sábado, 23 de novembro de 2019

IDW LANÇA EDIÇÃO ESPECIAL DE PIN-UPS DA MARVEL


Comemorando os 80 anos da “Casa das Idéias”, a IDW Publishing está lançando neste mês de novembro uma edição especial dedicada apenas a pin-ups de vários personagens icônicos da Marvel Comics, para deleite dos fãs.
MARVEL MASTERWORKS PIN-UPS é um álbum com cerca de 120 páginas, com capa dura, no formato 23,6 x 31 cm, com preço de cerca de US$ 35, com previsão de chegada às livrarias e comic shops dos Estados Unidos na segunda quinzena deste mês de novembro. Pin-ups era um recurso usado em muitas revistas de quadrinhos antigamente, onde uma imagem com um personagem específico ocupava uma página inteira, ou até mesmo duas. E esta edição especial da IDW resgata para a atual geração de fãs e leitores várias destas artes que fizeram parte de várias publicações antigas da editora, do início do Universo Marvel, até o início dos anos 1980.
São artes de grandes nomes dos quadrinhos que ajudaram a fazer a fama da editora, como Jack Kirby, Steve Ditko, Don Heck, Jim Steranko, John Byrne, John Romita, Gene Colan, entre vários outros, ilustrando personagens como o Homem-Aranha, o Quarteto Fantástico, Thor, Homem de Ferro, Demolidor, Doutor Estranho, Capitão América, Vingadores, etc. E até mesmo alguns vilões ganharam pin-ups, como o Duende Verde e o Lagarto. Além das belas imagens finais, a edição também traz até alguns esboços de artes originais, como do Poderoso Thor, em pose clássica desenhado por ninguém menos do que Jack “The King” Kirby. Todas as artes são claras, em tons brilhantes, e perfeitamente executadas, podendo até parecer simplistas para os dias de hoje, mas que atraem justamente por essa simplicidade, em uma época onde as histórias conseguiam entreter e divertir os leitores sem precisar de tramas tão complexas e intrincadas como as produzidas atualmente.
A arte da capa é de Steve Ditko para o Homem-Aranha, e a edição ainda traz um texto de apresentação de Stan Lee, falecido no ano passado, e o grande arquiteto construtor do Universo Marvel, ao lado dos notáveis artistas que assinam várias das artes compiladas nesta edição.


sábado, 9 de novembro de 2019

600ª EDIÇÃO REGULAR DE TEX TRAZ DE BRINDE PRIMEIRA APARIÇÃO DO PERSONAGEM NO BRASIL


Depois que a revista Mônica comemorou o lançamento de sua edição 600 este mês, outro título de quadrinhos publicado regularmente no Brasil também atingiu a impressionante marca de 600 números publicados por aqui. Trata-se de Tex, a mais famosa e longeva série de faroeste do mundo. A revista do intrépido Ranger iniciou sua publicação regular em nosso país em 1971, e de lá para cá, nunca mais parou, reafirmando em terras tupiniquins o mesmo sucesso alcançado em outros países do mundo onde foi publicado.
A Mythos Editora é a atual casa do personagem no Brasil, e a nova edição centenária, por motivos óbvios da comemoração das 600 edições lançadas, vem integralmente colorida, brindando os leitores com a história “O Ouro dos Pawness”, em suas tradicionais 116 páginas, ao preço de R$ 15,90, em formato 13,5 x 17,5 cm, com lombada quadrada. A história é escrita por Mauro Boselli, com desenhos de Fabio Civitelli. Na sinopse da aventura, muitos anos atrás, nas Grandes Pastagens atravessadas por ferozes hordas de Sioux, quatro garotos vagabundos a caminho de casa corriam para uma princesa Pawnee em estava perigo… A partir daquele momento, o destino de Tex e dos peles-vermelhas se uniu inexplicavelmente na pessoa de Tesah e no segredo do tesouro sagrado da Tribo Pawnee. Muitos anos depois, o Ranger, também conhecido como Águia da Noite entre o povo indígena, recebe uma mensagem de pedido de ajuda de um velho amigo e vai para o resgate juntamente com Kit Carson, seu filho Kit e, claro, Jack Tigre!
O título mensal do personagem, criado em 1948 na Itália por Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Gallepini, estreou nas bancas nacionais em fevereiro de 1971, publicado pela Editora Vecchi, tornando-se desde logo um grande sucesso entre os leitores, que passaram a acompanhar as aventuras de Tex Willer, seu filho Kit, e seus inseparáveis amigos Kit Carson e Jack Tigre, na época do velho oeste americano. O título foi publicado até a edição 164, em agosto de 1983, quando foi cancelado, devido à falência da Vecchi. A ausência das bancas, contudo, durou apenas um mês: em outubro daquele ano, a RGE – Rio Gráfica e Editora, assumiu a publicação do título, dando sequência à numeração iniciada pela Vecchi, com a edição Nº 165, de modo que os “pards” (os fãs de Tex) puderam continuar acompanhando as aventuras do herói e seus companheiros.
Com o logo da RGE, a revista durou mais 42 edições, até dezembro de 1986, mas desta vez, nada a temer pela continuidade da publicação da revista. A RGE apenas mudaria de nome, para Editora Globo, e Tex seguiria firme nas publicações da editora sob o novo logo, iniciado em janeiro de 1987, e durando até dezembro de 1998, quando o título chegou ao seu fim na editora da Família Marinho, alcançando a edição 350. Na época, a Globo resolveu desistir de boa parte dos seus títulos de quadrinhos publicados, de modo que o cancelamento de Tex não se deveu por motivos de baixas vendas. A Globo simplesmente mudou seu planejamento editorial, ficando apenas com as revistas da Turma da Mônica. Nesta fase, então, o título regular de Tex contou com 144 edições.
Mas novamente os malfeitores do velho oeste não puderam comemorar: em janeiro de 1999, Tex Willer & Cia. iniciariam sua passagem nas bancas brasileiras agora pela Mythos Editora, onde permanecem até hoje, para felicidade dos pards e amantes dos quadrinhos. E uma marca que reforça o sucesso editorial do ranger no Brasil é que há tempos ele tem mais de um título publicado regularmente nas bancas. Ainda nos tempos da saudosa Vecchi, a editora começou a republicar as edições antigas do herói, proporcionando a leitores mais novos conseguirem as antigas aventuras de Tex. Essa prática foi mantida na RGE, e depois na Globo, e até os tempos atuais, na Mythos, primeiro com o título “Tex – 2ª Edição”, e atualmente, “Tex Coleção”. Isso sem mencionar as várias edições especiais que Tex teve ao longo dos anos, ganhando até uma série de edições de luxo na Mythos, e mais recentemente, uma coleção de Graphics publicada pela Salvat Editora, nos mesmos moldes das coleções de Graphic Novels publicadas com os heróis da Marvel Comics. Definitivamente, Tex fincou raízes bem duradouras em nosso país, sendo até hoje um caso raro de sucesso no mercado nacional de quadrinhos, mesmo nos tempos difíceis da economia que nosso país vivenciou.
                E a edição 600 do herói traz um brinde para lá de especial: Uma reprodução fac-simile da revista Júnior Nº 28, publicada em fevereiro de 1951, que foi a primeira aparição de Tex no mercado brasileiro de quadrinhos, praticamente duas décadas antes do ranger ganhar o seu título atual que conhecemos. A revista Junior era uma publicação semanal da Rio Gráfica e Editora, e trazia aventuras de vários personagens. Era uma publicação simples, no formato 16 cm de largura por 7 cm de altura, com 36 páginas, que publicava tiras de quadrinhos. E na citada edição 28, a revista trazia em sua capa a estréia de um novo personagem, com o título “As Aventuras de Texas Kid”, e a primeira história do cowboy italiano a ser vista pelos leitores nacionais de quadrinhos, cujo título era “O Totem Misterioso”. Trata-se de uma reimpressão muito bem-vinda, não apenas por marcar a estréia do ranger em terras brasilis, mas também por resgatar um pequeno pedaço de um publicação que, apesar de simples, até para os padrões da época, fez a alegria de muitos leitores, que puderam apreciar diversas aventuras em suas páginas.
                E Tex, mostrando sua força, praticamente tomaria conta da Junior, marcando presença ininterrupta em suas páginas dali em diante, interrompida apenas na edição 263, de julho de 1957, quando teve sua última tira publicada no título. A partir da edição 264, a revista passou a ter outra direção editorial, trazendo ainda histórias de faroeste, mas de outros personagens. Texas Kid, como ficou conhecido na época, só voltaria muitos anos depois, já na publicação de seu título mensal de estréia, pela Vecchi, e agora com seu nome original, Tex. Uma saga que nunca mais ficaria longe das bancas brasileiras, como confirma a edição comemorativa de seus 600 números lançados desde então.
                Em mundo atual onde o mercado editorial está atulhado de títulos de super-heróis de um lado, e do outro, os quadrinhos japoneses, os chamados mangás, a trajetória de sucesso Tex Willer no mercado nacional é digna de elogios, mantendo uma vendagem que, se não é a mesma dos velhos tempos, ainda faz inveja a muitas outras revistas atualmente em publicação. O personagem, um ranger do Texas, vive suas aventuras na penúltima década do Século XIX. Conhecido como Águia da Noite, ele também é chefe da tribo dos Navajos, intermediando os assuntos oficiais entre os peles-vermelhas e as autoridades locais. Como oficial da lei, já viveu as mais variadas aventuras, até em locais distantes do Texas, muitas vezes cumprindo variadas missões confiadas a ele pelas autoridades do governo dos Estados Unidos, devido às suas aptidões e bravura, sempre junto de seus companheiros Carson, Kit, e Tigre.
                Cativando leitores desde que foi criado, há 71 anos na Itália, e nos últimos 48 anos no Brasil com seu título regular em bancas, Tex chega com muitos méritos a este número incrível de longevidade. E tudo indica que seu fôlego para novas aventuras tão cedo não irá se esgotar. Portanto, vida longa a Tex, o Águia da Noite, e mais destemido ranger dos quadrinhos! Que venham outras 600 edições, com muitas aventuras para desfrute não apenas dos pards, mas dos amantes dos quadrinhos...


PANINI RETOMARÁ COLEÇÕES DE ENCADERNADOS DISNEY/ABRIL


Quando a Editora Abril anunciou que iria deixar de publicar quadrinhos no ano passado, os fãs da arte sequencial ficaram em polvorosa. E não era para menos: afinal, a Abril vinha publicando quadrinhos desde 1950, quando lançou a primeira edição de “O Pato Donald”, dando início ali a um império editorial que, durante algum tempo, foi o maior de toda a América Latina. Já eam praticamente 68 anos de publicação ininterrupta dos personagens de Walt Disney, os últimos remanescentes de uma era de ouro da editora que já foi a maior casa da Marvel e da DC Comics no Brasil, além de ter publicado uma míriade de personagens das mais diversas nacionalidades e editoras estrangeiras.
Se para os fãs que acompanhavam as histórias em seus títulos regulares em formatinhos o impacto já fora grande, como ficavam então os fãs que estavam colecionado as edições de luxo que a Abril vinha lançando com tanto esmero e qualidade no mercado nacional? As coleções de tiras históricas do Mickey, além das coleções dedicadas às histórias produzidas por Carl Barks, e seu considerado sucessor, Keno Don Rosa, estavam a todo vapor, publicando com grande qualidade as aventuras produzidas por estes singulares artistas, que naquele momento, ficariam com suas coleções incompletas.
E não era pouca coisa: OS ANOS DE OURO DE MICKEY, que vinha publicando, na íntegra, as aventuras do conhecido camundongo lançadas em tiras de jornais desde seu início, já tinha tido 14 volumes lançados, de um total inicial de 37 edições, ou seja, mais da metade do material ainda viria a ser lançado. PATO DONALD POR CARL BARKS, por sua vez, já tinha 10 volumes publicados, de um total de 18 volumes, pouco mais da metade já nas mãos dos leitores. E BIBLIOTECA DON ROSA, por sua vez, chegou à metade, com 5 dos 10 volumes publicados. A tristeza dos fãs ao verem que suas coleções ficariam incompletas era bem compreensível.
Mas eis que, depois de alguns meses, a esperança de uma nova editora publicar os quadrinhos Disney no Brasil surgiu, e isso acabou se confirmando. A Culturama, uma empresa do Rio Grande do Sul, confirmou que seria a nova casa dos quadrinhos Disney no nosso país, com o lançamento de novos títulos. E neste ano, a editora lançou as novas coleções em formatinho, para delírio dos fãs dos personagens, que puderam voltar a acompanhar as histórias de seus personagens. Mas, e como ficavam as coleções de luxo que a Abril vinha publicando, quando encerrou todas as publicações de quadrinhos da editora? Para desespero de todos, o próprio Paulo Maffia, responsável pela linha de quadrinhos da Disney na Abril, e que reassumiu o cargo na Culturama, anunciou que o contrato firmado entre a editora gaúcha e a Disney não contemplava este material, uma vez que as licenças de publicação eram diferentes. No momento, a Culturama está satisfeita com os resultados obtidos das publicações Disney já lançadas, de modo que retomar estas coleções de luxo não estava nos planos.
Desnecessário dizer que foi uma ducha de água fria nas expectativas do pessoal, que muitas vezes podem não entender as nuances do mercado editorial, onde algumas questões complexas acabam se impondo frente às expectativas dos leitores. Mas, para felicidade dos fãs, a Panini anunciou no início deste mês de outubro que iria retomar as coleções de luxo Disney iniciadas pela Abril. E estas edições começarão a ser lançadas já neste mês de novembro, iniciando exatamente do ponto onde foram interrompidas na Abril. Assim, teremos os 23 volumes restantes da coleção das tiras do Mickey, bem como as 8 edições finais da série de Carl Barks, bem como a segunda metade inédita da biblioteca Don Rosa. E estas edições já entraram em pré-venda. Confiram os títulos iniciais e seus respectivos preços de lançamento e sinopses:

# Os Anos de Ouro de Mickey: 1944-1946 – O Segredo dos Fantasmas e Outras Histórias – R$ 59,90 - As tiras essenciais do camundongo mais querido dos quadrinhos estão reunidas nesta coleção mensal que celebra o traço de Floyd Gottfredson! Quando Mickey recebe de herança o casarão de um finado tio que trabalhava com investigações confidenciais, nosso herói logo descobre que o local é assombrado! Neste cenário de terror, uma jovem sedutora guarda um segredo que pode transformar o Mickey em criminoso! E mais: gags divertidíssimas coestreladas pelo sempre atrapalhado Pateta! Neste primeiro volume publicado pela Panini Brasil, a coleção favorita dos fãs do Mickey ganha novo fôlego nas livrarias de todo o país!

# Tio Patinhas por Carl Barks – A Coroa Perdida de Gengis Khan – Preço: R$ 76,00 – A coleção dedicada a Carl Barks passa a se chamar “Tio Patinhas por Carl Barks”. A coleção completa do mais cultuado autor de HQs Disney está de volta com as aventuras clássicas do pato mais rico (e muquirana) do planeta! Quando um abominável homem das neves surrupia um precioso tesouro do Tio Patinhas, o velho sovina convoca imediatamente o Pato Donald e seus sobrinhos para uma arriscada operação de resgate nas montanhas do Himalaia! E mais: a primeira aparição do Pão-Duro Mac Mônei, rival do quaquilionário na disputa pelo título de campeão mundial de acumuladores de dinheiro, numa corrida surreal em pleno coração da África! Este volume marca o início da Panini Brasil em lançar os volumes restantes desta aclamada coleção, dando continuidade à obra que reúne todas as histórias Disney escritas e desenhadas pelo Homem dos Patos!

# Biblioteca Don Rosa – Volume 6 – O Solvente Universal – Preço: R$ 79,90 - A Biblioteca Don Rosa retorna às livrarias, apresentando, em ordem cronológica e formato especial, os quadrinhos do mais fiel discípulo de Carl Barks, Keno Don Rosa! E neste número, diretamente da oficina de inventos do Professor Pardal surge uma substância capaz de dissolver quase tudo! E o Tio Patinhas vislumbra com isso, obviamente, uma oportunidade única de encher ainda mais seus cofres. Mas as coisas saem de controle e os patos vão parar direto no centro da Terra! E ainda: no coração do Yukon, o jovem garimpeiro Patinhas revê Dora Cintilante, o amor de sua vida! Este volume marca a estréia da Panini Brasil lançando seu primeiro volume desta coleção de luxo que reúne todas as HQs Disney roteirizadas e ilustradas por Keno Don Rosa!

De acordo com a Panini, todas as edições deverão ter periodicidade mensal. E, para preservar a uniformidade da tradução, o nome do Tio Patinhas, quando mencionado completo, deverá continuar sendo Patinhas McPatinhas, nas coleções de Carl Barks e Don Rosa. Nas edições que vendo publicadas pela Culturama, a editora corrigiu o nome do personagem para mais próximo de seu original em inglês, que é Scrooge McDuck, deixando-o como Patinhas McPato. Para felicidade dos fãs Disney, a Panini pretende publicar também várias edições sob o título Graphic Disney, projeto que ainda está sendo desenvolvido pela editora, e que só deve sair em 2020. Nestas novas edições, contudo, a Panini deverá manter a nova tradução do nome do Tio Patinhas adotada pela Culturama. Mas o mais importante mesmo é ver o retorno destas coleções que estavam sendo muito elogiadas pelos fãs, trazendo materiais clássicos de Carl Barks, e muito material inédito das tiras do Mickey que nunca haviam sido vistas pelos leitores e fãs nacionais dos quadrinhos Disney.
Um mais do que bem-vindo retorno ao mercado nacional, por mais que o bolso dos leitores e fãs ainda esteja em situação complicada. Mas ao menos uma nova luz que se acende no horizonte, para quem curte as histórias e aventuras dos emblemáticos personagens Disney.