As
editoras americanas pegaram mesmo gosto por cross-overs nos últimos tempos, e
no início do próximo ano, a IDW Publishing estará trazendo o mais novo encontro
de personagens de diferentes franquias, para deixar seus fãs com água na boca.
E a nova empreitada irá unir dois grupos de lutadores para enfrentar duas
organizações terroristas que, por si só, já são temíveis, mas que unidas, podem
significar um desastre de proporções inimagináveis.
STREET
FIGHTER X G.I. JOE, que será lançada em fevereiro de 2016, será uma minissérie
em 6 edições mensais, ao preço de US$ 4,99, que irá unir os personagens das
duas grandes franquias que ganharam o mundo a partir dos anos 1980. Em uma ilha
escondida no meio de águas internacionais, 16 combatentes estão prestes a entrar
em um torneio secreto... Um torneio que colocará os mais famosos lutadores de
rua do mundo contra os soldados da principal força de elite militar dos Estados
Unidos, a GI JOE! Quando as forças sinistras da perversa organização do mal
Shadaloo, comandada pelo nefasto Mike Bison une forças com o exército
terrorista do Cobra, liderado por Destro, será necessária a união dos maiores
guerreiros e lutadores do mundo para pôr fim à ameaça que esta união pode
proporcionar ao mundo livre. Ryu, Snake Eyes, Guile, Scarlett, Chun-Li e Duke. Está
preparado o palco para os mais impressionantes combates de todos os tempos.
O
roteirista Aubrey Sitterson une seus talentos ao do desenhista Emilio Laiso para
trazer aos leitores o combate visceral da mais popular série de jogos de luta
do mundo e da ação militar do grupo de combate de elite da América unindo
forças em conjunto pela primeira vez! E o que não faltará será ação, e
principalmente, lutas e mais lutas, promete Aubrey Sitterson, que escreve a
história. As capas principais terão a arte de Mike Choi, mas cada edição terá
direito a capas variantes, para agradar ao maior número de fãs possível,
mostrando todos os personagens envolvidos na trama.
Para
Sitterson, a grande pergunta é "Como esse encontro nunca aconteceu
antes?". E prossegue: "Os fãs mais hardcore vão se lembrar do início
dos anos 1990 das adições de Street Fighter para as linhas de brinquedos G.I.
Joe, mas fora isso... esses dois mundos foram mantidos muito separados. E isso
é uma vergonha, porque embora eles trabalhassem em escalas diferentes, ambas as
franquias são sobre a mesma coisa. Um tema que é um dos meus favoritos para
explorar ou ver ser explorada em qualquer tipo de arte: Enfrentando, lutando e
vencendo."
Sitterson
conta que o editor-chefe John Barber lhe ofereceu a chance de trabalhar neste
projeto em maio deste ano, e que desde então ele veio desenvolvendo a idéia,
que exigiu um bom esforço de pesquisa para montar o roteiro, além da escolha
dos personagens que seriam utilizados na história. "Não apenas os
personagens de Street Fighter, mas também os de G.I. Joe possuem grandes e ricas
histórias de background! Eu amo essas coisas. Mas a minha intenção com esta
minissérie Street Fighter X GI Joe é que alcançar todos, desde os fãs hardcore
que jogaram todos os jogos, assistiam os desenhos animados, compraram todos os
brinquedos, leram cada quadrinhos escrito, e também aos fãs e pessoas que só
tem o conhecimento básico destes personagens no atual panorama da cultura pop geral
nestes tempos de internet e wikipedia.", mostrando que pretende respeitar
todo o histórico dos personagens envolvidos, e que estes sejam tão
reconhecíveis não apenas pelos fãs de longa data como por aqueles que apenas
conhecem por cima o que ambas as franquias possuem.
"Para
desfrutar de Street Fighter X G.I. Joe você não precisará saber nada além do
fato de que haverá um torneio. Na verdade... você não precisa mesmo saber
muito, como deverá ser bastante claro quando começar a ler a partir da primeira
página! A partir daí, tudo o resto passará a ser revelada através das próprias
lutas, o que significa que em vez de um monte de falas e exposição de acontecimento
de bastidores, você começará exatamente pelo que as pessoas querem dessas
franquias: Lutas, e muitas delas.", complementa Aubrey Sitterson,
empolgado com a forma como a história se desenrolará, antecipando que os
leitores irão descobrindo os acontecimentos ao mesmo tempo que os personagens.
O
roteirista explica que o modo como a história se desenrola envolveu imensa
pesquisa sobre os personagens, indo de seus pontos de vista, a seus estilos
particulares de combate. Além de dissecar o histórico dos personagens, houve
também pesquisa intensa das artes marciais da vida real, e sua associação a
cada um dos personagens, de acordo com suas características e definições,
envolvendo todos os 16 combatentes que estarão participando do torneio onde se
encontrarão e terá início a ação propriamente dita. Mas toda a pesquisa valeu a
pena, de acordo com Sitterson, porque quando a Capcom ea Hasbro viram a
proposta de história para o encontro das duas franquias, eles aceitaram de
cara, entendendo que a melhor maneira de destacar suas franquias individuais, e
enfatizar o encontro de todos os personagens, era dar a seus fãs a única coisa
que eles sempre quiseram: surpresas, explosões, competições, dramas, e lutas,
muitas lutas. "Fora alguns pedidos de inclusão de personagens - que eu
estava mais do que feliz em aceitar - estávamos preparados para começar com
tudo.", finalizou Aubrey. O roteirista ainda diz que querer escrever
quadrinhos como se fossem outra coisa, segundo ele, é o primeiro passo para as
coisas darem errado, ao afirmar que não se pode tentar forçar uma mídia a ser o
que ela não é. Ele diz que o importante é ver as virtudes das outras mídias e
aplicar ao seu trabalho, sem desvirtuá-la, querer transformá-la em algo que ela
não é, mas aprender com estas características positivas de outros meios.
Lançados
em histórias em quadrinhos nos anos 1980 pela Marvel Comics, ao mesmo tempo em
que seu desenho animado ganhava o mundo, os G.I. Joe, que no Brasil ficaram
conhecidos pelo nome "Comandos em Ação" ganharam seu primeiro
cross-over ainda naquela década, ao se encontrarem com os Transformers, outro
grupo de personagens de propriedade da Hasbro, que também tiveram suas
primeiras histórias desenvolvidas pela Marvel. Nos últimos anos, a franquia
G.I. Joe mudou de editora, e um novo encontro com os Transformers também foi
produzido, ambos inéditos no Brasil até hoje, que não teve a chance de
acompanhar muitas histórias dos personagens, fosse pela Editora Globo ou pela
Abril, que chegou a publicar títulos de ambos os grupos. No caso de Street
Fighter, os brasileiros tiveram a sorte de assistir às primeiras animações da
franquia, feitas no Japão, bem como à uma versão americana, enquanto a Editora
Escala publicou os quadrinhos dos personagens, primeiro com histórias
produzidas pelos americanos, e depois com aventuras produzidas por artistas
nacionais. Infelizmente, as aventuras em quadrinhos dos lutadores de rua nunca
emplacaram muito por aqui, apesar da grande base de fãs dos jogos da série,
tendo tido poucas aventuras publicadas.
A
união destas duas franquias é algo inédito por se tratar do primeiro cross-over
de Street Fighter numa aventura em quadrinhos, e é também um encontro
interessante para os fãs da série G.I. Joe, que ansiavam por ver seus heróis em
uma aventura onde cruzassem com outros personagens. E lembrando que tanto G.I.
Joe quanto os Street Fighters combatem principalmente uma organização criminosa
internacional, nada mais óbvio do que juntar seus inimigos para forçar os
heróis a fazerem o mesmo para detê-los, uma vez que tanto a Shadaloo como o
Cobra são forças consideráveis que nenhum herói poderia enfrentar sozinho.
Unidos, então, seria mesmo impossível. E aí reside o grande mote para a união
de todos estes soldados e lutadores.
Fica
a esperança de que este encontro possa ser publicado no Brasil, onde tanto os
G.I. Joes como os Street Fighters possuem uma grande legião de fãs, enquanto os
estadunidenses não veem a hora de soar o gongo da primeira luta desta
interessante minissérie, o que só faz lembrar do mote da série de TV Street
Fighter II - Victory, exibida aqui ainda nos anos 1990: "Vamos ao encontro
dos mais fortes!" E de dar seu grito de guerra: "Yo, Joe!", ou
simplesmente, "Fight!"
Isso... É interessante?
ResponderExcluir