo Marvel, que apesar de todos os recentes tropeços da Marvel, ainda continua popular como nunca. Resta saber se seu formidável fator de cura continuará mantendo sua popularidade saudável em caso de novas histórias de qualidade duvidosa. Para muitos fãs, a editora já forçou a popularidade de Wolverine muitas vezes, e tudo tem limite...

ROBOTECH E VOLTRON COLIDEM EM MINISSÉRIE DE QUADRINHOS



Duas séries clássicas de animação japonesa dos anos 1980 estão ganhando uma minissérie inédita neste mês nos Estados Unidos. A Dynamite Entertainment está lançando a publicação ROBOTECH/VOLTRON, que une pela primeira vez estas duas séries, que foram responsáveis por popularizar a animação japonesa nos EUA, ao lado de Patrulha Estelar. O argumento é de Tommy Yune, com arte de Elmer Damaso. A publicação terá 5 edições, com periodicidade mensal, ao preço de US$ 3,99.
No futuro, no distante planeta Arus, surge mais um ataque inimigo, e para defender o planeta, a Força de Defesa Voltron parte para o espaço, formando o poderoso robô-leão guerreiro Voltron, protetor do universo, pronto para defender a humanidade. Algo, contudo, sai errado, e surpreendidos com o ataque de um estranho cometa, o poderoso robô e seus condutores literalmente desaparecem, deixando Arus desprotegido. Anos depois, o rei Lotor, filho de Zarkon, finalmente obtem aquilo que seu pai sempre desejou: a conquista de Arus. Ao tomar posse do palácio real de Arus, ele se pergunta que fim teve a princesa Allura e seus companheiros da Força Voltron, que desapareceram misteriosamente anos antes.
No ano de 2009, na ilha de Macross, no Pacífico Sul, o que deveria ser a festa de lançamento da mais nova nave de combate das forças de defesa da Terra, a gigantesca espaçonave SDF-1, cuja recuperação pelas forças terrestres trouxe-lhes o conhecimento de uma espantosa ciência avançada chamada Robotech, tornou-se um palco de batalha com a chegada de uma raça alienígena chamada Zentraedi, que aparentemente tem interesses na gigantesca espaçonave reformada. Enquanto nos céus a SDF-1 se vê à mercê das naves alienígenas e o comandante Gloval tenciona usar um salto de dobra espacial para surpreender as forças invasoras, uma estranha explosão de uma fenda no espaço sideral surpreende tanto o pessoal da SDF-1 quanto os Zentredis, e faz cair na ilha Macross estranhos robôs com formas de leões, que são descobertos pelo tenente Thomas R. Edwards. Como Voltron e seus tripulantes foram mandados para o passado, e por quem? E como sua chegada inesperada ao início do confronto dos humanos com os Zentraedis pode mudar o rumo da história, e que fim tiveram a equipe Voltron? É algo a ser descoberto nas edições desta minissérie, que promete colocar dois universos em rota de colisão direta, com consequências imprevisíveis para ambas as realidades.
Curiosamente, tanto Robotech quanto Voltron compartilham uma característica singular: ambas as séries foram "montadas" pelos americanos através da união de séries japonesas que não tinham absolutamente nenhuma ligação entre si. Robotech foi uma montagem feita pela Harmony Gold para permitir que a série Macross, que tinha apenas 36 episódios, pudesse ser distribuída pelo esquema de syndication na TV aberta americana, com custos menores. Através de Carl Macek, Macross foi unida às séries Southern Cross e Mospeada, chegando assim a 85 episódios, tendo seus roteiros reescritos para se encaixarem como partes de uma única saga de ficção científica. A série fez grande sucesso nos Estados Unidos, ganhando novelizações e adaptações em quadrinhos, e até continuações em animação com roteiro totalmente americano, que deveriam dar sequência às aventuras. A versão Robotech foi exportada para diversos países, entre os quais o Brasil, fazendo relativo sucesso, mesmo quando foi possível assistir à versão original de Macross ou de suas outras séries componentes.
Voltron, por sua vez, foi formada com a junção das séries nipônicas Golion e Dairugger, pela empresa World Events Productions, que posteriormente, também utilizou a série Arbegas, totalizando 124 episódios, que também fizeram sucesso nos Estados Unidos, sendo também exportada para outros países, e obtendo também bastante sucesso. Muitos anos depois, os americanos chegaram a produzir até uma continuação, com animação em computação gráfica, com novas aventuras dos leões guerreiros. E, assim como Robotech, também ganhou adaptações em quadrinhos, com novas histórias. A fama de Robotech e Voltron se manteve firme mesmo depois que os americanos tiveram acesso, através de lançamentos para o mercado de vídeo, das versões originais das séries japonesas, podendo conhecer as histórias originais que haviam sido modificadas para criar as versões americanas.
Esta minissérie em quadrinhos promete causar expectativa entre os fãs das respectivas séries, pela proposta original do cross-over, e a equipe de criação tem créditos para satisfazer as expectativas. Os desenhos de Elmer Damaso são tão fiéis quanto possíveis às artes das animações originais, com a vantagem de poder dar uma atualizada nos traços dos personagens sem perder suas características, bem como no ambiente ao redor. E Tommy Yune já teve como mostrar sua capacidade nas minisséries de quadrinhos lançadas sobre Robotech nos últimos anos, bem como no roteiro do longa animado Shadow Chronicles, que deveria relançar as aventuras da robotecnologia em animação. A primeira edição traz muitos mistérios, tentando apresentar o dilema que será enfrentado, além dos personagens que tomam parte na trama, que certamente serão conhecidos logo de cara pelos fãs das respectivas séries, que ficarão na expectativa de ver como todos irão interagir na aventura que se inicia. Talvez o maior problema seja para com aqueles leitores que não conheçam ambas as séries, que podem ficar um pouco perdidos nos acontecimentos apresentados neste número de estréia, apesar de serem mostrados pontos-chave para descrição tanto de uma quanto de outra produção.
No Brasil Robotech chegou a ser apresentado parcialmente na década de 1990, e apenas em 2004 foi exibido por completo na TV paga. Já Voltron nunca foi exibido integralmente por aqui, tendo apenas os primeiros episódios, ainda referentes à série Golion, exibidos na TV brasileira ainda por volta do fim dos anos 1980/início dos anos 1990. Há alguns anos, a Panini lançou duas minisséries de quadrinhos de Robotech, mas produzidas pela Wildstorm/DC Comics. No mercado de vídeo, ambas as séries também só tiveram seus primeiros episódios lançados em VHS por volta da mesma época. De cara, são poucas as chances desta minissérie aportar por aqui, pois tanto Voltron quanto Robotech há tempos já deixaram de chamar atenção por estas paragens, tanto que as séries há muitos anos não são sequer reprisadas, infelizmente.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

"O HOMEM DE 6 MILHÕES DE DÓLARES" GANHA "NOVA" TEMPORADA EM QUADRINHOS



               A editora americana Dynamite Entertainment vem caprichando no lançamento de seus títulos licenciados. A mais nova tendência da editora é lançar novas "temporadas" de seriados de sucesso que já foram encerrados há anos, como por exemplo a cult série "Arquivo X", que durou 9 temporadas, mas que recentemente está tendo sua 10ª temporada produzida exclusivamente em quadrinhos em série mensal publicada pela editora, continuando os eventos de onde parou o seriado de TV. E agora, mais uma série clássica ganha uma "nova" temporada pelas mãos da Dynamite: o Homem de Seis Milhões de Dólares!
                A nova série mensal chega no final deste mês às comic shops americanas, e a edição de estréia tem uma capa variante que traz uma foto do seriado dos anos 1970, que ganhou fama mundial, estrelada pelo ator Lee Majors. A série terá roteiros de James Kuhoric, e a arte fica por conta de Juan Antonio Ramirez. As capas regulares terão a arte de ninguém menos do que Alex Ross. O preço da revista é de US$ 3,99.
                Na série dos anos 1970, o astronauta Steve Austin (Lee Majors) sofre um acidente fatal de avião, ficando gravemente ferido. O governo americano, entretanto, consegue salvar-lhe a vida, substituindo seus membros destroçados - um olho, as duas pernas, e um braço, por implantes cibernéticos. O custo total da operação foi de 6 milhões de dólares, de onde adveio o nome do seriado. Agora dotado de próteses biônicas que lhe conferem habilidades especiais, Austin torna-se um agente especial do Departamento de Inteligência Científica, órgão do governo americano encarregado de inúmeras investigações, comandado por Oscar Goldman (Richard Anderson). O seriado durou de 1974 a 1978, tendo um total de 100 episódios divididos em 5 temporadas, e tendo gerado até uma série spin-off, a Mulher Biônica, estrelada por Lindsay Wagner, que interpretava Jammie Sommers, uma antiga paixão de Steve que, ao sofrer um acidente de pára-quedas, tem sua vida salva por implantes cibernéticos idênticos aos de Austin.
                A nova série mensal da Dynamite retoma de onde o seriado parou, com as devidas atualizações de contexto. Para James Kuhoric, roteirista da série em quadrinhos, escrever as novas aventuras do Homem de 6 Milhões de Dólares é a ambição de sua vida. "Eu não tenho muitas boas lembranças da minha infância, mas o seriado dos anos 1970 realmente mexeu com minha imaginação e me cativou em um nível muito especial. Os efeitos especiais bobos, assim como os efeitos sonoros, eram fantásticos para a mente de uma criança. E, como muitas crianças daquela época, eu queria ser Steve Austin.", declara Kuhoric. "Steve Austin foi um homem que enfrentou a morte, e tornou-se algo muito maior e mais heróico. Ele sempre escolhia a coisa certa a fazer, mesmo que seus patrões não concordassem com isso, ou que fosse o caminho mais difícil a se tomar.", completa.
                Kuhoric também lembra que a série nunca teve um verdadeiro final, pois sua 5ª e última temporada terminava em um episódio cujo fim era comum a tantos outros. Para o roteirista, os filmes produzidos sobre a série anos depois, trazendo Majors novamente ao papel nem podem ser considerados um final para a série, pois eram muito ruins e não faziam justiça ao seriado, pelo que agora ele tem a chance de dar a Steve Austin um destino mais coerente com sua nobreza e heroísmo. Ao mesmo tempo, ele aproveita para trazer Austin às modernidades das técnicas de quadrinhos do século XXI, ao mesmo tempo em que tenta manter a atmosfera dos anos 1970, sem perder a chance de introduzir coisas mais modernas na série.
                E o mote desta "nova" temporada é mostrar quem é realmente Steve Austin. Para Kuhoric, a intenção é mostrar que não são os implantes biônicos que fazem de Steve um herói, mas o ser humano em si. E esta pessoa que é Austin será colocada à prova como nunca havia sido antes nas 5 temporadas do seriado. Apesar de ter enfrentado diversas ameaças ao longo dos anos, e se tornado um herói para muitos, Steve criou muitos inimigos, e alguns deles dentro até mesmo do Departamento de Inteligência Científica e do governo americano, para os quais o agente biônico nunca foi devidamente "aproveitado" como deveria, ou que teria se metido em assuntos que "não lhe diziam respeito". E estes novos inimigos se provarão muito mais desafiadores e mortais do que qualquer coisa que já tenha enfrentado antes, e tentarão fazer de tudo para destruí-lo, ou arrasá-lo moralmente. E Steve precisará, mais do que nunca, saber levantar-se de novo e encarar e sobrepujar os desafios que o cercam, tal como fez quando teve sua vida salva pela operação biônica e precisou aprender como viver com seus novos implantes. E a nova "temporada" também terá seus momentos de reapresentação dos personagens, apresentando-os aos leitores atuais, ao mesmo tempo em que reavivam a memória dos antigos fãs, que já conhecem esses mesmos personagens e há tempos não os reviam.
                Para Kuhoric, Juan Antonio Ramirez soube fazer um excelente trabalho, capturando o visual da série dos anos 1970 e transpondo-a com grande habilidade para as páginas dos quadrinhos. Segundo ele, foi um desafio transpor certas características da série, como os movimentos em câmera lenta quando Austin se movimentava mais rápido do que as pessoas comuns. E Alex Ross dispensa apresentações, sendo um dos artistas mais badalados do mercado americano de quadrinhos, emprestando sua bela arte pintada às capas da série, que sempre são uma atração à parte.
                Nos anos 1970, com a grande popularidade da série, a Charlton Comics publicou uma série regular em quadrinhos das aventuras do seriado, e parte deste material foi publicado no Brasil, pela Bloch Editores, que na época lançou um título solo com as aventuras de O Homem de 6 Milhões de Dólares, que infelizmente durou apenas 8 edições, lançadas entre 1976 e 1978. Depois disso, muito tempo se passou até que as aventuras de Steve Austin ganhassem nova chance nos quadrinhos, o que vem a ocorrer agora. Infelizmente, não há previsão deste material sair por aqui em curto prazo, mas existe esperança de que a Mythos Editora, que adquiriu recentemente um bom lote de material da Dynamite possa vir a lançar esta série por aqui, se os materiais anteriormente adquiridos, como a série do Sombra, recentemente lançada no mercado nacional, vender bem. Já no que tange à série em DVD, esta já saiu completa no mercado americano há tempos, enquanto no Brasil ainda não houve nenhum lançamento oficial até o momento, para desapontamento dos fãs nacionais da série.

TIO PATINHAS GANHA ESPECIAIS DE 50 ANOS NO BRASIL



Mais uma marca histórica dos quadrinhos está sendo atingida neste mês de dezembro no Brasil. Tio Patinhas, o pato mais rico do mundo nos quadrinhos de Walt Disney, está comemorando nada menos do que 50 anos do lançamento de sua primeira edição regular, e para comemorar a data, a Editora Abril está lançando duas edições pra lá de especiais com o pato mais muquirana dos quadrinhos de todos os tempos. TIO PATINHAS - 50 ANOS DA REVISTA é uma coleção em dois volumes, em formatinho, com 308 páginas cada volume, ao preço de R$ 16,00, com distribuição setorizada. O primeiro volume chegou às bancas da Região Sudeste no fim de novembro, e o segundo volume chega no fim deste mês. Como a edição tem distribuição setorizada, só no início do ano que vem chegará às demais regiões do Brasil.
Criado por Carl Barks em 1947, para ser um personagem coadjuvante nas histórias do Pato Donald, Patinhas McPato (chamado de Patinhas McPatinhas nas edições da Abril), cujo nome original em inglês é Scrooge McDuck, logo adquiriu vida e carisma próprios, ganhando suas próprias histórias, e em muitos casos, deixando até mesmo o Pato Donald na sombra em suas histórias. De pão-duro, mal-humorado, e avarento incorrigível, o quaquilionário que adorava tomar banho de moedas em sua famosa Caixa-Forte situada na Colina Matamotor na cidade de Patópolis, virou um intrépido aventureiro, sempre pronto a desvendar os mistérios do mundo em busca de algum tesouro perdido, além de ter sempre que defender suas posses da mais terrível quadrilha de meliantes de Patópolis, os famigerados Irmãos Metralhas, que nunca desistem de tentar roubar seu rico dinheirinho. Isso para não falar nos constantes ataques perpetrados pela bruxa Maga Patalógica, que deseja roubar sua preciosa moedinha N° 1 para forjar um poderoso amuleto, ou das rusgas de negócios e competições financeiras contra seus arquirrivais Patacôncio e McMônei.
No Brasil, tanto o Tio Patinhas como seu sobrinho Donald estrearam ao mesmo tempo, em 1950, quando a Editora Abril lançou a revista Pato Donald N° 1. Na edição de estréia, Donald e seus sobrinhos já embarcavam em uma aventura fantasmagórica com seu tio rico no antigo castelo da família McPato, na Escócia, na cultuada história "O Fantasma do Castelo", criada por Carl Barks. O título do Pato Donald é publicado até hoje, estando na edição N° 2.426. Apenas em dezembro de 1963 o Tio Patinhas ganharia seu próprio título, que começou com o título ALMANAQUE DO TIO PATINHAS, com apenas 32 páginas, e periodicidade trimestral, trazendo não apenas histórias do famoso pato mais rico do mundo, mas de diversos outros personagens da Disney. Em 1970, a partir da edição 64, o título se tornaria mensal, já sem a palavra "Almanaque", e hoje encontra-se na edição N° 582, mantendo-se firme nas bancas, e perdendo em longevidade na Abril apenas para as revistas do Pato Donald (edição 2.426), Zé Carioca (edição 2.391), e Mickey (edição 856). E vale lembrar que nestas décadas a linha Disney sofreu a baixa do conhecido Almanaque Disney, título que foi publicado pela Abril de 1970 a 2005, com um total de 372 edições, e era um dos mais populares da linha Disney, o que mostra que nem mesmo os mais famosos títulos dos personagens Disney eram eternos. Mas, mesmo com todos os sobressaltos do mercado, o título do pato mais muquirana do mundo sobreviveu firme, e isso não é mérito para qualquer personagem de quadrinhos, o que torna a homenagem mais do que justificada.
E como de costume, a Abril fez um bom trabalho nestes volumes comemorativos: a capa é envernizada, e com detalhes em alto relevo. Mas o melhor de tudo é que as edições só trazem histórias completamente inéditas do pato mais rico do mundo. No volume um, são nada menos do que 10 histórias de diversão garantida, abrangendo todos os gêneros de histórias: confrontos com os Irmãos Metralhas, disputas com Patacôncio e McMônei, mais um confronto com a Maga Patalógica, e as tradicionais aventuras pelo mundo em busca de tesouros, sempre acompanhados do Donald e seus sobrinhos. Mas a Abril ainda incluiu na revista algumas boas matérias para situar os leitores da importância do momento a ser comemorado, com 3 textos informativos: o primeiro, 50 Anos em Revista, escrito por Celbi Wagner Pegoraro, traça uma linha do tempo desde o lançamento da primeira edição-solo do Tio Patinhas desde dezembro de 1963 até os dias atuais. Na matéria seguinte, Inimigos e Rivais, Marcelo Alencar reúne a grande maioria dos inimigos que o pato mais rico do mundo já enfrentou desde que foi criado, afinal, acham que ser quaquilionário é fácil? Muito pelo contrário... E, no meio da edição, mais uma matéria de Marcelo Alencar, que explica em detalhes as famosas aventuras que o Tio Patinhas vive ao redor do mundo, junto com seus sobrinhos, enfrentando os mais variados perigos e desafios. Na primeira edição comemorativa, a editora optou por concentrar-se no lado aventureiro do Tio Patinhas, bem como em seus confrontos com seus inimigos. No segundo volume, o enfoque das histórias será mais para o lado "empresarial" do muquirana, bem como suas relações familiares.

É uma comemoração mais do que bem-vinda, e a Abril tem seu mérito em produzir boas edições da Disney nos últimos tempos, valorizando seu leque de publicações com os personagens, que continuam firmes nas bancas, e divertindo leitores há várias gerações. Agora, é aguardar o segundo volume comemorativo, e torcer para que as histórias sejam tão boas quanto as do primeiro volume.
 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

DISCOVERY LANÇA LIVRO SOBRE A HISTÓRIA DOS MANGÁS



Há pouco mais de 10 anos, os quadrinhos japoneses invadiram as bancas nacionais, e desde então, eles dividem a preferência de vendas do mercado brasileiro de quadrinhos com os famosos comics de super-heróis americanos, os títulos Disney, e a imbatível Turma da Mônica. Mas, a exemplo dos quadrinhos de super-heróis, há poucas publicações no mercado editorial brasileiro que desvendam os mistérios e a história deste tipo de entretenimento. E foi pensando em preencher esta lacuna que a Discovery Publicações acaba de lançar nas bancas, comic shops e livrarias a edição MANGÁ DO COMEÇO AO FIM.
Produzido no formato 17 x 24 cm, e com cerca de 100 páginas, ao preço de R$ 24,90, a edição tem textos do jornalista Sérgio Peixoto Silva, um dos profissionais da área editorial brasileira com mais larga experiência e conhecimento sobre produções japonesas de quadrinhos e de animação nipônicas, tendo sido editor e redator de várias revistas informativas dedicadas ao gênero, como Japan Fury, Animax, Anime Ex, Anime Fury, Clube do Anime, entre outras, além de ter sido um dos fundadores de vários eventos dedicados às produções nipônicas, como o Animecon, Animefestival, AnimABC, etc, que inspiraram o surgimento de muitas convenções do gênero pelo país inteiro.
O livro é uma compilação de várias matérias sobre mangás publicadas nos últimos anos por Sérgio Peixoto em publicações nacionais informativas sobre animação e quadrinhos japoneses, que foram todas revisadas, reorganizadas e atualizadas com novas informações. O livro começa com uma introdução, onde é explicado o que são os mangás, e como eles surgiram, bem como os motivos e detalhes da criação de um de seus traços característicos - os olhos grandes, por parte de Osamu Tezuka, o grande "deus" dos quadrinhos nipônicos. E mostra também que muitas obras, várias de fama até mundial, não possuem esta característica. Há também um capítulo dedicado somente à presença dos mangás no Brasil, explicando que apesar de terem ficado mais conhecidos e populares na última década, na verdade já havia publicações no estilo japonês editadas em nosso país desde os anos 1960, desenhadas por artistas brasileiros! Destas publicações pioneiras, até chegarem ao atual momento de publicação dos mangás no Brasil, desencadeado há pouco mais de 10 anos por editoras como JBC e Conrad, que finalmente apostaram de forma séria e continuada na publicação dos quadrinhos japoneses, há várias curiosidades desconhecidas pela grande maioria do público leitor, que são desvendadas neste livro.
A publicação faz uma das mais completas abordagens sobre a origem e desenvolvimento dos mangás, desde um início discreto como forma de entretenimento na sociedade japonesa, passando pela sua popularização e difusão, até se tornarem um verdadeiro fenômeno de venda, movimentando atualmente uma gigantesca indústria editorial, com várias revistas publicadas regularmente, todas com centenas de páginas e tiragens que alcançam e até ultrapassam a cifra de milhões de exemplares vendidos a cada edição, muitas delas de periodicidade semanal, como a Shonen Jump, uma das mais famosas e conhecidas do gênero, onde muitas séries de sucesso, várias delas conhecidas do público brasileiro, como Cavaleiros do Zodíaco, Yu Yu Hakusho, Dragon Ball, e Rurouni Kenshin, entre outras, foram lançadas, ganhando em seguida adaptações em animação.
Quase metade da publicação ainda traz uma ampla dissertação sobre a crise que os mangás enfrentam atualmente na Terra do Sol Nascente, que se por um lado ainda mostra números invejáveis em termos financeiros e de tiragens, já experimentaram dias muito mais promissores, e de como a força desta indústria editorial nos últimos anos tornou-se um problema para si mesma, enfrentando diversos empecilhos que podem minar o seu futuro no curto prazo, podendo comprometer a criatividade de vários artistas, e suas oportunidades de publicação de materiais mais diversificados e de qualidade. A obra finaliza com uma apresentação do autor dos textos, Sérgio Peixoto Silva, feita por Eduardo Miranda, que foi chefe da divisão de cinema da finada TV Manchete, e um dos responsáveis por vários animes exibidos pela emissora nos anos 1990, que são lembrados até hoje pelos fãs.
Para quem quer saber mais a fundo sobre os quadrinhos japoneses, é um excelente lançamento da Discovery no mercado editorial brasileiro, e uma leitura recomendada para quem gosta não apenas de mangá, mas dos quadrinhos em geral.

MYTHOS LANÇA EDIÇÃO ESPECIAL COM O SOMBRA



Recentemente, a Mythos Editora adquiriu um belo lote de publicações que, aos poucos, está lançando no mercado nacional de quadrinhos. Primeiro foi o excelente material inglês da 2000AD, que está publicando na revista JUIZ DREDD MAGAZINE, e que está conseguindo se manter nas bancas, após seu período de teste. E agora, a editora acaba de lançar o primeiro de vários materiais que conseguiu junto à editora americana Dynamite Entertainment: O SOMBRA - VOLUME 1: O FOGO DA CRIAÇÃO, já disponível nas comic shops.
Trazendo novamente para o mercado nacional de quadrinhos o famoso personagem criado para programas de rádio na década de 1930, esta edição tem 200 páginas, com o preço de R$ 39,90, e reúne as primeiras 6 edições da série The Shadow, publicada pela Dynamite no ano passado nos Estados Unidos , com roteiros de Garth Ennis, e arte de Aaron Campbell. De quebra, a edição ainda traz uma galeria de capas completa das edições americanas, apresentando a arte de ninguém menos do que Alex Ross, além de outros artistas como Jae Lee, John Cassaday, Ryan Sook, Howard Chaykin, e mais! A Dynamite vem produzindo um bom material com as licenças que adquiriu nos últimos anos, e graças à Mythos, parte deste material poderá ser apreciado pelos leitores nacionais, e esta edição do Sombra é um excelente ponto de partida.
O ano é 1938, e o Sombra está de volta numa aventura de ação explosiva e intrigas mortais. Uma noite de carnificina na zona portuária de Nova York acaba por lançar o misterioso justiceiro numa conspiração envolvendo nada menos do que o destino do próprio mundo. Enquanto as nuvens da tempestade adensam-se ao redor do globo, prenunciando a guerra, agentes do serviço de inteligência militar estadunidense têm um encontro com o milionário Lamont Cranston, a identidade civil do herói, determinados a obter qualquer tipo de ajuda para derrotar uma horda de espiões e assassinos em busca do maior de todos os prêmios... mas qual sua verdadeira natureza, somente o Sombra sabe.
"Se você é fã de Ennis, vai gostar deste livro, sem dúvida. É o personagem perfeito para a mentalidade sombria do autor, e parece que vai ser uma viagem realmente infernal. Se você é fã do Sombra, então ficará feliz de saber que o personagem está em ótimas mãos. Ennis obviamente o adora tanto quanto nós.", declarou o portal IGN, ao que o site de notícias Newsrama acrescentou: "O Sombra é poderoso, assustador e cheio de novos poderes malucos que a maioria das pessoas provavelmente desconhece. E, sob a pena habilidosa de Garth Ennis, ele é intimidador e interessante, esteja caracterizado ou não. Estou ansioso para ler sobre o mal que espreita no coração dos homens, especialmente se esta versão do Sombra estiver no caso."
Para Garth Ennis, um dos motivos para o personagem perdurar por mais de 80 anos é sua aura de mistério: "Você nunca consegue descobrir o quanto ele realmente sabe das coisas, ou até que ponto ele pode ir na busca pelos seus objetivos. E a atmosfera de suspense e perigo, além de seu visual sombrio produzem um apelo duradouro", declarou o artista, entusiasmado com a oportunidade de escrever as aventuras do personagem. E o herói, por vezes, costuma ser bem implacável, não hesitando em meter bala nos inimigos quando a situação exige. E, a exemplo de outro herói clássico famoso, o Fantasma, o Sombra também possui seus "ditados" característicos: "Quem sabe o mal que se esconde nos corações humanos?...O Sombra sabe!", "O Sombra nunca falha!", "As sementes do mal geram frutos amargos!", "O crime não compensa!", entre vários outros.
Disfarçado como o milionário Lamont Cranston, o Sombra é um justiceiro sombrio que vive suas aventuras nos distantes anos das décadas de 1930 e 1940. Utilizando de poderes de hipnose, e duas pistolas calibre 45 que maneja com pontaria infalível, ele enfrenta as forças criminosas onde quer que sujam. O personagem é pouco conhecido no Brasil, e suas histórias por aqui são bem escassas, ficando mais restritas, nos últimos 30 anos, ao material publicado pela Editora Abril produzido pela DC Comics nos anos 1980. O personagem também ganhou um filme em 1994, estrelado por Alec Baldwin. A edição lançada pela Mythos é um excelente ponto de partida para quem não conhece o personagem e quer acompanhar suas aventuras com mais atenção, por conter uma história praticamente completa.

CULT CLASSIC TRAZ VINGADORES DO ESPAÇO EM DVD



Depois de lançar este mês no mercado de vídeo a série de animação japonesa "O Judoca" (Kurenai Sanshiro, no original), eis que a distribuidora Cult Classic ataca novamente, e confirma agora para dezembro outro lançamento que estava sendo muito aguardado pelos fãs das séries live-action nipônicas: VINGADORES DO ESPAÇO (Magma Taishi, no original). A série será lançada em duas caixas, que trarão todos os 52 episódios desta produção que foi baseada em um dos muitos mangás criados por ninguém menos do que Osamu Tezuka, o maior artista da história dos mangás. "Embassador Magma", título em inglês da obra, foi publicado na revista Shonen Gaho, entre 1965 e 1967, tendo no seu total 3 volumes. A história despertou o interesse de Tomio Sagisu, proprietário da P-Productions, em lançar uma versão live-action para a TV japonesa. Contatato por Sagisu, Tezuka logo chegou a um acordo com a P-Productions, e em julho de 1966 estreava na TV japonesa, no canal Fuji Television, a versão com atores de Magma Taishi, que fez grande sucesso, sendo exibida até setembro de 1967, totalizando 52 episódios.
Magma Taishi foi a primeira série a ser produzida em cores na TV japonesa, e duas semanas depois de sua estréia, ganhou um forte concorrente: a série Ultraman, produzida pela Tsuburaya, que rivalizaria com a série da P-Productions durante toda a sua duração, lutando para conquistar a audiência e os fãs da época. No Brasil, a série chegaria nos anos 1970, tendo estreado na saudosa TV Tupi, e depois sendo reprisado pela TV Record, e posteriormente pela Bandeirantes, onde foi exibida pela última vez em nosso país. E agora chegou a chance de não apenas os saudosistas, mas da grande legião de fãs dos famosos tokusatsus, de conferir esta produção que marcou época na TV nipônica e ganhou muitos fãs em nosso país.
Na história da série, nosso planeta está em perigo ser dominado pelo cruel alienígena Rodak, que lança mão de vários demônios e monstros para atacar e dominar a Terra, começando, logicamente, pelo Japão. Tendo já subjugado vários outros mundos, a Terra seria apenas mais um alvo a ser adicionado às conquistas de Rodak. Contudo, no planeta ZFS, o velho sábio Matuzen, preocupado com a segurança de nosso planeta, envia para a Terra duas de suas principais criações: os robôs Goldar e sua esposa Silvar. Goldar é um robô dourado, medindo 14 pés de altura, e pesando cerca de 20 toneladas, e sua esposa Silvar, uma robô prateada, mesmo possuindo o tamanho de um ser humano, possui as mesmas capacidades de combate de seu esposo. Ambos possuem antenas grandes que podem emitir raios Gama e entre seus vários poderes, eles podem transformar-se em foguetes, voando pelos céus, e também lançar mísseis, através de uma abertura no tórax.
Inicia-se, então, a luta de Goldar e Silvar contra os monstros de Rodak para defender a Terra. Na luta contra o vilão espacial, Goldar faz amizade com o jovem garoto Miko e sua família, que acaba envolvida na guerra para proteger nosso mundo. Miko ganha um apito que, nos momentos de perigo, usa para chamar Goldar e sua esposa, e também Gam, o menino-foguete, "filho" dos dois robôs, mais uma criação de Matuzen, que os auxilia nas batalhas.
Apesar de contar com um orçamento limitado, as histórias cativavam a audiência, e deixaram saudade em muita gente que assistiu ao seriado. Na década de 1990, Goldar ganhou uma nova versão, agora em animação, que durou 13 episódios, produzidos em 1993, que continuam inéditos até hoje no Brasil. A primeira caixa, que chega às lojas de vídeo agora em dezembro, traz 4 discos, com os primeiros 26 episódios da série, totalmente remasterizados, pelo preço de R$ 79,90. O áudio é apenas em japonês, uma vez que as dublagens da série se perderam após mais de 25 anos de ausência da TV, com opção de legendas em português. Uma pena, porém, que a Cult Classic não invista numa redublagem para estas séries antigas, pois ampliaria o alcance do material, além de aproveitar melhor o potencial do DVD, algo que era difícil de se promover nas fitas VHS. Não faria nada mal também incluir alguns extras, nem que fosse matérias sobre os bastidores da série, uma vez que produções desta época dificilmente teriam algum material deste tipo. Infelizmente, a Cult Classic é uma distribuidora pequena, e a produção deste tipo de material muito provavelmente só tornaria o produto mais caro.