domingo, 17 de dezembro de 2017

PANINI LANÇA EDIÇÃO ESPECIAL DOS FLINTSTONES



                Iaba-daba-dooo! Fãs dos velhas animações da Hanna-Barbera, podem ficar a postos: a família mais divertida da idade da pedra lascada está de volta, e com ela, várias histórias interessantes espelhando, nos tempos pré-históricos, toda a nossa realidade atual, com uma abordagem moderna, sintonizada aos novos tempos, e tão fascinante e divertida como nos tempos em que seu desenho animado ia ao ar na TV. Depois da boa receptividade da edição nacional de Future Quest, reunindo os personagens das séries de aventura da HB, chegou o momento dos novos quadrinhos produzidos pela DC Comics englobando nossa família pré-histórica favorita serem apreciados pelos leitores nacionais de quadrinhos, bem como pelos fãs destes cultuados personagens.
Conheça a verdadeira família moderna da Idade da Pedra! Direto da cidade de Bedrock, Fred e Wilma flintstone; sua filha Pedrita; seus vizinhos, os rubbles, Barney e Betty; e seus amigos, colegas de trabalho e eletrodomésticos jurássicos mostram páginas saídas diretamente da história – especificamente, de nossa própria confusa, intrigante e alienante época, para o período dos dinossauros. Essa abordagem moderna da icônica série animada do horário nobre criada pela aclamada dupla William Hanna e Joseph Barbera é sombriamente hilária, lançando um olhar amargo em problemas como o consumismo, religião, política e relacionamentos que é tanto inconfundivelmente o vigésimo-primeiro século quanto os Flintstones! A equipe criativa criticamente aclamada de Mark Russell e Steve Pugh se empenharam para transformar um adorado clássico em uma moderna obra-prima em quadrinhos… e acredite, você nunca viu todos eles personagens desta maneira assim antes, ao mesmo tempo em que já os conhece há tantos anos.
                Esta edição, em formato americano, ao preço de R$ 24,90, compila as edições 1 a 6 da série The Flintstones, lançada nos Estados Unidos pela DC Comics no ano passado, como parte de um projeto para modernizar e apresentar os icônicos personagens da Hanna-Barbera a toda a uma nova geração de leitores, além de trazer de volta os velhos fãs que assistiram às animações originais e leram suas primeiras aventuras em quadrinhos. Mas, ao mesmo tempo, mantendo suas essências sob uma nova premissa. A mais interessante é ver todo o universo de Bedrock desenhado em estilo realista, contrastando com o visual surreal que o desenho original mostrava, com os personagens convivendo com produtos “modernos”, e vivendo as maiores confusões com dilemas do dia-a-dia atual, como por exemplo, vermos Fred às voltas com o que fazer quando se é tomado por uma febre consumista de novos produtos lançados pelos shopping centers, e precisando fazer um bico para ganhar lascas extras para pagar por tudo isso, entre outros problemas do cotidiano da idade da pedra.
                A série ganhou muitos elogios por sua abordagem inovadora, e ao mesmo tempo fiel dos preceitos da animação original, lançada nos anos 1960, fazendo os personagens viverem os problemas típicos de uma família dos tempos atuais mesmo ambienta naqueles tempos pré-históricos. Quem não queria ter um carro como o de Fred, movido pelos pés, ou um cortador de grama que na verdade era um bode? Tudo isso e muito mais pode ser revisto nesta nova série de quadrinhos, em mais um excelente lançamento da Panini, que deve publicar o restante das histórias em 2018, para alegria dos leitores nacionais. Mais um ponto dentro da editora multinacional italiana, por oferecer estas histórias bem-humoradas, e resgatar personagens que possuem muitos fãs em nosso país, e que há tempos não tinha a chance de vê-los em uma revista em quadrinhos. Portanto, hora de ficar de olho nas bancas, e garanta o seu exemplar, antes que ele entre em extinção logo logo!

IDW ESTRÉIA “NOVA” SNAKE-EYES NA SÉRIE G.I. JOE



                Desde que assumiu os direitos de publicação dos quadrinhos da série G.I. Joe (Comandos em Ação no Brasil), a IDW Publishing já lançou várias aventuras do grupo de elite das forças armadas dos Estados Unidos, e umade suas iniciativas foi retomar a série original dos Joes, iniciada nos anos 1980 pela Marvel Comics, primeira editora a publicar os quadrinhos dos personagens. Para tanto, a IDW trouxe ninguém menos do que Larry Hama, roteirista que criou a imensa maioria das aventuras da série publicada pela Marvel, para dar continuidade às novas aventuras do grupo. Isso ocorreu em 2010, e o título está em publicação até hoje, o que mostra quão acertada foi a decisão da IDW de continuar as aventuras de onde elas tinham parado na Marvel, quase 20 anos antes.
                Ocorre que em 2012, eles tomaram uma decisão radical nas aventuras do título: eles mataram ninguém menos do que Snake-Eyes, o mais popular dos personagens, em um confronto onde o G.I. Joe dá sua vida para acabar com um Serpentor ressuscitado. Isso ocorreu na edição nº 213 da série. E agora, na edição 245 da série, ainda sob a tutela de Larry Hama, eis que é apresentada aos leitores uma “nova” Snake-Eyes. Sim, uma garota agora usará o título do lendário G.I. Joe nas novas aventuras da equipe de elite militar norte-americana.
                O enredo não parece familiar? Afinal, há alguns anos atrás, a Marvel não “matou” o Wolverine, um de seus mais populares personagens? E em seu lugar entrou Laura, que nada mais é do que uma clone feminina de Logan, tendo todas as suas habilidades mutantes, e tendo ganho até garras de adamantium. Ela foi criada para ser uma arma assassina, mas com a interferência e a juda de Logan, escapou deste destino, e com a morte dele, assumiu o manto e o nome de Wolverine, e tem sido assim até o presente momento no Universo da Marvel. O caso da nova Snake-Eyes também tem suas particularidades.
                A identidade da nova G.I. Joe é Dawn Moreno, uma jovem mexicana-americana, mostrada pela primeira vez na edição 226 do título G.I. Joe: A Real American Hero. Vivendo numa cidade dominada pelo Cobra, a jovem desde cedo demonstrou notáveis habilidades físicas e motoras, o que chamou a atenção do Comandante Cobra, que resolveu integrá-la à sua equipe de guarda-costas e dar-lhe treinamento de combate específico para tanto. Ela acabou treinada pela Baronesa e Zarana, aprendendo muito bem as técnicas que lhe foram ensinadas. Mas a jovem também começou a se questionar se aquilo tudo era certo. Preocupada com a possível rebeldia da jovem, ela foi submetida a uma máquina de leitura da mente que, entre outras particularidades, também era usada para fazer lavagem cerebral em seus usuários, de forma a livrarem-se de pensamentos “inconvenientes”, sob os auspícios de seu cientista, o Doutor Mindbender. Curiosamente, esta cidade, em ocasião passada, havia sido “visitada” por agentes dos G.I. Joes, incluindo Snake-Eyes, que foi submetido à máquina,no intuito de lhe fazer lavagem cerebral, além de roubar todas as suas informações sobre os Joes. O grupo escapou, mas aproveitaram para deixarem armazenado no banco de dados uma “cópia” da mente de Snake-Eyes, com o intuito de no futuro serem capazes de decifrar todas as informações ali armazenadas, e descobrir segredos dos G.I. Joes.
                Ao ser inserida na máquina, por um erro, esta “cópia” da mente de Snake-Eyes acabou transferida para a mente de Dawn Moreno, que adquiriu todos os conhecimentos, e por tabela, as habilidades de combate do G.I. Joe. De posse destes novos conhecimentos, Dawn conseguiu fugir, mas sua vida nunca mais seria a mesma. Tendo os conhecimentos e memórias de outra pessoa em sua mente, ela entrou em conflito consigo mesma, sentindo as necessidades de vingança pelo que fizeram com ela, mas sem o autocontrole que Snake-Eyes havia desenvolvido para lidar com sua raiva e frustração. Ela só foi encontrar algum alívio quando Thomas Arashikage, o Storm-Shadow, amigo de Snake-Eyes, a encontrou, e lhe ofereceu treinamento atráves da prática ninja de seu clã, para ensiná-la a lidar com os pensamentos que tinha em sua cabeça, e não lhe pertenciam. E agora, ela está pronta para assumir o nome e o manto de Snake-Eyes, o que não quer dizer que seus problemas tenham acabado. Eles podem muito bem estar apenas começando...
                Com sua apresentação “formal” como nova Snake-Eyes na edição 245 da série, com roteiro de Larry Hama, e arte do desenhista Netho Diaz, a edição 246 inicia a saga "Dawn of the Arashikage", mostrando os desafios da jovem para se ajustar a sua nova vida. Ela é uma jovem assombrada pelas visões de lutas de um passado sombrio que realmente não pertence a ela, e seus novos camaradas ninja de longa data do Clã Arashikage juntaram-se para ajudar Dawn a superar o pesadelo de vigília que se tornou a sua vida de agora em diante.
"Como eu recentemente disse aos nossos leitores, Dawn Moreno é uma personagem fascinante que me fornece uma nova tela para pintar", disse Larry Hama. "Com as memórias de Snake-Eyes originais implantadas em sua mente, a jovem Dawn me dá uma maneira totalmente nova de olhar para as qualidades de personagem (tanto dela como as de Snake-Eyes) que não está presa pela continuidade acumulada com um novo personagem, que pode expressar coisas que sempre foram deixadas de serem ditas". O roteirista explica que será possível mostrar tanto as aventuras da nova Snake-Eyes, como as do Snake-Eyes original, já que toda a mente do G.I. Joe está na cabeça de Dawn, que em diversos momentos, irá ter visões dos pensamentos do finado Joe, revisitando seu passado, até então completamente nebuloso para todos os leitores da série, oferecendo a possibilidade de criar histórias e aventuras que ocorreram com o personagem em qualquer momento de sua vida, antes, ou depois de se tornar um G.I. Joe. Ao mesmo tempo, destrinchar os desafios de Dawn para tentar separar seus pensamentos dos de Snake-Eyes, e tentar seguir com sua vida da maneira mais normal possível, algo bem complicado quando você não consegue mais distinguir quais são seus próprios pensamentos e idéias. E o roteirista pretende explorar estas duas possibilidades amplamente, o que dá pano para a manga no desenvolvimento de vários plots.
                No Brasil, infelizmente os quadrinhos da série G.I. Joe nunca conseguiram se popularizar, tendo sido publicados primeiramente pela Editora Globo, e depois pela Editora Abril, trazendo parte do material produzido pela Marvel Comics antes do cancelamento do título. Todo o material produzido pela IDW é inédito em nosso país, apesar da fama dos personagens por aqui, decorrente das animações produzidas ao longo do tempo, exibidas na TV nacional. Portanto, as esperanças das aventuras desta “nova” Snake-Eyes serem lançadas por aqui também não extremamente reduzidas.

SÉRIE DO CAPITÃO MARVEL GANHA BOX EM DVD



                Os amantes das séries clássicas e de super-heróis terão boas novidades no início de 2018. A Vinyx Multimídia, uma nova distribuidora no mercado de vídeo, tem conseguido lançar alguns produtos que há muito tempo muitos fãs sonhavam. São séries e filmes que, apesar de não serem espetaculares, tem sua legião de fãs, e eram sistematicamente ignorados pelas demais distribuidoras. Algumas produções até chegaram a ser lançadas em vídeo, e estão ganhando novos lançamentos pela Vinyx, que tem caprichado nas luvas, e disponibilizando, em alguns casos, até os CDs de músicas do filme em si, numa atitude elogiável, em um momento onde as distribuidoras maiores reduzem seus lançamentos no mercado, concentrando-se nos títulos mais visados, de modo a otimizar seus lucros.
                Por isso mesmo, é de se parabenizar os recentes lançamentos feitos pela Vinyx, que só no que tange ao universo de heróis de quadrinhos, trouxe para o mercado nacional de vídeo em DVD filmes como Justiceiro, Capitão América, O Sombra, Flash Gordon, e até Modesty Blaise, produzidos em uma época onde fazer um filme de heróis de quadrinhos não era a febre do momento como nos dias atuais. É claro que os resultados também eram variados, e em alguns casos, as histórias sofriam muitas adaptações para conseguirem se adaptar ao orçamento disponível, bem como aos efeitos digitais, bem incipientes se comparados aos disponíveis atualmente. E para os fãs dos super-heróis, eis que o mais novo lançamento da distribuidora, com previsão para chegar às lojas em janeiro do próximo ano, é ninguém menos do que o seriado do cultuado Capitão Marvel.
                CAPITÃO MARVEL – A SÉRIE COMPLETA traz todos os 28 episódios produzidos pela Filmation entre os anos de 1974 e 1976, divididos em 5 discos, acomodados em um belo estojo digistack. Além da bela apresentação da caixa, outro ponto a se destacar é a presença da dublagem original da série em português, feita pela finada Herbert Richers. Alguns episódios, contudo, estão sem dublagem, tendo somente o áudio original em inglês, e neste caso, ainda há opções de legendas em português. Entre os atrativos da série, estão os episódios em que aparece a Poderosa Ísis, outra heroína que também teve um seriado produzido na mesma época pela Filmation, que aproveitou para divulgar a personagem no seriado do Capitão Marvel, repetindo a operação fazendo o Capitão aparecer também em alguns episódios da série de Ísis, como forma de tentar alavancar a audiência das duas produções. O seriado da Poderosa Ísis já foi lançado há anos atrás no mercado de vídeo nacional pela Focus Filmes, mas atualmente encontra-se fora de catálogo.
                Baseado no personagem criado em 1940 por C.C. Beck e Bill Parker para a editora Fawcett Comics. O jovem adolescente Billy Batson é escolhido pelo mago Shazam para receber os poderes dos deuses, e usá-los na luta contra o mal. Assim, o jovem rapaz, ao pronunciar o nome do mago (que na verdade é uma sigla que reúne os nomes de Salomão – sabedoria; Hércules – força; Atlas – vigor; Zeus – poder; Aquiles – coragem; e Mercúrio – velocidade), transforma-se, com o surgimento de um raio mágico, no Capitão Marvel, o mortal mais poderoso do mundo, dotado de poderes espantosos com o qual enfrenta as mais variadas ameaças. Sua irmã gêmea, Mary Batson, também recebeu poderes e ao pronunciar a mesma palavra, transformava-se em Mary Marvel, versão feminina do Capitão Marvel. Os heróis tornaram-se um trio quando o amigo deles, Freddy Freeman, também recebeu poderes, e ao dizer o nome “Capitão Marvel”, transformava-se em Capitão Marvel Júnior. Juntos, eles formavam a Família Marvel, e suas aventuras nos quadrinhos fizeram imenso sucesso. Tanto que incomodou a DC Comics, que moveu um processo contra a Fawcett, acusando o Capitão de ser um plágio do Super-Homem. O desgaste do processo levou os heróis a terem suas séries de aventuras canceladas pela Fawcett nos anos 1950, e curiosamente, foi a própria DC Comics que os trouxe de volta, após adquirir seus direitos, nos anos 1970, época em que a série da Filmation foi produzida.
                O seriado do herói, contudo, foi bem simples, com várias mudanças em relação aos quadrinhos. O mago Shazam não aparecia na série, e seu nome era apenas usado como frase de transformação de Billy no Capitão Marvel. Billy era interpretado pelo ator Michael Gray, e o Capitão Marvel era feito por Jackson Bostwick, posteriormente substituído por John Davey. O outro personagem fixo do seriado era Mentor, uma espécie de tutor de Billy, muito similar ao tio Dudley dos quadrinhos, mas cujo nome nunca apareceu no seriado. Billy e Mentor viajavam pelos Estados Unidos, ajudando as pessoas que encontravam pelo caminho, e quando surgia algum perigo ou momento que exigisse, Billy dizia a palavra mágica e transformava-se no Capitão Marvel para salvar o dia. Não havia menção aos demais personagens dos quadrinhos, e nem mesmo algum supervilão na série. Quando muito, o Capitão enfrentava alguns bandidos comuns, resolvendo problemas de cunho moral das pessoas. Em todo episódio, Billy recebia uma mensagem dos deuses sobre dilemas e escolhas da vida, através do Eternifone, um dispositivo no painel do furgão em que viajavam pelo país afora. Nos quadrinhos lançados à época pela DC Comics, eles adaptaram esse momento, fazendo Billy e tio Dudley viajar pelas cidades dos Estados Unidos fazendo reportagens para a rádio Whiz onde Billy trabalhava, inclusive viajando em um furgão idêntico, e com o Eternifone presente.
                O seriado é dividido em três “temporadas”, com duração bem irregular. A primeira “temporada” foi lançada em 1974, e contou com os primeiros 15 episódios. Em 1975, foram lançados mais 7 episódios, compondo a segunda “temporada”, finalizados em 1976 com a terceira e última “temporada”, com mais 6 episódios, encerrando a série, devido à queda na audiência, o que também ocorreu com o seriado da Poderosa Ísis. Como são poucos episódios, o box a ser lançado pela Vinyx é bem prático por trazer todo o seriado completo, em uma única caixa. Até o presente momento, a distribuidora ainda não havia anunciado o preço da caixa, que ainda não entrou em pré-venda nos sites das livrarias on-line, o que não deve demorar a ocorrer. Mas, levando-se em conta que a empresa acaba divulgando seus títulos com certa antecedência, é bom esperar até que o produto esteja finalmente disponível para efetuar sua aquisição.
                E a Vinyx garante que este não será o único lançamento na área de séries baseadas em personagens de quadrinhos. Portanto, boas surpresas irão pintar em 2018 no mercado de vídeo nacional. É aguardar para ver! E tudo indica que a distribuidora irá surpreeender muita gente com alguns lançamentos, podem apostar.