Depois
de um longo tempo, volto a trazer um de meus antigos textos aqui no blog. No
caso deste, que foi publicado no segundo semestre de 2007, e o assunto era o
lançamento no mercado de vídeo nacional de uma série muito famosa no início dos
anos 1980: ChiP’s, que mostravam as aventuras de uma dupla de policiais da
Patrulha Rodoviária da Califórnia, em uma caixa de DVDs trazendo a primeira
temporada do seriado. Em um bom momento no mercado de vídeo nacional, as
distribuidoras trouxeram vários bons lançamentos para o público consumidor, que
deixou muita saudade daqueles dias, onde sempre esperávamos qual seria a
próxima surpresa que teríamos, ficando sempre na expectativa de qual nova série
teríamos enfim a chance de conhecer e/ou rever. Curtam o texto, e boa leitura...
CHiP’s CHEGA AO
DVD NO SEU ANIVERSÁRIO DE 30 ANOS
Adriano de Avance Moreno
O mercado de boxes de DVDs no Brasil anda meio morno
ultimamente. Embora o número de lançamentos seja satisfatório, a maioria das
distribuidoras parece andar em marcha lenta nos últimos meses, tendo lançado
poucas opções para o crescente público deste tipo de material no país. Se por
um lado isso é bom, pois ajuda a não saturar o mercado, por outro lado, torna o
atraso de lançamento de certas séries por aqui ainda mais penoso para os fãs,
especialmente quando estes sabem que seu lançamento há tanto tempo aguardado já
saiu há tempos no mercado americano, enquanto por aqui não há previsão de seu
lançamento.
Felizmente, há exceções, e uma delas ocorreu neste mês de
setembro passado, quando aproveitando o aniversário de 30 anos de lançamento da
série, ela enfim ganha o seu merecido box de DVDs no mercado nacional. A série
em questão é “Califórnia Highway Patrol” (Patrulha Rodoviária da Califórnia),
mais conhecida como “CHiP’s”, estrelada pela mais famosa dupla de policiais das
auto-estradas californianas, Frank Poncherello e John Baker. O lançamento é da
Warner Home Vídeo, e merece elogios, por trazer ao mercado de vídeo uma das
mais famosas séries policias do fim dos anos 1970 e início dos anos 1980. O
melhor de tudo é que os episódios trazem a dublagem original da série, feita
nos estúdios da BKS, uma preciosidade para muitos fãs, além de alguns extras
interessantes que o público fã do seriado deverá apreciar. O box tem preço de
R$ 119,90, e quem comprou no período de pré-venda, ganhou de brinde um par de
óculos igual ao usado pelos patrulheiros na série.
A
série estreou na Tv NBC em 15 de setembro de 1977 nos Estados Unidos, no
horário das 20 horas, às quintas-feiras. Com o avançar das temporadas, a série
experimentou algumas mudanças de dia e horário, como o sábado e o domingo, mas
sempre sendo exibida, em sua maior parte, às 20 horas. Criada por Rick Rosner,
e produzida pela MGM, CHiP’s não demorou a fazer sucesso na TV americana,
apesar de, inicialmente, ser apenas mais uma série policial entre tantas do
gênero que haviam sido produzidas na década de 1970. Mas, diferente destas,
onde era mostrado o serviço policial dentro das cidades, a nova série inovava
por fixar o foco nas rodovias da região de Los Angeles, deslocando o local da
ação da série, com bom destaque para as perseguições policiais dos patrulheiros
em alta velocidade.
Larry Wilcox, Erik Estrada, e Robert Pine (sentado), os personagens principais da série. |
A série,
aliás, também diferenciava-se das demais produções policiais por não fazer uso
da violência no cumprimento do dever, como era praxe na grande maioria dos
seriados policiais da época. Tanto é que, embora os policiais sempre apareçam
armados (é parte do uniforme padrão), raríssimas vezes a arma foi sacada para
finalidade de atirar. A série ganhou vários elogios das autoridades, por
mostrarem seus protagonistas como pessoas de caráter e atitudes positivas,
mostrando-os como pessoas iguais a qualquer outras, que tinham um serviço,
vidas pessoais e planos de vida e romances, o que ajudou a popularizar e
melhorar a reputação dos verdadeiros policiais rodoviários.
Estrelada
pela dupla Larry Wilcox e Erik Estrada nos papéis principais dos patrulheiros
John Baker e Frank “Ponch” Poncherello, não demorou para os dois virarem
celebridades com o sucesso de CHiP’s em diversos países, nos quais a série foi
exibida, incluído o nosso.
Estreando
no Brasil ainda em 1977 pela saudosa TV Tupi, CHiP’s permaneceu na emissora até
o seu fechamento em 1980, tendo sido exibida, então, pela Record aos domingos à
noite, que exibiu todo o restante da série. Um ponto que marcou o seriado no
Brasil foi o grande número de produtos licenciados, abrindo um novo filão a ser
explorado pelos seriados desde então, que foi o licenciamento de brinquedos e
outros produtos aproveitando o sucesso do seriado. Como não havia violência na série, as
crianças adoravam os personagens, daí a razão do grande sucesso dos brinquedos
lançados com a marca. O sucesso deu direito até dos brasileiros verem um dos
artistas da série por aqui, quando o ator Larry Wilcox, devidamente caracterizado
como seu personagem, apareceu no Programa Silvio Santos, e chegou a agradecer,
em português, aos fãs brasileiros, pela fama da série em nosso país. A
Glasslite, na época, lançou diversos brinquedos, faturando alto com os
patrulheiros mais badalados do pedaço.
O
sucesso da série, contudo, rendeu bons e maus momentos. O sucesso começou a
subir à cabeça de Erik Estrada, que começou a ter suas crises de estrelismos.
Basicamente, o comportamento rebelde de seu personagem começava a contaminar o
intérprete, da mesma forma que Wilcox passou a ser o “comportado” do elenco, a
exemplo do que seu personagem fazia, tendo de segurar a barra nas confusões do
parceiro.
Ao
fim da 5ª temporada da série, Larry Wilcox decidiu pendurar o capacete e sair
da produção. As desavenças com Erik Estrada, além do estrelismo deste, fez o
intérprete de John perceber que não estava ganhando o suficiente para aquilo.
Ao estrear a 6ª temporada, todo mundo ficou surpreso ao ver que a dupla estava
realmente desfeita. A única menção do antigo parceiro ocorreu no primeiro
episódio, quando aparece uma foto de John, onde é mencionado que ele pediu
licença para ajudar um parente em uma fazenda no interior do país. Assim, Ponch
ganhou um novo parceiro, o patrulheiro Bobby Nelson, interpretado por Tom Reily.
Mas não demorou para Estrada também se indispor com o novo companheiro, e assim
ele ganhou o jovem Bruce Nelson, interpretado por Bruce Penhall, como parceiro
e oficial em formação. Ao
fim da 6ª temporada, porém, o carisma do seriado havia se diluído, e em 17 de
julho de 1983, após 139 episódios, CHiP’s chegava ao seu fim.
O 5° ano também ficou marcado pela ausência de Estrada em
alguns episódios, devido às disputas contratuais para continuar na série, o que
levou John a ter como parceiro o oficial Steve McLeish, interpretado por Bruce
Jenner, nestes episódios. Mas o clima entre Estrada e Wilcox foi piorando ainda
mais, e este sentiu-se preterido na série quando Estrada chegou a ganhar um
Rolls-Royce dos produtores. Àquela altura, ambos os atores ganhavam
praticamente o mesmo salário, cerca de 25 mil dólares por episódio, mas os
mimos de Estrada começavam a sair do controle cada vez mais, sem chance de
volta, o que se confirmou na nova temporada, sem Wilcox, e com Estrada como
estrela única da série.
A
Record chegou a exibir esta 6ª e última temporada, e a reprisou por um curto
período, quando saiu da programação da emissora. Após isso, o seriado ainda foi
exibido na TV Bandeirantes e posteriormente pela Manchete, até o início da
década de 1990, quando sumiram da programação nacional aberta. Atualmente, o
seriado é apresentado pelo canal pago TCM, com sua dublagem original.
Em
1998, foi feito um filme para Tv reunindo o elenco do seriado. O telefilme,
chamado de “CHiP’s 99”,
além de resgatar para os fãs os personagens da série, anos depois, também foi
uma maneira de fazer Erik Estrada e Larry Wilcox finalmente se reconciliarem,
após os desentendimentos que forçaram a ruptura da dupla, quase 20 anos antes.
Neste filme, Ponch retorna à Patrulha Rodoviária por um breve período, após
mudar de vida. Ao chegar no antigo local de trabalho, o reencontro com os
velhos companheiros é comovente. John agora é Capitão da CHP, Getraer é
Comissário de Polícia, Grossman é detetive, e seu antigo pupilo Bruce Nelson
acaba de ser promovido a sargento. Só Barizca ainda mantém a posição de
patrulheiro. John está casado, e Ponch, para surpresa de muitos, agora é pai de
um garoto, de um romance ligeiro dos velhos tempos de Frank, que infelizmente
não viveu muito devido a uma doença.
O filme é razoável, mas o mote da ação é o batido tema de
roubos de carros, coincidentemente o mesmo do episódio piloto da série em 1977.
Ponch, apesar da idade, continua propenso a se meter em confusões, e logo de
cara já recebe uma multa de um policial novato. Vale mais pelo saudosismo do
que pela história em si, que poderia ter aproveitado o clima dos dias atuais
para mostrar como a velha dupla reagiria no cumprimento de seu dever, uma vez
que os tempos atuais, em termos de séries policiais, estão bem violentos em
alguns setores. Este filme foi lançado em VHS pela Warner no mercado nacional e
já exibido pela TVS/Sbt diversas vezes.
O box da Warner é praticamente idêntico ao americano, com
o lado positivo de se ter a dublagem em português original da BKS, à exceção de
um episódio que foi redublado na Herbert Richers. De extras, comentários de
Ponch “em pessoa” em diversos dos episódios, com Erik Estrada, além do
documentário “A Resistência do Harlem Hispânico”, que devem dar algum alento
aos fãs da série. Vale lembrar que, como se trata de um seriado antigo,
torna-se mais difícil obter bons materiais “extras”, uma vez que, na época da
produção do seriado, o videocasssete ainda estava por nascer, e ninguém poderia
imaginar o que seria o DVD. De qualquer maneira, é um lançamento imperdível
para quem curte as boas séries de antigamente. CHiP’s pode parecer ingênuo e
até bobo para os dias atuais, mas marcou uma época onde pelo menos a polícia
impunha respeito apenas com sua presença, sendo respeitada, e não se valia da
violência gratuita que transborda, lamentavelmente, nos noticiários e séries
policiais de hoje. Algo que ninguém precisa se envergonhar de ter saudade...
E,
claro, CHiP’s não poderia ficar de fora da onda de remakes feitos pelo cinema
hoje em dia. Para
2009, deve estrear uma produção baseada na série, que já teria Wilmer
Valderrama confirmado no papel de Ponch. Maiores informações até o momento não
foram divulgadas, mas a julgar pela onda das últimas adaptações de seriados e
seus resultados em grande parte decepcionantes, os fãs podem ficar preocupados
de como será a interpretação de seu seriado favorito na tela grande. É esperar
para ver.
A DUBLAGEM DA SÉRIE
CHiP’s
foi dublada no estúdio paulista da BKS, que fez um bom trabalho na escolha de
vozes. Confira abaixo os dubladores e seus personagens:
Frank “Ponch” Poncherello:
Ricardo Marigo
John Baker: Hamilton Ricardo (2ª
à 5ª temporada)
Bruce Nelson: José Parisi Jr. (6ª
temporada)
Sargento Joseph Getraer: Ismael
Vieira (1ª e 2ª temporadas), e Carlos Campanille (da 2ª à 6ª temporada)
Arthur Grossmann: Waldir Oliveira
Bonnie Clark: Márcia Gomes
Harlan: Eleu Salvador
Já o telefilme
"CHiP’s 99" foi lançado em VHS legendado pela Warner Home Vídeo, mas
já foi exibido diversas vezes pelo SBT, dublado. A dublagem deste filme foi
feita no estúdio carioca Som de Vera Cruz, que escalou um novo elenco de vozes
para os personagens, à exceção de Hamilton Ricardo, que repetiu sua performance
como John Jon Baker. Confira a relação de dublagem do filme:
Capitão John Baker: Hamilton
Ricardo
Frank Poncherello: Alfredo
Martins
Comissário Joe Getraer: Jorge
Ramos
Detetive Grossman: Newton Martins
Patrulheiro Barry Baricza: Pietro Mario
Peter Roulette: Ettori Zuim
Sargento McFall: Cristiano Torreão
FICHA TÉCNICA
Criador: Rick Rosner
Produtores Executivos: Rick
Rosner, Cy Chermak
Supervisor de Produção: Paul
Mason
Produtores: Rick Rosner, Cy Chermak, Ric
Randall, William D. Gordon, James Doherty
Diretores: Michael Caffey, Bruce Kessler, Earl Bellamy,
Phil Bondelli, Leslie H Martinson, Chuck Bail, Barry Crane, Robert Pine, John
Astin, Richard Colla, Richard Irving, Winrich Kolbe, Nicholas Sgarro, Paul
Krasney, Christian I Nyby II, Edward Abroms, Georg Fenady, John Florea, Don
McDougall, Larry Wilcox, Don Weis, Gordon Hessler.
Música: Billy May, John Parker, Mike Post, Pete
Carpenter, Alan Silvestri, Luchi DeJesus
Tema de "CHiPs": John Parker
Supervisão de Música: Harry
Lojewski
ELENCO
Larry Wilcox: Patrulheiro Johnatan Baker
(1977-1982)
Erik Estrada: Patrulheiro Frank
"Ponch" Poncherello (1977-1983)
Robert Pine: Sargento Joseph Getraer
(1977-1983)
Lew Saunders: Patrulheiro Gene
Fritz (1977-1981)
Brodie Greer: Patrulheiro Barry
Baricza (1977-1982)
Brianne Leary: Patrulheira Sindy
Cahill (1978-1979)
Lou Wagner: Harlan Arliss, Mecânico (1978-1983)
Paul Linke: Patrulheiro Artie
Grossman (1978-1983)
Randi Oakes: Patrulheira Bonnie Clark
(1979-1982)
Michael Dorn: Patrulheiro Jebediah Turner
(1980-1982)
Tom Reilly: Patrulheiro Bobby Nelson (1982-1983)
Tina Gayle: Patrulheira Kathy
Linahan (1982-1983)
Bruce Penhall: Patrulheiro Bruce
Nelson (1982-1983)
Clarence Gilyard, Jr.:
Patrulheiro Benjamin Webster (1982-1983
CURIOSIDADES SOBRE A SÉRIE
- Durante seus 139 episódios, um
total de 19 pessoas “morreram” nas aventuras vividas pelos patrulheiros
rodoviários. A maioria das mortes aconteceram em acidentes de carros. Apenas um
personagem morreu em conseqüência de tiro de arma de fogo. O “recorde” de
mortes foi no episódio “Mait Team”, onde 11 pessoas morreram em decorrência de
um acidente.
- Em outubro de 1981, o
elenco da série, durante uma pausa das filmagens, fez doação de sangue para
dois patrulheiros rodoviários de verdade da Califórnia que haviam sido feridos
por tiros. Um dos oficiais sobreviveu, mas o outro faleceu.
- Os patrulheiros de motos do CHP
raramente trabalham em duplas no patrulhamento. No início da série, a parceria
entre John e Ponch era explicada pelo fato de Frank ser novato na instituição
(inclusive, no episódio piloto, ele completa seu estágio probatório, mas não
sem ter de levar algumas duras do Sargento Getraer), e John servia como seu
instrutor no serviço.
- O personagem Ponch foi
concebido originalmente como sendo italiano, mas com a opção de Erik Estrada
pelo papel, o personagem foi mudado para hispânico-americano.
- Erik Estrada e Larry Wilcox
apareceram como seus personagens na série CHiP’s no filme “Máquina Quase
Mortífera 1”,
durante um tiroteio nos corredores de um hotel, onde os personagens de Emílio
Estevez e Samuel L. Jackson lhes perguntam se aquele era o tiroteio que
procuravam. Curiosamente, eles estão com suas motos de patrulha (?) no corredor
do hotel...
- Erik Estrada não tinha nenhuma
experiência com motocicletas quando foi contratado para o elenco da série. A
solução foi fazer um curso intensivo de oito semanas, onde ele aprendeu como
pilotar motos. Mesmo assim, o ator revelou, tempos depois, que durante o tempo
em que trabalhou na série, não tinha licença para dirigir motos. Só
recentemente o ator conseguiu tirar esta licença, após várias tentativas.
- Apesar do uso regular de dublês
nas cenas perigosas, Larry Wilcox e Erik Estrada diversas vezes protagonizaram
eles mesmos as cenas de acidentes e de perigo. Mas, enquanto Wilcox escapou
ileso das ousadias, Estrada não teve a mesma sorte, e se machucou diversas
vezes.
- Dos atores secundários da
série, dois deles ganharam destaque em séries posteriores. Michael Dorn, que
fez o patrulheiro Jeb Turner, faria o papel do klingon Worf em “Jornada nas
Estrelas – A Nova Geração”, e posteriormente, em “Jornada nas Estrelas – Deep
Space Nine”, além dos filmes da franquia no cinema. Já Clarence Gilyard Jr.
seria parceiro de Chuck Norris na série “Walker, Texas Ranger”.
- Erik Estrada feriu-se
gravemente durante as filmagens em agosto de 1979, ao sofrer um acidente de
moto. O ator chegou a passar 5 dias em coma, mas conseguiu se recuperar e
retornou à série. O acidente ajudou a aumentar o interesse do público pela
série, pois todos queriam ver quem era o personagem cujo ator quase havia
morrido.
- No seriado, o personagem de
Larry Wilcox é mencionado como tendo participado da Guerra do Vietnã. Na vida
real, Wilcox serviu por 13 meses como artilheiro da Marinha americana. Outra
coincidência entre o personagem e seu intérprete é que, na justificativa para a
ausência de John no 6° ano é mencionado que ele se licenciou para ajudar seu
tio que estava em dificuldades em sua fazenda; Wilcox cresceu em um rancho no
Wyoming, pertencente ao seu avô.
- Nas filmagens de ação
em rodovias, a produção recorria sempre a trechos de estradas semi-acabados e
construídos que ainda não haviam sido liberados ao público, na região do Vale
de San Fernando, na Califórnia. Quando o trecho finalmente era liberado para o
tráfego, era necessário encontrar outros locais, por isso a produção estava
sempre atenta às possibilidades de filmagens nas obras realizadas nas
redondezas, mudando para novos locais sempre que um deles esgotava sua
oportunidade de utilização, ou aproveitando para filmar em mais de um local,
sempre que havia chance. Há quem afirme que a série teria acabado por “não
haver mais onde filmar” em estradas na região, o que não passa de mais um boato
sobre os bastidores da série.
- As motos utilizadas no seriado
eram Kawasaki, enquanto os rádios dos policiais eram da Motorola. Não era
difícil ver os logotipos dos equipamentos. Merchandising muito oportuno para as
duas marcas, que embarcaram no sucesso do seriado...
- Na mesma época da produção de
CHiP’s, Rick Rosner tentou emplacar um outro seriado policial, desta vez tendo
como foco uma equipe especializada em resgates. A série, 240-Robert, estreou em 1979 na
rede ABC. Mas, ao contrário da produção com os patrulheiros rodoviários, o
seriado da equipe de resgate durou apenas 16 episódios, com pouco mais de uma
temporada, sendo cancelado devido à baixa audiência. Esta série já foi exibida
no Brasil na década de 1980.
- Alguém sabe quem foi o
personagem que apareceu em maior número de episódios em CHiP’s? Pois podem
acreditar: NÃO FOI Erik Estrada. O ator não participou de 5 episódios do 5° ano
enquanto renegociava seu contrato na série. E Larry Wilcox não participou da
última temporada. Os demais personagens secundários, apesar de aparecerem
frequentemente, estão fora do páreo. Quem sobra? Justamente ele, o Sargento Joe
Getraer, interpretado por Robert Pine: ele apareceu em todos os 139 episódios
da série, pra não mencionar que também esteve presente no telefilme CHiP’s
99...
ATUALIZANDO: A Warner, dona dos
direitos do seriado, chegou a lançar no Brasil a segunda temporada da série, e
acabou ficando apenas nisso, para desilusão dos fãs e dos consumidores
nacionais, que nunca viram por aqui as demais temporadas de CHiP’s. O filme
CHiP’s 99 ainda acabou saindo em VHS por aqui, e só. Mas não foram apenas os
fãs brasileiros que ficaram desiludidos: nos Estados Unidos, a Warner também
havia parado de lançar a série depois de disponibilizar as duas primeiras
temporadas, que saíram da mesma maneira que aqui, mas Larry Wilcox, um dos
protagonistas da série, mobilizou os fãs norte-americanos, que pressionaram a
Warner, fazendo inúmeros pedidos, até que a empresa acabou disponibilizando as temporadas
restantes, algo que infelizmente não ocorreu no Brasil, onde ficamos com a
coleção incompleta até hoje. Quanto ao filme para cinema anunciado na matéria,
cujos trabalhos ainda estavam se desenvolvendo, nunca saiu do papel, mas a há
alguns anos atrás a produção finalmente se realizou, mas desvirtuando
completamente o espírito da série, no que foi odiado pelos velhos fãs, e teve
reprovação do próprio Larry Wilcox, para quem os produtores nunca entenderam o
espírito do seriado.
A série que marcou minha infância!!! Tanto que sou fã e colecionador!!!!
ResponderExcluirParabéns!!!! Excelente matéria!!!