sábado, 24 de setembro de 2016

PIXEL RELANÇA AS TIRAS DO PRÍNCIPE VALENTE



                A Pixel Media continua investindo em personagens clássicos no mercado de quadrinhos nacional. E seu mais recente lançamento é nada menos do que a obra máxima de Hal Foster, o Príncipe Valente, cujas primeiras aventuras estão de volta às bancas e livrarias nacionais em uma bela edição especiail que compila os dois primeiros anos das tiras dominicais publicadas do personagem. PRÍNCIPE VALENTE – VOLUME 1 – 1937-1938 – NOS TEMPOS DO REI ARTHUR, é um álbum com acabamento de luxo, no formato 26,6 x 36,3 cm, com cerca de 112 páginas, e capa dura, ao preço de R$ 89,90. O volume reúne as primeiras histórias do personagem, que foram lançadas originalmente entre 1937 e 1938 em vários jornais nos Estados Unidos.
                A edição lançada pela Pixel é baseada na coleção que a editora americana Fantagraphics vem lançando desde 2009, republicando na íntegra a série de aventuras do herói, que estreou suas histórias no dia 13 de fevereiro de 1937, e desde então, tem sido publicada regularmente até os dias atuais, sendo que nos primeiros 35 anos de existência da tira ela foi desenhada pelo seu criador. Hal Foster se afastou da criação das tiras por volta de 1971, quando outros artistas a assumiram, dando continuidade às aventuras.
                Até o presente momento, a coleção já chegou a 14 volumes, compilando as tiras publicadas até 1964. A série é uma das mais antigas produções de quadrinhos lançada ininterruptamente até os dias atuais. Foster desenhava as páginas com os quadros sem seus balões de diálogos, os quais eram sempre colocados na parte de baixo de cada quadro, tal como era feito nas primeiras publicações de quadrinhos. Esse estilo, aliado a uma arte minuciosa, e com grande detalhismo histórico dos acontecimentos da época, adaptados ao desenvolvimento da história, tornou a saga do Príncipe Valente um dos maiores clássicos da história dos quadrinhos mundiais. Em 1954, a série ganhou uma adaptação para o cinema, estrelada por Robert Wagner no papel título. Na década de 1990, o Príncipe Valente ganhou uma série de desenho animado com 65 episódios, que chegaram a ser exibidos na TV brasileira.
                Por três décadas e meia, Harold Foster escreveu e desenhou a página semanal em cores de Príncipe Valente, considerada unanimemente como a maior aventura em quadrinhos da história. A obra ganhou várias edições em forma de livro ao longo das décadas, porém, agora, pela primeira vez, foram usadas as provas originais das gravuras coloridas do autor, com recursos de digitalização do século 21 para apresentar a obra com todo o seu esplendor para a atual geração de leitores de quadrinhos. Utilizando a correção tecnológica de cores e os demais processos modernos de tratamento de imagens, este é o primeiro livro a fazer justiça à suntuosidade gráfica da arte de Foster. Além de reimprimir a totalidade dos dois anos iniciais da tira de Príncipe Valente, cobrindo as primeiras aventuras emocionantes de Val, este volume também traz aos leitores, antigos e novos, alguns extras muito interessantes: ele inclui uma entrevista pouco conhecida até hoje feita com o criador da série, trazendo também fotos raras e ilustrações, bem como um ensaio biográfico escrito por um especialista em Hal Foster, Brian M. Kane. Trata-se de um material que certamente será muito apreciado pelos fãs.

               As tiras dominicais de Príncipe Valente eram lançadas em cores nos jornais, e ocupavam uma página inteira, daí o formato do álbum ser bem diferente dos demais que trazem compilações de tiras de outros personagens. As próprias tiras criadas por Foster já eram diferentes de todas as outras. No Brasil, várias gerações de leitores tiveram chance de acompanhar parcialmente a saga de Valente. O personagem foi publicado inicialmente no Suplemento Juvenil, revista publicada por Adolfo Aizen, fundador da Editora Brasil-América (EBAL), ainda em 1937. O personagem passaria depois por várias outras editoras, como Saber, Rio Gráfica, Nova Sampa, mas foi com a EBAL que ele ganhou seus melhores lançamentos, com a publicação dos álbuns que compilavam suas tiras. Foram cerca de 15 edições lançadas pela editora de Aizen, até o seu fechamento, entre 1974 e 1995. Anos depois, a Opera Graphica deu continuidade à coleção, a partir da edição 16, e chegou a lançar até o volume 20, que foi o último a ser publicado no Brasil. Vale lembrar que todos estes álbuns foram lançados com a arte em preto e branco.
                O lançamento da Pixel ganha destaque por finalmente trazer no formato álbum as artes coloridas, que aproveitando a “remasterização” feita pela Fantagraphics, proporciona ao leitor a mais prazerosa experiência de apreciação da obra de Hal Foster com sua máxima qualidade gráfica possível. O preço da edição, contudo, deve afastar um bom número de leitores que gostaria de apreciar esta obra, ainda mais neste momento delicado da economia nacional. Mas não há como negar que se trata de um material que há muito merecia ser republicado no Brasil, e agora, com a vantagem de aproveitar o bom trabalho de atualização gráfica produzido pela Fantagraphics, está finalmente disponível ao leitor brasileiro, na sua melhor apresentação possível. Resta agora esperar que as vendas sejam satisfatórias, para que a editora continue podendo trazer os volumes seguintes da coleção a que os leitores de quadrinhos nos Estados Unidos já vem tendo acesso. Afinal, o universo dos quadrinhos vai muito além das aventuras de super-heróis e dos mangás. E poder conferir um clássico como Príncipe Valente é um privilégio que não se tem todo dia. Parabéns à Pixel por mais este lançamento, e que possam vir muitos outros no futuro.

domingo, 11 de setembro de 2016

MYTHOS LANÇA NOVAS EDIÇÕES DE JORNADA NAS ESTRELAS



                Este mês de setembro é histórico para a comunidade trekker em todo o mundo: Jornada nas Estrelas (Star Trek), a mais famosa série de TV de todos os tempos, completou 50 anos de existência oficial, oficializados no último dia 8, data de quando, em 1966, foi ao ar na TV americana o primeiro episódio da série clássica, intitulado “O Sal da terra” (curiosamente, o episódio piloto da série foi exibido somente algumas semanas depois), dando início à saga interestelar da tripulação da nave espacial Enterprise. E os 50 anos de Jornada estão sendo comemorados no mundo inteiro, com direito a vários lançamentos especiais aproveitando a data, para não falar do mais novo filme lançado nos cinemas, que só neste mês estreou aqui no Brasil, onde os lançamentos para aproveitar a data estão entre os mais tímidos de que há notícia. Mesmo assim, os fãs ainda poderão aproveitar o momento.
                A Mythos Editora aproveitou para lançar em agosto último, e neste mês de setembro duas edições encadernadas com histórias da tripulação original da Enterprise, para aproveitar o momento da comemoração. Serão duas edições com as duas versões da tripulação da série clássica: uma delas com a versão original, e a outra trazendo histórias da nova tripulação vista no filme dirigido por J.J. Abrams. A primeira, disponibilizada neste mês de agosto, é STAR TREK - NOS DOMÍNIOS DA ESCURIDÃO, edição em formato americano, com cerca de 204 páginas, em capa dura, ao preço de R$ 79,90, e traz uma coletânea de aventuras da nova linha temporal estabelecida nos mais recentes filmes para o cinema. Depois dos eventos vividos por Kirk, Spock, McCoy e cia. no filme Além da Escuridão - Star Trek, a nave da Federação Unida de Planetas USS Enterprise embarca numa nova missão de exploração do espaço prevista para durar nada menos do que de cinco anos. Mas longe da terra, em meio ao cosmo, surgem novas ameaças que podem colocar em risco a segurança da federação. Resquícios da seção 31, a divisão de operações secretas da frota estelar, tentam incitar uma guerra entre o império romulano e o klingon, e a tripulação da Enterprise se vê no meio desta disputa. E isso não será o único problema que a tripulação da nave irá enfrentar.
                Com roteiros de Mike Johnson, e arte de Erfan Fajar, que mostrarão o desenrolar da perigosa corrida armamentista advinda das belicosas relações entre klingons e romulanos, outra aventura enfocará o período do Pon Farr, a perigosa peculiaridade da saúde vulcana que acomete seus cidadãos e que pode ser possivelmente fatal, se não forem tomadas as devidas providências. Mas, com o planeta Vulcano tendo sido destruído por Nero, como Spock conseguirá lidar com a questão nesta nova faceta de Jornada, uma vez que, na linha de tempo original, Kirk quase morreu para devolver o amigo à lucidez nesta ocasião. As aventuras desta edição foram publicadas pela IDW Publishing nos Estados Unidos, que lançou em 2011 um novo título mensal dedicado à nova linha temporal estabelecida nos filmes de cinema, no reboot da franquia comandado por J.J. Abrams, e que segue firme no leque de publicações da editora.
                Já a segunda edição que a Mythos programou é uma das mais esperadas pelos fãs. Trata-se de JORNADA NAS ESTRELAS: A CIDADE À BEIRA DA ETERNIDADE. Com cerca de 140 páginas, em formato americano, também com capa dura, ao preço de R$ 69,90, esta edição compila a minissérie “Star Trek: Harlan Ellison’s The City on the Edge of Forever – The Original Teleplay”, composta de 5 edições, lançada pela IDW em 2014, e que traz a versão original do roteiro que deu origem ao mais famoso episódio da série clássica, “A Cidade à Beira da Eternidade”. Este episódio, ganhador do Prêmio Hugo de ficção científica e do Writers Guild of America’s Award, mostrava um alucinado doutor McCoy, após sofrer um surto psicótico devido a uma overdose acidental de um medicamento, se teleportando para um planeta desabitado que a Enterprise preparava-se para explorar. Mas eles descobrem que, na superfície do planeta existia um estranho artefato alienígena conhecido como Guardião da Eternidade, permitindo àquele que o atravessar ir para qualquer lugar e época em todo o universo, e ao verem McCoy atravessá-lo, toda a realidade conhecida é alterada, muito possivelmente por causa de seu amigo, que descobrem que foi parar na Terra dos anos 1930, e que inadvertidamente possa ter mudado algum acontecimento chave do desenvolvimento da história. Kirk e Spock também precisam voltar no tempo para corrigirem as mudanças e restaurarem sua linha de tempo, antes que tudo seja irremediavelmente perdido. O problema é que, além de terem de achar seu amigo, a própria intenção deles de restaurar a linha temporal pode muito bem ser até mesmo a origem da interferência que causará sua mudança, e como eles poderão impedir que seus próprios atos desencadeiem o que procuram evitar?
 O roteiro do episódio foi criado por Harlan Ellison, um dos mais renomados escritores de ficção científica. Entretanto, sua história original precisou passar por várias mudanças para poder ser transformada no episódio da série de TV, devido às limitações não apenas técnicas, mas também financeiras, e estas mudanças na sua obra levou Ellison a se desentender ferozmente com Gene Roddenberry. Harlan Ellison era uma pessoa de gênio difícil, e nunca mais escreveria um roteiro para Jornada. Nesta década, já com a licença para publicar histórias em quadrinhos de Jornada nas Estrelas, e cientes da fama e da popularidade deste episódio da série clássica, e pelo fato da história originalmente criada possuir vários mudanças e fatos que não puderam ser mostrados no episódio, eis que surgiu o mote para a IDW trazer para os fãs a história original de "A Cidade à Beira da Eternidade" tal como ela deveria ter sido originalmente exibida, na forma de uma minissérie mensal de 5 números, publicados entre junho de outubro de 2014 nos Estados Unidos. No roteiro original de Ellison, não é Leonard McCoy quem acaba fugindo para o passado, mas outro tripulante da nave Enterprise, chamado Beckwith, que possui uma característica particular: é um viciado em drogas. Sua fuga e estado alucinado ocorrem por causa da abstinência da droga. A história também possui vários outros personagens, em especial na parte em que nossos heróis se encontram na Terra durante o período da Grande Depressão, pra não mencionar que ainda passam por um número de apuros bem maior do que acabou sendo mostrado na versão filmada. E agora chegou a chance de os fãs brasileiros conhecerem na íntegra a história original, e terem a chance de compará-la com o que assistiram, nesta bela minissérie de quadrinhos.
A adaptação do roteiro de Ellison para a HQ ficou a cargo de Scott Tipton, e a história teve a arte pintada de J.K. Woodward. As capas foram desenhadas por Juan Ortiz, e todas as edições da minissérie tiveram opções de capas variantes. Harlan Ellison supervisionou pessoalmente a adaptação de seu texto para a minissérie, de modo a garantir que o texto não fosse novamente "desvirtuado" na transposição para os quadrinhos, como havia ocorrido na produção da série de TV. A edição da série ficou a cargo de Chris Ryall, editor-chefe da IDW Publishing, que declarou que aquela seria uma aventura de Jornada nas Estrelas diferente de qualquer outra, mesmo para aqueles fãs que tivessem assistido o episódio da série de TV por anos a fio, uma vez que a o roteiro original de Ellison promete surpresas no desenlance dos fatos da aventura que os fãs desconhecem totalmente.
                São duas edições realmente muito bem-vindas pelos fãs não apenas de Jornada nas Estrelas, mas por todos os fãs de quadrinhos, e um agradável retorno das histórias da franquia ao mercado nacional, de onde andavam ausentes nos últimos tempos, desde a última edição lançada pela Devir, que tinha publicado as últimas compilações em nosso país. Espera-se que a Mythos continue oferecendo, mesmo que esporadicamente, os novos materiais produzidos pela IDW aos leitores brasileiros, ajudando a diversificar a oferta de bons títulos de quadrinhos em nosso país. Os leitores certamente agradecerão pela oportunidade. E que possam valorizar estes lançamentos, mesmo diante do momento complicado de nossa economia, para que a editora possa continuar trazendo opções para os amantes das HQs.

TRANSFORMERS GANHA “COLEÇÃO DEFINITIVA” NO REINO UNIDO



                Ser leitor de quadrinhos tem seus bons e maus momentos. Enquanto os fãs nacionais da arte sequencial amargaram durante anos várias obras serem lançadas aqui com qualidade gráfica inferior ao que se via nas edições nos outros países, estes tinham acesso às mais variadas e diversas possibilidades de obras lançadas com todo o cuidado merecido. A situação só melhorou para os brasileiros nos últimos anos, quando as edições em formato americano e em capa dura se difundiram mais em nosso mercado, e em especial desde que as editoras Salvat, Planeta de Agostini, e Eaglemoss passaram a disputar o público leitor de quadrinhos de super-heróis, oferecendo coleções dos super-heróis Marvel, Guerra nas Estrelas, e DC com tratamento gráfico de primeira, a preços bem acessíveis, nas bancas nacionais, na disputa pelo público leitor de HQs, apesar do momento econômico em nosso país não ser dos mais inspiradores. Mesmo assim, ainda há diversos lançamentos no exterior que deixam muitos leitores nacionais com inveja da sorte dos leitores estrangeiros.
                E um destes lançamentos é o que acaba de ser anunciado pela editora Hachette Partworks Ltd., sediada na Inglaterra: uma coleção de edições em Graphic Novel dedicada às séries clássicas de Transformers, pra fã nenhum do eterno confronto entre Autobots e Decepticons botar defeito. TRANSFORMERS: THE DEFINITIVE G1 COLLECTION será uma coleção composta inicialmente por nada menos de 60 edições, todas em formato americano, com direito a capa dura e papel interno de primeira qualidade, que irá trazer praticamente todas as séries lançadas até hoje da primeira versão dos robôs que mudam de forma do planeta Cybertron, desde as aventuras originais produzidas pela Marvel Comics a partir de 1984, até as mais recentes sagas produzidas pela editora IDW Publishing, atual detentora dos direitos de histórias em quadrinhos da franquia de propriedade da Hasbro. Para os fãs da série clássica, conhecida como G1, é a glória suprema.
                Todas as histórias foram “remasterizadas” e recolorizadas, especialmente as mais antigas, produzidas ainda nos tempos da Marvel Comics. A primeira edição terá preço promocional de 1,99 libras esterlinas, a segunda edição pelo preço de 6,99 libras, e as edições seguintes terão o preço de 9,99 libras. A coleção começará a ser distribuída no mês de outubro, e a periodicidade será quinzenal. A editora já disponibilizou opção de assinatura para a coleção, com várias opções de pagamento, além de brindes para os leitores. Entre estes brindes estão uma caneca, um cinto, chaveiros e alguns outros mimos, além de frete grátis para o envio das edições. Mas, antes que algum fã nacional se empolgue e queira, compreensivelmente, adquirir esta coleção, a editora já avisa que as vendas desta coleção estão restritas ao Reino Unido, compreendendo a Inglaterra, Escócia, País de Gales, e Irlanda do Norte, não podendo ser enviada para outros países.
Cada volume terá em média 200 páginas, e além das histórias que trará, haverá “extras” em todos as edições, começando por uma apresentação do enredo que a edição trará, além de diversas informações de fundo sobre a mitologia e cronologia da série. Haverá também fichas com os perfis de vários personagens, além de diversos esboços e sketchbooks de vários artistas com os personagens. E não poderiam faltar as galerias de capas de todas as edições originais das histórias compiladas em cada edição. Tudo numa apresentação caprichada, como convém a uma coleção deste nível de qualidade, ao qual os leitores nacionais já viram nas edições das coleções nacionais lançadas em nossas bancas. E, a exemplo das coleções Marvel e DC lançadas por Salvat e Eaglemoss aqui no Brasil, esta coleção de Graphic Novels de Transformers também formará um único painel ilustrado com as artes das lombadas de cada edição. O único ponto negativo é que as histórias não virão na ordem em que foram publicadas inicialmente, mas em arcos de sagas e compilações avulsas, de acordo com o programado para cada volume.
No release do lançamento da coleção, a Hachette já anunciou os títulos das primeiras cinco edições da coleção, a seguir relacionadas:

# Edição 01: TARGET 2006: Este mini épico inovador traz detalhes não mostrados de Transformers – O Filme, e que mudaram para sempre os quadrinhos e o universo dos Transformers.

# Edição 02: STORMBRIDGE: Acompanhe grandes combates e confrontos, como o encontro de Schockwave com os Dinobots, além da minissérie Stormbringer.

# Edição 03: THE PRIMAL SCREAM: Este volume traz diversas histórias, como “Race With the Devil”, “Survivors”, além de apresentar o retorno de Megatron, a ascensão de Unicron, entre outras aventuras dos Transformers.

# Edição 04: EDGE OF EXTINCTION: Trazendo toda a saga de Unicron da série original da Marvel completa em um único volume pela primeira vez. Esta é uma história que emocionou toda uma geração de leitores, e definiu o padrão para cada história dos Transformers que se seguiram.

# Edição 05: THE WAR WITHIN: Tudo começa aqui. No passado distante de Cybertron, conheça os detalhes dos acontecimentos que levaram ao início da Grande Guerra entre Autobots e Decepticons, além de outros segredos revelados. Testemunhe o surgimento de Optimus Prime e Megatron, em meio ao conflito que levaria todo um planeta e uma civilização a uma guerra civil por milênios... e que acabaria envolvendo a Terra.

Os títulos das demais edições não foram anunciados. A editora anunciou que a coleção terá inicialmente 60 edições, e como o seu nome diz, enfocadas exclusivamente na versão clássica, conhecida como G1, a preferida de muitos fãs, cuja popularidade é grande até hoje, mais de 30 anos de seu lançamento, conforme mostram os lançamentos de produtos recentes, como o jogo “Devastation”, e a nova webssérie “Combiner Wars”, totalmente ambientadas nas versões clássicas dos personagens.
                Resta aos fãs nacionais esperar que alguma editora se interesse de lançar esta coleção por aqui, onde há muitos fãs dos Transformers. Os bons resultados de vendas obtidos pela Salvat mostraram que há espaço em nosso mercado de quadrinhos para este tipo de lançamento de maior qualidade, há muito desejado pelos leitores. Mas talvez seja necessário esperar por um momento mais conveniente para se lançar novas coleções, uma vez que nossa economia não está em seu melhor momento, e já há uma boa disputa nas bancas e livrarias pelas coleções que se encontram em andamento, enfocada nos heróis da Marvel e DC Comics, disputando espaço com várias outras publicações com qualidade gráfica de alto padrão, como as edições da Disney, além de outros títulos regulares no mercado, não apenas de quadrinhos de super-heróis, mas também de mangás, quadrinhos Dsiney, Turma da Mônica, e obras independentes. Dado o momento delicado de nossa economia, pode-se dizer que o número de títulos em publicação é bem alto e variado.
                O problema é que novas coleções poderão sobrecarregar o mercado, que já anda com dificuldades. Para não mencionar que a própria base de fãs dos personagens possa não ter o tamanho necessário para motivar as editoras a lançar esta coleção, haja vista que a franquia nunca teve lançamentos decentes no mercado de vídeo em nosso país, para não mencionar as próprias revistas em quadrinhos, que tiveram lançamento regular apenas na segunda metade dos anos 1980, fora duas minisséries lançadas pela Panini na década passada, que não tiveram sequência. Mas, quem sabe o futuro nos traga boas surpresas? Especialmente se a economia voltar a apresentar dias melhores. Enquanto isso, só nos resta ficar com uma tremenda inveja dos fãs dos personagens no Reino Unido, que por enquanto serão os únicos a ter acesso a esta bela coleção dos robôs que mudam de forma. Como diria Optimus Prime: “É hora de transformar e rodar!”