quarta-feira, 29 de junho de 2016

OS QUADRINHOS NACIONAIS PERDEM RODOLFO ZALLA



                Os quadrinhos nacionais estão de luto. Faleceu no último dia 19, aos 84 anos de idade, o desenhista Rodolfo Zalla, um dos mestres dos quadrinhos brasileiros. O artista completaria 85 no próximo mês de julho, e sofria de um câncer descoberto recentemente. Rodolfo nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 20 de julho de 1931, e iniciou sua carreira nos quadrinhos em 1953. Formado em arquitetura, sua grande paixão era mesmo os quadrinhos, e em 1963, devido à forte crise econômica na Argentina, mudou-se para o Brasil em busca de melhores oportunidades profissionais, onde permaneceria por todo o resto de sua vida, dando sequência à sua carreira no meio.
                Zalla começou seus trabalhos com quadrinhos em nosso país produzindo a tira Jacaré Mendonça para o jornal Última Hora, e pouco tempo depois passou a trabalhar para a editora Taika, onde desenhou várias histórias do personagem Targo, um personagem inspirado no Tarzan, além de o Escorpião, um herói que na verdade era um plágio do Fantasma, o que levou o artista a modificar bastante o personagem para que a editora não sofresse um processo de plágio por parte da King Features, dona do herói criado por Lee Falk. Nos anos 1970, Rodolfo passou a produzir quadrinhos didáticos, além de ter sido contratado pela Editora Abril para produzir histórias do Zorro, baseado no famoso seriado de TV da Disney dos anos 1950, durante cerca de 7 anos. O artista também produziu para a editora várias histórias com os personagens da Hanna-Barbera, para as várias revistas que a Abril publicava na época.
                No início dos anos 1980, Zalla criou sua própria editora, a D-Arte, em parceria com Eugenio Colonnese, artista italiano que também se radicou no Brasil. Apesar de pequena, a D-Arte publicou várias obras e lançou diversos artistas no mercado, como Mozart Couto e Rodval Matias, entre vários outros. A editora publicou várias HQs de terror, editando as revistas Calafrio e Mestres do Terror, que se tornaram referência no meio à época, entre outros gêneros de histórias, como o faroeste. Mesmo após o fim da D-Arte, no início dos anos 1990, Zalla sempre permaneceu na ativa, inclusive nos últimos anos, colaborando na reimpressão de obras em que trabalhou.
                Em 2005, a editora Opera Graphica lançou o livro "O Desenho Magnífico de Rodolfo Zalla", onde o artista ensinava suas técnicas de desenho. Em 2010, Zalla desenhou um álbum sobre o médium Chico Xavier, com roteiros de Franco de Rosa, publicado pela Ediouro, além de ter feito outro álbum outro sobre o ex-presidente Lula, escrito por Toni Rodrigues e publicado pela Editora Sarandi. No ano seguinte, a Editorial Kalaco publicou histórias de guerra produzidas pelo artista na década de 1960, que eram inspiradas no material da revista "Blazing Combat", da editora americana Warren Publishing, boa parte do material tinha sido censurado pela Ditadura Militar na época, o que descontinuou o projeto de produção de histórias nacionais sobre o tema. Ainda em 2011, a editora CLUQ retomou o lançamento da revista de terror Calafrio, continuando a numeração original, por mais 12 edições, trazendo sempre material produzido por Zalla, para deleite dos velhos fãs e dos novos leitores de quadrinhos que nunca tinham visto uma HQ desenhada pelo artista.
                Em 2012, o cartunista Márcio Baraldi, lançou o documentário em DVD “Rodolfo Zalla - Ao Mestre com Carinho”. O filme conta a história do quadrinista, através de um longo bate papo com o próprio Zalla, que divide toda sua experiência de vida e mostra alguns de seus memoráveis trabalhos. O filme acabou premiado na 25ª edição do Troféu HQMIX, o "Oscar brasileiro dos quadrinhos", pela importância de seu relato e homenagem ao veterano artista, que estava perto de completar nada menos do que 50 anos de carreira artística apenas contando seu tempo no Brasil. O artista ainda comparecia a convenções e encontros de quadrinhos, onde interagia com os fãs, atendendo a todos com simpatia e paciência, e recebendo o devido reconhecimento de muitos profissionais do ramo pela carreira desenvolvida até ali.
                Vários fãs e profissionais do meio receberam com surpresa a morte de Rodolfo Zalla, uma grande perda para o mercado nacional de quadrinhos, mais pela sua trajetória no ramo do que por trabalho propriamente dito, uma vez que, embora não estivesse afastado do ramo, ainda produzia um trabalho aqui e ali, mostrando que ainda podia cativar os leitores com sua arte e técnica de desenho. Alguém que, ao seu próprio modo, lutou pelo fortalecimento do mercado nacional de quadrinhos, incentivando a carreira de vários desenhistas e roteiristas, e publicando as mais diversas histórias e colaborando para a difusão da arte sequencial em outras áreas, como a dos livros educativos. E apesar das dificuldades enfrentadas por aqui, o artista nunca se arrependeu de ter feito do Brasil o seu lar em definitivo, após deixar a Argentina no início dos anos 1960.


domingo, 5 de junho de 2016

IDW PUBLICARÁ SÉRIE DE QUADRINHOS DE “M.A.S.K.”



                A editora americana IDW Entertainment continua mandando bala em seus projetos de novas séries de quadrinhos licenciados. Depois de trazer de volta os Micronautas, e anunciar para julho a estréia da nova série de ROM, a editora anunciou há poucas semanas que irá lançar uma série baseada no desenho M.A.S.K., com previsão de chegar às comic shops americanas no mês de novembro.
                Para quem não conhece, M.A.S.K. foi uma das séries de animação mais legais dos anos 1980, produzida pela Dic Entertainment em 1985, tendo ao todo duas temporadas, a primeira cm 65 episódios, e a segunda com apenas 10 episódios. O desenho animado foi exibido no Brasil pela TVS/SBT na década de 1980 e início dos anos 1990, até ser tirada do ar e nunca mais reprisada, nem mesmo nos canais por assinatura. Basicamente, M.A.S.K. foi mais uma das várias séries de desenho animado estreladas por equipes de comandos especiais que lutam contra alguma organização criminosa que anseia dominar o mundo ou cometer grandes golpes, a exemplo de G.I. Joe (Comandos em Ação), Rambo, Centurions, etc. Neste caso, M.A.S.K. era a sigla de Mobile Armored Strike Kommand (algo como Comando de Assalto Móvel Blindado, em português), um grupo secreto comandado pelo milionário Matt Trakker, que combatia as ações malignas do grupo criminoso V.E.N.O.M. (sigla de Vicious Evil Network of Mayhem, ou Rede Maligna Viciosa de Mayhem), comandado pelo perverso Miles Mayhem. A série era baseada numa linha de bonecos e brinquedos da Kenner, e o desenho visava promover a venda dos produtos. Posteriormente, a Kenner foi adquirida pela Hasbro, que decidiu fechar a empresa no fim da década de 1990, incorporando seu portfólio às suas linhas de produtos.
O destaque da série é que cada membro de cada um dos grupos usava uma máscara que lhe conferia alguns poderes especiais. Ambas as equipes utilizavam veículos com vários equipamentos e dispositivos especiais, onde cada um deles tornava-se uma máquina de combate personalizada. Por exemplo, o Chevrolet Camaro de Matt erguia as portas e virava uma espécie de avião. Já o helicóptero usado por Mayhen virava um caça a jato. O toque infantil da série era proporcionado pelo filho de Matt, Scott, que ao lado de seu parceiro robô T-Bob, sempre tentava dar uma força ao pai e seus amigos, mas invariavelmente só ajudava a complicar mais as coisas, se expondo ao perigo no meio dos combates.
A série foi lançada em Box DVD nos Estados Unidos em 2011, trazendo todos os episódios da primeira temporada em 12 discos, sem a inclusão da segunda temporada, composta apenas de 10 episódios, onde o mote das aventuras passou a ser uma espécie de corrida entre os membros do M.A.S.K. e do V.E.N.O.M., que ajudou a encerrar a série prematuramente. Os fãs brasileiros, infelizmente, além de não verem a série ser reprisada há mais de 20 anos, tiveram de se contentar com um DVD contendo 2 episódios muito mal redublados, que para muitos não serve nem para matar a saudade da animação.
                Durante o período de exibição da série na TV americana, M.A.S.K. ganhou sua primeira adaptação em quadrinhos pela DC Comics, que publicou uma minissérie de 4 edições. E que agora ganhará um retorno triunfal nos quadrinhos. Os planos da IDW e da Hasbro são bem ambiciosos para suas linhas de personagens dos brinquedos. Com o sucesso da Marvel em reunir em sua linha de filmes diversos de seus heróis, a Hasbro tem intenção de fazer o mesmo nos cinemas, e promover encontros dos personagens de suas franquias. E M.A.S.K. é apenas uma das peças no jogo, que em conjunto com o desenvolvimento de histórias pela IDW, pretende conceber essa união, começando pelos quadrinhos, para depois levar para os cinemas.
                A nova série de M.A.S.K. pela IDW terá roteiros de Brandon Easton, e terá os desenhos de Tony Vargas. Em entrevista recente, Easton revelou que, de início, os vilões serão muito mais bem organizados e poderosos do que os heróis, que ainda estarão aprendendo a lidar com os poderes e capacidades que seus equipamentos lhes proporcionarão. Seus integrantes poderão ter passados e segredos sombrios, e as primeiras missões com estes equipamentos, frente aos criminosos que irão enfrentar poderiam facilmente ser classificadas de missões suicidas. O roteirista também avisa que as máscaras serão totalmente redesenhadas, lembrando o visual clássico, mas sem aquele volume todo, que dava aparência de serem coisas pesadas e desconfortáveis. Sua intenção é fazê-las serem práticas e tecnologicamente atuais como os smartphones, e que não vê a hora de mostrar o que a tecnologia do século XXI poderá fazer com as habilidades de cada uma das máscaras usadas pelos personagens.
                Para Tony Vargas, que irá desenhar a nova série, é a oportunidade de revigorar um programa de televisão amado desde sua juventude. “É uma grande oportunidade para modernizar algo que pelos padrões de hoje são desenhos simples, e apresenta-los para um público mais bem informado e acostumado à tecnologia. Vai ser interessante ver como isso ficará.” E ele vai além: “Os desenhos eram muito simples, e como uma criança, eu olhava para eles e não pensava muito nisso. Os desenhos estavam limitados às capacidades de desenvolvimento de brinquedos nos anos 80, o que realmente influenciou a estética da série. Olhando para ela agora, eu vejo o que gosto e quero fazer algo que irá agradar incrivelmente a todos e ir além “
"Estamos muito orgulhosos de sermos capazes de continuar a crescer em nossa relação com a Hasbro com esta nova série de quadrinhos", disse o editor executivo da IDW David Hedgecock, que completou: "Nós não podemos esperar para trazer a alta octanagem original da marca, para contar as histórias que sabemos que os fãs de M.A.S.K. vão esperar!" A IDW também anunciou que está ciente do dever de respeitar a essência original da série, ao trazê-la para este novo século, atualizando-a com um design ultramoderno, sem ter medo de olhar no espelho retrovisor e prestar homenagem às suas origens.
"Nós tivemos um enorme sucesso com a IDW ao longo dos anos em relançar marcas clássicas para um público contemporâneo, ao mesmo tempo em que prestamos homenagens adequada às suas origens", disse Michael Kelly, chefe de publicações globais da Hasbro. "Estamos entusiasmados para acolher esta nova equipe da M.A.S.K. para esta biblioteca de heróis, juntando-a às fileiras de Jem & As Hologramas, Micronautas e Transformers."
                Com todas as partes envolvidas empolgadas em conseguir apresentar um bom trabalho, resta aguardar para vermos o que a nova série irá mostrar, trazendo de volta os personagens desta famosa série de desenho animado dos anos 1980, que ao que tudo indica, terão tudo para continuar fazendo bonito nestes tempo atuais, mesmo tendo se passado mais de 30 anos de produção da animação original.

HORA DE CURTIR O FEST COMIX 2016



                Os amantes dos quadrinhos que se preparem seus bolsos: vem aí a edição 2016 do Fest Comix, um dos mais tradicionais eventos de quadrinhos de São Paulo, que será realizado nos dias 17, 18 e 19 de junho. Além de várias atrações e convidados ligados ao ramo da arte sequencial, o evento trará seu costumeiro feirão de quadrinhos, que já virou ponto fixo na agenda dos fãs interessados em boas pechinchas e em tirar suas coleções do atraso. Realizado pela primeira vem em 2001, o evento começou como uma simples queima de estoque da Livraria Comix, realizada na própria calçada em frente à loja, próxima à Avenida Paulista, em São Paulo, capital. De lá para cá, cresceu bastante, a ponto de não ser mais apenas uma grande venda de revistas, brinquedos, filmes, e outros produtos ligados ao ramo. Antes um evento exclusivo para vendas da Comix, o Fest passou a contar também com a presença de outras lojas, como sebos, por exemplo, ajudando a diversificar os produtos oferecidos ao público, que foi crescendo a cada edição do evento, que em vários anos, chegou a ser realizado semestralmente.
Esta é a 22ª edição do Fest Comix, e nos últimos tempos, o evento voltou a ser apenas anual, mas mantendo-se sempre em crescimento. E, para o evento deste ano, confiram alguns dos artistas que estarão presentes:

# Sirlene Barbosa: Doutoranda em Educação: psicologia da educação, pela PUC-SP, trabalha como professora de língua portuguesa (SME-PMSP). É pesquisadora de Carolina Maria de Jesus (de quem publicou uma biografia); literatura negra; e relações étnico-raciais na educação do ensino fundamental da rede municipal paulista de ensino.
# Marcelo d’Salete: Formado em artes plásticas, é mestre em história da arte pela USP. Além de uma premiada carreira como ilustrador, suas histórias em quadrinhos têm sido publicadas em diversas revistas brasileiras e estrangeiras. Ficou em segundo lugar no prêmio Jabuti de ilustração em 2015 pelo álbum Lobisomem sem Barba, pela editora Balão Editorial.
# João Pinheiro: Quadrinista, artista plástico e ilustrador, é o autor da HQ de Kerouac, publicada pela Devir. Seus quadrinhos e suas ilustrações têm sido publicados em revistas de países como Argentina e Estados Unidos.
# Rogério de Campos: Editor e criador da Veneta, já lançou diversas revistas como Animal e General, foi um dos fundadores da editora Conrad, é jornalista, tradutor, autor do romance Revanchismo e do Dicionário do Vinho, pela Editora Nacional.
# Tiago P. Zanetic: Formado como roteirista, teve sua estréia nos quadrinhos na HQ “Gibi Quântico”, com a qual venceu o Prêmio HQ Mix de melhor Publicação Mix do ano passado, e desde então participa de diversos álbuns e coletâneas.
# Raphael Fernandes: Editor e roteirista de histórias em quadrinhos, é o atual editor da revista MAD na Panini, mantendo também o site Contraversão, e é colaborador de diversos blogs, e de atuar como redator e especialista em mídias sociais.
# Alex Mir: É escritor, roteirista e editor. Seus primeiros trabalhos foram os independentes Defensores da Pátria e Tempestade Cerebral. É responsável pelo roteiro dos álbuns: O Mistério da Mula sem Cabeça, Orixás: do Ogum ao Ayê, A mão e a luva em quadrinhos e Muiraquitã e a fúria do Anhangá.
# Gustavo Duarte: É cartunista e quadrinista, formado em Design Gráfico pela Unesp - Bauru. Trabalhou como diretor de arte e ilustrador e desde 2009 atua como roteirista e desenhista de histórias em quadrinhos, para editoras como Dark Horse, DC Comics e Marvel Comics.
# Rod Reis: Já trabalhou numa grande diversidade de séries para a DC Comics, como Lanterna Verde, Superman, Novos Titãs, Supergirl, e diversos outros títulos, além de ter sido o colorista do título Holy Avengers, recentemente relançado encadernado.
# Ivan Reis: Iniciou sua carreira profissional de artista nos Estúdios Mauricio de Sousa, e posteriormente, passou a desenhar para as editoras americanas, começando pela Dark Horse, e depois pela Chaos!. Depois de realizar algunas trabalhos para a Marvel, tornou-se desenhista exclusivo da DC Comics em 2004, para onde trabalha até hoje, colaborando com os mais variados títulos da editora.
# Lu Cafaggi: Quadrinista e jornalista, começou a publicar quadrinhos em 2010, e em 2011, lançou, de forma independente, a HQ Mixtape, e publicou, junto com o irmão Vitor Cafaggi o álbum “Turma da Mônica – Laços”, que foi a primeira graphic novel da Turma da Mônica, pelo selo Graphic MSP, em 2013 e também a sua sequência, “Turma da Mônica – Lições”, em 2015.
# Vitor Cafaggi: Criador da webcomic Puny Parker, já participou das coletâneas “Pequenos heróis”, “MSP50” e “Fierro Brasil 2”, além de publicar a série de tiras dominicais “Valente” no jornal O Globo. Produziu, ao lado de sua irmã, Lu Cafaggi, a graphic novel “Turma da Mônica –Laços”, e também a sua sequência, “Turma da Mônica – Lições”.
# Luís Felipe Garrocho: Formado em História, criou a tira Bufas Danadas. Criou, junto com Eduardo Damasceno, o site Quadrinhos Rasos, onde publicam histórias feitas a partir de letras de música. São também os autores da Graphic “MSP – Bidu: Caminhos”.
# Eduardo Damasceno: Ilustrador que trabalha para os mercados editorial e publicitário, é diretor de arte em projetos de animação e faz programação visual de exposições e eventos. Criou junto com Luís Felipe Garrocho o Quadrinhos Rasos, site de internet no qual publicam histórias feitas a partir de letras de música. Em 2013, ambos publicaram a HQ Cosmonauta Cosmo, em uma parceria do selo Quadrinhos Rasos com a editora Miguilim. Foram os autores da Graphic “MSP – Bidu: Caminhos”, em 2014.
# Marcatti: Conhecido como o mais podre e alucinado quadrinhista que o Brasil se ressente de já ter visto, Marcati já possui uma carreira de quatro décadas, tendo publicado sua primeira HQ em agosto de 1977, na revista independente “Papagaio” nº 1. Recebeu em 1988 o troféu “Jayme Cortez”, em reconhecimento ao seu apoio aos quadrinhos nacionais. Mostrou seus trabalhos em revistas como Chiclete com Banana, Circo, Mil Perigos e Monga, passando por editoras como a Escala, Opera Graphica, Devir e Conrad.
#Luke Ross: Nascido Luciano Queiros, é desenhista de quadrinhos há mais de vinte anos, com passagens pelas editoras americanas Marvel, DC, Dark Horse, Image, etc. Desde 2008 é artista exclusivo da Marvel Comics, tendo passado por títulos como ”Capitão América”, “Vingadores”, “Incrível Homem-Aranha”, “Homem de Ferro”, entre vários outros.

O local do evento é o mesmo do ano passado, o São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, localizado a cerca de 850 metros do Terminal Rodoviário do Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo, capital. O evento ocupará cerca de 5 mil metros quadrados do espaço do local, que recentemente passou por uma grande reforma, ampliando sua área coberta total para cerca de 100 mil metros quadrados. Os fãs que preparem suas carteiras, pois estará disponível um grande acervo de revistas e produtos ligados à área da cultura nerd/pop, alguns com preços bem acessíveis, além de alguns lançamentos que serão feitos em primeira mão no evento. Portanto, apesar da crise que o país atravessa, é hora de fazer uma forcinha e aproveitar os preços em promoção que estarão sendo oferecidos no evento, para os mais variados produtos. É verdade que os descontos hoje em dia já não são mais como antigamente, reflexo dos tempos bicudos que vivemos, mas sempre dá para garimpar alguma pechincha, com alguma sorte, ou conseguir aquela edição que falta na coleção. Ou simplesmente aproveitar para encontrar com diversos amigos e conhecidos que só se vê quando ocorre um evento destes.
Entre as atrações do evento deste ano teremos o Medieval Fest, que será um espaço para entrar de cabeça no mundo medieval com tendas e brincadeiras voltadas para este universo, sob o comando do grupo Ordo Draconis Belli; a Expo Cafa, que será a maior exposição de fotografias com Action Figures do Brasil; o Fest Cosplay, uma área para todos os cosplayers presentes no evento, com diversas atividades, desde o clássico concurso cosplay, além de um circuito de palestras e workshops sobre cosmaker, maquiagem cosplay com slug, aplicação de careca falsa, a importância do PLAY em cosplay, fotografia cosplay e pós produção, entre outros assuntos. Tudo coordenado pelo Comics Cosplay Brasil, um grupo com o objetivo de promover e destacar os cosplayers de comics do nosso país, além de trazer todo o tipo de notícias referentes ao mundo dos quadrinhos. Outra atração será o AnimaSato, um espaço onde serão exibidos gratuitamente, dentro do evento, produções clássicas dos tokusatsu japoneses, além de algumas das mais recentes séries do gênero, através da empresa Sato Company. Haverá também o Terror Fest, uma atração especialíssima para os fãs do gênero horror/terror, com várias atrações do tema, como vídeos, convidados especiais, exposição de produtos, etc.
O Fest Comix também terá o seu espaço reservado aos artistas. Trata-se de um espaço onde vários profissionais da área estarão presentes para fazer a divulgação e venda de seus trabalhos, além de autografarem os mesmos e poderem bater papo com seus fãs. A previsão inicial do evento era de um total de 46 mesas para a Área dos Artistas, havendo possibilidade de ampliação mediante demanda dos profissionais. Uma ótima oportunidade para os fãs e leitores de quadrinhos conhecerem e/ou travarem um bom bate papo com vários profissionais da área da arte sequencial. O evento também deverá ter algumas palestras e bate papos com editores, mas até o fechamento desta matéria, a programação do evento ainda não havia sido disponibilizada, o que deve ser feito nos próximos dias.
                Os ingressos podem ser adquiridos na Livraria Comix, situada à Alameda Jaú, 1998, Cerqueira César, São Paulo, capital, ou através do site oficial do evento, no endereço www.festcomix.com.br. O valor do ingresso individual para cada é de R$ 20,00, preço que também será praticado na porta do evento. Para quem optar por comprar o ingresso válido para os três dias do Fest Comix o valor é de R$ 50,00. Crianças de até 7 anos, mediante a apresentação de documento com foto e acompanhadas de um adulto pagante, bem como adultos a partir de 60 anos (mediante a apresentação de documento com foto) tem entrada gratuita no evento.
                Portanto, reforcem suas carteiras, e aproveitem o que puderem do Fest Comix, saciando sua fome de quadrinhos e produtos similares, e curtam os profissionais e demais atrações presentes no evento.