Kelly Garret,
Sabrina Duncan, Jill Monroe... Elas são
bonitas, carismáticas, sexys… E também excelentes ex-policiais e intrépidas
detetives! Elas são os anjos de Charlie… Elas são As Panteras! As belas
detetives profissionais da agência de investigações Townsend, em Los Angeles,
estão de volta, e prontas para detonar os malfeitores que cruzarem seu caminho.
Saídas diretamente do famoso seriado de TV dos anos 1970, as Panteras prometem
inúmeras e empolgantes novas aventuras em sua série de quadrinhos, cuja
primeira edição está chegando neste mês às comic shops dos Estados Unidos, no
mais novo lançamento da editora Dynamite Entertainment.
A licença para produzir
quadrinhos baseados no seriado havia sido anunciada pela Dynamite em outubro do
ano passado, e a editora só anunciou em março deste ano o time criativo que
assumiria a série: os roteiros estão a cargo de John Layman, e os desenhos são
de Joe Eisma. A primeira edição terá várias capas, com artes de David Finch,
Jimmy Reyes, e Joe Eisma. A nova série de quadrinhos será mensal, ao preço de
US$ 3,99. E Eisma promete manter a arte a mais fiel possível em relaçao à
fisionomia das atrizes que encarnaram as personagens no seriado de TV.
"Não poderíamos estar mais
empolgados em ter a oportunidade de trabalhar com a equipe da Sony Pictures
Television, o principal nome da programação televisiva há décadas", diz
Nick Barrucci, CEO e Publisher da Dynamite Entertainment, sobre o projeto.
"A equipe da Dynamite cresceu vendo as aventuras desses modelos femininos
e estamos orgulhosos de apresentar a próxima série de quadrinhos de As Panteras
para toda uma nova geração de fãs!", completou.
Esta nova série de quadrinhos
continua as aventuras mostradas na primeira temporada do seriado, que foi ao ar
na rede ABC dos Estados Unidos em setembro de 1976. No elenco, Kate Jackson
fazia a líder das Panteras, nome pelo qual o seriado ficou conhecido no Brasil,
quando foi exibido inicialmente pela TV Globo. Ao lado de Sabrina Duncan,
personagem de Kate, estavam Jaclyn Smith no papel de Kelly Garret, e Farrah
Fawcett-Majors como Jill Monroe. As meninas recebiam os trabalhos a serem
realizados através de John Bosley (interpretado por David Doyle), que
intermediava as ordens do proprietário da agência de detetives, Charles Townsend,
um dos pontos misteriosos da série, pois ele raramente aparecia nas cenas das
histórias, e quando isso acontecia, ele estava em algum lugar diferente, e seu
rosto nunca era mostrado. Nem mesmo as meninas sabiam quem ele era, e só
conheciam sua voz, através de um aparelho viva-voz que permitia que elas
conversassem com ele, quando discutiam a respeito dos trabalhos que lhes eram
incumbidos. Este mistério durou até o final da série, quando as detetives
finalmente tiveram a chance de conhecer o seu misterioso patrão, no episódio
final, revelando a face do ator John Forsythe.
O seriado se destacava por
mostrar mulheres como protagonistas, e ao contrário dos papéis até então
reservados às mulheres, as garotas eram as estrelas totais, mostrando tanta
competência, independência e desenvoltura quanto os homens, não sendo garotas
indefesas que precisavam ser salvas por alguém. Muito pelo contrário: elas
usavam seu charme e demais atributos femininos como trunfos no seu trabalho
como detetives, e com muita inteligência e astúcia, descobrir os criminosos nos
casos que eram chamadas a resolver,inclusive botando pra quebrar em brigas,
quando necessário. Os bons roteiros, aliado ao elegante trio de protagonistas,
fez a série alcançar grande sucesso, durante 5 temporadas, e cerca de 110
episódios, terminando em junho de 1981. Mas o sucesso também rendeu alguns
problemas durante a produção do seriado.
O primeiro deles foi com Farrah
Fawcett, que na época era casada com Lee Majors, astro da série “O Homem de
Seis Milhões de Dólares”, que acabou deixando a produção ao final da primeira
temporada. Em seu lugar entrou Cheryl Ladd interpretando Kris Munroe, prima de
Jill, e que ficou até o final da série. Farrah ainda voltaria a aparecer em
alguns episódios, reprisando seu papel de Jill. Kate Jackson, que deveria ser a
estrela do seriado, pediu as contas ao fim do terceiro ano, ao ver que o
estrelato prometido não fora cumprido. Ela foi substituída por Shelley Hack, no
papel de Tiffany Welles, que ficou pouco tempo no grupo, sendo substituída
então por Tanya Roberts, que interpretava Julie Rogers, no último ano da série.
Apenas Jaclyn Smith manteve-se firme no seu papel durantet todo o seriado, ao
lado do ator David Doyle e, claro, de John Forsythe, que sempre fez a voz do
misterioso Charlie.
No ano 2000, as Panteras
ganharam uma versão para cinema, estreladas por Cameron Diaz, Drew Barrymore, e
Lucy Liu, com Bill Murray como Bosley, e John Forsythe reprisando seu papel
como Charles Townsend (voz). O filme ganhou uma sequência em 2003. No Brasil,
os dois filmes foram lançados em DVD, enquanto a série de TV ganhou apenas um
disco lançado no início da década passada contendo apenas 2 episódios da
primeira temporada. Exibida pela TV Globo no fim dos anos 1970 e primeira
metade dos anos 1980, a série foi reprisada várias vezes na emissora, até ser
tirada do ar. Nos anos 1990, o seriado foi reprisado brevemente pela TV Gazeta,
e na década passada, pela Rede 21, redublada.
Ainda nos anos 1970, durante o
auge de popularidade do seriado, as Panteras ganharam duas séries de quadrinhos
publicadas na Grã-Bretanha. A primeira foi lançada em abril de 1978, na revista
Target da editora Polystyle, sendo publicada até outubro de 1979, quando o
acordo de publicação das histórias caducou. Esta publicação acabou sucedida por
uma segunda série, lançada na revista Junior TV Times Look-in, não durando
muito tempo, já que a fama do seriado de TV estava em declínio, o que levou ao
seu cancelamento em 1981.
Depois destas primeiras
empreitadas, as Panteras só ganharam mesmo uma nova chance nos quadrinhos agora
com a Dynamite Entertainment, que promete manter o espírito original do seriado
nas novas aventuras em quadrinhos que estão sendo lançadas na nova série de
quadrinhos. É hora, portando, de vermos novamente os anjos de Charlie em ação
mais uma vez, mostrando que suas belas panteras não possuem apenas rostos
bonitos, mas também muita inteligência, coragem, e determinação para resolverem
os mais complicados casos e problemas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário