Com o
lançamento da nova versão de Robocop chegando aos cinemas mundiais, pelas mãos
do diretor brasileiro José Padilha, nada como aproveitar para relembrar as
aventuras da versão original criada em 1987 no filme de Paul Verhoeven. E é
apostando no saudosismo da grande maioria dos fãs que a editora americana Dark
Horse prepara para o meio do ano o relançamento de uma das mais cultuadas
aventuras vividas pelo policial cibernético que um dia foi o tira Alex Murphy
nos quadrinhos: ROBOCOP VS TERMINATOR (Robocop Versus O Exterminador do Futuro,
na versão em português).
Em 1992, a editora americana
lançou o confronto que muitos almejavam ver, em uma minissérie em 4 edições,
com roteiros de Frank Miller, e a arte de Walter Simonson. Miller aproveitou
idéias dos roteiros que havia criado para Robocop 2 e 3 que foram recusadas
para montar a trama unindo as duas franquias cinematográficas em um combate que
cativou fãs das duas cinesséries, a ponto de ter sido criado um jogo de
videogame baseado no cross-over, para as plataformas Mega Drive e Master
System.
Na trama,
Robocop descobre, após um atentado contra si perpetrado por uma humana vindo do
futuro, que a mesma tecnologia que foi usada em sua criação pela OCP, também
será responsável pelo surgimento da Skynet, a rede tecnológica que, anos
depois, rebelou-se contra a humanidade e decidiu exterminá-la. Para evitar o
futuro apocalíptico, Robocop inicia um combate contra os robôs exterminadores
que são enviados do futuro para proteger sua existência a fim de garantir a
existência da Skynet. Uma batalha aparentemente inglória, pois apenas a sua
destruição poderá eliminar de vez o problema, e evitar o surgimento do futuro
dominado pelas máquinas. Mas, quando Robocop é subjugado pelos exterminadores,
e se encontra incapaz de empreender um ataque eficaz contra o futuro sombrio, a
resposta para salvação da humanidade e do próprio Robocop pode residir unicamente
em seu lado humano, que um dia foi o policial Alex Murphy. Mas como Murphy, sozinho,
será capaz de vencer a ameaça do futuro, e vencer a terrível rede da Skynet e
seu exército de máquinas? E, pior ainda, ao saber que foi sua mente unida a um
computador que propiciou a autoconsciência à Skynet e levou o sistema a se
rebelar contra os humanos, como impedir a realização do futuro negro que
aguarda o nosso planeta?
Na época, a
minissérie fez grande sucesso entre os fãs, e agora, a aventura será relançada
em um único volume, como graphic novel, com direito a capa dura, e com cores
totalmente remasterizadas por Steve Oliff. Haverá também uma introdução,
escrita por Steven Grant, sobre a importância e repercussão da obra. Esta
edição tem data de lançamento programado nos Estados Unidos para o dia 2 de
julho, ao preço de US$ 24,99.
Mas o ponto
alto mesmo será o relançamento da minissérie no formato "Gallery
Edition", que chegará às lojas e comic shops dos EUA uma semana depois da
versão graphic novel. Esta edição, que custará US$ 125,00, trará a minissérie
impressa no formato original das pranchas desenhadas por Walter Simonson,
iguaizinhas como foram finalizadas pelo artista em sua mesa de trabalho, o que
permitirá aos leitores apreciar toda a extensão da arte desenvolvida por
Simonson para esta história, concebida por Frank Miller, cuja fama na época
ainda era extremamente respeitável como roteirista de quadrinhos. A edição terá
também um prefácio escrito pelo próprio Walter Simonson. "Quando Frank Miller
me enviou a história para a série, eu adorei. Foi tanto uma surpresa quanto um
desafio tentar ilustrar esta história", declarou Simonson. "Eu não
poderia estar mais satisfeito ao ver 'Robocop contra O Exterminador do Futuro'
voltar em versão impressa depois de todos esses anos. Só posso esperar que a
nova geração de leitores tenha tanto prazer em descobrir esta série como tivemos
em criá-la.", concluiu.
No Brasil,
esta aventura foi publicada uma única vez, em 1999, pela Editora Abril, em
minissérie quinzenal de 4 partes, respeitando o formato original americano.
Desnecessário dizer que há muito já merece uma republicação no mercado
nacional. Quem sabe pelo menos no formato graphic novel que a Dark Horse está
lançando para o meio do ano nos EUA não chegue por aqui depois. Pelo menos no
quesito TV e cinema, Robocop teve todas as suas produções lançadas e/ou
exibidas por aqui, em que pese não ter tido a mesma sorte com relação às suas
aventuras lançadas em quadrinhos, no que o lançamento deste cross-over com a franquia
do Exterminador do Futuro ter sido a única oportunidade dos leitores nacionais
verem o tira ciborgue em ação nos comics, descontada, claro, as quadrinizações
dos dois primeiros filmes, que foram publicados também pela Abril.
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