sábado, 12 de julho de 2014

TIRAS DE JORNAL DA MULHER-MARAVILHA GANHAM COLETÂNEA



                Um dos personagens da trindade clássica da DC Comics, a Mulher-Maravilha, vai ganhar em agosto uma reedição de suas aventuras publicadas em tiras de jornal. A empreitada é uma parceria entre a DC Comics, proprietária da personagem, e a IDW Publishing.
            WONDER WOMAN - THE COMPLETE NEWSPAPER STRIP 1943-1944, terá 196 páginas, no formato 28 cm x 21,60 cm, com capa dura, ao preço de US$ 49,99, e faz parte da coleção "Library of American Comics", com reimpressões de materiais clássicos dos quadrinhos, sendo que a IDW lançou até o presente momento 4 volumes com personagens da DC, resgatando as tiras de jornal estreladas pelo Super-Homem (dois deles com aventuras publicadas nas tiras de 1959 a 1963, na Era de Prata; e um volume compilando as tiras dominicais lançadas entre 1943 e 1946), e Batman (1 volume com tiras dominicais de 1966 a 1967). A arte da capa é de Pete Poplaski, e traz junto à heroína e seu amor e parceiro de aventuras Steve Trevor os rostos da dupla criativa responsável pelas histórias.
                Ao contrário do Homem de Aço, que teve um grande número de tiras publicadas ao longo das décadas, a Mulher-Maravilha teve uma vida curta nas tiras de jornais, de modo que este volume que está sendo lançado traz praticamente todas elas, que foram publicadas entre 1° de maio de 1943 a 1° de dezembro de 1944. Os roteiros são de William Moulton Marston, criador da super-heroína; com arte de Harry G. Peters. A personagem havia estreado na edição N° 8 de All-Star Comics, lançada em dezembro de 1941, e foi a primeira super-heroína da então editora National Comics, atual DC, que já tinha lançado com sucesso vários outros super-heróis, entre eles o Super-Homem, Batman, Lanterna Verde, entre outros. A produção foi levada a cabo, na época, pela King Features Syndicate, e contar com os mesmos artistas que cuidavam das aventuras da Princesa Amazona nas revistas de linha da National garantia a fidelidade das aventuras lançadas nas tiras.
                Contratado pela editora no início da década de 1940, William Marston queria criar um novo herói que não vencesse pela violência, mas pelo amor, e que espalhasse o ideal da paz. Por sugestão de sua esposa, o novo herói virou heroína, e assim surgiu a Mulher-Maravilha. Oriunda da Ilha Paraíso, onde as mulheres Amazonas imortais governam sem a presença de homens, que são proibidos na ilha, Diana é a filha da Rainha Hypólita, e vê sua vida mudar com a chegada de Steve Trevor, um piloto americano que, ferido em combate, acaba caindo na ilha, situada em algum ponto desconhecido no Oceano Atlântico próximo ao Caribe. Incumbida de levar Trevor de volta ao continente, Diana também recebe a missão de tornar-se uma embaixadora da paz e fraternidade para tentar ajudar a acabar com o conflito que eclodia no mundo, a Segunda Guerra Mundial, e para isso, adota a identidade de Mulher-Maravilha, e também adota uma identidade secreta, Diana Prince, estando sempre pronta para enfrentar o perigo onde quer que ela esteja.
                Nos anos 1970, a personagem ganhou um seriado de TV estrelado por Lynda Carter, cuja primeira temporada reproduziu com boa fidelidade o ambiente de aventuras dos primeiros anos de existência da personagem, na época da Segunda Guerra, enfrentando principalmente as forças nazistas ao lado de Steve Trevor. As temporadas seguintes trouxeram a heroína para o presente dos dias da época, vivendo agora aventuras ao lado do filho de Steve Trevor. Desde sua criação, a personagem já passou por várias reformulações e visuais nos quadrinhos, tornando-se ao lado do Batman e do Super-Homem, a trindade principal de personagens do Universo DC.
                O lançamento da edição da IDW é muito oportuna não apenas para os fãs da personagem, mas para os fãs de quadrinhos em geral, pois resgata um material da Era de Ouro que desde sua publicação original, em 1943 e 1944, nunca foi republicado, ao contrário do que aconteceu com as tiras de Batman e Super-Homem, que tiveram relançamentos de tempos em tempos. As tiras recontam a origem da Princesa Amazona, seu encontro com Steve Trevor, e sua ida para os Estados Unidos e se tornando uma heroína patriótica no combate ao crime e à ameaça nazista, ao mesmo tempo em que inicia um romance com Steve Trevor. Uma pena que, por enquanto, nenhuma editora brasileira mostre interesse em lançar este material clássico, mas com alguns lançamentos do gênero de outros personagens que saem ocasionalmente por aqui, quem sabe ainda haja chances?

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