terça-feira, 15 de outubro de 2013

ROBOTECH GANHA NOVA EDIÇÃO EM DVD NOS EUA



                Uma das séries de animação japonesa mais controvertida de todos os tempos está ganhando novo lançamento no mercado de vídeo americano. Trata-se de Robotech, série criada pela distribuidora Harmony Gold na década de 1980 unindo as séries nipônicas Macross, Southern Cross, e Mospeada, como se fizessem parte de uma única história. Apesar da junção forçada, a série fez um tremendo sucesso na TV americana, ajudando a abrir o caminho para novas séries de anime aportarem nos EUA, que hoje são o maior mercado consumidor mundial de produções nipônicas depois do Japão.
                A série já teve alguns lançamentos em DVD, mas desde que a última distribuidora, a ADVision, fechou as portas, a série estava sem representante oficial no mercado de vídeo americano, restando o longa Shadow Chronicles nas mãos da Funimation. Mas agora, a Lionsgate, distribuidora que tem vários títulos interessantes no seu catálogo, é a nova casa de Robotech no mercado de vídeo dos EUA. E para deleite dos fãs que ainda não tinham tido chance de adquirir a série da robotecnologia, está lançando agora em novembro uma caixa contendo toda a produção de Robotech.
                Com nada menos do que 20 discos, ao preço de cerca de US$ 80,00, este é o mais completo box lançado da série até hoje. Não que as outras distribuidoras não tivessem lançado a série toda em uma única caixa, mas esta é a mais completa já produzida: além de contar com todos os 85 episódios da série original, em sua versão remasterizada, ela inclui o longa "Os Sentinelas", que deveria ter sido uma segunda série de TV continuando os eventos da primeira fase da história, correspondente à série Macross original. Inclui também a mais recente produção, o longa Shadow Chronicles, que se esperava ser o início de uma nova série para TV, com todos os extras de sua edição especial de 2 discos, além da nova produção, o longa "Love Live Alive", uma compilação dos melhores momentos da terceira fase de Robotech feita a partir do especial de vídeo da série Mospeada.
                Mas, acima de tudo, esta caixa traz um festival de extras para satisfazer até o mais ferrenho crítico de Robotch: são nada menos do que mais de 12 horas de material extra, entre os quais podemos destacar: “Robotech: The Inside Story”, documentário sobre a série, com a equipe de produção da série original de 1985; “The Making of Love Live Alive”, featurette; "Animatics from Robotech: Love Live Alive"; cenas deletadas de "Robotech: Love Live Alive" com comentários em áudio de Greg Snegoff e Tommy Yune; a versão original japonesa de "Mospeada: Love Live Alive" (com legendas em inglês); materiais de promoção raros da série; versões alternativas de alguns episódios; galerias de todos; além de praticamente todo o material extra já existente nos lançamentos anteriores em DVD no mercado americano.
                Os DVDs da caixa trazem áudio apenas em inglês, com opção de legendas em inglês e espanhol apenas, um leque de opções pobre para uma caixa desta desenvoltura, ainda mais se levarmos em consideração que a versão remasterizada de Robotech, em seu primeiro lançamento em DVD, trazia áudio não apenas em inglês, mas também em espanhol.
                No Brasil, Robotech chegou primeiro no mercado de vídeo, com algumas fitas VHS lançadas em fins da década de 1980 pela distribuidora Transvídeo, com os primeiros episódios da série, ainda na fase Macross. Na década de 1990, a série finalmente estreou na TV brasileira, dentro do Xou da Xuxa, mas foi tirado do ar por volta da metade da segunda fase, Robotech Masters, adaptada da série nipônica Southern Cross. Apenas na primeira metade da década passada a série passou completa no Brasil, no extinto canal pago Locomotion. A compilação de Os Sentinelas acabou lançada em VHS, e posteriormente lançada em DVD, e foi só. O longa Shadow Chronicles, bem como o novo longa Love Live Alive são inéditos no Brasil, e as chances de serem lançados no mercado de vídeo nacional são poucas.
                Curiosamente, na Espanha, a distribuidora de vídeo Divisared lançou toda a série Robotech em DVD, trazendo em todos os 21 volumes da série não apenas duas opções de áudio em espanhol (europeu e latino), mas também em português do Brasil, apresentando na íntegra a dublagem nacional feita pela Herbert Richers, além do áudio original em inglês. E por aqui, praticamente nada foi lançado em DVD além de "Os Sentinelas", que aliás não passou de um reaproveitamento do lançamento feito em VHS alguns anos antes. Definitivamente, o fã brasileiro não tem muita sorte com algumas séries de animações...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

ANIMAÇÃO DE CAVALEIRO DAS TREVAS GANHA EDIÇÃO DE LUXO



Tida como uma das obras de quadrinhos mais impactantes da década de 1980, a minissérie "Batman - O Cavaleiro das Trevas", escrita e desenhada por Frank Miller, redefiniu a percepção do conceito do Homem-Morcego, e no ano passado, para alegria dos fãs, finalmente ganhou uma adaptação em animação, que foi lançada em duas edições no mercado de vídeo americano. Para felicidade dos fãs brasileiros, essa animação também foi lançada no Brasil, quase ao mesmo tempo das edições americanas. Só que, ao contrário dos Estados Unidos, onde a obra foi lançada em DVD e Blu-Ray, a Warner do Brasil lançou os dois volumes da animação apenas em DVD no mercado nacional, para decepção de muitos fãs que queriam ver esta bela obra em todo o seu esplendor da alta definição de vídeo.
E agora, mostrando novamente a diferença de tratamento do lançamento voltado para o mercado americano em relação ao brasileiro, a Warner está lançando este mês, nos EUA, nada menos do que uma edição especial de colecionador da animação. A edição, intitulada BATMAN: THE DARK KNIGHT RETURNS - DELUXE EDITION, traz em uma única edição as duas partes da animação lançadas em setembro do ano passado e em janeiro deste ano. O pack contém 3 discos, dois Blu-rays e um DVD, e além de trazer absolutamente todo o material que já havia sido lançado antes nas duas partes, traz novos e exclusivos itens para deixar os batfãs ouriçados. O preço desta nova edição é de US$ 29,98, e os discos trazem opções de áudio em inglês, francês, espanhol, e alemão, com opção de legendas nos mesmos idiomas, mais o japonês. Até algum tempo atrás, os lançamentos em blu-ray das animações dos heróis da DC traziam também opções de áudio e legendas em português, mas Warner parou de incluir essas opções nos discos, restando ao fã brasileiro ter de adquirir a edição nacional para ver os lançamentos em nosso idioma.
Para piorar, a Warner deixou de lançar por aqui as animações em blu-ray, restringindo os lançamentos apenas ao formato DVD. E como desgraça pouca é bobagem, esta edição especial não tem previsão de ser lançada por aqui, restando aos fãs de nosso país se contentarem com as versões lançadas por aqui em DVD, e com poucos extras, se comparados à edição americana. Confira uma listagem dos extras desta edição especial, para sentir inveja do que os fãs americanos terão à sua disposição:
# Comentários em áudio: Disco 1 (148 minutos): Exclusivo desta nova edição de colecionador, temos comentários do diretor Jay Oliva, do roteirista Bob Goodman, e do diretor de voz Andrea Romano. O trio disseca os desafios de adaptar para animação a obra de Frank Miller, com uma visão sincera sobre a produção, suas escolhas e as mudanças feitas em determinados momentos da história.
# Masterpiece: Frank Miller's The Dark Knight Returns: Disco 2 (69 minutos, formato HD): O grande destaque do material extra contido nesta edição de colecionador é este documentário, conduzido pelo ator Malcolm McDowell, com entrevistas de vários profissionais de animação e dos quadrinhos, começando pela qualidade das histórias de quadrinhos do início dos anos 1970, e mostrando seu desenvolvimento através dos trabalhos de vários artistas, até chegar ao momento de criação da minissérie nas mãos de Frank Miller, com um desenvolvimento em paralelo dos acontecimentos do mundo à época.
# From Sketch to Screen: Exploring the Adaptation Process: (Disco 2, 44 minutos, em formato HD): O diretor Jay Oliva conduz este documentário sobre a segunda metade da animação de Cavaleiro das Trevas fazendo uma bela compração das artes originais dos quadrinhos e sua transposição para animação, com as fases do processo de produção em comparação, mostrando em painéis lado a lado como foi chegar ao resultado final desta produção que se mostrou fiel à obra criada por Frank Miller.
# Batman and Me: The Bob Kane Story: Disco 2 (38 minutos, formato SD): Um documentário mostrando a extensa carreira do criador de Batman, Bob Kane, com várias entrevistas de nomes de peso da indústria dos quadrinhos e afins, entre os quais Stan Lee, Mark Hamill, Elizabeth Kane, Jerry Robinson, Thomas Andrae, Paul Levitz, Jonathan Exley, entre outros.
# Superman vs. Batman: When Heroes Collide: Disco 2 (9 minutos, formato HD): "Quem venceria uma luta entre Batman e o Super-Homem?" Uma rápida olhada sobre os complexos papéis que envolvem tanto o cavaleiro das trevas quanto o homem de aço na intrincada trama que mostra o governo como uma autoridade totalmente ilegítima, e mais detalhes.
# The Joker: Laughing in the Face of Death: Disco 2 (14 minutos, formato HD): Um resumo sobre o Coringa, sua introdução no universo do Batman, vários de seus golpes, truques, e planos homicidas e loucos durante vários anos, até chegar ao seu clímax em "Cavaleiro das Trevas".
# Her Name is Carrie... Her Role is Robin: Disco 2 (12 minutos, formato HD): Um olhar sobre o papel revolucionário de Carrie como a Robin feminina de Frank Miller e seu impacto no mundo dos quadrinhos.
# Additional Episodes from the DC Comics Vault: Disco 2 (114 minutos, formato SD): Alguns episódios sortidos das animações do Batman, como "Two-Face, Parts 1 & 2," "The Last Laugh", e "The Man Who Killed Batman" de Batman: The Animated Series, além de "Battle of the Superheroes!" da série Batman: Os Bravos e Destemidos.
# Digital Comic Excerpts: Disco 2 (formato HD): Quadrinhos digitais das minisséries "The Dark Knight Returns" e "The Dark Knight Falls" by Miller.
                Finalizando, o DVD ainda traz uma cópia da animação em qualidade padrão de DVD. Há também um pequeno pacote de cards ilustrados, além do código para efetuar o download de uma cópia digital da animação. Os discos de alta definição são de camada dupla. Um pacote para fã nenhum botar defeito mesmo. Resta saber quando a Warner do Brasil terá vergonha na cara e oferecer um lançamento desses por aqui...

MANDRAKE GANHA ÁLBUM PELA PIXEL



                Depois de resgatar e trazer de volta às bancas nacionais um dos heróis mais clássicos dos quadrinhos, o Fantasma, a Pixel Media está lançando agora em outubro uma nova edição nos mesmos moldes resgatando mais um herói antigo da arte sequencial: Mandrake, o Mágico, outra criação de Lee Falk, que também criou o Espírito-Que-Anda. MANDRAKE, O MÁGICO: O Mundo do Espelho e Outras Histórias, traz nada menos do que 4 aventuras do mágico, sempre em companhia de seu fiel amigo Lothar, e seu grande amor, a princesa Narda. A edição, em formato 17 x 24 cm, tem 128 páginas, capa cartonada e miolo em papel couché, e preço de R$ 16,90, com distribuição setorizada. Usando de suas habilidades de telepatia e hipnotismo, Mandrake enfrenta malfeitores e outros vilões em suas viagens pelo mundo, onde se apresenta em vários shows. Lothar, um príncipe africano de grande estatura e força, é seu melhor amigo. Ambos estão quase sempre na companhia de Narda, princesa do reino de Cockaigne, sua noiva e grande amor. Exímio ilusionista, o mágico também é um detetive muito capaz, e por isso, sempre acaba se envolvendo na solução de crimes variados onde quer que vá, enfrentando diversos tipos de inimigos.
                Ao contrário da edição lançada com o Fantasma, que republicou uma de suas primeiras e mais famosas aventuras, esta edição dedicada ao Mandrake traz histórias produzidas nos anos 1960, concebidas por Lee Falk, e com a arte de Phill Davis, que era o desenhista oficial do personagem desde sua primeira aventura, ainda na década de 1930. Aliás, o material publicado nesta edição figura entre os últimos materiais produzidos pela dupla, uma vez que Davis faleceu em 1964. Para substituir o parceiro, Falk contratou Fred Fredericks, que se tornou o desenhista regular das aventuras de Mandrake, atuando juntos até a morte de Lee Falk, em 1999. A partir de então, Fredericks passou a escrever e desenhar as histórias.
                Nesta edição, na história "O Mundo do Espelho", o mais famoso dos mágicos enfrenta um rival à sua altura: o diabólico Ekardnam, que nada mais é do que o próprio Mandrake, ou melhor, sua versão de um universo paralelo ao nosso, onde todos têm índoles invertidas: aqueles que em nosso mundo são boas pessoas, têm contrapartes malignas nesta Terra paralela, e onde aqueles que aqui são maus, possuem duplicatas boas. E Ekardnam não está sozinho: ele tem o auxílio de Adran e Rahtol, que são as duplicatas perversas de Narda e Lothar, e não pretende deixar que Mandrake e seus amigos interfiram com seu plano maligno de dominar o nosso mundo. O álbum ainda traz três aventuras clássicas: "O Colégio de Mágica", "O Chefe", e "O Contrabandista".
                Mandrake foi criado por Lee Falk em 1934, e sua figura foi baseada em um mágico chamado Neon Mandrake, que se apresentava em shows de mágica na década de 1920, usando um bigode fino, e vestindo uma capa de seda vermelha e cartola. O personagem estreou em tiras de jornais em junho de 1934, ganhando a atenção dos leitores, e motivando Falk a criar um novo personagem aproveitando a fama que seu nome estava ganhando no meio dos quadrinhos. Assim, em 1936, surgia o Fantasma, o primeiro herói uniformizado de todos os tempos. A fama de Mandrake ao fim dos anos 1930 motivou a Columbia Pictures a produzir um seriado com o herói, exibido nos cinemas em 1939, e tendo o ator Warren Hull interpretando o destemido mágico. O ator Al Kikume interpretava seu fiel amigo Lothar. A série teve 12 episódios, onde Mandrake e Lothar enfrentam as forças do perverso Vespa e sua gangue de capangas, que roubam um aparelho de ondas de rádio que pode ser potencialmente perigoso em mãos erradas. Esta série já foi lançada completa em DVD no Brasil pela Classicline.
                Com o passar dos anos, surgiram outras tentativas de levar Mandrake para a TV ou o cinema, porém nenhum dos projetos vingou. Nos anos 1980, o herói surgiu pela primeira e única vez em animação, na série Defensores da Terra, onde defendia nosso planeta, sempre com seu fiel amigo Lothar, ao lado de outros heróis, Flash Gordon, e o Fantasma. O mágico, aliás, teve a caracterização mais fiel de todos os personagens, mostrando sempre seu lado sofisticado e extremamente habilidoso na arte de iludir e enganar os inimigos com sua mágica. O grande vilão da série era Ming, o Impiedoso, regente de Mongo, que resolveu invadir e conquistar nosso mundo, mas sempre tinha seus planos desfeitos pelos heróis. Lothar também estava presente na série, sempre como o braço direito de Mandrake, mas Narda nunca sequer apareceu ou foi mencionada.
                Assim como o Fantasma, o Mandrake já teve melhores épocas no mercado editorial brasileiro, especialmente quando tinha revista mensal publicada pela Rio Gráfica e Editora, que durou bastante tempo, além de edições especiais e almanaques. Na primeira metade dos anos 1990, contudo, nem todos os sortilégios conhecidos pelo famoso mágico impediram que sua revista fosse cancelada pela editora, agora chamada Globo, que praticamente cancelou sua divisão de quadrinhos. De lá para cá, Mandrake teve raríssimas aparições no mercado nacional de quadrinhos. A edição lançada pela Pixel é um bom ponto de retorno para Mandrake e suas artes mágicas, e esperemos que a empreitada dê certo, e em breve os leitores nacionais, novos e antigos, tenham oportunidade de lerem mais aventuras.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PLAYARTE LANÇA NOVA SÉRIE DOS CAVALEIROS DO ZODÍACO



Um dos maiores sucessos da animação japonesa em todos os tempos no Brasil, a série Cavaleiros do Zodíaco, perto de completar 20 anos de sua estréia em nosso país, mostra que ainda tem fôlego para conquistar os fãs dos animes. E não apenas por aqui, mas no Japão também, onde está mostrando uma longevidade até inesperada para uma série lançada na segunda metade da década de 1980, e que só na década passada teve sua produção retomada para encerrar em anime a adaptação do mangá original de Masami Kurumada. Mas, de lá para cá, as aventuras de Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki, os cavaleiros defensores de Athena, a protetora da Terra, levaram à produção de novas aventuras animadas, das quais a mais recente é Saint Seiya Omega, produção lançada no ano passado no Japão, e que dá sequência às aventuras dos sagrados defensores de Athena, uma geração depois das aventuras vividas por Seiya & Cia.
E é esta série que agora chega ao mercado de vídeo nacional, com o título CAVALEIROS DO ZODÍACO - ÔMEGA, pela Playarte, a mesma distribuidora que lançou por aqui praticamente toda a série original, feito raríssimo em se tratando de uma produção tão longa quanto foi Cavaleiros do Zodíaco. Praticamente tudo da série original foi lançado por aqui, todos os episódios de TV, especiais de vídeo e longas para cinema. A Playarte só deixou de lançar em vídeo a série Lost Canvas, cujos DVDs acabaram saindo pela Flashstar. Mas, refazendo-se da bobeada, não perdeu tempo e garantiu para si os direitos da mais nova série dos Cavaleiros, que chega este mês às lojas em um box com 3 discos, contendo os 12 primeiros episódios da nova saga dos cavaleiros de Athena.
Os discos trazem o áudio original em japonês, e dublagem em português, feita no estúdio DuBrasil, que foi encarregado da dublagem das últimas produções dos Cavaleiros, e tem opções de legendas em português. Como extras, há um making of da dublagem brasileira, aberturas e encerramentos originais, o especial "Larissa Tassi: A Cantora dos Cavaleiros", letras das musicas, além de uma homenagem aos cavaleiros de ouro, junto com um preview dos próximos episódios. O box tem preço de R$ 99,90 nas lojas e distribuidoras. Há também a opção de venda avulsa dos discos do box, que podem ser encontrados por cerca de R$ 40,00, como já ficou comum nos lançamentos da distribuidora brasileira.
Produzida pela Toei Animation, o mesmo estúdio da série original dos Cavaleiros, a série Omega estreou em março do ano passado, com o intuito de conquistar uma nova geração de fãs, ao mesmo tempo em que oferecia novas aventuras dos defensores de Athena ao velhos fãs. Mesmo com algumas opiniões divididas entre estes, pelas mudanças efetuadas em relação a algumas das características da série original, Omega conseguiu cativar o público, a ponto de ainda estar em produção no Japão, já tendo passado da marca de 70 episódios, mostrando que a odisséia dos cavaleiros ainda tem muito a render. E, confirmando a força da série, ela já estreou também em outros países, como a França e a Espanha, onde a série original fez muito sucesso também, antes de aportar no Brasil em 1994.
Na nova aventura, vários anos se passaram desde o fim das batalhas mostrada na série original. Saori, a atual reencarnação da deusa Athena, protetora da Terra, descansa no Santuário quando surge uma nova e perigosa ameaça: Marte, o deus da Guerra, que tem o intuito de dominar nosso mundo. Athena tenta enfrentar o inimigo, mas é ferida por Marte, e quando este pretende liquidar com a deusa, surge Seiya, agora o Cavaleiro de ouro de Sagitário, para defendê-la. Apesar do poder superior de Marte, Seiya frustra os planos do vilão, que aparentemente é derrotado. Uma década e meia depois, Saori acompanha os treinamentos de um jovem rebelde chamado Kouga, que está sendo ensinado por Shina, a Amazona de Cobra, a ser um cavaleiro. É quando Marte retorna para continuar a batalha, e com Seiya desaparecido, cabe agora a Kouga encarar seu destino e se tornar o novo Cavaleiro de Bronze de Pégaso, assumindo a nova armadura da constelação que já pertenceu a Seiya um dia. Com Athena capturada por Marte, caberá ao jovem cavaleiro novato aprender a dominar os poderes do cosmo, e reunir forças com outros jovens e novos cavaleiros para não apenas resgatarem Athena, mas vencerem as forças do mal comandadas por Marte, que não medirá esforços para dominar nosso mundo. Assim, começam as aventuras de uma nova e destemida geração de cavaleiros destinados a defender a Terra das forças do mal.
A série original dos Cavaleiros foi um verdadeiro estouro quando estreou na TV Manchete em 1994, promovendo uma revolução no modo como os animes eram vistos no Brasil, incentivando a vinda de inúmeras séries na TV brasileira. Reprisada por quase 4 anos à exaustão, o anime voltou praticamente 10 anos depois no Cartoon Network, e ganhou nova exibição na TV aberta pela Bandeirantes, exibindo-se não apenas a série original como também a Saga de Hades, produzida no início da década passada. Lançada no mercado de vídeo nacional, mostrou a força de seus protagonistas, vendendo mais de 300 mil discos, sucesso que motiva agora a Playarte a investir na mais nova saga dos defensores de Athena, que ainda não tem previsão de ser exibida em alguma emissora, seja aberta ou fechada.


Mas, no que depender dos fãs nacionais, Ômega tem tudo para fazer jus à tradição de sucesso da série no Brasil. E com isso saírem mais volumes em vídeo no mercado nacional, o que não é pouca coisa, se levarmos em conta o panorama atual das animações nipônicas no nosso país.

JBC REPUBLICARÁ GUERREIRAS MÁGICAS DE RAYEARTH



                Depois de relançar, em formato tankohon completo, e com um tratamento gráfico mais acurado uma de suas primeiras séries de mangá lançadas no mercado nacional, Card Captor Sakura, a JBC Editora parece ter tomado gosto pela coisa, e a iniciativa de trazer de volta às bancas as aventuras da jovem estudante Sakura Kinomoto em seu desafio para reunir as cartas mágicas Clow, que inadvertidamente acabou liberando ao deslacrar um livro de magia, foi seguida pela republicação de outra série que também havia marcado a estréia da editora no mercado nacional de mangás, Rurouni Kenshin, publicado originalmente com o título de Samurai X em nosso país, nos mesmos moldes gráficos do relançamento de Sakura. Em seguida, foi a vez de Love Hina, sucesso do mangaká Ken Akamatsu, retornar às bancas nacionais, seguindo o mesmo modelo. A editora também relançou, em um formato destinado a livrarias, a série Death Note, mesmo decorrendo pouco tempo de seu lançamento no Brasil, ao contrário das demais obras. E agora, a editora nipo-brasileira ataca com mais um relançamento, trazendo novamente para os leitores outra série com a qual fez sua estréia na publicação de mangás em nosso país: Guerreiras Mágicas de Rayearth.
                Lançado no formato meio-tankohon, estratégia utilizada para baratear o lançamento dos mangás na época, Rayearth teve 12 edições, trazendo a versão original das aventuras de Lucy, Marine, e Anne, três estudantes de Tóquio que acabam sendo transportadas para o distante mundo de Zephir com a missão de se tornarem guerreiras mágicas lendárias e salvarem aquele mundo da destruição total. Agora, a obra será relançada em 6 edições. Assim como Sakura e Kenshin, Rayearth foi escolhido para ser lançado pela editora devido ao fato de a versão em anime já ter sido exibida no Brasil, entre 1995 e 1996, tendo sido veiculada no canal TVS/SBT, que transmitiu todos os 49 episódios da série. Posteriormente, a série ganhou uma produção especial para vídeo, composta de 3 episódios, trazendo uma versão completamente diferente da história, que permanece inédita até hoje no Brasil. A série de TV ganhou lançamento no mercado de VHS à época, com uma versão resumida da primeira fase da história, que teve 20 episódios, mas nunca foi lançada em DVD, assim como também nunca mais teve uma reexibição na TV nacional, aberta ou paga.
                O anúncio do lançamento deixou vários leitores desapontados, pois a JBC afirmou que iria anunciar um "novo" título a ser lançado, e acabou sendo o anúncio de um relançamento. Não que a série não mereça ser relançada, em formato gráfico mais decente, como a editora tem feito com alguns títulos, mas poderia ter comunicado que seria um relançamento, e não ter  deixado o pessoal com a expectativa de um novo título inédito no mercado. A editora não confirmou maiores detalhes de como será a nova versão de Rayearth, nem o preço definido, ou a data de quando chegará às bancas, mas não deve demorar a fazê-lo. Com a republicação desta série, a JBC terá relançado em formato melhorado 3 das 4 séries com as quais debutou no mercado nacional de mangás, há mais de 10 anos. Ficará faltando apenas Video Girl Ai para completar a lista de títulos. Pelo fato de ter sido lançada há tempo tempo, a republicação desta que foi uma das mais famosas obras do grupo CLAMP é bem-vinda, mas os leitores esperam que a editora não esmoreça no sentido de lançar títulos inéditos no Brasil.

MYTHOS LANÇA NEXT MEN, DE JOHN BYRNE



              Este ano os leitores nacionais têm tido a oportunidade de verem materiais bem diversificados nas bancas. Depois de acompanharem a estréia dos quadrinhos da Valiant pela editora HQM, e do material da publicação 2000AD pela Mythos em Dredd Magazine, esta última editora agora lança em outubro um belo encadernado com a série NEXT MEN, de autoria de John Byrne, desenhista e roteirista famoso pelas suas passagens pelas séries do Quarteto Fantástico e do Super-Homem nos anos 1980. JOHN BYRNE'S NEXT MEN - EDIÇÃO DE LUXO chega às gibiterias e livrarias agora em outubro, compilando as edições 0 a 12 da série original, publicada em 1992 pela Dark Horse Comics nos Estados Unidos. Com capa dura, e 312 páginas, no formato 18,5 x 27,5 cm, a edição terá preço de R$ 99,90, um valor bem salgado para a maioria dos leitores tupiniquins.
                Em uma instalação ultrassecreta do governo dos Estados Unidos, cinco jovens despertam repentinamente para um mundo muito diferente daquele onde acreditavam viver. Com todas as suas recordações remontando a uma vida aparentemente fantasiosa, eles não sabem como ou por que foram aprisionados. Dotados de poderes sobre-humanos, eles só têm a certeza de que precisam fugir de seus desconhecidos captores... e se preciso, não hesitarão em matar quem tentar impedi-los! Quem ou o que são os Next Men? Um pretenso malfadado experimento condenado à extinção? O ápice da evolução humana? Os heróis do futuro... ou talvez a pior ameaça que a humanidade já enfrentou? Ou tudo isso ao mesmo tempo?
                É hora de conhecer este novo e intrigante grupo de jovens: Nathan, que possui olhos mutantes que lhe permitem ver diversos espectros da luz, e que lidera o grupo; Jasmine, uma super-acrobata com incrível agilidade; Jack, possuidor de super-força, mas incapaz de controlá-la plenamente; Bethany, dotada de invulnerabilidade; e Danny, que pode correr a velocidades super-humanas. Com a ajuda de uma agente do governo americano, estes jovens iniciam uma jornada perigosa na busca por descobrirem seu lugar no mundo real. A série original publicada pela Dark Horse teve 30 edições na década de 1990. Em 2010, a série foi retomada pela IDW Publishing, com mais 14 números, além da republicação de todo o material da série original em edições de luxo encadernadas, como a que a Mythos está lançando agora em outubro. Apesar do tema batido de super-heróis, não deixa de ser um material interessante. Pena que o preço praticado pela editora brasileira não seja dos melhores.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

POWER RANGERS COMEMORA 20 ANOS DA FRANQUIA



Power Rangers Megaforce comemora 20 anos da franquia.


Por Adriano de Avance Moreno

            A franquia Power Rangers, estrelada por heróis multicoloridos que entra ano, sai ano, defendem nosso mundo das forças do mal, quem diria, está comemorando 20 anos de existência. Surgida em 1993, pelas mãos de Haim Saban e Shuki Levy, a série adaptava para o mercado estadunidense a série Super Sentai japonesa Zyuranger. Diferente das adaptações convencionais, Power Rangers se caracterizou por trocar praticamente toda a história e atores das séries originais, substituindo as cenas com atores japoneses por outras filmadas com atores americanos. Utilizando as cenas de luta, e as fantasias dos heróis e vilões originais da produção japonesa, os roteiros foram todos reescritos para se encaixarem na nova produção. A justificativa de Saban era que os americanos nunca aceitariam assistir uma série onde os heróis eram japoneses, e não eles, os americanos. Colaborou para este tipo de raciocínio o fato de Saban já ter tentado antes negociar outras séries de tokusatsu com as emissoras americanas, e tendo sempre recebido respostas negativas, até mudar de tática e fazer esta adaptação para tentar emplacar a série nos Estados Unidos, finalmente conseguindo vencer a resistência dos executivos.
            Verdade ou não, com um uso intensivo de marketing e extensa gama de produtos licenciados, inclusive diversos tipos de brinquedos, a série, que estreou em agosto de 1993, no bloco infantil do canal pago Fox, o Fox Kids, fez um sucesso estrondoso, e a partir de então, nos anos seguintes, o esquema foi sendo repetido. Para a segunda temporada da produção, passaram a usar cenas de luta e o uniforme de um dos heróis de Dairanger, a série Super Sentai seguinte a Zyuranger. Mais um ano seria feito neste esquema, utilizando ainda os uniformes de Zyuranger para os heróis, até que no 4º ano, mudaram todo o visual, utilizando os uniformes da série Kakuranger por um breve período, e em seguida passando a usar o visual dos heróis da série OHRanger, iniciando a fase Zeo; e a partir dali, todo ano, trocando os uniformes, armas, poderes e robôs, e até os personagens, que a partir da série Galáxia Perdida, já não tinham mais ligação com as séries anteriores. Passando a seguir um estilo mais similar às séries originais nipônicas, cada nova temporada passou a trazer novos heróis e vilões, sendo praticamente independente das temporadas anteriores, com raras exceções, permitindo ocasionalmente um ou outro encontro de personagens de algumas fases em episódios especiais. A fama da série era tamanha que, logo durante sua segunda temporada, foi produzido um filme para cinema, com apuro técnico e efeitos especiais muito superiores, que cativou os fãs ainda mais. Alguns anos depois, o esquema foi repetido, com a produção de um segundo filme, abrindo a fase Turbo, mas sem conseguir repetir o mesmo desempenho ou mostrar as mesmas qualidades de roteiro e efeitos exibidos no primeiro filme.
No dia 28 de agosto de 1993, esta turma disse pela primeira "É hora de morfar!", e este grupo de adolescentes (acima) se transformaria em incríveis super-heróis (abaixo), dando início à franquia.

           No início da década passada, a Disney comprou a série, passando a produzi-la desde então. Mas, no final da mesma década, a franquia já dava sinais de desgaste, com os índices de audiência caindo, e com o péssimo resultado da versão “remasterizada” da primeira temporada, com novos e duvidosos efeitos visuais, todos apostavam que Power Rangers encontraria seu fim. Mas então Haim Saban voltou à cena, comprou a franquia de volta, e numa associação com o canal pago Nickelodeon, praticamente ressuscitou a série com a adaptação de Shinkenger, lançando a fase Samurai, seguida por um upgrade em Super Samurai, nos últimos dois anos. E agora, para celebrar o vigésimo ano da série original, eis que foi lançada, no início deste ano, Power Rangers Megaforce, a mais nova produção da franquia, que praticamente presta várias homenagens à primeira série que deu origem à franquia.
A apresentação dos atores da série Megaforce: defendendo o legado de duas décadas.
            Adaptada do Super Sentai Goseiger, Megaforce apresentou novamente heróis adolescentes, em idade colegial. Quando uma horda de alienígenas resolve invadir a Terra, comandados pelo perverso Almirante Malkor, Gosei, uma entidade que tem a obrigação de proteger nosso mundo, recruta 5 jovens adolescentes para receberem superpoderes e defender nosso mundo. Treinado por Zordon, que foi o mentor dos heróis da primeira série da franquia, Gosei encontra os escolhidos para se tornarem os protetores de nosso mundo. Assim, nasce uma nova equipe de Power Rangers: Troy, o Megaforce Ranger Vermelho, líder do novo grupo; Noah, o Megaforce Ranger Azul; Gia, a Megaforce Ranger Amarela; Emma, a Megaforce Ranger Rosa; e Jake, o Megaforce Ranger Preto. Sob a tutela de Gosei, e contando com a ajuda de Robô Knight, e Tensou, duas entidades robóticas que são auxiliares de Gosei, os novos rangers partem para a luta contra os alienígenas.
            Assim como foi feito na primeira série, em 1993, e no ressurgimento da franquia, há dois anos atrás, foi feito um esquema massivo de marketing para divulgar a produção, com toda uma leva de brinquedos e demais produtos licenciados chegando ao mercado, e “participação”dos rangers em diversos eventos pelos Estados Unidos, como na parada do Dia de Ação de Graças, e ainda promoveram um “tour” dos Rangers Vermelhos de todas as séries pela cidade de Nova Iorque, com muitas cenas inusitadas dos heróis divulgando a produção pela “Big Apple”. Diferente da primeira série, que tinha uma produção até modesta se comparada à versão original japonesa, inclusive com diferenças na qualidade de vídeo devido aos recursos financeiros serem limitados, agora a versão americana se tornou tecnicamente muito melhor produzida e bem feita, graças aos imensos lucros obtidos nestas duas décadas de veiculação no mundo inteiro, com direito a efeitos especiais e mixagem das cenas japonesas com as americanas muito mais difíceis de serem distinguidas, além dos uniformes de heróis e vilões serem praticamente idênticos aos originais japoneses. A nova série Megaforce estreou no dia 2 de fevereiro, no canal pago da Nickelodeon nos Estados Unidos, e só deve chegar ao Brasil no ano que vem, pela filial brasileira do canal, que está exibindo as fases Samurai e Super Samurai. Na TV aberta nacional, não há expectativa de estréia da nova série tão já. A Bandeirantes adquiriu os direitos de exibição da franquia, mas a veiculação das séries não tem sido muito regular, oscilando de acordo com a programação do canal nos últimos tempos.
Durante 3 temporadas, os heróis usaram os uniformes da série Sentai Zyuranger, pegando elementos não apenas desta série, mas também de Dairanger e Kakuranger.
            No Brasil, Power Rangers estrearia em 1994, no canal pago Fox. No ano seguinte, estrearia na TV aberta, na TV Globo, e a exemplo do que aconteceu nos EUA, também causou furor, dividindo parte das atenções do público infantil e adolescente naquele ano com a série de anime Cavaleiros do Zodíaco, líder absoluta da preferência do público pelas séries de super-heróis na TV. Na TV paga, o seriado migraria depois para o novo canal Fox Kids, que mais tarde mudaria de nome para Jetix, e depois, Disney XD. Com a recompra da franquia por Haim Saban e a nova associação com a Nickelodeon, Power Rangers passou a ser exibido pela filial brasileira do canal. Na TV aberta, a franquia ficou vários anos sendo exibida pela TV Globo, que sempre exibia as séries com um ano de atraso em relação à TV por assinatura, mas há algum tempo atrás, a emissora carioca tirou a série da programação, e a Bandeirantes adquiriu os direitos, tendo exibido então diversas fases da franquia nos últimos tempos.
Power Rangers Zeo: Trocando todo o visual anualmente a partir de então.
            No Brasil, os fãs ficam divididos em relação à série. Os mais velhos, tendo conhecido algumas das séries Super Sentai que foram exibidos nos tempos áureos da TV Manchete, costumam repudiar a versão americana, por “desvirtualizar”, na opinião deles, as séries originais japonesas, que consideram muito melhores. Para os mais novos, que nunca viram as produções nipônicas, isso não faz muita diferença. Ao longo dos anos, contudo, Power Rangers soube apresentar algumas histórias que foram consideradas muito boas, e a qualidade de cada fase, logicamente, tem altos e baixos no que tange às histórias apresentadas. Outra queixa de alguns fãs é que com o advento de Power Rangers, as empresas não têm mais investido em trazer as séries japonesas para cá. O motivo é econômico e de ordem prática: sai muito mais barato licenciar a série americana, e os japoneses sempre costumam ser muito mais complicados quando se negocia os direitos de alguma produção, enquanto os americanos costumam ser muito menos exigentes e burocráticos.
 
Power Rangers Lost Galaxy: Uma das séries mais bem produzidas.
          
Nos seus 20 anos, Power Rangers ainda exibe um grande fôlego, especialmente depois da retomada da franquia por Haim Saban. Prova disso é que no ano passado foram lançados dois boxes com as primeiras 7 temporadas da produção, que tiveram vendas excelentes, sendo necessárias até mesmo tiragens adicionais para atender a demanda. E para breve já está programado o lançamento de um novo box no mesmo esquema, com as 7 temporadas seguintes, além de uma edição especial de colecionador, com uma reprodução do capacete do Ranger Vermelho da primeira temporada, trazendo todas as séries da franquia, de Mighty Morphin até Samurai, para fã nenhum botar defeito. E o rol de produtos licenciados é bem grande: já houve revistas em quadrinhos, jogos para videogame, fantasias infantis e adultas, jogos de tabuleiro, etc. Ainda não vai ser desta vez que os heróis serão vencidos pelas forças do mal, ao que parece, nem serem derrubados pelos índices de audiência, ou de venda de produtos. A fama da versão ocidental das séries Super Sentai chegou até mesmo ao Japão, onde Power Rangers teve algumas de suas fases lançadas no mercado japonês de vídeo, e também exibidas na TV nipônica, conseguindo até mesmo cativar os orientais.
Power Rangers Dino Thunder: retorno ao tema dinossauro e de um ranger veterano, Tommy.
            A Toei Company, produtora das séries Super Sentai, fatura duplamente: licencia as séries para serem adaptadas pela Saban Brands, atual produtora da versão americana, e colhe dividendos com a apresentação e venda de Power Rangers no Japão, que inclusive tem ganhado até a simpatia dos japoneses pela adaptação de um de seus ícones da cultura jovem, as séries Super Sentai. E a Bandai, que fabrica a maioria dos brinquedos da série, ganha ainda mais, potencializando a venda dos seus produtos em escala mundial, e não apenas restrita ao mercado japonês e países vizinhos, onde costumam ser veiculados com mais frequência as séries originais japonesas.
 
Power Rangers RPM foi a última série produzida pela Disney.
          
O sucesso da empreitada de Power Rangers até incentivou Haim Saban a tentar a mesma estratégia com outras séries de tokusatsu. Comprou os direitos de Spielvan e Metalder, e depois, Sheider, e os juntou todos em V.R. Troopers. A série Kamen Rider Black RX também foi adaptada, sendo transformada na versão Masked Rider. Contudo, nenhuma destas outras adaptações fez o mesmo sucesso de Power Rangers. E a comemoração de 20 anos da série, agora em 2013, mostra que não basta apenas fazer qualquer adaptação para conquistar o mercado. E enquanto no Japão a franquia Super Sentai está perto de completar 40 anos (este ano foi lançada a 37ª série, Kyoryuger), Power Rangers tem tudo para continuar seguinte em frente assim como sua versão original japonesa, ainda mais que no atual momento, já existem as séries Gokaiger e Go-Busters para serem adaptadas. Aliás, Gokaiger já está sendo adaptado para se tornar a segunda temporada de Megaforce, com o título de Power Rangers Super Megaforce, onde os heróis ganharão a habilidade de incorporarem o visual e os poderes de rangers do passado, grande mote da série Gokaiger, onde seus integrantes podiam usar os poderes e habilidades dos heróis Sentai que os precederam. E o ponto alto foi o encontro dos heróis atuais com alguns dos heróis das equipes Power Rangers do passado, em um momento especial que contou com a participação de vários dos atores que atuaram nos paéis dos heróis da franquia, com destaque para David Jason Frank, que retornou ao papel do Ranger Verde da primeira série. Os fãs aguardam ansiosamente pela nova temporada, que só deve ser exibida ano que vem, uma vez que Megaforce, depois de uma pequena pausa, voltou a ser exibida na TV americana nos últimos dias, e ainda não teve sua temporada exibida por completo na TV. Portanto, preparem-se para assistir a muitos heróis coloridos ainda pela frente.
Power Rangers Samurai: De volta às mãos de Haim Saban, para reerguer a franquia.

Confira abaixo os anos e as fases de Power Rangers, e suas correspondentes séries originais japonesas de onde foram adaptadas as produções da franquia:

ANO
FASE
SÉRIE ORIGINAL JAPONESA
1993
Mighty Morphin Power Rangers
Kyouryuu Sentai Zyuranger
1994
Mighty Morphin Power Rangers (2ª Temporada)
Gosei Sentai Dairanger
1995
Mighty Morphin Power Rangers (3ª Temporada)
Ninja Sentai Kakuranger
1996
Mighty Morphin Alien Rangers
Power Rangers Zeo
Ninja Sentai Kakuranger
Chouriki Sentai OHRanger
1997
Power Rangers Turbo
Gekisou Sentai Carranger
1998
Power Rangers Space
Denji Sentai Megaranger
1999
Power Rangers – Lost Galaxy
Seijuu Sentai Gingaman
2000
Power Rangers – Lightspeed Rescue
Kyukyu Sentai Go Go V
2001
Power Rangers - Timeforce
Mirai Sentai Timeranger
2002
Power Rangers – Wild Force
Hyakujuu Sentai Gaoranger
2003
Power Rangers – Ninja Storm
Ninpuu Sentai Hurricanger
2004
Power Rangers – Dino Thunder
Bakuryuu Sentai Abaranger
2005
Power Rangers – S.P.D. (Space Patrol Delta)
Tokusou Sentai Dekaranger
2006
Power Rangers – Mystic Force
Mahou Sentai Magiranger
2007
Power Rangers – Operation Overdrive
Gougou Sentai Boukenger
2008
Power Rangers – Jungle Fury
Juuken Sentai Gekiranger
2009
Power Rangers - RPM
Engine Sentai Go-Onger
2010
Mighty Morphin Power Rangers Remastered*
Kyouryuu Sentai Zyuranger
2011
Power Rangers - Samurai
Samurai Sentai Shinkenger
2012
Power Rangers – Super Samurai
Samurai Sentai Shinkenger
2013
Power Rangers - Megaforce
Tensou Sentai Goseiger

(*) = Reprise da primeira temporada da série com novos efeitos.

Power Rangers: Mystic Force

Box com as temporadas 4 a 7, lançado nos Estados Unidos ano passado.