Tremei,
leitores! O bárbaro errante mais desmiolado e destrutivo do mundo dos
quadrinhos está em ação novamente! Sim, estamos falando de Groo, a criação
imortal de Sergio Aragones e Mark Evanier, que acaba de ter sua mais recente
minissérie, publicada no ano passado em terras americanas, relançada na forma
de uma edição única, em álbum de luxo, para deleite dos fãs que costumam
acompanhar as aventuras épicas do personagem, que mais uma vez serão
vitimizadas em seus bolsos, pois afinal, Groo não poupa ninguém, nem mesmo os
seus ardorosos fãs, de sofrerem este desfaque financeiro, o qual muitos
certamente farão de muito bom grado, pelo privilégio de acompanhar mais uma de
suas aventuras.
GROO
– FRAY OF THE GODS TRADE PAPERBACK compila a minissérie em 4 edições publicada
pela Dark Horse no segundo semestre de 2016, agora com opção de ter a história
completa, com capa dura, ao preço de US$ 17,99, com cerca de 116 páginas, em
formato americano. A aclamada dupla Mark Evanier e Sergio Aragones entra mais
uma vez em ação para mostrar o mais novo dilema na vida de Groo: após resolver
entrar, pela enésima vez, em mais uma peleja, e praticar o seu esporte
favorito, o bárbaro errante é questionado sobre os motivos de ele lutar de
maneira tão impetuosa e sem sentido. Enquanto Groo tenta pensar no que o impele
às lutas, eis que um povo está em confronto justamente pela devoção a seus
deuses. Um legítimo rei defende a crença nos deuses tradicionais, mas quando
seu irmão resolve tomar o trono, que acha que é seu por direito, ele também
quer impor sua visão dos deuses, que é tida pelos outros como blasfema e
infiel.
Como
ninguém se entende, eis que a luta começa, e no meio dela, para sorte de uns, e
azar de muitos outros, está Groo. E tudo só fica ainda mais complicado quando
os próprios deuses resolvem se meter na história, tomando parte da situação.
Mas os deuses não abençoaram Groo com o cérebro, apenas com a habilidade de
lutar. Agora, eles estão em conflito sobre o espírito e o futuro da
humanidade... E é Groo que acaba se tornando o peão (involuntário, é claro) em
sua guerra. Se o futuro da humanidade depende do bárbaro errante, estamos todos
com muitos problemas. E quem conhece o modo como Groo resolve seus problemas...
Bem, digamos que o fim do mundo seria algo muito menos complicado de encarar do
que uma guerra dos deuses completamente sem rumo e sem nexo...
Um
ponto positivo é que esta minissérie pode pintar por aqui no Brasil em pouco
tempo, ou um pouco mais. O fato de poder sair em uma edição encadernada se
ajusta no estilo de lançamentos que a Mythos Editora tem feito de seus
lançamentos de quadrinhos, e Groo, para sorte dos leitores tupiniquins, é um
personagem que tem tido a sorte de ver suas últimas empreitadas serem lançadas
por aqui, com um pouco ou maior atraso em relação à publicação original americana.
Com um pouco de sorte, quem sabe ainda pinte por aqui este ano. Ou talvez em
2017. As histórias hilariantes do bárbaro errante são garantias não apenas de
boas risadas, mas de roteiros interessantes e inteligentes, no qual a dupla de
autores sabe cutucar feridas com incomum sutileza, e colocando Groo para
detonar com situações muito pertinentes de nossos dia-a-dias. Groo é um caso
raro onde a falta de um título regular é mais do que compensada com lançamentos
de minisséries e edições especiais onde sua dupla de autores mais do que faz
merecer a espera por novas histórias com novos combates e, por que não, novos
desastres homéricos perpetrados pelo bárbaro errante, que selva sempre o
desastre aonde quer que vá, mesmo que não seja culpa dele próprio, mas
certamente é garantida até mesmo por sua presença. Vida longa a Groo, portanto!
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