segunda-feira, 18 de novembro de 2013

FILME DO JUIZ DREDD GANHA CONTINUAÇÃO EM QUADRINHOS



Os fãs do juiz mais durão da cidade futurista de Mega City 1, o Juiz Dredd, certamente ficaram desapontados pelo resultado fraco das bilheterias de sua versão para cinema, produzida no ano passado e estrelada por Karl Urban no papel-título. Como o filme praticamente não se pagou, as chances de rolarem uma continuação foram praticamente descartadas, o que enterrou os sonhos dos fãs de verem novamente Dredd nas telonas, pelo menos no futuro próximo. Mas, para quem assistiu e curtiu o filme, que está disponível no mercado de vídeo, eis que a história ganha uma "continuação" agora nos quadrinhos, na edição especial DREDD UNDERBELLY MOVIE SEQUEL ONE SHOT, que chega em breve às comic shops americanas em uma edição única, depois de ter sido publicada em duas partes na revista Judge Dredd Megazine, nas edições de setembro (340) e outubro (341), na Inglaterra.
O lançamento é da Rebellion Developments, e o preço da edição é de US$ 3,99. Escrito por Arthur Wyatt, veterano de publicações da 2000Ad, e desenhado por Henry Flint, esta é uma sequência que nenhum fã do juiz Dredd deve perder. Continuando com os eventos desencadeados de onde o filme terminou, a morte de Ma-Ma no confronto com Dredd deixou um vácuo de poder no submundo de Mega City 1, que agora motiva inúmeros outros grupos criminosos a uma luta desenfreada para assumirem o espaço deixado por Ma-Ma, e o explosivo mercado negro da droga Slo-Mo. Quando um depósito de cadáveres é descoberto, e revela-se que todos são mutantes, descobre-se uma possível conexão de contrabando que está trazendo material ilegal das próprias Terras Malditas para dentro de Mega City 1. Para chegar ao cerne desta questão, Dredd une forças novamente com a juíza Anderson para investigarem e desmantelarem a operação criminosa, podendo se meter em uma encrenca de proporções mais do que inesperada.
Arthur Wyatt explica que este Dredd, visto no filme, e que retorna nesta sequência em quadrinhos, é mais jovem que o personagem visto normalmente nas histórias, e por isso, ele é mais entusiasmado em suas ações, e não demonstra qualquer dúvida para com o sistema que trabalha, o que o leva a ser em vários momentos, irredutível e implacável. Sobre sua parceria com Henry Flint, Arthur declara que o desenhista é um dos "mais" de todos os artistas da 2000AD, e que trabalhar com ele neste projeto foi um sonho que se tornou realidade. O artista explica que tentou imitar o estilo de história desenvolvido no filme por Alex Garland, e mesmo não tendo trocado nenhuma idéia com ele, acredita que conseguiu chegar ao objetivo pretendido.
Produzido pela Lionsgate, o filme do Juiz Dredd teve um orçamento limitado, e com uma distribuição sofrível, amargou prejuízo nas bilheterias, inclusive no Brasil, onde a Paris Filmes também não deu o devido tratamento que a produção merecia. Para piorar, a versão em vídeo lançada no mercado nacional nem teve extras, tanto nas versão DVD quanto em Blu-Ray. Já nos quadrinhos, Dredd vem tendo mais sorte, com suas aventuras sendo publicadas mensalmente na nova revista Juiz Dredd Magazine, lançada pela Mythos Editora, que já está na sua 7ª edição, e com planos mais ousados para trazer aos leitores nacionais mais aventuras do juiz mais temido de Mega City 1.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

ARMA X E REINO DO AMANHÃ GANHAM EDIÇÕES DEFINITIVAS



Quem curte as chamadas "Edições Definitivas" que a Panini Comics tem lançado no mercado nacional de quadrinhos certamente terá motivos para comemorar neste mês de novembro. A multinacional italiana anunciou o lançamento de pelo menos duas grandes aventuras dos quadrinhos para este mês, que farão a alegria de marvetes e decenautas. Para quem é fã da Marvel, a boa nova é o lançamento de ARMA X - EDIÇÃO DEFINITIVA, aventura estrelada pelo mutante favorito dos fãs, Wolverine, e que para muitos é a verdadeira "origem" do personagem. Em formato americano, com capa dura, e cerca de 156 páginas, com miolo em papel couché, a edição compila a minissérie "Weapon X", roteirizada e desenhada por ninguém menos do que Barry Windsor-Smith. O preço da edição é R$ 48,00, e o lançamento é voltado para livrarias e gibiterias.
Publicada em 1991 em 12 partes dentro do título Marvel Comics Presents, a história mostra como Logan adquiriu seu esqueleto inquebrável e suas mortais garras metálicas. Aprisionado por um grupo com propósitos escusos, o mutante é transformado em uma máquina de matar, tendo suas memórias e vontade completamente destroçadas, ao mesmo tempo em que seu esqueleto é recoberto pelo metal indestrutível chamado adamantium, ganhando também suas mortíferas garras feitas do mesmo metal. Com sua consciência aniquilada, e doutrinado para se tornar o primeiro de uma geração de armas mortais, Logan empreende uma luta para conseguir recuperar a si próprio, e voltar a ser uma pessoa, ao invés de ficar reduzido ao estágio animal de sua mente. As consequências da manipulação de sua mente, e do processo de implantação do adamantium em seu corpo foram sentidas por muitos anos, e para os fãs do personagem, esta história foi durante muito tempo o que mais se aproximou da origem do herói que seria conhecido como Wolverine. Decisões editoriais posteriores da Marvel, contudo, reviraram por completo o passado de Logan, com histórias muito fracas, e até mesmo introduzindo garras de osso como parte dos poderes mutantes do personagem, numa exploração exagerada em cima do mutante mais popular do Universo Marvel.
Com histórias mais recentes colocando até suas manipulações de memória oriundas do programa Arma X em xeque, não é de estranhar que a grande maioria dos fãs tenha preferência em ver esta história como a melhor origem do personagem. E uma prova disso é que até hoje a Marvel fica inserindo retcons no passado de Logan, adicionando informações por vezes a torto e a direito, com resultados de qualidade discutível, como a história recentemente publicada na edição nacional do título do personagem no mês passado (Wolverine N° 107), quando o vilão Romulus revela a Wolverine que o programa Arma X foi idéia do próprio Logan, com a intenção de criarem uma raça de mutantes mais evoluída com o objetivo de criar um império de dominação por uma raça superior não só sobre os humanos, mas também sobre os outros mutantes. Mais loucura que isso, impossível.
Arma X já foi publicado duas vezes pela Editora Abril na década de 1990, e uma vez pela Panini, há cerca de 10 anos. E quem não teve chance de conferir a história naquelas ocasiões tem agora uma excelente chance de conferir novamente trama, que se não é uma obra-prima, certamente é superior a muita coisa que a Marvel andou publicando sobre o mais invocado dos X-Men nas últimas duas décadas. E com direito a vários extras, que infelizmente não foram divulgados pela editora até o fechamento desta matéria, mas que certamente devem garantir um brilho adicional à edição.
O outro lançamento é O REINO DO AMANHÃ - EDIÇÃO DEFINITIVA, para alegria dos fãs do Universo DC. Com roteiros de Mark Waid, e a estonteante arte pintada de Alex Ross, esta é uma das histórias mais cultuadas pelos decenautas. Depois de impressionar os fãs dos quadrinhos com sua bela arte na minissérie Marvels, Alex Ross conseguiu repetir a dose para alegria dos fãs dos heróis da DC Comics, em uma história que nada fica a dever em qualidade ao trabalho visto em Marvels. Lançada nos Estados Unidos em 1996, esta obra foi publicada pela Editora Abril no ano seguinte no mercado nacional, como minissérie, ganhando algum tempo depois uma versão encadernada. Na década passada, a Panini, que já havia passado a publicar também os heróis DC, lançou uma nova edição da história, com direito a alguns sketches de Alex Ross na criação das versões dos heróis DC para a história como extras. A nova edição de O Reino do Amanhã terá, além da tradicional capa dura, nada menos do que 336 páginas, com miolo em papel couché, no formato 19,5 x 30,0 cm, pelo preço de R$ 89,00. Assim como a versão definitiva de Arma X, esta também terá distribuição voltada para as gibiterias e livrarias, um mercado que a Panini tem conseguido explorar de maneira bastante satisfatória nos últimos anos, ajudando a compensar parcialmente a queda de vendagem nas bancas tradicionais.
Em O Reino do Amanhã, somos apresentados a um futuro próximo do Universo DC. A Terra assiste à ação de uma nova geração de super-heróis que, infelizmente, não hesita em abusar da violência para deter os criminosos. A velha geração de superseres retirou-se da ativa, com o Super-Homem tendo se recolhido ao isolamento de sua Fortaleza da Solidão após ver o Coringa matar sua amada Lois Lane. Sem o exemplo edificador do Homem de Aço, surgiu um novo herói de métodos questionáveis, Magog, e sob sua influência, os novos super-heróis passaram a abusar de suas forças. Quando uma tentativa de cercar um vilão transforma o Estado americano do Kansas em um deserto radioativo, a Mulher-Maravilha interrompe o isolamento de Kal-El para lhe mostrar que ele e os antigos heróis são mais necessários do que nunca para restabelecer o equilíbrio do planeta. Conseguindo tirar o último Filho de Krypton de seu exílio auto-imposto, a reaparição do Super-Homem causa um tremendo impacto, e junto dos velhos heróis, que retornam à ativa, inicia um confronto de ideais e ações com a nova geração de superseres, que pode se mostrar tão prejudicial quanto as atitudes irresponsáveis dos atuais heróis. À espreita dos acontecimentos, o antigo herói e espírito vingador conhecido como Espectro, tendo visões e prenúncios de que o cataclisma total se aproxima com os eventos em curso, associa-se ao reverendo Norman McCay, para tentar recuperar a percepção e os sentimentos humanos que já teve em vida, e com isso encontrar a resposta para evitar a destruição de nosso mundo. E os vilões, coordenados por Lex Luthor, sempre à espreita, observam a situação, esperando pela primeira oportunidade de se livrarem tanto dos novos quanto dos antigos heróis, e assumirem o controle de tudo, ajudando a complicar ainda mais as chances de um desfecho pacífico. E que papel escuso nesta trama tem um dos mais poderosos heróis já conhecidos, que tinha no trovão sua marca característica, e que parece estar ao lado dos vilões. E o Batman, que reuniu um verdadeiro exército de robôs vigilantes para impôr a ordem, e tem seus próprios motivos para discordar dos planos do Super-Homem e seus aliados de "disciplinar" a ferro e fogo, se necessário, a nova geração de heróis, como poderá ser o fiel da balança na batalha que poderá decidir o futuro de tudo?
Sem dúvida, uma história para agradar não apenas àqueles que curtem as batalhas épicas dos heróis contra os vilões, mas que apreciam uma boa história, onde nem tudo é o que parece ser, e as nuances dos acontecimentos desencadeados podem tanto ser positivos quanto negativos. É uma história que todo fã apreciador de quadrinhos deve ter em sua estante. Obviamente, o preço de capa desta edição não é exatamente popular, mas o título de "Edição Definitiva" dificilmente seria de uma opção com acabamento mais em conta. O preço é justo, mas poucos leitores em nosso país podem adquirir este tipo de edição. Não dá para culpar a Panini pelos preços não serem os mais aceitáveis, mostrando que a realidade do mercado de quadrinhos em nosso país, assim como a complexidade de várias boas histórias que tem sido trazidas por estas edições de luxo, é igualmente complicada de se lidar, estando muito além do controle da editora.


Tanto Arma X quanto O Reino do Amanhã são boas histórias, e seus relançamentos em edições de luxo são mais do que bem-vindas, uma vez que as mais recentes histórias que são publicadas tanto da Marvel quanto da DC andam apresentando um nível bem insatisfatório em sua maioria, para azar dos apreciadores de quadrinhos.         

SÉRIE "O JUDOCA" GANHA CAIXA DE DVDS



                A distribuidora Cult Classic continua apostando nas produções japonesas antigas para reforçar seu catálogo de títulos no mercado de vídeo nacional. Depois de surpreender recentemente lançando a série completa de Don Drácula, e uma caixa trazendo os primeiros episódios de Fantomas, eis que neste mês de novembro a distribuidora traz para os saudosistas a série "O JUDOCA", outra produção das antigas da Terra do Sol Nascente.
                Produzida pela Tatsunoko Productions, o mesmo estúdio que criou a série Speed Racer, Kurenai Sanshiro (seu título original) foi exibida na TV japonesa de abril a setembro de 1969, pelo canal Fuji Television. Na história, o jovem Sanshiro (Sam, na versão nacional) encontra seu pai, mestre de judô de uma academia (dojo) assassinado. Ao lado de corpo de seu pai, ele descobre um olho de vidro, e reunindo as poucas pistas que encontra, descobre que seu pai foi morto por um sujeito de um olho só chamado Caolho. Praticante de artes marciais, ele simplesmente põe o pé na estrada para descobrir o paradeiro do assassino que matou seu pai, e assim, vingar a honra da família. No caminho, ele conta com a ajuda de um garoto chamado Ken, que se torna seu companheiro de aventuras, ao lado do cachorro Xereta. Em sua jornada, Sam acaba enfrentando vários adversários e bandidos, sempre evoluindo sua arte de combate, enquanto procura por pistas que o levem ao assassino de seu pai. A série teve 26 episódios, culminando com o tão esperado confronto entre Sam e o famigerado Caolho, a quem perseguiu durante toda a série. Criada por Tetsuo Yoshida, O Judoca aproveitou o estilo e boa parte dos character design da série Speed Racer, o que explica a semelhança entre o jovem praticamente de judô e o mundialmente famoso piloto do Match 5, sendo que em um dos episódios, aparece até o mesmo inspetor de polícia que muitas vezes recorria à ajuda de Speed para desvendar um caso.
                No Brasil, a série foi exibida por vários canais, entre os quais a TV Tupi, a Record, e a TV Gazeta, onde deu as caras pela última vez, há mais de vinte anos, nunca mais tendo sido reprisado, tanto na TV aberta quanto na TV por assinatura. E agora quem curtiu as aventuras do jovem judoca Sam terá enfim a chance de rever a série, com este lançamento da Cult Classic. A caixa traz 4 discos, contendo todos os 26 episódios, ao preço de R$ 79,90. O ponto negativo do lançamento é que não há áudio em português. Os episódios trazem o áudio em japonês e francês, além da opção de legendas em português e francês. Infelizmente, a dublagem em português da série, feita no estúdio Technisom, se perdeu ao longo dos anos, e por ser uma distribuidora de pequeno porte, a Cult Classic não providenciou uma nova dublagem, o que aumentaria o apelo do lançamento.
                Mas a Cult Classic é uma distribuidora com um nicho específico de atuação, que como o nome diz, são as produções antigas, os "clássicos". E como tal vem fazendo uma trabalho satisfatório, disponibilizando para o público saudosista produções que dificilmente seriam lançadas por outras distribuidoras nacionais. No ano passado, ela lançou uma caixa com toda a série do Robô Gigante, um dos mais cultuados seriados de live-action japonês dos anos 1960, e mais recentemente, anunciou planos de lançar outras séries clássicas da animação japonesa, como a produção "O Oitavo Homem", outra série de anime produzida nos anos 1960, e que deverá chegar em breve às lojas de vídeo nacionais. Em um momento em que os amantes das animações japonesas contam contam nos dedos os lançamentos que saem no mercado nacional, a iniciativa da Cult Classic é por demais bem-vinda, e que continuem a trazer outras séries que foram exibidas por aqui há muito tempo atrás, para alegria dos saudosistas e fãs dos animes.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

IDW ANUNCIA EDIÇÕES ESPECIAIS DE ARTISTAS DE QUADRINHOS CLÁSSICOS DA MARVEL E DC



Os fãs de quadrinhos nos Estados Unidos já estão em contagem regressiva para um dos lançamentos mais aguardados de 2014: a IDW Publishing anunciou nos últimos dias os novos títulos de sua linha "Artist's Edition", que nada mais são do que edições especiais compostas com as imagens originais das artes de títulos escolhidos a dedo pela editora. A publicação é em formato álbum, e tem tamanhos especiais com o atrativo de que a arte original é escaneada e transposta em seu tamanho natural para a publicação. Nas demais revistas publicadas no tradicional formato americano, todas as artes sofrem processo de redução, uma vez que as artes originais são muito maiores. A linha Artist's Edition (Edição de Artista, em português), permite que os leitores possam apreciar os desenhos em seu tamanho natural, e com isso, observar todos os detalhes com total nitidez, sem nenhuma redução. O papel de cada edição também é especial, para ser o mais próximo e fiel possível dos papéis utilizados para a produção das artes, e apesar das artes serem em preto e branco, todo o processo de escaneamento foi feito a cores, permitindo uma nitidez total de todos os traços presentes nas artes.
E a seleção de títulos da editora americana é de deixar qualquer fã dos bons quadrinhos com água na boca: a primeira edição, anunciada para ser lançada em março de 2014, é nada menos do que Os Novos Deuses, criação de ninguém menos do que Jack Kirby, que quando saiu da Marvel Comics, foi para a rival DC, onde produziu este belo material. "JACK KIRBY'S NEW GODS ARTIST' EDITION" será uma coleção de nada menos do que 5 volumes, que irá trazer na íntegra toda a criação de Kirby para a DC Comics. O primeiro volume, intitulado "Fourth World", será no formato 30,5 x 43,20 cm, que deve ser utilizado para as demais edições. Esta coleção vai permitir que os leitores possam acompanhar toda a dinâmica e energia da arte de Jack Kirby, e compreender porque é chamado por muitos de "o Rei" Kirby, e nesta obra, ele está na mais exuberante forma, tendo não apenas ilustrado toda a saga dos Novos Deuses, mas também escrito toda a história, mostrando que seus dons artísticos não se resumiam apenas a desenhar bem. Kirby criou uma saga épica para a DC Comics que ganhou grande importância dentro do Universo DC.
A seguir, com lançamento programado para o mês de maio, outro material para fã nenhum botar defeito: THE STERANK NICK FURY: AGENT OF S.H.I.E.L.D. ARTIST'S EDITION, que será apenas a primeira edição de dois volumes dedicados a Jim Steranko. Nesta primeira edição serão compiladas as 12 histórias do artista publicadas pela primeira vez na revista Strange Tales, edições 151 a 162, com as aventuras inesquecíveis de Nick Fury no comando da mais poderosa organização anti-terrorista mundial, a S.H.I.E.L.D., enfrentando as mais diversas ameaças à segurança da paz mundial, como a Hidra, e a I.M.A. (Idéias Mecânicas Avançadas), entre outros vilões, como o perverso Garra Amarela. Ação e espionagem em ritmo alucinante, e com a bela arte de Steranko. Esta primeira edição terá o formato 38,1 x 55,9 cm. Todas as artes deste volume foram processadas para o dobro do seu tamanho original, e todas elas foram obtidas do acervo pessoal do artista, que no fim dos anos 1960, produziu um volume de trabalho relativamente pequeno para a Marvel Comics, mas foi um dos grandes inovadores da arte dos quadrinhos daqueles tempos. Basta apreciar a bela arte das histórias desta edição para entender o porquê. O segundo volume, STERANKO NICK FURY AND CAPTAIN AMERICA ARTIST'S EDITION, compilará as edições 163 a 168 de Strange Tales, além dos números 1, 3 e 5 da revista Nick Fury: Agent of Shield, além de 3 aventuras do Capitão América completando o lote. "O impacto da forma de arte de Jim Steranko nos quadrinhos não pode ser subestimada", avisa Scott Dumbier, editor da IDW responsável pelo lançamento desta série de títulos. "Ele é um artista da mais alta qualidade", completa. "Acredito que mudei tanto a vida de Nick Fury quanto ele mudou a minha", relata Steranko. "Ver por cima das artes originais me traz uma enxurrada de recordações, lembrando como foi aquele terremoto criativo e desenfreado na concepção das histórias. Posso ver minha evolução artística a cada página, e revisitar essa experiência pode ser reconfortante e chocante, uma espécie de microcosmo da história dos quadrinhos. Como um dos arquitetos da Era Marvel, tenho o prazer de compartilhar este épico da Shield com todos os meus fãs e amigos", completa o artista.
Fechando o pacote de títulos anunciado, está o tão aguardado DAVE GIBBONS' WATCHMEN ARTIFACT EDITION, ainda sem data de lançamento, mas programado para o segundo semestre de 2014. Se Watchmen, por si só, é uma obra única na história dos quadrinhos de super-heróis, o que dizer de apreciar as artes originais desta história que desmistificou o mito dos super-heróis? Este livro terá o formato 30,5 x 43,20 cm, e ao contrário das demais edições, não tem todas as artes completas no original, estando portanto, incompleto. Por isso, a editora explica o título "Artifact" ao invés de "Artist", mas salienta que nem por isso esta edição terá um tratamento inferior às das demais edições da linha "Artist's Edition". O álbum trará várias pranchas das artes originais de Watchmen, bem como as capas da minissérie, e cada imagem é um testemunho do estilo elegante e sutil de Gibbons. "As edições de artista lançadas pela IDW estão entre meus livros de arte de quadrinhos favoritos de todos os tempos, e estou muito feliz em ver que eles vão lançar uma coleção de Watchmen", afirmou Gibbons, entusiasmado com a notícia de ver que sua arte estará em uma das edições anunciadas pela editora americana.
"Estamos igualmente emocionados", declarou Greg Goldstein, presidente da IDW. "Watchmen é, obviamente, uma das séries mais aclamadas e influentes de todos os tempos, assim como Os Novos Deuses é sem dúvida a maior de todas  as obras de Jack Kirby durante seu período na DC. É um verdadeiro privilégio para publicar estes livros", completou, entusiasmado. Alegria que é plenamente compartilhada por Scott Dumbier, o editor do material: "Não há realmente nada mais a dizer, não é?". Como as edições ainda estão em processo de concepção, a IDW não anunciou os preços que estas edições irão custar, mas pelo catálogo da editora deste tipo de edição, os preços vão ficar facilmente acima de US$ 100, um a vez que algumas as edições já lançadas pela editora com este tipo de material chegam a custar mais de US$ 200, e algumas edições, especialmente assinadas pelos artistas, vão muito além. Todos estes novos lançamentos foram negociados diretamente com as editoras Marvel e DC, que detém as propriedades destes materiais.
         Infelizmente, é um material que os leitores nacionais só terão chance de ver adquirindo a edição americana da IDW, uma vez que não há nenhuma expectativa de alguma editora lançar isso no mercado nacional. E, se acaso for lançado, o preço  infelizmente deverá ser extremamente salgado para os fãs dos quadrinhos, assim como já deverão ser as edições americanas...

ROBOTECH GANHA NOVA EDIÇÃO EM DVD NOS EUA



                Uma das séries de animação japonesa mais controvertida de todos os tempos está ganhando novo lançamento no mercado de vídeo americano. Trata-se de Robotech, série criada pela distribuidora Harmony Gold na década de 1980 unindo as séries nipônicas Macross, Southern Cross, e Mospeada, como se fizessem parte de uma única história. Apesar da junção forçada, a série fez um tremendo sucesso na TV americana, ajudando a abrir o caminho para novas séries de anime aportarem nos EUA, que hoje são o maior mercado consumidor mundial de produções nipônicas depois do Japão.
                A série já teve alguns lançamentos em DVD, mas desde que a última distribuidora, a ADVision, fechou as portas, a série estava sem representante oficial no mercado de vídeo americano, restando o longa Shadow Chronicles nas mãos da Funimation. Mas agora, a Lionsgate, distribuidora que tem vários títulos interessantes no seu catálogo, é a nova casa de Robotech no mercado de vídeo dos EUA. E para deleite dos fãs que ainda não tinham tido chance de adquirir a série da robotecnologia, está lançando agora em novembro uma caixa contendo toda a produção de Robotech.
                Com nada menos do que 20 discos, ao preço de cerca de US$ 80,00, este é o mais completo box lançado da série até hoje. Não que as outras distribuidoras não tivessem lançado a série toda em uma única caixa, mas esta é a mais completa já produzida: além de contar com todos os 85 episódios da série original, em sua versão remasterizada, ela inclui o longa "Os Sentinelas", que deveria ter sido uma segunda série de TV continuando os eventos da primeira fase da história, correspondente à série Macross original. Inclui também a mais recente produção, o longa Shadow Chronicles, que se esperava ser o início de uma nova série para TV, com todos os extras de sua edição especial de 2 discos, além da nova produção, o longa "Love Live Alive", uma compilação dos melhores momentos da terceira fase de Robotech feita a partir do especial de vídeo da série Mospeada.
                Mas, acima de tudo, esta caixa traz um festival de extras para satisfazer até o mais ferrenho crítico de Robotch: são nada menos do que mais de 12 horas de material extra, entre os quais podemos destacar: “Robotech: The Inside Story”, documentário sobre a série, com a equipe de produção da série original de 1985; “The Making of Love Live Alive”, featurette; "Animatics from Robotech: Love Live Alive"; cenas deletadas de "Robotech: Love Live Alive" com comentários em áudio de Greg Snegoff e Tommy Yune; a versão original japonesa de "Mospeada: Love Live Alive" (com legendas em inglês); materiais de promoção raros da série; versões alternativas de alguns episódios; galerias de todos; além de praticamente todo o material extra já existente nos lançamentos anteriores em DVD no mercado americano.
                Os DVDs da caixa trazem áudio apenas em inglês, com opção de legendas em inglês e espanhol apenas, um leque de opções pobre para uma caixa desta desenvoltura, ainda mais se levarmos em consideração que a versão remasterizada de Robotech, em seu primeiro lançamento em DVD, trazia áudio não apenas em inglês, mas também em espanhol.
                No Brasil, Robotech chegou primeiro no mercado de vídeo, com algumas fitas VHS lançadas em fins da década de 1980 pela distribuidora Transvídeo, com os primeiros episódios da série, ainda na fase Macross. Na década de 1990, a série finalmente estreou na TV brasileira, dentro do Xou da Xuxa, mas foi tirado do ar por volta da metade da segunda fase, Robotech Masters, adaptada da série nipônica Southern Cross. Apenas na primeira metade da década passada a série passou completa no Brasil, no extinto canal pago Locomotion. A compilação de Os Sentinelas acabou lançada em VHS, e posteriormente lançada em DVD, e foi só. O longa Shadow Chronicles, bem como o novo longa Love Live Alive são inéditos no Brasil, e as chances de serem lançados no mercado de vídeo nacional são poucas.
                Curiosamente, na Espanha, a distribuidora de vídeo Divisared lançou toda a série Robotech em DVD, trazendo em todos os 21 volumes da série não apenas duas opções de áudio em espanhol (europeu e latino), mas também em português do Brasil, apresentando na íntegra a dublagem nacional feita pela Herbert Richers, além do áudio original em inglês. E por aqui, praticamente nada foi lançado em DVD além de "Os Sentinelas", que aliás não passou de um reaproveitamento do lançamento feito em VHS alguns anos antes. Definitivamente, o fã brasileiro não tem muita sorte com algumas séries de animações...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

ANIMAÇÃO DE CAVALEIRO DAS TREVAS GANHA EDIÇÃO DE LUXO



Tida como uma das obras de quadrinhos mais impactantes da década de 1980, a minissérie "Batman - O Cavaleiro das Trevas", escrita e desenhada por Frank Miller, redefiniu a percepção do conceito do Homem-Morcego, e no ano passado, para alegria dos fãs, finalmente ganhou uma adaptação em animação, que foi lançada em duas edições no mercado de vídeo americano. Para felicidade dos fãs brasileiros, essa animação também foi lançada no Brasil, quase ao mesmo tempo das edições americanas. Só que, ao contrário dos Estados Unidos, onde a obra foi lançada em DVD e Blu-Ray, a Warner do Brasil lançou os dois volumes da animação apenas em DVD no mercado nacional, para decepção de muitos fãs que queriam ver esta bela obra em todo o seu esplendor da alta definição de vídeo.
E agora, mostrando novamente a diferença de tratamento do lançamento voltado para o mercado americano em relação ao brasileiro, a Warner está lançando este mês, nos EUA, nada menos do que uma edição especial de colecionador da animação. A edição, intitulada BATMAN: THE DARK KNIGHT RETURNS - DELUXE EDITION, traz em uma única edição as duas partes da animação lançadas em setembro do ano passado e em janeiro deste ano. O pack contém 3 discos, dois Blu-rays e um DVD, e além de trazer absolutamente todo o material que já havia sido lançado antes nas duas partes, traz novos e exclusivos itens para deixar os batfãs ouriçados. O preço desta nova edição é de US$ 29,98, e os discos trazem opções de áudio em inglês, francês, espanhol, e alemão, com opção de legendas nos mesmos idiomas, mais o japonês. Até algum tempo atrás, os lançamentos em blu-ray das animações dos heróis da DC traziam também opções de áudio e legendas em português, mas Warner parou de incluir essas opções nos discos, restando ao fã brasileiro ter de adquirir a edição nacional para ver os lançamentos em nosso idioma.
Para piorar, a Warner deixou de lançar por aqui as animações em blu-ray, restringindo os lançamentos apenas ao formato DVD. E como desgraça pouca é bobagem, esta edição especial não tem previsão de ser lançada por aqui, restando aos fãs de nosso país se contentarem com as versões lançadas por aqui em DVD, e com poucos extras, se comparados à edição americana. Confira uma listagem dos extras desta edição especial, para sentir inveja do que os fãs americanos terão à sua disposição:
# Comentários em áudio: Disco 1 (148 minutos): Exclusivo desta nova edição de colecionador, temos comentários do diretor Jay Oliva, do roteirista Bob Goodman, e do diretor de voz Andrea Romano. O trio disseca os desafios de adaptar para animação a obra de Frank Miller, com uma visão sincera sobre a produção, suas escolhas e as mudanças feitas em determinados momentos da história.
# Masterpiece: Frank Miller's The Dark Knight Returns: Disco 2 (69 minutos, formato HD): O grande destaque do material extra contido nesta edição de colecionador é este documentário, conduzido pelo ator Malcolm McDowell, com entrevistas de vários profissionais de animação e dos quadrinhos, começando pela qualidade das histórias de quadrinhos do início dos anos 1970, e mostrando seu desenvolvimento através dos trabalhos de vários artistas, até chegar ao momento de criação da minissérie nas mãos de Frank Miller, com um desenvolvimento em paralelo dos acontecimentos do mundo à época.
# From Sketch to Screen: Exploring the Adaptation Process: (Disco 2, 44 minutos, em formato HD): O diretor Jay Oliva conduz este documentário sobre a segunda metade da animação de Cavaleiro das Trevas fazendo uma bela compração das artes originais dos quadrinhos e sua transposição para animação, com as fases do processo de produção em comparação, mostrando em painéis lado a lado como foi chegar ao resultado final desta produção que se mostrou fiel à obra criada por Frank Miller.
# Batman and Me: The Bob Kane Story: Disco 2 (38 minutos, formato SD): Um documentário mostrando a extensa carreira do criador de Batman, Bob Kane, com várias entrevistas de nomes de peso da indústria dos quadrinhos e afins, entre os quais Stan Lee, Mark Hamill, Elizabeth Kane, Jerry Robinson, Thomas Andrae, Paul Levitz, Jonathan Exley, entre outros.
# Superman vs. Batman: When Heroes Collide: Disco 2 (9 minutos, formato HD): "Quem venceria uma luta entre Batman e o Super-Homem?" Uma rápida olhada sobre os complexos papéis que envolvem tanto o cavaleiro das trevas quanto o homem de aço na intrincada trama que mostra o governo como uma autoridade totalmente ilegítima, e mais detalhes.
# The Joker: Laughing in the Face of Death: Disco 2 (14 minutos, formato HD): Um resumo sobre o Coringa, sua introdução no universo do Batman, vários de seus golpes, truques, e planos homicidas e loucos durante vários anos, até chegar ao seu clímax em "Cavaleiro das Trevas".
# Her Name is Carrie... Her Role is Robin: Disco 2 (12 minutos, formato HD): Um olhar sobre o papel revolucionário de Carrie como a Robin feminina de Frank Miller e seu impacto no mundo dos quadrinhos.
# Additional Episodes from the DC Comics Vault: Disco 2 (114 minutos, formato SD): Alguns episódios sortidos das animações do Batman, como "Two-Face, Parts 1 & 2," "The Last Laugh", e "The Man Who Killed Batman" de Batman: The Animated Series, além de "Battle of the Superheroes!" da série Batman: Os Bravos e Destemidos.
# Digital Comic Excerpts: Disco 2 (formato HD): Quadrinhos digitais das minisséries "The Dark Knight Returns" e "The Dark Knight Falls" by Miller.
                Finalizando, o DVD ainda traz uma cópia da animação em qualidade padrão de DVD. Há também um pequeno pacote de cards ilustrados, além do código para efetuar o download de uma cópia digital da animação. Os discos de alta definição são de camada dupla. Um pacote para fã nenhum botar defeito mesmo. Resta saber quando a Warner do Brasil terá vergonha na cara e oferecer um lançamento desses por aqui...

MANDRAKE GANHA ÁLBUM PELA PIXEL



                Depois de resgatar e trazer de volta às bancas nacionais um dos heróis mais clássicos dos quadrinhos, o Fantasma, a Pixel Media está lançando agora em outubro uma nova edição nos mesmos moldes resgatando mais um herói antigo da arte sequencial: Mandrake, o Mágico, outra criação de Lee Falk, que também criou o Espírito-Que-Anda. MANDRAKE, O MÁGICO: O Mundo do Espelho e Outras Histórias, traz nada menos do que 4 aventuras do mágico, sempre em companhia de seu fiel amigo Lothar, e seu grande amor, a princesa Narda. A edição, em formato 17 x 24 cm, tem 128 páginas, capa cartonada e miolo em papel couché, e preço de R$ 16,90, com distribuição setorizada. Usando de suas habilidades de telepatia e hipnotismo, Mandrake enfrenta malfeitores e outros vilões em suas viagens pelo mundo, onde se apresenta em vários shows. Lothar, um príncipe africano de grande estatura e força, é seu melhor amigo. Ambos estão quase sempre na companhia de Narda, princesa do reino de Cockaigne, sua noiva e grande amor. Exímio ilusionista, o mágico também é um detetive muito capaz, e por isso, sempre acaba se envolvendo na solução de crimes variados onde quer que vá, enfrentando diversos tipos de inimigos.
                Ao contrário da edição lançada com o Fantasma, que republicou uma de suas primeiras e mais famosas aventuras, esta edição dedicada ao Mandrake traz histórias produzidas nos anos 1960, concebidas por Lee Falk, e com a arte de Phill Davis, que era o desenhista oficial do personagem desde sua primeira aventura, ainda na década de 1930. Aliás, o material publicado nesta edição figura entre os últimos materiais produzidos pela dupla, uma vez que Davis faleceu em 1964. Para substituir o parceiro, Falk contratou Fred Fredericks, que se tornou o desenhista regular das aventuras de Mandrake, atuando juntos até a morte de Lee Falk, em 1999. A partir de então, Fredericks passou a escrever e desenhar as histórias.
                Nesta edição, na história "O Mundo do Espelho", o mais famoso dos mágicos enfrenta um rival à sua altura: o diabólico Ekardnam, que nada mais é do que o próprio Mandrake, ou melhor, sua versão de um universo paralelo ao nosso, onde todos têm índoles invertidas: aqueles que em nosso mundo são boas pessoas, têm contrapartes malignas nesta Terra paralela, e onde aqueles que aqui são maus, possuem duplicatas boas. E Ekardnam não está sozinho: ele tem o auxílio de Adran e Rahtol, que são as duplicatas perversas de Narda e Lothar, e não pretende deixar que Mandrake e seus amigos interfiram com seu plano maligno de dominar o nosso mundo. O álbum ainda traz três aventuras clássicas: "O Colégio de Mágica", "O Chefe", e "O Contrabandista".
                Mandrake foi criado por Lee Falk em 1934, e sua figura foi baseada em um mágico chamado Neon Mandrake, que se apresentava em shows de mágica na década de 1920, usando um bigode fino, e vestindo uma capa de seda vermelha e cartola. O personagem estreou em tiras de jornais em junho de 1934, ganhando a atenção dos leitores, e motivando Falk a criar um novo personagem aproveitando a fama que seu nome estava ganhando no meio dos quadrinhos. Assim, em 1936, surgia o Fantasma, o primeiro herói uniformizado de todos os tempos. A fama de Mandrake ao fim dos anos 1930 motivou a Columbia Pictures a produzir um seriado com o herói, exibido nos cinemas em 1939, e tendo o ator Warren Hull interpretando o destemido mágico. O ator Al Kikume interpretava seu fiel amigo Lothar. A série teve 12 episódios, onde Mandrake e Lothar enfrentam as forças do perverso Vespa e sua gangue de capangas, que roubam um aparelho de ondas de rádio que pode ser potencialmente perigoso em mãos erradas. Esta série já foi lançada completa em DVD no Brasil pela Classicline.
                Com o passar dos anos, surgiram outras tentativas de levar Mandrake para a TV ou o cinema, porém nenhum dos projetos vingou. Nos anos 1980, o herói surgiu pela primeira e única vez em animação, na série Defensores da Terra, onde defendia nosso planeta, sempre com seu fiel amigo Lothar, ao lado de outros heróis, Flash Gordon, e o Fantasma. O mágico, aliás, teve a caracterização mais fiel de todos os personagens, mostrando sempre seu lado sofisticado e extremamente habilidoso na arte de iludir e enganar os inimigos com sua mágica. O grande vilão da série era Ming, o Impiedoso, regente de Mongo, que resolveu invadir e conquistar nosso mundo, mas sempre tinha seus planos desfeitos pelos heróis. Lothar também estava presente na série, sempre como o braço direito de Mandrake, mas Narda nunca sequer apareceu ou foi mencionada.
                Assim como o Fantasma, o Mandrake já teve melhores épocas no mercado editorial brasileiro, especialmente quando tinha revista mensal publicada pela Rio Gráfica e Editora, que durou bastante tempo, além de edições especiais e almanaques. Na primeira metade dos anos 1990, contudo, nem todos os sortilégios conhecidos pelo famoso mágico impediram que sua revista fosse cancelada pela editora, agora chamada Globo, que praticamente cancelou sua divisão de quadrinhos. De lá para cá, Mandrake teve raríssimas aparições no mercado nacional de quadrinhos. A edição lançada pela Pixel é um bom ponto de retorno para Mandrake e suas artes mágicas, e esperemos que a empreitada dê certo, e em breve os leitores nacionais, novos e antigos, tenham oportunidade de lerem mais aventuras.