Criação
de Go Nagai transformou as séries de mechas no Japão, criando uma verdadeira
febre na década de 1970, estando agora disponível na Netflix
Adriano de Avance Moreno
Mazinger Z, o primeiro super robô de todos, finalmente estréia no
Brasil via Netflix.
Dois
ditados da sabedoria popular falam que “quem espera sempre alcança”, e que
“paciência é uma virtude”. Bem, no que tange aos amantes da animação japonesa,
eis que tais provérbios sempre costumam ser postos à prova no aguardo de que
alguma série de anime possa estrear oficialmente no Brasil, por mais famosa que
seja. E isso obriga estes fãs a aguentarem esperas por vezes bem longas. Mas
talvez nenhuma delas tenha sido tão demorada quanto uma das mais famosas séries
da história da animação nipônica que finalmente fez sua estréia oficial em
nosso país no último dia 04 deste mês de março: nada menos do que Mazinger Z, a
primeira série de super robôs da história dos animes.
A
série estreou no sistema de streaming da Netflix, que há algum tempo já
anunciava que a produção iria estar disponível. E eis que, finalmente, ela
estreou, e com uma notícia que todos queriam confirmar: com dublagem em
português. Na verdade, a dublagem da série já havia sido feita há alguns anos,
nos estúdios da BKS, em São Paulo, mas era preciso aguardar que alguém
adquirisse os direitos de exibição da série, para que enfim os fãs pudessem
assisti-la. Até então, tudo o que se podia ver eram alguns episódios que eram
disponibilizados no sistema de entretenimento de alguns vôos de uma companhia
aérea nacional. E quem tinha oportunidade de conferir estes episódios sempre se
perguntava se a série tinha sido dublada por inteiro, e se alguma emissora ou
empresa de vídeo poderia exibi-la ou disponibilizar para venda. E então, surgiu o anúncio da Netflix,
trazendo a grande esperança que todos desejavam, de que a produção seria
oferecida na íntegra a seus assinantes do sistema de streaming.
Dr. Hell, o grande e diabólico vilão da série (acima), e seus dois
principais capangas, os bizarros Barão Ashura, e o Conde Broken (abaixo).
Parecia
de fato um milagre, afinal, salvo algumas ocasiões, os fãs da animação japonesa
sempre tiveram de enfrentar várias dificuldades para poderem ver suas séries
favoritas serem exibidas de forma oficial por aqui. E mesmo assim, as maiores
esperanças ficavam sempre em séries mais recentes, o que não é o caso de
Mazinger Z, cuja produção que está disponível no sistema de streaming da
Netflix é nada menos do que a original, dos anos 1970, e não uma das versões
mais novas que chegaram a ser produzidas no Japão, como foi o caso de Mazinger –
Impact Z, produção de 2009, que foi exibida pela mesma Netflix por aqui há
alguns anos, o que torna o feito ainda mais surpreendente.
Afinal,
Mazinger Z estreou em 3 de dezembro de 1972 na Fuji Television do Japão, dando
início à febre das séries de super robôs na Terra do Sol Nascente,
encerrando-se apenas em 1º de setembro de 1974, após 92 episódios. Em outras
palavras, uma espera de quase 50 anos até finalmente estrear em terras
brasilis. Um atraso considerável se levarmos em conta que a produção já foi
exibida em vários outros países latino-americanos há muitos e muitos anos
atrás, enquanto os fãs brasileiros ficavam esperando pela sua vez de poder
conferir oficialmente a série, o que só está sendo possível agora, uma vez que
antes só era possível através de fansubbers ou comprando os DVDs de países onde
foi lançada no mercado de vídeo, como na Espanha, onde Mazinger ganhou edições
caprichadas em boxes de DVD para fã nenhum botar defeito.
Até
mesmo nos Estados Unidos a série já havia sido exibida, muitos anos atrás, mas
com o nome de Tranzor Z, em meados dos anos 1980, quando outras duas produções
japonesas, Robotech e Patrulha Estelar, estouraram na audiência em Terras do
Tio Sam. Obviamente, como costumava acontecer naqueles tempos, todos os
personagens tiveram seus nomes originais japoneses adaptados para nomes
ocidentais, sem mencionar que, dos 92 episódios, foram exibidos apenas 65.
Go Nagai, o criador de Mazinger Z, e de várias outras séries de
sucesso, como Devilman, Cutey Honey, Getter Robo, Grendizer, e muitas outras.
Criada
por Go Nagai, Mazinger foi o primeiro super robô da história dos animes, e sua
série provocou um verdadeiro rebuliço no Japão, não apenas no estilo de
história, como no seu aproveitamento comercial, uma vez que Go Nagai, em uma
jogada pioneira no ramo na época, criou uma empresa só para explorar a série
comercialmente, o que fez com que inúmeros produtos fossem lançados com a
imagem do poderoso robô, fazendo o artista faturar horrores com isso, e
tornando a exploração de merchandising de séries uma tática padrão dos
produtores para lucrar o máximo possível com suas produções. Um impacto que o
bolso dos fãs sentiu de forma fulminante.
Na
história da série, nosso planeta está à mercê de ser conquistado pelo malévolo Dr. Hell
(Dr. Inferno), um cientista alemão de uma equipe de arqueologia que, tendo
descoberto os segredos de uma antiga civilização perdida, que envolviam a criação
de seres mecânicos gigantes que podiam ser controlados por pessoas, sucumbiu à
sede de poder, matando todos os demais membros de sua equipe, e passou a usar
estes conhecimentos para criar bestas robóticas com o objetivo de dominar o
mundo. Mas um dos membros, o professor Juzo Kabuto, conseguiu escapar, e
concentrou seus esforços para criar uma superarma capaz de impedir as bestas
robóticas e proteger o mundo dos planos insanos do Dr. Hell. O vilão consegue
eliminar Kabuto, mas não antes deste entregar a seu neto Koji a superarma, o
gigantesco robô Mazinger Z, construído com a chamada Super Liga Z, um metal
especial ultrarresistente, e armado até os dentes. E Koji, aliado ao Instituto
de Pesquisa de Energia Fotônica (chamada de energia foto-atômica na versão nacional), e a um grupo
de amigos, se torna o principal obstáculo aos planos de conquista do Dr. Hell.
Para
levar adiante seus planos perversos de conquista e destruição, o Dr. Hell conta
com dois auxiliares medonhos e cruéis: o Barão Ashura, uma estranha pessoa
composta de duas partes, uma feminina, e outra masculina; e o demoníaco Conde
Broken, um ser cuja cabeça está separada de seu corpo, comandante das legiões
da Cruz de Ferro, um exército que dá suporte aos planos malignos do Dr. Hell. E
tomem ataques das bestas robóticas, que são detonados pelo poderoso robô, que
sempre reduz os mechas inimigos a pilhas de metal retorcido e pedaços que
fariam a cabeça de qualquer dono de ferro-velho.
O
mangá original foi publicado na famosa revista Shonen Jump, da editora Shueisha,
entre 1972 e 1974, totalizando 5 volumes encadernados. A série de anime foi
produzida pela Toei Animation, com direção de Tomoharu Katsumata, que trabalhou
também em outras produções como Cutey Honey, Cyborg 009, Patrulha Estelar,
Gegege no Kitaro, Getter Robo, Great Mazinger, entre diversas outras produções.
O character design ficou a cargo de Keisuke Morishita e Yukiyoshi Hane, com a
música-tema “Mazinger Z” cantada por Ichiro Mizuki, tornando-se uma das mais
cults músicas de abertura de uma série de anime, com um estilo empolgante e que
contagia até hoje quem a ouve.
Todos
os 92 episódios clássicos de Mazinger Z estão disponiveis no Netflix, e
dependendo da repercussão, o serviço de streaming pode até pensar em trazer
outras produções clássicas famosas que os fãs nunca imaginariam ter a
oportunidade de assistirem oficialmente por aqui, como por exemplo as primeiras
séries da franquia Gundam, produção tão ou até mais famosa que Mazinger Z, e
que da mesma forma, nunca chegaram a ser exibidas por aqui, com exceção de
Gundam Wing, no início dos anos 2000.
Sendo
o streaming o grande filão atual do mercado, várias empresas multinacionais do
ramo de entretenimento começaram a criar seus próprios sistemas, batalhando por
este mercado, onde até então a Netflix reinava quase sozinha. Com a
concorrência se acirrando, algumas produções passaram a ser exclusivas de
determinados serviços de streaming, como o novo Disney+, que tem em seu acervo
praticamente todas as produções da Disney e de diversos outros estúdios. Visando
manter a sua posição no mercado nesta chamada “guerra dos streamings”, a
Netflix tem passado a observar com maior atenção as séries de animação
japonesa, sabendo que elas podem ser um grande trunfo na conquista por mais
usuários e na manutenção dos atuais clientes, podendo desencadear um novo
“boom” de produções nipônicas no Brasil, onde já se pode notar um duelo pela
preferência do público otaku entre a própria Netflix e a Crunchryoll, que além
de exibir várias séries japonesas recentes com legendas, vem se esforçando para
oferecer diversas produções dubladas também, de olho na parcela do público que
prefere atrações dubladas.
Nesta
guerra pela conquista da preferência dos usuários, cada sistema de serviços
procura reforçar o seu leque de opções, e com a estréia de Mazinger Z, o
Netflix mostra uma atitude para lá de ousada por apostar numa série antiga, mas
amplamente conhecida entre o público otaku, que certamente está ansioso por
poder enfim conhecer esta produção que marcou época no Japão, e faz sentir sua
influência até hoje em determinados segmentos da animação nipônica. E quem
ganha com esta disputa são os fãs brasileiros de animação, sejam elas de qual
país forem. Então, que venham as empolgantes aventuras do Mazinger Z! E que não
sejam as últimas...
A FEBRE DOS SUPER
ROBÔS
Mazinger
Z foi um verdadeiro estouro de audiência na TV japonesa. As batalhas do imenso
robô contra as bestas robóticas do famigerado Dr. Hell deixaram a audiência
eletrizada. Apesar de na época a TV nipônica já ter apresentado até aquele
momento várias séries onde os heróis combatiam ameaças gigantes, nenhuma havia
deixado o público tão empolgado quando as lutas de Koji Kabuto no comando do
imenso robozão. E isso incluía séries de mechas anteriores, como Robô Gigante,
Tetsujin 28 (Gigantor), e séries live-action como Goldar, além daquela que seria uma das mais famosas
franquias dos tokustsus japoneses, Ultraman.
Curiosamente,
apesar de a animação japonesa para TV ter nascido efetivamente com Astro Boy,
em 1963, um personagem robô criado por Osamu Tezuka, os robôs até então não
tinham tantas séries de destaque nas produções animadas japonesas. Poucas
séries haviam sido criadas antes de 1972, entre elas Robotan e Astroganger,
além dos personagens ciborgues Oitavo Homem, e Cyborg 009, além das já citadas
Astro Boy e Gigantor. Mas Go Nagai iria mudar tudo isso. O artista já havia se
notabilizado por criar séries com violência e sensualidade, procurando se
distanciar das outras séries de mangás produzidas à época, por achar as
histórias “bonitinhas” e “inocentes demais”, quando a realidade era bem
diferente. Nagai foi um dos precursores da inclusão de fortes doses de
violência nas animações nipônicas, e Mazinger Z não fugiria desta
característica, onde os combates perpetrados pelas bestas robóticas do Dr. Hell
contra a humanidade eram para lá de devastadores, sendo detidos apenas pela
força incomparável do Mazinger Z, que também não economizava na violência para
desmantelar os mechas do inimigo. E nem é preciso dizer que o público ia à
loucura com os combates travados. Afinal, como mensurar o impacto de ver um
robô de dezenas de metros de altura detonar monstros cibernéticos tão ou até
maiores do que ele, nos mais diversos lugares, fosse no meio de uma floresta,
ou dentro de uma cidade, em meio às construções? E isso sem falar nos golpes
característicos que o herói desferia contra os inimigos, gritando seus nomes em
alto e bom som, como o inconfundível “soco foguete” (rocket punch, no
original), que todos nunca cansavam de ouvir, além de vários tipos de situações
que acabariam por se tornar verdadeiros clichês nas produções de séries de
super robôs, com histórias onde mocinhos e vilões tinham papéis bem definidos e
eram facilmente identificáveis pelo público telespectador.
Mas a grande contribuição de Nagai em Mazing Z foi
estabelecer o conceito de robô “pilotável”, uma idéia que veio à sua mente
quando dirigia seu carro, o que o fez pensar no que faria se pudesse pilotar um
robô gigante como se fosse um veículo. Até então, os mechas criados nas séries
anteriores eram ou dotados de autoconsciência, ou comandados por controle
remoto. Com uma pessoa comandando o imenso robô gigante da série, Nagai
praticamente estabeleceu ali o "modus operandi" de praticamente 99% de todas as
séries de mechas posteriores, e elas não seriam mais apenas produções isoladas,
em meio à demanda por animações na terra do Sol Nascente.
Koji Kabuto é o herói da série, pilotando o Mazinger Z através de um
hoovercraft especial com o qual se acoplava à cabeça do imenso super robô.
Abaixo, algumas das bestas robóticas do infame Dr. Hell.
Isso
porque o sucesso desencadeado por Mazinger Z foi tamanho que praticamente todo
mundo queria explorar o filão dos assim chamados “super robôs”, nome que
estes mechas ganharam por serem praticamente supermáquinas de combate, e que, ainda que
fossem criações fictícias, fugiam bastante dos conceitos mais realistas de
criações mecânicas, já que os robôs pareciam criados meio que ao acaso, como se
fossem um monte de latas amontoadas, sem muita lógica ou verossimilhança com a
vida real. Tínhamos veículos especiais que, ao se juntarem, praticamente já
formavam o super robô da série, por mais absurda que a combinação parecesse, e
em mais de um tipo de combinação até. Este tipo de conceito determinaria as
diferenças destes robôs para as criações mecânicas da década de 1980, que por
serem calcadas mais em fatos reais e obedecendo tanto quanto possível a
princípios mais científicos, passaram a ser chamados de “robôs reais”, em
contrapartida aos “super robôs” criados até então. Mas o público não estava
muito interessado se a ciência era ou não seguida de forma lógica nestas
séries. Todo mundo correu para criar sua própria série de super robô e
conquistar seu terreno neste segmento. Até mesmo quem já era um artista
consagrado na área de mangás resolveu tentar se aventurar no gênero dos super
robôs, como Leiji Matsumoto, criador de Capitão Harlock, Expresso Galáctico
999, além da inesquecível Patrulha Estelar (ao lado de Ishinobu Nishizaki),
criando Danguard Ace. Séries como Raideen, Tekkaman Blade, Groiser X, Gaiking,
Kotetsu Jeeg, Combatler V, Diapolon, entre muitas outras, “entupiram” as
programações das emissoras de TV japonesas, todas elas batalhando pela atenção do público, com
sucessos variáveis em cada caso.
Go
Nagai, por sinal, não ficou parado, apenas vendo o sucesso que Mazinger Z
fazia. Ao fim mesmo da série, ele “plantou” o sucessor do poderoso robô, o
novíssimo Great Mazinger, que estrelaria sua própria série, posteriormente,
após o artista criar outro super robô, o Getter Robo, estrelando outra série que
também fez outro grande sucesso na TV nipônica. O artista ainda invadiu os
cinemas com produções de seus super-mechas, entre eles cross-overs, mostrando o
encontro de suas criações em aventuras conjuntas para enfrentarem as ameaças
que surgiam em nosso planeta, deixando as plateias delirando.
Tantas
produções, lançadas simultaneamente, e em tão pouco espaço de tempo, logicamente,
acabaram por saturar o gênero, e ao fim dos anos 1970, as séries dos super
robôs já não empolgavam tanto quanto antes, uma vez que todo mundo já havia
visto algum tipo de super robô. Mas uma nova série, também do gênero mecha,
iria garantir a continuidade do filão nas produções animadas futuras, cujos
reflexos são sentidos até hoje, Mobile Suit Gundam, que daria início à era dos
“robôs reais”, mas isso é outra história.
De
todas as várias produções de mechas deste período, apenas uma série chegou ao
Brasil: Groiser X, que aqui ganhou o nome de “Pirata do Espaço”, tendo sido
exibida completa na TV Manchete nos anos 1980, ganhando muitos fãs. Outra série
desse período, Voltus V até chegou a ter alguns episódios lançados diretamente
no mercado de vídeo, ainda nos tempos do VHS, mas ficamos nisso. Só mais
recentemente tivemos o lançamento de uma das novas versões de Mazinger (a Impact
Z) em nosso país, que agora poderá conferir a primeira de todas as séries de
super robôs.
No
Japão, mesmo com os super robôs tendo encerrado seu ciclo, ocasionalmente
algumas das antigas produções ganharam remakes ou novas versões ao longo dos
anos, mantendo sempre o estilo característico daquelas antigas séries, e o
próprio Go Nagai, volta e meia, foi lançando algumas novas versões destes
antigos trabalhos, sendo o mais recente deles Mazinger Z: Infinity, longa-metragem
para cinema lançado oficialmente no Japão em janeiro de 2018, comemorando os 50
anos de carreira de Go Nagai, e trazendo o fim definitivo (pelo menos até o
presente momento) das aventuras do Mazinger original, com Koji Kabuto voltando
a pilotar o imenso robô para mais uma vez deter as maléficas forças do Dr.
Hell, que volta para um ataque visando se apoderar de um mecha chamado
Infinity. Este longa chegou a ser exibido de forma muito mal divulgada em
alguns poucos cinemas brasileiros, antes de ser lançado em streaming em nosso
país, com dublagem providenciada pela UniDub, que inclusive manteve o mesmo
elenco de dublagem da série clássica realizada pela BKS.
O ROBÔ MAZINGER Z
Concebido
pelo Doutor Juzo Kabuto, avô de Koji, o supermecha Mazinger Z foi construído
com um metal especial, chamado Super Liga Z, que lhe confere uma enorme
resistência a ataques físicos, além de suportar o imenso fluxo de energia
fotônica que abastece os sistemas do robô. Sua aparência, à primeira vista, não
parece das mais amigáveis, e o próprio nome do robô denota sua aparência
demoníaca, uma vez que o nome Mazinger significa “deus demônio” (de Majin =
demônio; e Jin = deus). O próprio Dr. Juzo, em seus últimos momentos, conta a
seu neto que, no comando do imenso robô, Koji poderia ser tanto um deus quanto
um demônio, dadas as imensas capacidades do supermecha.
O
robô é controlado por um tipo especial de hoovercraft, chamado pilder, onde
está a cabine do piloto, que se acopla à cabeça do Mazinger. Este veículo
também pode ser usado de forma independente, e está equipado com algumas armas,
para uso em caso de necessidade. O Mazinger tem 18 metros de altura, e pesa
cerca de 20 toneladas. O imenso robô pode correr até uma velocidade de 360
Km/h, mas para ajudá-lo a transpor as distâncias com mais facilidade e praticidade,
os cientistas do Instituto de Pesquisa de Energia Fotônica desenvolveram o Jet
Scrander, um sistema com dois imensos jatos e asas que podem se acoplar ao
Mazinger, conferindo-lhe a capacidade de vôo, permitindo-lhe alcançar até três
vezes a velocidade do som.
Dotado
de imensa força, o Mazinger Z possui inúmeras armas para uso em combate, sendo
a mais conhecida delas o Rocket Punch (Soco Foguete), onde seus punhos são
disparados diretamente contra o alvo, impulsionados por potentes jatos. Outra
arma é o Iron Cutter (Corte de Aço), com duas lâminas extremamente afiadas
surgindo das laterais dos antebraços do robô. Girando os braços em alta
velocidade, ele pode dar o Super-Soco Giratório, e a imensa grade no peito do
mecha pode emitir um raio laser de alta potência que destrói praticamente tudo
em seu caminho. Os olhos do robô ainda podem disparar raios fotônicos que
causam vários danos ao inimigo. O robô ainda conta com mísseis perfurantes que
são disparados de seus cotovelos, além de raios congelantes, e mísseis que são
disparados da barriga do mecha (Soco Míssil). O Jet Scrander, a unidade de
propulsão voadora, também pode ser usada como arma, uma vez que as pontas das
asas são extremamente afiadas, permitindo ao Mazinger literalmente cortar os
oponentes ao meio usando-as como se fosse uma espada. Mesmo em vôo, as
extremidades das asas também podem ser usadas para fatiar os inimigos em pleno
vôo. O interior central das asas também abrigam um arsenal de estrelas afiadas
estilo shurikens que podem ser disparadas nos inimigos, conforme a necessidade
da luta.
Não
era difícil Koji ter de lançar mão de todas estas armas na luta contra as
bestas robóticas criadas pelo Dr. Hell, que muitas vezes atacavam em grande
número, forçando o Mazinger Z a ir a seus limites e até mesmo ultrapassando-os,
para deter os monstros do vilão e frustrar seus planos perversos, em lutas
descomunais cheias de golpes (sempre mencionando cada um deles na hora de
usá-los) e extremamente violentas.
VOZES ORIGINAIS
Koji Kabuto: Hiroya Ishimaru (Kenji Asuka em God Mars; Jean
Kugo em Starzinger; Hot Rod/Rodimus Prime na dublagem japonesa da série
Transformers).
Sayaka Yumi: Kotoe Taichi (Rei Asuka em Brave Reideen; Izume
em Birdy the Mighty; Kanoko Yuki em Mahoutsukai Precure).
Boss: Hiroshi Ohtake (Cyborg 004 em Cyborg 009; Saotome em
Maison Ikkoku; Banta Arai em Danguard Ace).
Gennosuke Yumi: Jouji Yanami (Dr. Gilmore em Cyborg 009;
Toutosai em Inuyasha; Boyakkii em Yatterman).
Shiro Kabuto: Kazuko Sawada (Kantaro Hoshi em Astroganger; Junpei
Hayami em Cutey Honey; Goro Makiba em Grendizer).
Dr. Hell: Kousei Tomita (Bouleuse Gotho em Votoms; Dr.
Saotome em Getter Robo; Alexander Bucock em Lenda dos Heróis Galácticos).
Barão Ashura: Haruko Kitahama (voz feminina – Rafflesia em
Captain Harlock; Mrs. Goriki em Kaibutsu-kun; Ruka em Umi no Triton); Hidekatsu
Shibata (voz masculina – Zenon em Devilman; Geese Howard em Fatal Fury; Gregor
von Muckenberger em Lenda dos Heróis Galacticos)
Conde Broken: Junpei Takiguchi (Dokurobee em Yatterman;
Oshamanbe em Nanako SOS; Major Haiderunekken em Dragonar).
DUBLAGEM BRASILEIRA
Koji Kabuto: Lucas Gama
Sayaka Yumi: Glaucia Franchi
Boss: Leonardo Caldas
Gennosuke Yumi: Ricardo Fábio
Shiro Kabuto: Marina Santana
Dr. Hell: Carlos Campanille
Barão Ashura: Denise Reis (voz feminina), Vagner Santos (voz
masculina)
Conde Broken: Tatá
Guarnieri
Estúdio de dublagem: BKS
Direção de dublagem: Lúcia Helena
Sayaka, companheira de Koji, também tinha o seu próprio robô,
Afrodite-A, com o qual ajudava o Mazinger Z em algumas das batalhas na série.
Enquanto a série clássica de Mazinger estréia somente agora no Brasil,
quase 50 anos depois de ir ao ar pela primeira vez no Japão, a produção já foi
exibida em diversos outros países, como na Espanha, onde ela foi lançada
completa em belos boxes de DVD para colecionadores, inclusive até mesmo em
versões blu-ray, para tremenda inveja dos fãs brasileiros.
A última produção de Mazinger, o longa Infinity, acabou sendo exibido
nos cinemas brasileiros em 2018, mas com uma péssima divulgação, com poucos fãs
a terem conseguido assistir a produção nas pouquíssimas salas onde foi
mostrado. O longo seria lançado em sistema de streaming algum tempo depois,
permitindo aos fãs apreciar a produção que comemorou os 50 anos da carreira de
seu criador, Go Nagai.
Streaming também é TV viu? Teve mais Gundam exibidos no Brasil além do Wing.
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