terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

HERÓIS CLÁSSICOS ESTRELAM “THE SOVEREIGNS”



                Os leitores de quadrinhos clássicos terão uma excelente oportunidade de reverem alguns antigos personagens a partir de abril, quando a editora estadunidense Dynamite Entertaiment começará a lançar uma série reunindo nomes icônicos da arte sequencial, em uma única e grande aventura reunindo todos eles. Todos estes personagens já foram publicados recentemente pela editora, que detém atualmente suas licenças de publicação, e a exemplo do que vem acontecendo em outras editoras concorrentes, como a IDW, que recentemente reuniu vários dos heróis que publica em uma única grande aventura conjunta, chegou a hora da Dynamite também apostar em uma grande aventura conjunta de alguns dos personagens com os quais trabalha. E é com esse intuito que chegará em abril o título THE SOVEREIGNS (Os Soberanos, numa tradução livre).
                Esta nova série será estrelada pelos personagens Turok, Solar, Magnus, e Doctor Spektor, e para garantir uma perfeita apresentação, a editora vai introduzir estes que são alguns dos mais célebres personagens em “The Sovereigns” Número 0, que será uma edição de lançamento com 48 páginas, ao preço de US$ 1,00, como um ponto de apresentação perfeito para novos leitores, além de reintroduzir os personagens aos velhos leitores que já os conhecem.
                Contando com os talentos de nomes como Ray Fawkes (de “Wolverines” e “Robin: Son of Batman”), Johnny Desjardins (“Liga da Justiça” e “Vampirella Strikes”), Aubrey Sitterson (“Street Fighter X/GI Joe”), Chuck Wendig (“Star Wars: Aftermath” e “Hyperion”) e Kyle Higgins (“Mighty Morphin Power Rangers”), esta edição de estréia da série série promete ser o começo de um conto épico que mudará tudo o que os leitores sabem sobre alguns dos mais longevos e maiores heróis da história dos quadrinhos! Turok, Solar, Magnus, e Doctor Spektor. Cada um, à sua própria maneira, em suas aventuras, salvaram inúmeras vidas em centenas de conflitos que poderiam destruir o mundo inteiro. Juntos, eles formam uma equipe que protegeu o mundo no passado, no presente e no futuro. Agora, eles serão reunidos uma última vez para enfrentar uma ameaça que vai mudar para sempre seu legado e trazê-los cara a cara com seu destino final.
                Segundo o escritor Ray Fawkes, “The Sovereigns” é a história de todos estes lendários personagens da Gold Key no ápice de suas carreiras como heróis, e no momento da maior crise que poderiam enfrentar. Tudo começa e termina com Turok, o Rei do Vale Perdido. Acontece que sua vida e seu reino se mostrarão mais importantes para a sobrevivência do mundo do que todos poderiam imaginar. Para o editor sênior da Dynamite, Matt Idelson, "Sovereigns é tudo o que eu mais amo sobre quadrinhos. Uma enorme ameaça cósmica, heróis com uma incrível humanidade, mas que diferem uns dos outros através de suas peculiaridades humanas, e contando uma aventura que honra a rica história de alguns personagens verdadeiramente grandes, enquanto se constrói algo que os leitores principiantes poderão desfrutar. É incrivelmente gratificante para mim. Ray e Johnny estão fazendo um trabalho que farão os leitores babarem."
"O Turok que você espera não será necessariamente o Turok que você conhece. Estamos levando o personagem em uma direção diferente, e acho que vamos arrastá-lo através do próprio inferno ao longo do caminho", diz Chuck Wendig. "Pegar um antigo personagem para uma nova rodada é sempre um desafio divertido, e Turok em particular, nos permite isso. Acho que este é um mundo de história maduro para ação, aventura e estranheza espetaculares. Mas o espírito do personagem e do seu mundo permanecem intactos. Meu objetivo é trazer novos fãs, mas também satisfazer aqueles que foram os primeiros fãs."
                "Doutor Spektor está de volta e ele está mais jovem, mais esguio e mais auto-destrutivo do que nunca", diz o escritor Aubrey Sitterson. "Você vai ver Doc banir espíritos maléficos, enredar-se com monstros no metrô, participar de festas no terraço com clãs de fadas guerreiras, convocar demônios e, talvez o mais desafiador de todos, tentar reconquistar sua namorada, enquanto compartilha um apartamento com um monstruoso companheiro de quarto... É mais heavy metal do que gótico, é uma ópera brutal e divertida sobre o oculto que você pode esperar".
                Por sua vez, o escritor Kyle Higgins diz: "Magnus é um personagem com uma história rica, e uma premissa que é uma explosão absoluta: como você pode não amar um cara que luta contra robôs futuristas? Quando estou olhando para escrever ou não um personagem estabelecido, a primeira coisa para mim é o quão longe nós somos capazes de conduzir as coisas. Podemos encontrar uma maneira interessante, única talvez? Podemos fazer algo diferente com o conceito, enquanto ainda permanecemos respeitosos com o que veio antes? A Dynamite tem sido tremenda em me dar um espaço enorme para trabalhar as coisas na cabeça e transformar isso em um livro que é muito, muito diferente. Eu estou tendo uma explosão, e mal posso esperar para as pessoas verem o que a idéia de um "lutador de robôs" se parece em 2017".
                "Quando lançamos os personagens da Gold Key na Dynamite, reunimos alguns dos mais talentosos escritores e artistas da indústria para definir nossas interpretações", diz o CEO e editor da Dynamite, Nick Barrucci. "Agora, com The Sovereigns, fizemos de novo, para introduzir algo diferente de tudo o que já aconteceu antes. Estamos trabalhando com quatro escritores incríveis com os quais nunca trabalhamos antes para construir este novo mundo, e temos tal incrível fé nesta série que estamos lançando-a com esta edição introdutória de 48 páginas de preço de apenas de US$ 1,00 para garantir que possamos oferecer a série ao maior número possível de leitores."
                A dramática arte de capa para a edição The Sovereigns N° 0 será de Stephen Segovia, com opções de capas variantes através dos desenhistas Desjardins, Segovia, e Philip Tan, respectivamente. A iniciativa da Dynamite é interessante, na premissa de reunir estes personagens clássicos, e trazê-los para os tempos atuais, e agora, lançá-los todos juntos em uma grande e épica aventura.
                Solar, O Homem-Átomo foi publicado originalmente em outubro de 1962 pela editora americana Gold Key, sendo mostrado como um super-herói capaz de converter seu corpo em energia, criado pelos artistas Paul S. Newman e Matt Morphy. O personagem chegou a ser publicado no Brasil pela EBAL nos anos 1960. Solar tinha como identidade secreta o Dr. Phillip Solar, um físico que foi exposto a uma grande quantidade de radiação quando tentava ajudar um colega de trabalho, que morreu ao tentar evitar um derretimento de um reator nuclear. Tendo sobrevivido miraculosamente, Solar descobriu sua capacidade de converter seu corpo em energia, voar e emitir raios radioativos. Sua série original contou com 27 edições, lançadas entre 1962 a 1969.
O doutor Adam Spektor é um investigador do oculto, lidando com várias ameaças sobrenaturais, como múmias, vampiros, lobisomens, etc. Auxiliado por Lakota Rainflower e seu secretário Sioux, juntamente com vários outros assistentes, o personagem está sempre às voltas com mistérios e tramas macabras envolvendo o sobrenatural, sendo um investigador extremamente qualificado do ocultismo, e amplo conhecedor sobre ciências do paranormal. Sua primeira série, com 24 edições, foi publicada de 1973 a 1977, pela Gold Key.
Magnus, The Robot Fighter é um super- herói criado pelo artista Russ Manning em 1963. O herói é um ser humano que enfrenta robôs perversos no distante futuro do ano de 4000. Neste futuro, a humanidade tornou-se extremanente dependente de robôs. Criado por um robô autoconsciente e dotado de emoções, Magnus foi treinado para proteger os humanos contra robôs desonestos e outros humanos que usavam estas máquinas para propósitos malignos, defendendo uma humanidade ameaçada por sua extrema dependência destas máquinas. A série original do personagem contou com 46 edições, lançadas entre 1963 e 1977.
Já Turok é um personagem indígena que estreou na revista americana Four Color Comics N°. 596, de outubro/novembro de 1954, com o título de Turok, Son of Stone (Turok, o Filho da Pedra/ Turok, o filho da Idade da Pedra). A série original de aventuras do personagem, publicada pela Gold Key Comics durou de 1956 a 1982, e o personagem chegou a ser lançado no Brasil, tendo sido publicado nos anos de 1960 pela Editora O Cruzeiro, e posteriormente, nos anos 1970 pela Ebal.

TOEI INICIA 14ª SÉRIE PRECURE: KIRA KIRA PRECURE A LA MODE



                Como já acontece tradicionalmente no mês de fevereiro, a Toei Animation, maior estúdio de animação do Japão, inicia a nova série de sua mais famosa franquia do gênero garotas mágicas (Mahou Shoujo), Pretty Cure, ou Precure, como vem sendo denominado nos últimos anos. Com o encerramento da série de 2016, Mahou Tsukai Precure, com 50 episódios e um longa-metragem para cinema, além do tradicional filme reunion com as demais personagens da franquia, estreou no último dia 5 a mais nova produção, como de costume, apresentando uma nova história, e novas heroínas, na série Kira Kira Precure A La Mode. A nova série tem como tema doces, além de apresentar uma nova característica nas heroínas, de assumirem características de animais, além de suas tradicionais identidades de Precure.
                A nova heroína principal é Ichika Usami, uma garota cheia de energia, e que adora doces, em especial bolos. Após um encontro inusitado com uma fada chamada Pekorin, ela é atacada por uma espécie de monstro, que queria roubar a essência do bolo que ela havia feito para sua mãe, ela acaba criando uma espécie de dispositivo com a energia Kirakiraru dos doces, e se transforma em Cure Whip, enfrentando monstros que desejam roubar toda esta energia dos doces em nosso mundo. Além de seus poderes de Precure, Whip também possui a agilidade e habilidade de pular de um coelho. A nova série apresentará 5 heroínas, ao contrário da dupla inicial de Mahou Tsukai Precure, com o maior número de heroínas desde Doki Doki Precure.
                Além de Ichika, as demais heroínas serão Himari Arisugawa, que assumirá a identidade de Cure Custard, tendo como doce favorito os pudins, e possuindo as habilidades de esquilo; Aoi Tategami, que adora sorvetes, e com as habilidades do leão, será a Cure Gelato; Yukari Kotozume, que adora o doce macaron, e ganhará também as habilidades de um gato, se tornando Cure Macaron; e fechando o quinteto de heroínas, temos Akira Kenjou, que será a Cure Chocolat, tendo o chocolates como doces preferidos, e tendo habilidades de um cão. Juntas, elas defenderão os doces e lutarão para evitar que os inimigos roubem a energia Kirakiraru que permite a estas guloseimas tornarem felizes aqueles que os comem.
                Para o mês de março, já está programado o primeiro filme da série, reunindo as novas personagens com outras Precures das séries anteriores, com o título “Dream Stars”, onde haverá a participação das heroínas das séries Mahou Tsukai Precure, e Go Princess Precure. Até o ano passado, a Toei fazia uma produção “reunion” com as heroínas de todas as séries anteriores, chamado “All Stars”, entretanto, devido ao grande número de personagens já criadas nas séries anteriores, a fórmula foi mudada, uma vez que não conseguiram criar um roteiro condizente com a participação de todas as heroínas.
                Desde a estréia da primeira série da franquia, em 2004, Pretty Cure se tornou um dos carros-chefe de produção da Toei Animation, e as produções desta franquia continuam inéditas no Brasil, com exceção da série Smile Precure, que foi comprada e adaptada pela Saban Brands, com o título de “Glitter Force”, tendo episódios cortados e com trilha sonora modificada, além de uma dublagem considerada horrorosa por muitos fãs da franquia em diversos países onde acabou sendo exibida, como no Brasil, onde pode ser assistida através do serviço de streaming Netflix, para desgosto de muitos fãs, que consideraram as modificações completamente ridículas.
                E, no que depender da Toei, haja visto o número de bugigangas para vender da nova série, a franquia Precure tão cedo não acabará...

MORREU RICHARD HATCH, DA SÉRIE GALACTICA



                O mundo da ficção científica anda de luto nos últimos tempos. Depois de assistir ao falecimento da atriz Carrie Fisher, a intérprete da Princesa Leia Organa, em Guerra nas Estrelas, no fim de 2016, neste início de fevereiro, foi a vez de Richard Hatch, o ator que interpretou o Capitão Apolo na série original de Galactica – Astronave de Combate, falecer. Hatch morreu no último dia 7, vítima de câncer de pâncreas, aos 71 anos.
                Nascido em Santa Monica, Califórnia, em 21 de maio de 1945, Richard Lawrence Hatch iniciou sua carreira como ator de televisão nos anos 1970, fazendo um papel na produção “All My Children”, uma novela, por dois anos, seguindo-se a aparições como ator convidado em diversas séries da época, como Hawai 5-0, Os Waltons, entre outras séries, até ganhar um novo papel fixo em Streets of San Francisco. Em 1978, ele interpretaria o papel mais famoso de sua carreira, na série clássica de Battlestar Galactica, fazendo o papel do Capitão Apolo, o principal herói da série, ao lado do ator Dirk Benedict, que fazia o melhor amigo de Apolo, o Tenente Starbuck. O seriado durou apenas uma temporada, até ser cancelado por conta dos altos custos de produção na época, e da audiência insatisfatória. Em 1980, a série acabou retomada, com a produção de Galactica 1980, que continuava os eventos da série de 1978, mas Hatch não participou, devido às mudanças criativas que a Universal havia imposto à série.
                Mas o papel o marcou, dentro e fora das telas. Além de ganhar um Globo de Ouro pelo papel de Apolo em 1979, o ator chegou a escrever várias aventuras em livro sobre o universo de Galactica, e no final da década de 1990, chegou a produzir um curta-metragem para tentar promover a retomada da série, continuando os eventos do seriado, ao lado de outros atores da produção, mas o projeto não foi adiante por falta de vontade da Universal Studios, que preferiu produzir um remake da série, que foi ao ar de 2004 a 2009 na TV americana. Mas Hatch, apesar dos entreveros com o estúdio, ganhou sua chance de fazer parte desta nova versão, interpretando Tom Zark, um político terrorista, e vilão recorrente na série, aparecendo em vários episódios, em um papel bem diferente do que teve na produção original, onde interpretava um dos heróis. Por estas participações em ambas as séries de Galactica, o ator costumava aparecer em diversas convenções de fãs nos Estados Unidos.
                Durante a década de 1980, ele apareceu como ator convidado em diversos outros seriados, como Hotel, A Ilha da Fantasia, O Barco do Amor, SOS Malibu, Dinastia, Profissão: Perigo, entre muitas outras séries. Nos anos 1990, voltou a participar de novelas. O ator também participou de vários filmes ao longo da carreira, mas nada de tão expressivo como sua participação das séries de Galactica, especialmente na produção clássica de 1978. Hatch também atuou como produtor em alguns projetos.
                A morte de Richard Hatch foi confirmada por seu filho Paul, e de acordo com ele, o ator estava em companhia de amigos e familiares quando faleceu. Em determinada ocasião, Hatch declarou que “Galactica foi um marco que me proporcionou a oportunidade de viver meus sonhos e fantasias de infância, interpretando um herói deslumbrante, numa batalha contra os cilônios, monstros e supervilões - o que mais um homem poderia querer?” O ator mantinha-se em atividade, e estava participando do fanfilm “Star Trek: Axanar”, fazendo o papel de Kharn, o supremo comandante Klingon. O ator sempre se declarou fã de ficção científica, e sempre se sentiu privilegiado de ter podido participar de uma das séries mais lembradas pelos fãs, Galactica. E aceitou praticamente de imediato a chance de participar de um filme, ainda que não oficial, do universo de Jornada nas Estrelas, outra série que ele gostava muito.
Os fãs sempre sentirão sua falta como o intrépido Capitão Apolo da série clássica de Galactica. Descanse em paz, velho guerreiro...