Os fãs do juiz mais
durão da cidade futurista de Mega City 1, o Juiz Dredd, certamente ficaram
desapontados pelo resultado fraco das bilheterias de sua versão para cinema,
produzida no ano passado e estrelada por Karl Urban no papel-título. Como o
filme praticamente não se pagou, as chances de rolarem uma continuação foram
praticamente descartadas, o que enterrou os sonhos dos fãs de verem novamente
Dredd nas telonas, pelo menos no futuro próximo. Mas, para quem assistiu e
curtiu o filme, que está disponível no mercado de vídeo, eis que a história
ganha uma "continuação" agora nos quadrinhos, na edição especial DREDD
UNDERBELLY MOVIE SEQUEL ONE SHOT, que chega em breve às comic shops americanas
em uma edição única, depois de ter sido publicada em duas partes na revista
Judge Dredd Megazine, nas edições de setembro (340) e outubro (341), na
Inglaterra.
O lançamento é
da Rebellion Developments, e o preço da edição é de US$ 3,99. Escrito por
Arthur Wyatt, veterano de publicações da 2000Ad, e desenhado por Henry Flint,
esta é uma sequência que nenhum fã do juiz Dredd deve perder. Continuando com
os eventos desencadeados de onde o filme terminou, a morte de Ma-Ma no
confronto com Dredd deixou um vácuo de poder no submundo de Mega City 1, que
agora motiva inúmeros outros grupos criminosos a uma luta desenfreada para
assumirem o espaço deixado por Ma-Ma, e o explosivo mercado negro da droga
Slo-Mo. Quando um depósito de cadáveres é descoberto, e revela-se que todos são
mutantes, descobre-se uma possível conexão de contrabando que está trazendo
material ilegal das próprias Terras Malditas para dentro de Mega City 1. Para
chegar ao cerne desta questão, Dredd une forças novamente com a juíza Anderson
para investigarem e desmantelarem a operação criminosa, podendo se meter em uma
encrenca de proporções mais do que inesperada.
Arthur Wyatt
explica que este Dredd, visto no filme, e que retorna nesta sequência em
quadrinhos, é mais jovem que o personagem visto normalmente nas histórias, e
por isso, ele é mais entusiasmado em suas ações, e não demonstra qualquer
dúvida para com o sistema que trabalha, o que o leva a ser em vários momentos,
irredutível e implacável. Sobre sua parceria com Henry Flint, Arthur declara
que o desenhista é um dos "mais" de todos os artistas da 2000AD, e
que trabalhar com ele neste projeto foi um sonho que se tornou realidade. O
artista explica que tentou imitar o estilo de história desenvolvido no filme
por Alex Garland, e mesmo não tendo trocado nenhuma idéia com ele, acredita que
conseguiu chegar ao objetivo pretendido.
Produzido pela
Lionsgate, o filme do Juiz Dredd teve um orçamento limitado, e com uma distribuição
sofrível, amargou prejuízo nas bilheterias, inclusive no Brasil, onde a Paris
Filmes também não deu o devido tratamento que a produção merecia. Para piorar,
a versão em vídeo lançada no mercado nacional nem teve extras, tanto nas versão
DVD quanto em Blu-Ray. Já
nos quadrinhos, Dredd vem tendo mais sorte, com suas aventuras sendo publicadas
mensalmente na nova revista Juiz Dredd Magazine, lançada pela Mythos Editora,
que já está na sua 7ª edição, e com planos mais ousados para trazer aos
leitores nacionais mais aventuras do juiz mais temido de Mega City 1.
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