segunda-feira, 9 de março de 2020

MAZINGER Z, UM CLÁSSICO DA ANIMAÇÃO JAPONESA, ENFIM NO BRASIL!


Criação de Go Nagai transformou as séries de mechas no Japão, criando uma verdadeira febre na década de 1970, estando agora disponível na Netflix


Adriano de Avance Moreno

Mazinger Z, o primeiro super robô de todos, finalmente estréia no Brasil via Netflix.

                Dois ditados da sabedoria popular falam que “quem espera sempre alcança”, e que “paciência é uma virtude”. Bem, no que tange aos amantes da animação japonesa, eis que tais provérbios sempre costumam ser postos à prova no aguardo de que alguma série de anime possa estrear oficialmente no Brasil, por mais famosa que seja. E isso obriga estes fãs a aguentarem esperas por vezes bem longas. Mas talvez nenhuma delas tenha sido tão demorada quanto uma das mais famosas séries da história da animação nipônica que finalmente fez sua estréia oficial em nosso país no último dia 04 deste mês de março: nada menos do que Mazinger Z, a primeira série de super robôs da história dos animes.
                A série estreou no sistema de streaming da Netflix, que há algum tempo já anunciava que a produção iria estar disponível. E eis que, finalmente, ela estreou, e com uma notícia que todos queriam confirmar: com dublagem em português. Na verdade, a dublagem da série já havia sido feita há alguns anos, nos estúdios da BKS, em São Paulo, mas era preciso aguardar que alguém adquirisse os direitos de exibição da série, para que enfim os fãs pudessem assisti-la. Até então, tudo o que se podia ver eram alguns episódios que eram disponibilizados no sistema de entretenimento de alguns vôos de uma companhia aérea nacional. E quem tinha oportunidade de conferir estes episódios sempre se perguntava se a série tinha sido dublada por inteiro, e se alguma emissora ou empresa de vídeo poderia exibi-la ou disponibilizar para venda. E então, surgiu o anúncio da Netflix, trazendo a grande esperança que todos desejavam, de que a produção seria oferecida na íntegra a seus assinantes do sistema de streaming.


Dr. Hell, o grande e diabólico vilão da série (acima), e seus dois principais capangas, os bizarros Barão Ashura, e o Conde Broken (abaixo).


                Parecia de fato um milagre, afinal, salvo algumas ocasiões, os fãs da animação japonesa sempre tiveram de enfrentar várias dificuldades para poderem ver suas séries favoritas serem exibidas de forma oficial por aqui. E mesmo assim, as maiores esperanças ficavam sempre em séries mais recentes, o que não é o caso de Mazinger Z, cuja produção que está disponível no sistema de streaming da Netflix é nada menos do que a original, dos anos 1970, e não uma das versões mais novas que chegaram a ser produzidas no Japão, como foi o caso de Mazinger – Impact Z, produção de 2009, que foi exibida pela mesma Netflix por aqui há alguns anos, o que torna o feito ainda mais surpreendente.
                Afinal, Mazinger Z estreou em 3 de dezembro de 1972 na Fuji Television do Japão, dando início à febre das séries de super robôs na Terra do Sol Nascente, encerrando-se apenas em 1º de setembro de 1974, após 92 episódios. Em outras palavras, uma espera de quase 50 anos até finalmente estrear em terras brasilis. Um atraso considerável se levarmos em conta que a produção já foi exibida em vários outros países latino-americanos há muitos e muitos anos atrás, enquanto os fãs brasileiros ficavam esperando pela sua vez de poder conferir oficialmente a série, o que só está sendo possível agora, uma vez que antes só era possível através de fansubbers ou comprando os DVDs de países onde foi lançada no mercado de vídeo, como na Espanha, onde Mazinger ganhou edições caprichadas em boxes de DVD para fã nenhum botar defeito.
                Até mesmo nos Estados Unidos a série já havia sido exibida, muitos anos atrás, mas com o nome de Tranzor Z, em meados dos anos 1980, quando outras duas produções japonesas, Robotech e Patrulha Estelar, estouraram na audiência em Terras do Tio Sam. Obviamente, como costumava acontecer naqueles tempos, todos os personagens tiveram seus nomes originais japoneses adaptados para nomes ocidentais, sem mencionar que, dos 92 episódios, foram exibidos apenas 65.

Go Nagai, o criador de Mazinger Z, e de várias outras séries de sucesso, como Devilman, Cutey Honey, Getter Robo, Grendizer, e muitas outras.

                Criada por Go Nagai, Mazinger foi o primeiro super robô da história dos animes, e sua série provocou um verdadeiro rebuliço no Japão, não apenas no estilo de história, como no seu aproveitamento comercial, uma vez que Go Nagai, em uma jogada pioneira no ramo na época, criou uma empresa só para explorar a série comercialmente, o que fez com que inúmeros produtos fossem lançados com a imagem do poderoso robô, fazendo o artista faturar horrores com isso, e tornando a exploração de merchandising de séries uma tática padrão dos produtores para lucrar o máximo possível com suas produções. Um impacto que o bolso dos fãs sentiu de forma fulminante.
                Na história da série, nosso planeta está à mercê de ser conquistado pelo malévolo Dr. Hell (Dr. Inferno), um cientista alemão de uma equipe de arqueologia que, tendo descoberto os segredos de uma antiga civilização perdida, que envolviam a criação de seres mecânicos gigantes que podiam ser controlados por pessoas, sucumbiu à sede de poder, matando todos os demais membros de sua equipe, e passou a usar estes conhecimentos para criar bestas robóticas com o objetivo de dominar o mundo. Mas um dos membros, o professor Juzo Kabuto, conseguiu escapar, e concentrou seus esforços para criar uma superarma capaz de impedir as bestas robóticas e proteger o mundo dos planos insanos do Dr. Hell. O vilão consegue eliminar Kabuto, mas não antes deste entregar a seu neto Koji a superarma, o gigantesco robô Mazinger Z, construído com a chamada Super Liga Z, um metal especial ultrarresistente, e armado até os dentes. E Koji, aliado ao Instituto de Pesquisa de Energia Fotônica (chamada de energia foto-atômica na versão nacional), e a um grupo de amigos, se torna o principal obstáculo aos planos de conquista do Dr. Hell.
                Para levar adiante seus planos perversos de conquista e destruição, o Dr. Hell conta com dois auxiliares medonhos e cruéis: o Barão Ashura, uma estranha pessoa composta de duas partes, uma feminina, e outra masculina; e o demoníaco Conde Broken, um ser cuja cabeça está separada de seu corpo, comandante das legiões da Cruz de Ferro, um exército que dá suporte aos planos malignos do Dr. Hell. E tomem ataques das bestas robóticas, que são detonados pelo poderoso robô, que sempre reduz os mechas inimigos a pilhas de metal retorcido e pedaços que fariam a cabeça de qualquer dono de ferro-velho.


                O mangá original foi publicado na famosa revista Shonen Jump, da editora Shueisha, entre 1972 e 1974, totalizando 5 volumes encadernados. A série de anime foi produzida pela Toei Animation, com direção de Tomoharu Katsumata, que trabalhou também em outras produções como Cutey Honey, Cyborg 009, Patrulha Estelar, Gegege no Kitaro, Getter Robo, Great Mazinger, entre diversas outras produções. O character design ficou a cargo de Keisuke Morishita e Yukiyoshi Hane, com a música-tema “Mazinger Z” cantada por Ichiro Mizuki, tornando-se uma das mais cults músicas de abertura de uma série de anime, com um estilo empolgante e que contagia até hoje quem a ouve.
                Todos os 92 episódios clássicos de Mazinger Z estão disponiveis no Netflix, e dependendo da repercussão, o serviço de streaming pode até pensar em trazer outras produções clássicas famosas que os fãs nunca imaginariam ter a oportunidade de assistirem oficialmente por aqui, como por exemplo as primeiras séries da franquia Gundam, produção tão ou até mais famosa que Mazinger Z, e que da mesma forma, nunca chegaram a ser exibidas por aqui, com exceção de Gundam Wing, no início dos anos 2000.
                Sendo o streaming o grande filão atual do mercado, várias empresas multinacionais do ramo de entretenimento começaram a criar seus próprios sistemas, batalhando por este mercado, onde até então a Netflix reinava quase sozinha. Com a concorrência se acirrando, algumas produções passaram a ser exclusivas de determinados serviços de streaming, como o novo Disney+, que tem em seu acervo praticamente todas as produções da Disney e de diversos outros estúdios. Visando manter a sua posição no mercado nesta chamada “guerra dos streamings”, a Netflix tem passado a observar com maior atenção as séries de animação japonesa, sabendo que elas podem ser um grande trunfo na conquista por mais usuários e na manutenção dos atuais clientes, podendo desencadear um novo “boom” de produções nipônicas no Brasil, onde já se pode notar um duelo pela preferência do público otaku entre a própria Netflix e a Crunchryoll, que além de exibir várias séries japonesas recentes com legendas, vem se esforçando para oferecer diversas produções dubladas também, de olho na parcela do público que prefere atrações dubladas.
                Nesta guerra pela conquista da preferência dos usuários, cada sistema de serviços procura reforçar o seu leque de opções, e com a estréia de Mazinger Z, o Netflix mostra uma atitude para lá de ousada por apostar numa série antiga, mas amplamente conhecida entre o público otaku, que certamente está ansioso por poder enfim conhecer esta produção que marcou época no Japão, e faz sentir sua influência até hoje em determinados segmentos da animação nipônica. E quem ganha com esta disputa são os fãs brasileiros de animação, sejam elas de qual país forem. Então, que venham as empolgantes aventuras do Mazinger Z! E que não sejam as últimas...

A FEBRE DOS SUPER ROBÔS

                Mazinger Z foi um verdadeiro estouro de audiência na TV japonesa. As batalhas do imenso robô contra as bestas robóticas do famigerado Dr. Hell deixaram a audiência eletrizada. Apesar de na época a TV nipônica já ter apresentado até aquele momento várias séries onde os heróis combatiam ameaças gigantes, nenhuma havia deixado o público tão empolgado quando as lutas de Koji Kabuto no comando do imenso robozão. E isso incluía séries de mechas anteriores, como Robô Gigante, Tetsujin 28 (Gigantor), e séries live-action como Goldar, além daquela que seria uma das mais famosas franquias dos tokustsus japoneses, Ultraman.
                Curiosamente, apesar de a animação japonesa para TV ter nascido efetivamente com Astro Boy, em 1963, um personagem robô criado por Osamu Tezuka, os robôs até então não tinham tantas séries de destaque nas produções animadas japonesas. Poucas séries haviam sido criadas antes de 1972, entre elas Robotan e Astroganger, além dos personagens ciborgues Oitavo Homem, e Cyborg 009, além das já citadas Astro Boy e Gigantor. Mas Go Nagai iria mudar tudo isso. O artista já havia se notabilizado por criar séries com violência e sensualidade, procurando se distanciar das outras séries de mangás produzidas à época, por achar as histórias “bonitinhas” e “inocentes demais”, quando a realidade era bem diferente. Nagai foi um dos precursores da inclusão de fortes doses de violência nas animações nipônicas, e Mazinger Z não fugiria desta característica, onde os combates perpetrados pelas bestas robóticas do Dr. Hell contra a humanidade eram para lá de devastadores, sendo detidos apenas pela força incomparável do Mazinger Z, que também não economizava na violência para desmantelar os mechas do inimigo. E nem é preciso dizer que o público ia à loucura com os combates travados. Afinal, como mensurar o impacto de ver um robô de dezenas de metros de altura detonar monstros cibernéticos tão ou até maiores do que ele, nos mais diversos lugares, fosse no meio de uma floresta, ou dentro de uma cidade, em meio às construções? E isso sem falar nos golpes característicos que o herói desferia contra os inimigos, gritando seus nomes em alto e bom som, como o inconfundível “soco foguete” (rocket punch, no original), que todos nunca cansavam de ouvir, além de vários tipos de situações que acabariam por se tornar verdadeiros clichês nas produções de séries de super robôs, com histórias onde mocinhos e vilões tinham papéis bem definidos e eram facilmente identificáveis pelo público telespectador.
                Mas a grande contribuição de Nagai em Mazing Z foi estabelecer o conceito de robô “pilotável”, uma idéia que veio à sua mente quando dirigia seu carro, o que o fez pensar no que faria se pudesse pilotar um robô gigante como se fosse um veículo. Até então, os mechas criados nas séries anteriores eram ou dotados de autoconsciência, ou comandados por controle remoto. Com uma pessoa comandando o imenso robô gigante da série, Nagai praticamente estabeleceu ali o "modus operandi" de praticamente 99% de todas as séries de mechas posteriores, e elas não seriam mais apenas produções isoladas, em meio à demanda por animações na terra do Sol Nascente.


Koji Kabuto é o herói da série, pilotando o Mazinger Z através de um hoovercraft especial com o qual se acoplava à cabeça do imenso super robô. Abaixo, algumas das bestas robóticas do infame Dr. Hell.




                Isso porque o sucesso desencadeado por Mazinger Z foi tamanho que praticamente todo mundo queria explorar o filão dos assim chamados “super robôs”, nome que estes mechas ganharam por serem praticamente supermáquinas de combate, e que, ainda que fossem criações fictícias, fugiam bastante dos conceitos mais realistas de criações mecânicas, já que os robôs pareciam criados meio que ao acaso, como se fossem um monte de latas amontoadas, sem muita lógica ou verossimilhança com a vida real. Tínhamos veículos especiais que, ao se juntarem, praticamente já formavam o super robô da série, por mais absurda que a combinação parecesse, e em mais de um tipo de combinação até. Este tipo de conceito determinaria as diferenças destes robôs para as criações mecânicas da década de 1980, que por serem calcadas mais em fatos reais e obedecendo tanto quanto possível a princípios mais científicos, passaram a ser chamados de “robôs reais”, em contrapartida aos “super robôs” criados até então. Mas o público não estava muito interessado se a ciência era ou não seguida de forma lógica nestas séries. Todo mundo correu para criar sua própria série de super robô e conquistar seu terreno neste segmento. Até mesmo quem já era um artista consagrado na área de mangás resolveu tentar se aventurar no gênero dos super robôs, como Leiji Matsumoto, criador de Capitão Harlock, Expresso Galáctico 999, além da inesquecível Patrulha Estelar (ao lado de Ishinobu Nishizaki), criando Danguard Ace. Séries como Raideen, Tekkaman Blade, Groiser X, Gaiking, Kotetsu Jeeg, Combatler V, Diapolon, entre muitas outras, “entupiram” as programações das emissoras de TV japonesas, todas elas batalhando pela atenção do público, com sucessos variáveis em cada caso.
                Go Nagai, por sinal, não ficou parado, apenas vendo o sucesso que Mazinger Z fazia. Ao fim mesmo da série, ele “plantou” o sucessor do poderoso robô, o novíssimo Great Mazinger, que estrelaria sua própria série, posteriormente, após o artista criar outro super robô, o Getter Robo, estrelando outra série que também fez outro grande sucesso na TV nipônica. O artista ainda invadiu os cinemas com produções de seus super-mechas, entre eles cross-overs, mostrando o encontro de suas criações em aventuras conjuntas para enfrentarem as ameaças que surgiam em nosso planeta, deixando as plateias delirando.
                Tantas produções, lançadas simultaneamente, e em tão pouco espaço de tempo, logicamente, acabaram por saturar o gênero, e ao fim dos anos 1970, as séries dos super robôs já não empolgavam tanto quanto antes, uma vez que todo mundo já havia visto algum tipo de super robô. Mas uma nova série, também do gênero mecha, iria garantir a continuidade do filão nas produções animadas futuras, cujos reflexos são sentidos até hoje, Mobile Suit Gundam, que daria início à era dos “robôs reais”, mas isso é outra história.
                De todas as várias produções de mechas deste período, apenas uma série chegou ao Brasil: Groiser X, que aqui ganhou o nome de “Pirata do Espaço”, tendo sido exibida completa na TV Manchete nos anos 1980, ganhando muitos fãs. Outra série desse período, Voltus V até chegou a ter alguns episódios lançados diretamente no mercado de vídeo, ainda nos tempos do VHS, mas ficamos nisso. Só mais recentemente tivemos o lançamento de uma das novas versões de Mazinger (a Impact Z) em nosso país, que agora poderá conferir a primeira de todas as séries de super robôs.
                No Japão, mesmo com os super robôs tendo encerrado seu ciclo, ocasionalmente algumas das antigas produções ganharam remakes ou novas versões ao longo dos anos, mantendo sempre o estilo característico daquelas antigas séries, e o próprio Go Nagai, volta e meia, foi lançando algumas novas versões destes antigos trabalhos, sendo o mais recente deles Mazinger Z: Infinity, longa-metragem para cinema lançado oficialmente no Japão em janeiro de 2018, comemorando os 50 anos de carreira de Go Nagai, e trazendo o fim definitivo (pelo menos até o presente momento) das aventuras do Mazinger original, com Koji Kabuto voltando a pilotar o imenso robô para mais uma vez deter as maléficas forças do Dr. Hell, que volta para um ataque visando se apoderar de um mecha chamado Infinity. Este longa chegou a ser exibido de forma muito mal divulgada em alguns poucos cinemas brasileiros, antes de ser lançado em streaming em nosso país, com dublagem providenciada pela UniDub, que inclusive manteve o mesmo elenco de dublagem da série clássica realizada pela BKS.

O ROBÔ MAZINGER Z

                Concebido pelo Doutor Juzo Kabuto, avô de Koji, o supermecha Mazinger Z foi construído com um metal especial, chamado Super Liga Z, que lhe confere uma enorme resistência a ataques físicos, além de suportar o imenso fluxo de energia fotônica que abastece os sistemas do robô. Sua aparência, à primeira vista, não parece das mais amigáveis, e o próprio nome do robô denota sua aparência demoníaca, uma vez que o nome Mazinger significa “deus demônio” (de Majin = demônio; e Jin = deus). O próprio Dr. Juzo, em seus últimos momentos, conta a seu neto que, no comando do imenso robô, Koji poderia ser tanto um deus quanto um demônio, dadas as imensas capacidades do supermecha.
                O robô é controlado por um tipo especial de hoovercraft, chamado pilder, onde está a cabine do piloto, que se acopla à cabeça do Mazinger. Este veículo também pode ser usado de forma independente, e está equipado com algumas armas, para uso em caso de necessidade. O Mazinger tem 18 metros de altura, e pesa cerca de 20 toneladas. O imenso robô pode correr até uma velocidade de 360 Km/h, mas para ajudá-lo a transpor as distâncias com mais facilidade e praticidade, os cientistas do Instituto de Pesquisa de Energia Fotônica desenvolveram o Jet Scrander, um sistema com dois imensos jatos e asas que podem se acoplar ao Mazinger, conferindo-lhe a capacidade de vôo, permitindo-lhe alcançar até três vezes a velocidade do som.


               Dotado de imensa força, o Mazinger Z possui inúmeras armas para uso em combate, sendo a mais conhecida delas o Rocket Punch (Soco Foguete), onde seus punhos são disparados diretamente contra o alvo, impulsionados por potentes jatos. Outra arma é o Iron Cutter (Corte de Aço), com duas lâminas extremamente afiadas surgindo das laterais dos antebraços do robô. Girando os braços em alta velocidade, ele pode dar o Super-Soco Giratório, e a imensa grade no peito do mecha pode emitir um raio laser de alta potência que destrói praticamente tudo em seu caminho. Os olhos do robô ainda podem disparar raios fotônicos que causam vários danos ao inimigo. O robô ainda conta com mísseis perfurantes que são disparados de seus cotovelos, além de raios congelantes, e mísseis que são disparados da barriga do mecha (Soco Míssil). O Jet Scrander, a unidade de propulsão voadora, também pode ser usada como arma, uma vez que as pontas das asas são extremamente afiadas, permitindo ao Mazinger literalmente cortar os oponentes ao meio usando-as como se fosse uma espada. Mesmo em vôo, as extremidades das asas também podem ser usadas para fatiar os inimigos em pleno vôo. O interior central das asas também abrigam um arsenal de estrelas afiadas estilo shurikens que podem ser disparadas nos inimigos, conforme a necessidade da luta.
                Não era difícil Koji ter de lançar mão de todas estas armas na luta contra as bestas robóticas criadas pelo Dr. Hell, que muitas vezes atacavam em grande número, forçando o Mazinger Z a ir a seus limites e até mesmo ultrapassando-os, para deter os monstros do vilão e frustrar seus planos perversos, em lutas descomunais cheias de golpes (sempre mencionando cada um deles na hora de usá-los) e extremamente violentas.

VOZES ORIGINAIS

Koji Kabuto: Hiroya Ishimaru (Kenji Asuka em God Mars; Jean Kugo em Starzinger; Hot Rod/Rodimus Prime na dublagem japonesa da série Transformers).
Sayaka Yumi: Kotoe Taichi (Rei Asuka em Brave Reideen; Izume em Birdy the Mighty; Kanoko Yuki em Mahoutsukai Precure).
Boss: Hiroshi Ohtake (Cyborg 004 em Cyborg 009; Saotome em Maison Ikkoku; Banta Arai em Danguard Ace).
Gennosuke Yumi: Jouji Yanami (Dr. Gilmore em Cyborg 009; Toutosai em Inuyasha; Boyakkii em Yatterman).
Shiro Kabuto: Kazuko Sawada (Kantaro Hoshi em Astroganger; Junpei Hayami em Cutey Honey; Goro Makiba em Grendizer).
Dr. Hell: Kousei Tomita (Bouleuse Gotho em Votoms; Dr. Saotome em Getter Robo; Alexander Bucock em Lenda dos Heróis Galácticos).
Barão Ashura: Haruko Kitahama (voz feminina – Rafflesia em Captain Harlock; Mrs. Goriki em Kaibutsu-kun; Ruka em Umi no Triton); Hidekatsu Shibata (voz masculina – Zenon em Devilman; Geese Howard em Fatal Fury; Gregor von Muckenberger em Lenda dos Heróis Galacticos)
Conde Broken: Junpei Takiguchi (Dokurobee em Yatterman; Oshamanbe em Nanako SOS; Major Haiderunekken em Dragonar).

DUBLAGEM BRASILEIRA

Koji Kabuto: Lucas Gama
Sayaka Yumi: Glaucia Franchi
Boss: Leonardo Caldas
Gennosuke Yumi: Ricardo Fábio
Shiro Kabuto: Marina Santana
Dr. Hell: Carlos Campanille
Barão Ashura: Denise Reis (voz feminina), Vagner Santos (voz masculina)
Conde Broken: Tatá Guarnieri

Estúdio de dublagem: BKS
Direção de dublagem: Lúcia Helena


Sayaka, companheira de Koji, também tinha o seu próprio robô, Afrodite-A, com o qual ajudava o Mazinger Z em algumas das batalhas na série.

 

Enquanto a série clássica de Mazinger estréia somente agora no Brasil, quase 50 anos depois de ir ao ar pela primeira vez no Japão, a produção já foi exibida em diversos outros países, como na Espanha, onde ela foi lançada completa em belos boxes de DVD para colecionadores, inclusive até mesmo em versões blu-ray, para tremenda inveja dos fãs brasileiros.


 
A última produção de Mazinger, o longa Infinity, acabou sendo exibido nos cinemas brasileiros em 2018, mas com uma péssima divulgação, com poucos fãs a terem conseguido assistir a produção nas pouquíssimas salas onde foi mostrado. O longo seria lançado em sistema de streaming algum tempo depois, permitindo aos fãs apreciar a produção que comemorou os 50 anos da carreira de seu criador, Go Nagai.


Um comentário:

  1. Streaming também é TV viu? Teve mais Gundam exibidos no Brasil além do Wing.

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